PEREIRA, Carlos Soares

Carlos Soares Pereira nasceu no Rio de Janeiro, em 22/02/1901. Aos quatorze anos, tornou-se sócio do Club de Regatas do Flamengo, atuando durante sua juventude como remador e jogador de pólo-aquático da agremiação. Membro do Conselho Deliberativo do Flamengo, chegou a receber o título de Sócio Benemérito. Por duas vezes tentou eleger-se seu presidente, porém sem êxito. Formou-se em Engenharia Civil pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro, mas antes de graduar-se, participou da montagem da Exposição do Centenário da Independência em 1922. Ingressou na administração pública municipal como Praticante da Diretoria Geral de Obras e Viação. Passou pelos postos de Auxiliar Técnico, Engenheiro de 2º Classe, 1º Classe, até que em dezembro de 1933, alcançou o posto de engenheiro-chefe da Diretoria Geral de Engenharia. Presidiu a Comissão de Obras Novas e, em janeiro de 1941, substituiu Hélio Alves de Brito na direção do Departamento de Obras Públicas. Em 02/09/1941, ficou responsável pelo expediente da Secretaria Geral de Viação e Obras Públicas durante o afastamento do titular, Edison Junqueira Passos. Nesse período, trabalhou na construção da Avenida Presidente Vargas, inaugurada em 1944. Carlos Soares foi o idealizador e primeiro Diretor do Departamento de Estradas e Rodagens do Distrito Federal, criado […]

BRITO, Helio Alves de

Filho do comerciante Ataliba Alves de Brito e Rosalina Gonçalves de Brito, Hélio Alves nasceu em 08/01/1902. Casou-se com Vera Alves de Brito em 24/05/1928. Estudou o ginásio no Colégio Alfredo Gomes, no bairro de Laranjeiras. Em 1924 formou-se em Engenharia Civil pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Enquanto cursava a graduação, prestou concurso em 1920 para o cargo de escriturário do Tribunal de Contas, sendo aprovado em 4º lugar. Ingressou na Diretoria Geral de Obras e Viação como praticante técnico contratado pelo Diretor Geral. Em 1929, foi nomeado Auxiliar de Engenheiro e, no mesmo ano, foi promovido a engenheiro de 1º classe. No entanto, as promoções dos praticantes realizadas em 1929 foram tornadas ato sem efeito pelo Interventor do Distrito Federal Adolpho Bergamini (1930-1931), que alegou irregularidades nos vencimentos desses funcionários. Os engenheiros conseguiram reintegração à Diretoria Geral de Engenharia somente em 1933. Com a nomeação de Edison Junqueira Passos para o cargo de Secretário Geral de Viação, Trabalho e Obras Públicas em 03/07/1937, Hélio Alves de Brito foi escolhido pelo secretário para ocupar o posto de chefe de gabinete. Por ter sido nomeado diretor da Diretoria de Engenharia em 31/07/1937, Brito permaneceu por menos de um mês […]

PASSOS, Edison Junqueira

Filho de Antônio Augusto de Ribeiro Passos e de Maria Junqueira Passos, Edison Junqueira Passos nasceu em 19/11/1893, no município de Carangola, Minas Gerais. Concluiu seus estudos primários em Juiz de Fora, transferindo-se para o Rio de Janeiro para dar continuidade a sua formação no Colégio Anchieta, em Nova Friburgo, e no Ginásio São Bento, no então Distrito Federal. Em 1912, ingressou na Escola Politécnica, atual Faculdade de Engenharia da UFRJ, onde recebeu os diplomas de  engenheiro-geógrafo (1915) e engenheiro civil (1917). Seu bom desempenho lhe rendeu, ainda durante a graduação, indicação para atuar como auxiliar de ensino prático das cátedras de Hidráulica e Porto de Mar. O início de sua vida profissional foi bastante movimentado. Participou de projetos em diversos estados da federação, realizando desde levantamentos topográficos a cargo da municipalidade de Uberaba (MG), a serviços como primeiro engenheiro da Comissão Construtora do Prolongamento da Estrada de Ferro Mossoró (1920), no Rio Grande do Norte. Chegou a trabalhar no Triângulo Mineiro, além de atuar, de 1922 a 1923, como engenheiro-chefe da Estrada de Ferro de Goiás. Logo após, retornou à capital, consagrando grande parte de sua carreira ao funcionalismo público do Rio de Janeiro. Passando rapidamente pela Inspetoria de […]

PORTO, João Gualberto Marques

João Gualberto Marques Porto nasceu no Rio de Janeiro, em 12/07/1889. Engenheiro da Prefeitura do Distrito Federal, em 1919 foi designado pelo prefeito Paulo de Frontin (1919) para dirigir a construção do Túnel João Ricardo, sob o Morro da Providência. Criou-se, em razão disto, o Serviço de Túneis da Cidade. Posteriormente, durante a gestão do prefeito Carlos Sampaio (1920-1922), foi nomeado Superintendente do Serviço de Limpeza Pública e Particular do Distrito Federal, permanecendo no cargo até 24/10/1930. De volta à Secretaria Geral de Viação e Obras da Prefeitura do Distrito Federal, elaborou o Decreto nº 6.000, de 01/07/1937, um Código de Obras baseado no zoneamento como forma de regular o uso do solo. Junto a Edwaldo Vasconcelos, Hermínio de Andrade e Silva e José de Oliveira Reis, foi um dos autores dos projetos desenvolvidos pela Comissão do Plano da Cidade, estabelecida pelo prefeito Henrique Dodsworth (1937-1945), em 1937. Projetou, mais tarde, a duplicação do Túnel Engenheiro Coelho Cintra, que liga os bairros de Botafogo e Copacabana. As obras iniciadas em 1946 foram concluídas 3 anos depois. Em agosto de 1951, o túnel recebeu o nome oficial de Marques Porto em sua homenagem. Foi nomeado para responder pelo expediente da Secretaria […]

FERREIRA, João da Costa

João da Costa Ferreira nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 18/09/1870. Graduou-se em Engenharia Civil pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro, na turma de 1896. Ainda estudante, ingressou na Comissão da Carta Cadastral, repartição pública municipal dirigida pelo engenheiro Manuel Pereira Reis. Dirigiu a Sociedade Beneficente Sidônio Paes até novembro de 1920, quando há um conflito interno na associação e cria-se o Centro Humanitário Sidônio Paes. Nessa nova sociedade, fundada em 05/12/1920, João da Costa Ferreira integrou o conselho administrativo. Em setembro de 1921, foi-lhe conferido o título de sócio benfeitor da União dos Operários Municipais. Por longos anos exerceu o cargo de Subdiretor da Diretoria Geral de Obras e Viação. Na gestão Amaro Cavalcanti (1917-1918), prestou serviços na abertura de estradas de rodagem no subúrbio carioca. No cargo, redigiu um completo relatório sobre a instalação de um Matadouro Modelo no Rio de Janeiro e diretrizes para uma nova organização do transporte e destino a dar ao lixo. Por conta de uma enfermidade que acometeu Octávio Moreira Penna, então diretor Geral de Obras, João da Costa Ferreira foi nomeado para assumir interinamente o cargo em 24/04/1920. Em janeiro de 1931, durante o governo do interventor Adolpho Bergamini […]

ESTEVES, Julião Freire

Julião Freire Esteves nasceu em 27/01/1876, no Mato Grosso. Cursou os preparatórios no Ginásio São Pedro, em Porto Alegre. Em 1892, matriculou-se na Escola Militar do Rio Grande do Sul, sendo nomeado em 22/04/1899 para o posto de alferes alumno. Posteriormente, transferiu-se para a capital federal, onde concluiu o ensino superior em Engenharia na Escola Militar do Brasil, na turma de 1903. Ainda aluno, esteve envolvido no levante ocorrido em 1897, na Escola Militar da Praia Vermelha, contra o presidente Prudente de Morais, tendo se ferido gravemente. Em Em 16/12/1907, Julião Freire Esteves foi nomeado auxiliar do Major Luís Eugênio Franco Filho, chefe da comissão responsável pela construção do Forte de Copacabana. Também fizeram parte da comissão os auxiliares Cornélio Otto Kuhn e Wolmer Augusto da Silveira. Adaptação de um projeto apresentado pelo Major Tasso Fragoso, as obras foram iniciadas em janeiro de 1908, no promontório da Igrejinha. Durante o ano de 1910, serviu como estagiário no exército do Império Alemão e, por sua aplicação, recebeu o prêmio Bismark do Imperador Wilhelm II. Com a exoneração de Raymundo Pinto Seidl, Julião Esteves foi nomeado para exercer interinamente as funções de professor da Escola de Estado-Maior em 1914. Em 1921, formou-se […]

RIBEIRO, Alfredo Duarte

Filho de Rosa Maria de Gouvêa Duarte e Primenio Duarte Ribeiro, Alfredo Duarte Ribeiro nasceu em 1867, no Rio Grande do Norte. Casou-se em 1909 com Alice Barreto de Albuquerque Maranhão. Ao longo de sua carreira como engenheiro civil, prestou grandes contribuições à municipalidade do Rio de Janeiro. Foi eleito, em 1903, membro da Comissão da Carta Cadastral, chefiada por Alfredo Américo de Souza Rangel, ocupando, posteriormente, o cargo de Engenheiro-chefe da Subdiretoria da mesma. Designado pelo Prefeito Amaro Cavalcanti (1917-1918), participou do grupo de trabalho para elaborar o Livro do Centenário da Independência, em 1918. Exerceu a função de Engenheiro-Chefe da Comissão de Obras Novas da capital federal durante a administração de Carlos Sampaio (1920-1922). Outrossim, chegou a atuar por vezes como Diretor-Geral do Departamento de Engenharia. Após exercer interinamente, em 1919, o cargo de Subdiretor da Diretoria de Obras e Viação da Prefeitura, durante o qual foi incumbido das obras de desmonte do Morro do Castelo, 10 anos mais tarde assumiu a Direção Geral. Prestou importantes serviços ao Jockey Club Brasileiro, quando da construção do Hipódromo da Gávea, o que lhe rendeu o título de sócio honorário da sociedade turfista. Devido a sua experiência e bom exercício das […]

MONTEIRO MACHADO, Mário

De tradicional família, Mário Monteiro Machado nasceu em Minas Gerais. Era filho do coronel e diretor da Loteria de Minas, Virgílio Machado, e de D. Marieta Monteiro Machado, e irmão do escritor Aníbal Machado e de Cristiano M. Machado, embaixador do Brasil no Vaticano. Mário Monteiro estudou no Colégio Azeredo, em Sabará e formou-se em Engenharia Civil pela Escola de Minas de Ouro Preto. Em 1921, convidado pelo futuro presidente Arthur Bernardes (1922-1926) e Raul Soares, participou da comissão chefiada por Peter Henry Rolfs, encarregada de escolher o local da instalação da Escola Superior de Agricultura e Veterinária do Estado de Minas Gerais e apresentar ao Governo os programas de ensino e a planta da instituição. A participação neste projeto lhe rendeu grande reconhecimento. Em novembro de 1922, foi nomeado Diretor Geral de Obras e Viação. Nesta função, Mário Monteiro Machado pesquisou sobre cultura e comportamento da equipe de funcionários da Secretaria de Viação e Obras Públicas. Apoiado nas teorias de darwinismo social, Machado buscou associar problemas como alcoolismo e o recurso a cuidados médicos e alimentícios inadequados ao “nível cultural” determinado pela raça. Exonerou-se do cargo em 13/10/1926 para assumir o posto de Inspetor de Concessões da Prefeitura. Em […]

DURÃO, José Dias Cupertino

José Dias Cupertino Durão nasceu no dia 23/01/1861. Engenheiro Civil, formou-se em 1885 pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Mais tarde, tornou-se um dos sócios da firma Cupertino Durão & C. Ingressou na Prefeitura do Distrito Federal em 1897. Engenheiro Chefe do 2º Distrito (Sacramento – região do Centro) em 1900 e chefe de seção em 1902, após reorganização interna da Diretoria Geral de Obras e Viação da Prefeitura do Distrito Federal, Cupertino Durão assume em 1903 o cargo de engenheiro chefe da 2ª circunscrição. Em 1906, foi nomeado subdiretor desta diretoria. Desde então, ocupou interinamente a Direção do órgão por diversas vezes, a primeira delas em 1908. Em consequência da frágil saúde de Jerônimo Francisco Coelho, que se aposentou em 1914, Cupertino Durão assumiu mais uma vez o cargo interinamente, permanecendo nele por cinco anos. Retornou à função em 1921 na gestão do Prefeito Carlos Sampaio, ficando até 1922. Após o período, continuou atuando como subdiretor até 1929, quando foi posto em disponibilidade. Faleceu no dia 24/12/1929, aos 68 anos, em sua residência no bairro das Laranjeiras, sendo enterrado no Cemitério São João Batista. Deixou esposa, Julia Torres de Nogueira Durão, e dois filhos, Octavio e Hermano Durão. […]

NIEMEYER, Alfredo Conrado de

Filho de Conrado Jacob Niemeyer III e de D. Maria Fortunata da Cunha, Alfredo Conrado de Niemeyer nasceu no Rio de Janeiro, em 12/12/1873. Formou-se em Engenharia Civil pela Escola Polytechnica no ano de 1900. Em 29/03/1905, casou-se com D. Elvira Cotrim Berla, com quem teve três filhos. Foi tesoureiro da Comissão Central dos Funcionários Públicos. Em 07/06/1920, foi nomeado Diretor Geral de Obras e Viação, permanecendo no cargo por um ano. Durante este período, foram finalizadas, dentre outras, as obras de abertura da Avenida Presidente Wilson e os melhoramentos na Praça Mauá. Neste mesmo ano, acompanhou a organização da cidade para receber, entre setembro e outubro de 1920, o Rei Alberto I, da Bélgica, que havia sido convidado pelo presidente Epitácio Pessoa (1919-1922). O fato representou a primeira visita de um monarca europeu à América do Sul, contando com grande envolvimento da municipalidade e gerando uma extensa programação. Dois anos mais tarde, em razão dos preparativos para a Exposição Universal de 1922, comemorativa do 1º Centenário da Independência, Alfredo Niemeyer compôs a comissão executiva do evento. Nesta função, participou de diversas cerimônias representando o prefeito do Distrito Federal, o sr. Carlos Sampaio (1920-1922). A partir de 01/08/1933, atuou como […]

PENA, Octávio Moreira

Nascido em 1887, Octávio Moreira Pena pertencia a família proeminente no cenário político mineiro e brasileiro. Era filho do Dr. Afonso Pena, sexto presidente do país, e irmão de Afonso Pena Júnior, que além de funções da municipalidade do Distrito Federal, atuou como deputado federal e ministro da justiça. Engenheiro, Octávio Moreira Pena figura entre os representantes de maior relevo no campo da construção civil da história urbana da cidade do Rio de Janeiro. Desempenhando diversas funções na cidade, adentrou a municipalidade de forma mais direta em 1919, ao assumir o cargo de Diretor Geral de Obras e Viação, no qual permaneceu durante um ano. Em 1921, ao lado do engenheiro Oscar de Almeida Gama e outros, deixou um de seus maiores legados ao Rio. Criada a Sociedade Anônima Empresa da Urca, deu-se finalmente início às obras de aterramento que delineariam o contorno do novo bairro. Não obstante apresentasse como objetivo primeiro a consecução dos contratos estabelecidos ainda em 1894 (Decreto nº 111), entre a administração pública e Domingos Fernandes Pinto para a construção de um cais que unisse a Praia da Saudade à Fortaleza de São João, tais obras inscrevem-se no bojo de um projeto mais amplo de valorização […]

MOURÃO DO VALE, Cândido Alves

Nascido em 11/03/1857, na Villa do Rio Bonito (RJ), Cândido Alves Mourão do Valle era filho de Lino Machado do Valle e Guilhermina Rosa Alves Mourão do Valle. Fez seus primeiros anos de estudos preparatórios na Europa. De volta ao Brasil, estudou no Externato Jasper, tendo sido aprovado nos exames em 1877.  No ano seguinte, foi aprovado com distinção na Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Ainda aluno de engenharia civil, fez parte da comissão de engenheiros que construiu a Estrada de Ferro Niterói-Campos. Também foi responsável pela criação das Estradas de Ferro Rio Bonito-Cabo Frio e Vitória-Rio Pardo. Graduou-se em 1883, obtendo o primeiro lugar de uma turma formada por dezoito engenheiros. Integrou o Conselho Fiscal do Turf-Club, sendo nomeado, em 1891, um dos diretores dessa associação promovedora de corrida de cavalos, a qual viria a presidir. Também  fez parte do Conselho Fiscal do Banco Hipotecário do Brasil e exerceu mandato de Deputado na Assembléia Fluminense. Em Junho de 1895, foi nomeado pela primeira vez para o cargo de Subdiretor da Diretoria Geral de Obras e Viação da Prefeitura do Rio de Janeiro. Foi exonerado em Janeiro de 1898 mas, após solicitar reintegração ao cargo, reassumiu o posto em […]

COELHO, Jerônimo Francisco

Filho de José Francisco Coelho e de D. Lucelia Thereza da França, Jeronimo Francisco Coelho nasceu em Niterói, no dia 27/07/1864. Graduado em Engenharia Civil, na década de 1890 foi engenheiro-chefe do 1º Distrito e chefe da Seção da Diretoria de Obras da Prefeitura do Distrito Federal. Em 1905, na administração do Prefeito Pereira Passos (1902-1906), assume interinamente a Diretoria Geral de Obras e Viação, após Alfredo Américo de Souza Rangel recusar a indicação para o cargo. Para elaborar e executar o Plano de Melhoramentos da Cidade, Pereira Passos formou uma equipe com destacados intelectuais da época, entre os quais estavam Coelho, os engenheiros Carlos Augusto Nascimento e Silva, Alfredo Lisboa, Paulo de Frontin, Francisco Bicalho, Francisco de Oliveira Passos e o médico sanitarista Oswaldo Cruz. Durante a gestão do Prefeito Souza Aguiar (1906-1909), foi responsável por diversas obras de infraestrutura e embelezamento da cidade, dentre elas a reforma do edifício da antiga Prefeitura do Distrito Federal, que se localizava na Praça da República. Neste período, é possível encontrar na imprensa carioca muitas solicitações de leitores por uma maior atuação da Diretoria de Obras nos subúrbios. Na coluna “Ecos Suburbanos”, do periódico A Imprensa, o nome de Jeronymo Coelho era […]

TEIXEIRA BASTOS, Manoel Joaquim

Natural de Niterói, Manoel Joaquim Teixeira Bastos nasceu em 1850.Graduou-se em Engenharia Civil pela Escola Polytechnica do Rio de Janeiro, onde posteriormente ocupou a primeira cadeira de Engenharia Civil, bem como obteve em 1881 o título de Lente, função que desempenhou por mais de 20 anos.   Na década de 1890, assumiu o cargo de Diretor Técnico da recém-criada Companhia Geral de Transportes, que tinha como missão explorar a indústria de transportes de passageiros, cargas, carne verde e etc., com serviços instalados nas principais cidades do eixo Rio-São Paulo. Devido a polêmicas entre docentes e discentes da Escola Polytechnica do Rio de Janeiro, em 1896 foi afastado do cargo de Lente, com perda total de vencimentos. No entanto, em 1897 foi designado pelo Diretor da Escola para ministrar o curso de Construção e Arquitetura. Neste período, foi aceito como sócio efetivo do Clube de Engenharia.   Membro do Partido Republicano do Distrito Federal, em setembro de 1900 assumiu o cargo de Diretor geral da Diretoria de Obras e Viação, na vaga proveniente do pedido de demissão de João Baptista Maia de Lacerda, onde permaneceu por cerca de dois anos. Após anos doente, faleceu aos 61 anos de idade, no dia […]

MAIA DE LACERDA, João Baptista

Filho de Candido de Lacerda Bittencourt e de Francisca da Rocha Maia de Lacerda, João Baptista Maia de Lacerda nasceu em 1851, na cidade de S. João Del Rei, Minas Gerais. Formado em Engenharia Civil, ingressou na carreira pública no Conselho Municipal do Rio de Janeiro, representando o 3º Distrito. Em seguida, foi eleito com grande maioria dos votos para o cargo de presidente do 2º Distrito após a morte de Mattos Rodrigues. Atuou como Inspetor Geral de Tráfego da Estrada de Ferro Central do Brasil, engenheiro-fiscal da Estrada de Ferro Victória-Natividade e engenheiro atuante na construção da Estrada de Ferro São Fidélis e da Estrada de Ferro Macaé-Campos. Durante a administração do Prefeito Coelho Rodrigues, foi nomeado para o cargo de Diretor Geral de Obras e Viação, em junho de 1900, permanecendo nesta função apenas por 2 meses. Pede demissão do cargo na gestão seguinte, do Prefeito João Felippe Pereira, sendo substituído por Manoel Joaquim Teixeira Bastos. Discípulo espiritual do renomado Dr. Bezerra de Menezes, de quem foi contemporâneo, ocupou a vice-presidência da Federação Espírita Brasileira a partir de 1900. Faleceu no Rio de Janeiro, em 04/06/1902, vitimado por uma cirrose hepática. Foi enterrado no cemitério São Francisco Xavier. […]

VAN ERVEN, Luiz

Neto de Jacobus Van Erven e filho de Cherubina Van Erven, Luís Van Erven nasceu em 19/11/1857, na fazenda Água Quente, Cantagalo (RJ). Formado em engenharia pela Escola Central, destacou-se em sua carreira, vindo a ocupar diversos cargos na administração pública, tanto no Rio de Janeiro, quanto no governo federal. Em 1898, foi designado por Campos Salles, então presidente da República, para substituir Ubaldino do Amaral Fontoura na Prefeitura do Distrito Federal. Sua gestão foi demasiadamente curta, de novembro a dezembro, o que, de certa forma, restringiu suas atividades. Em janeiro de 1899, foi nomeado para o cargo de diretor de Obras, onde permaneceu até março de 1900. Militante do Partido Liberal, após integrar a consultoria técnica do Ministério da Viação, atuando como Fiscal do governo junto à Light e a várias estradas de ferro, foi diretor da Repartição Geral dos Telégrafos (1909-1911), bem como da maior estatal de navegação da América do Sul à época, a Companhia de Navegação Lloyd Brasileiro. Após este período, assume a Inspetoria de Água e Obras Públicas, cargo onde permanece até a sua aposentadoria. Ademais, esteve à frente da cadeira de Primeiro Secretário do Conselho Diretor do Clube de Engenharia. Ao longo de sua […]

AZEVEDO, Cornélio Carneiro de Barros e

Filho de José Manoel da Costa Barros e Azevedo e Maria Thereza de Barros Azevedo, Cornélio Carneiro de Barros e Azevedo nasceu em 03/01/1838. Graduou-se bacharel em Matemática e Ciências Físicas em 1861 pela Escola Central, estabelecimento de ensino superior do Exército localizado no largo de São Francisco. Junto ao diploma de bacharel, recebeu patente de oficial do Exército e o título de alferes aluno pelo seu exemplar histórico escolar. Ingressou na carreira de engenharia como ajudante do 2º Distrito de Obras Municipais, em abril de 1864. Também desempenhou a função de engenheiro ajudante na Diretoria Geral das Obras Militares da Corte e Fortalezas. Foi eleito para compor a mesa administrativa da Imperial Irmandade da Santa Cruz dos Militares entre os anos de 1873 e 1874. A Irmandade tinha como protetor e provedor Dom Pedro I, e contava com a contribuição de militares para a manutenção da Igreja, construída nas ruínas do forte de Santa Cruz. Posteriormente, integrou a mesa administrativa da Irmandade do Santíssimo Sacramento da Freguezia de São Cristóvão. Com a extinção da Diretoria de Obras Militares da Corte em abril de 1878, Cornélio Carneiro foi remanejado para a 1º Seção do Arquivo Militar, instituição responsável pela guarda […]

TELLES, Augusto Carlos da Silva

Filho de João Carlos da Silva Telles e Fortunata Emília da Silva Teles, e irmão do senador Antônio Carlos da Silva Telles, Augusto Carlos da Silva Telles nasceu em São Paulo, em 24/10/1851. Bacharelou-se em Engenharia Civil e Industrial, em 1878, pela Escola Polytechnica de São Paulo. Anos mais tarde viria a assumir a cátedra do curso de Química Analítica e Industrial, tornando-se sócio do Grêmio Polytechnico.   A convite do então Prefeito, Dr. Ubaldino do Amaral, ocupou brevemente o cargo de Diretor de Obras e Viação do Distrito Federal de 23/02/1898 até agosto do mesmo ano, quando retornou ao magistério em São Paulo, onde permaneceu até 1917. Eleito Vereador deste Estado em 1906, apresentou como principal obra de mandato a remodelação do vale do Anhangabaú, na zona central da cidade. Foi presidente da Associação Comercial de São Paulo e da Sociedade Nacional de Agricultura, órgão este que assumiria diversas das funções do Ministério da Agricultura, extinto em 1892. Dentre as demais atividades nas quais se envolveu, está a elaboração, junto a Luiz Goffredo d’Escragnolle Taunay, de um projeto técnico para o desenvolvimento de máquinas para os setores agrário e ferroviário. Faleceu em 14/11/1923, no Rio de Janeiro. Deixou a […]

DEL VECCHIO, Adolfo José

Adolfo José Carvalho Del Vecchio nasceu em março de 1848. Engenheiro e arquiteto, aos 24 anos formou-se  pela antiga Escola Central. Iniciou sua carreira de engenheiro auxiliando na construção da Estrada de Ferro Paulista. Trabalhou, posteriormente, nos levantamentos da Carta Geral do Império, abandonando a função para assumir o cargo de engenheiro de obras hidráulicas da Alfândega. Projetou o famoso Palácio da Ilha Fiscal, prédio em estilo neogótico erguido entre 1885 e 1888 e inaugurado em abril de 1889, que sediou o fatídico “Último baile do Império”. A proximidade com o Imperador D. Pedro II lhe garantiu a execução da obra enquanto Diretor de Obras do Ministério da Fazenda, e lhe rendeu a Medalha de Ouro na Exposição Geral da Academia Imperial de Belas Artes em 1890, possibilitando a sua nomeação para o cargo de professor honorário desta instituição. Ingressou na Prefeitura do Distrito Federal em janeiro de 1895, quando foi nomeado para exercer a função de Diretor Geral de Obras e Viação, permanecendo até novembro de 1897. Projetou as obras de melhoramentos da Lagoa Rodrigo de Freitas. Em 1902, através de um contrato entre a Companhia Cantareira e Viação Fluminense e a Prefeitura, foram iniciadas as obras de embelezamento […]

NASCIMENTO SILVA, Carlos Augusto do

Filho do Conselheiro Josino do Nascimento Silva e D. Maria Jesuína da Rocha e Silva, Carlos Augusto do Nascimento e Silva nasceu em 05/06/1855, no Rio de Janeiro. Era irmão de Ernesto do Nascimento Silva, diretor de Instrução Pública do Distrito Federal (1920-1922). Fez seus estudos primários no Seminário São José, no bairro do Rio Comprido. Em seguida, ingressou na Escola Politécnica do Rio de Janeiro, formando-se bacharel em ciências físicas e matemáticas no ano de 1879. Em 15/05/1879 casou-se com Propicia Eugênia Cardoso, filha do comendador Manuel José Cardoso. Permaneceu na Câmara Municipal do Rio de Janeiro durante grande parte de sua carreira. Em 31/12/1894 foi nomeado para o cargo de Diretor Geral de Obras e Viação. Ao longo de seu mandato, realizou o importante levantamento da Carta Cadastral do Município, requisitada pelo Prefeito Barata Ribeiro. Destacou-se pelos trabalhos exercidos entre 1903 e 1906, durante a gestão do Prefeito Pereira Passos. Como Diretor Geral de Obras e Viação, Nascimento e Silva comandou um grande corpo de engenheiros em uma das maiores reformas urbanas da cidade do Rio de Janeiro. Aposentou-se em 1905 do cargo de Diretor Geral de Obras e Viação por problemas de saúde. No ano seguinte, é […]

VIEIRA SOUTO, Luiz Raphael

Filho de Luiz Honório Vieira Souto e de Francisca de Paula Cunha, Luís Raphael Vieira Souto nasceu em 21/08/1849, no Rio de Janeiro. Casou-se com Carlota Souto de Andrada Vandelli, descendente de Alexandre Vandelli e bisneta de José Bonifácio de Andrada e Silva, expoentes nacionais da ciência; esteve sempre rodeado por acadêmicos icônicos, como Ignácio Manoel Azevedo do Amaral, Diretor da Escola Nacional de Engenharia e Reitor da Universidade do Brasil, de quem foi sogro.   Bacharel em Matemáticas e Engenharia Civil pela Escola Central do Rio de Janeiro, mais tarde Escola Polytechnica, Vieira Souto ficou conhecido por seu ímpeto industrialista, alçando destaque no cenário político e econômico brasileiro com suas propostas modernizadoras. Permaneceu na Academia como Lente Catedrático dos cursos de Engenharia Civil e de Minas, e Economia  Política da Escola Politécnica do Rio de Janeiro, em cátedra antes pertencente ao Visconde do Rio Branco. Assumiu por dois anos (1893-1894) o cargo de Diretor Geral de Obras da Prefeitura, comandando os trabalhos de construção da avenida da Praia do Russell. Mais tarde, na gestão do Prefeito Pereira Passos (1902-1906), presidiu a Comissão Fiscal e Administrativa encarregada da construção do Porto do Rio de Janeiro. Foi um dos responsáveis pelo […]

SIQUEIRA, Antônio José de

Nascido em 1858, Antônio José de Siqueira era filho de Raphael de Siqueira e Dona Maria do Rosário. Militar e engenheiro, foi capitão do Estado Maior de Artilharia, capitão do Corpo de Engenheiros e instrutor da Escola Militar da capital. Em 05/05/1892, foi nomeado pelo então presidente, Marechal Floriano Peixoto, para chefiar as Intendências de Obras e de Viação Geral. Afastou-se dos cargos meses depois, em 13/10/1892. No ano seguinte, foi nomeado ajudante de ordens do vice-presidente da União, atuando como seu secretário particular. Integrou o Estado Maior da vice-presidência, participando ativamente da defesa do governo durante as revoltas que se deram neste período. Foi eleito Deputado Federal pelo Distrito Federal em 1894, compondo a Comissão de Marinha e Guerra. Permaneceu no cargo de 03/05/1894 até 31/12/1896, com o fim deste mandato. Não se reelegeu no pleito seguinte. Neste mesmo ano, ascendeu ao posto de Major. Foi o primeiro presidente da Associação Republicana Brasileira, composta por delegados de diversos clubes republicanos da Capital Federal. Faleceu no dia 13/12/1900, no Rio de Janeiro, vítima de uma Tuberculose, sendo enterrado no cemitério São João Batista. Era casado com Maria Luisa Lopes de Siqueira.   José Ygor Silva Pena Luiza Ferreira

FRAGOSO, Augusto Tasso

Nascido em 28/08/1869, na cidade de São Luís (MA), Augusto Tasso Fragoso era filho de Joaquim Coelho Fragoso, comerciante português e cônsul no Maranhão, e de Maria Custódia Fragoso. Fez seus primeiros estudos nos colégios do Pires e São Paulo e no Liceu Maranhense, concluindo o ginasial aos 16 anos. Mudou-se para o Rio de Janeiro com o intuito de seguir carreira militar. Assentou praça em 21/03/1885, graças a uma alteração na sua data de nascimento para o ano de 1867, que permitiu ingressar mais cedo na carreira militar. Iniciou seus estudos na Escola Militar da Praia Vermelha, onde se aproximou do pensamento positivista e do movimento pela abolição da escravidão. Em seguida, cursou engenharia na Escola Superior de Guerra. Incorporado ao 2º Regimento de Artilharia, participou da intervenção militar que instaurou a república como forma de governo no país em 1889. Após recusar a proposta de Floriano Peixoto para ser Prefeito do Distrito Federal, Augusto Tasso Fragoso assumiu o cargo de Intendente de Obras e de Viação Geral em 10/12/1891. Exerceu intensa atividade administrativa à frente do cargo de Intendente, principalmente em relação à construção civil e ao abastecimento de gêneros alimentícios. Assinou posturas que dispunham sobre melhorias nos […]

BARRÃO, Carlos Augusto de Avilez

Carlos Augusto de Avilez Barrão graduou-se em engenharia civil, desempenhando diversas funções na área. Foi Chefe da Seção de Conservação da Estrada de Ferro D. Pedro II (1882); Vice-presidente da Associação Geral de Auxílios Mútuos da Estrada de Ferro D. Pedro II (30/06/1890); engenheiro residente da Estrada de Ferro Central do Brazil (24/07/1890), sendo removido deste cargo para o de Chefe de Distrito de Inspeção Geral das Obras Públicas da Capital Federal, responsável pela Estrada de Ferro do Rio do Ouro (1890), onde se aposentou por invalidez em 1891. Em 1890, se candidatou ao cargo de Deputado Federal sem ser eleito. No ano seguinte, assumiu interinamente as Intendências de Matadouro e Inflamáveis do Distrito Federal, tornando-se efetivo nesta última e acumulando também as Intendências de Viação Geral e de Obras. Em 10/12/1891, exonerou-se dos três cargos junto ao Conselho de Intendência. Segundo registros, em setembro de 1893, participou de ataques feitos por navios da marinha contra a capital do Estado do Rio de Janeiro – Niterói – durante a Revolta da Armada, representando os revoltosos contrários ao governo do Marechal Floriano Peixoto. Foi membro do Conselho Diretor do Clube de Engenharia, integrando a Comissão das obras de abertura da Avenida […]

CARVALHO FILHO, Vicente José de

Vicente José de Carvalho Filho nasceu no Rio Grande do Sul, na cidade de Porto Alegre, sendo filho de José Vicente de Carvalho e de Camilla Deolinda de Carvalho. Graduado em Engenharia Civil,  Vicente de Carvalho Filho trabalhou na Companhia Inglesa Estrada de Ferro da Bahia ao São Francisco como chefe de prolongamento. No início de 1887, Carvalho compôs uma comissão da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro, formada ainda por José Carlos de Carvalho e Humberto Saraiva Antunes, enviada à região de Ipoeira de João Venâncio para examinar um meteorito que havia lá caído em meados do século XVIII e estudar meios de transportá-lo para o Museu Nacional. Segundo a Revista de Engenharia, o Meteorito Bendegó, como ficou conhecido, descoberto em 1784 por Joaquim da Motta Botelho, foi considerado uma das maiores massas de ferro caídas na Terra até aquele momento, tendo causado grande depressão no terreno da queda e espalhado muitos estilhaços pelo seu entorno. Segundo a Revista, o meteorito possuía 7 pés de comprimento, 4 de largura e 2 de altura, pesando mais de 6 toneladas. Amostras de sua massa estavam espalhadas por museus da Europa. Em 27/11/1888, o meteorito foi recolhido ao Museu Nacional, na Quinta […]

LAMARE SOBRINHO, Joaquim Raymundo de

Nascido no Rio Grande do Sul, em 30/05/1844, Joaquim Raymundo de Lamare Sobrinho era descendente de tradicional família de militares, com pelo menos seis almirantes. Seu tio, Joaquim Raymundo de Lamare – Barão De Lamare –, de quem herdou o nome, foi Ministro da Marinha e Senador do Império do Brasil de 1882 a 1889. Era filho de Rodrigo Antonio de Lamare e Maria Joaquina de Almeida de Lamare.  Aos 20 anos participou da Guerra do Paraguai. Atuou nos combates de Paysandu nos dias 6, 8 e 11 de dezembro de 1864, sendo ferido neste último. Recebeu ao longo da vida diversas condecorações, a maioria delas conquistadas em combate, dentre essas a de decano dos sobreviventes da campanha do Paraguai. Em 14/08/1890, tomou posse do cargo de Intendente de Inflamáveis junto ao segundo Conselho de Intendência Municipal do Rio de Janeiro. Enquanto intendente, assumiu como interino a Diretoria Geral do Matadouro de Santa Cruz e a Intendência de Obras. Em 1890, junto aos intendentes Alfredo Piragibe e Augusto de Vasconcellos, formou a comissão encarregada de propor medidas para controle da venda de carne durante a crise de fornecimento. Em outubro deste ano, apresentou projeto em parceria com estes intendentes sobre o fechamento das […]

UCHÔA CAVALCANTI , José Barbalho de

Nascido em Pernambuco, José Barbalho de Uchôa Cavalcanti pertencia a família de políticos influentes de Sirinhaém. Era filho do Senador do Império, Álvaro Barbalho Uchôa Cavalcanti, e de Ana Maurício Vanderlei Cavalcanti, e irmão de João Barbalho Uchôa Cavalcanti, que, dentre outras funções, foi Ministro dos Transportes no governo de Deodoro da Fonseca, Senador e Ministro do Supremo Tribunal Federal, aposentando-se nesta função em 1906. Formado em Engenharia pelo Instituto de Engenheiros Civis de Londres, em dezembro de 1889 assumiu, em primeira ocupação, o cargo de Intendente de Obras do Rio de Janeiro, função que desempenhou até fevereiro de 1890. No ano seguinte, foi contratado pela Câmara Municipal de Juiz de Fora para elaborar nova planta cadastral da cidade. Retornou para o Rio de Janeiro em 1892, conduzindo os trabalhos de aterramento da lagoa Rodrigo de Freitas junto ao engenheiro Antônio de Carvalho Paes até 1894, quando as obras voltam a ser de responsabilidade da Companhia Melhoramentos da Lagoa e Botafogo. Foi nomeado, em 1901, liquidante provisório da Companhia Evoneas Fluminense, empresa privada criada em 1876 que recebia incentivos fiscais para a construção de vilas operárias. Junto a S.B. Passos, compra em agosto deste ano a concessão para exploração rodoviária […]

MORAES, Eduardo José de

Eduardo José de Moraes nasceu na Bahia, em 30/05/1830. Bacharel em Matemática e Ciências Físicas, foi também Engenheiro Geógrafo e Civil pela Escola Central do Império. Assentou praça no Corpo de Engenheiros do Exército em 07/02/1857, sendo promovido a alferes aluno em 14/03/1858. Posteriormente, ascendeu ao posto de 1º Tenente do Corpo de Engenheiros. Combateu na Guerra do Paraguai, sendo condecorado com a medalha de Campanha do Paraguai e com a de Mérito à Bravura Militar. Em 13/08/1890 foi também agraciado como cavaleiro da Ordem de Aviz. Em 1869, publicou Navegação interior do Brasil, projeto que ficou conhecido como Plano Moraes. O projeto visava a integração do país através da unificação de bacias hidrográficas por uma rede de navegação fluvial, e estradas que ligavam o litoral (Rio de Janeiro, Salvador e Recife) à bacia do Rio São Francisco. Com o intuito de melhorar a comunicação entre as províncias, chegou a propor a transferência da Corte Imperial para o interior, à beira do rio São Francisco. Atuou como engenheiro chefe da Estrada de Ferro de Paulo Affonso e fiscal do governo junto à companhia Inglesa da Via Férrea que ligava Santos à Jundiaí. Em 07/03/1890, o então Tenente-coronel foi nomeado Intendente Municipal do Distrito […]