PASSOS, Edison Junqueira
Secretário Geral de Viação, Trabalho e Obras Públicas

Filho de Antônio Augusto de Ribeiro Passos e de Maria Junqueira Passos, Edison Junqueira Passos nasceu em 19/11/1893, no município de Carangola, Minas Gerais.

Concluiu seus estudos primários em Juiz de Fora, transferindo-se para o Rio de Janeiro para dar continuidade a sua formação no Colégio Anchieta, em Nova Friburgo, e no Ginásio São Bento, no então Distrito Federal. Em 1912, ingressou na Escola Politécnica, atual Faculdade de Engenharia da UFRJ, onde recebeu os diplomas de  engenheiro-geógrafo (1915) e engenheiro civil (1917). Seu bom desempenho lhe rendeu, ainda durante a graduação, indicação para atuar como auxiliar de ensino prático das cátedras de Hidráulica e Porto de Mar.

O início de sua vida profissional foi bastante movimentado. Participou de projetos em diversos estados da federação, realizando desde levantamentos topográficos a cargo da municipalidade de Uberaba (MG), a serviços como primeiro engenheiro da Comissão Construtora do Prolongamento da Estrada de Ferro Mossoró (1920), no Rio Grande do Norte. Chegou a trabalhar no Triângulo Mineiro, além de atuar, de 1922 a 1923, como engenheiro-chefe da Estrada de Ferro de Goiás. Logo após, retornou à capital, consagrando grande parte de sua carreira ao funcionalismo público do Rio de Janeiro. Passando rapidamente pela Inspetoria de Engenharia Sanitária, foi na Secretaria de Viação e Obras Públicas onde permaneceu por mais tempo. Migrando de cargos como Auxiliar de Direção Geral e engenheiro ajudante de segunda e primeira classe, a ocupações de maior envergadura, como diretor de Limpeza Pública e de Patrimônio e Cadastro, em 1937, durante a primeira gestão do prefeito Henrique Dodsworth (1937-1939), passa a exercer o cargo máximo de Secretário da pasta. Pari passu a sua atuação política, manteve-se também no cenário acadêmico. No fim deste mesmo ano, quando já integrava o quadro docente da Escola Técnica do Exército, tornou-se professor titular de Materiais de Construção, Terrenos e Fundações da Escola Nacional de Belas Artes, onde, tempos depois, assumiria a cátedra de arquitetura. Quando de sua exoneração da Secretaria de Viação e Obras, em 1945, retornou, agora como mestre assistente, para a Escola Politécnica. Cinco anos mais tarde, sob a legenda do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), elegeu-se deputado federal, prestando uma de suas maiores contribuições à administração pública: a criação, no âmbito da Comissão de Transportes e Obras Públicas, do Plano Nacional de Viação.

Membro de instituições internacionais como American Concret Center, American Society for Testing Material e American Public Works Association, representou o Brasil na Comissão Pan-Americana de Cooperação Internacional realizada em Cuba. Eleito por três vezes presidente do Clube de Engenharia, é herança de sua segunda gestão, em 1947, a construção do edifício sede do Clube, localizado na Avenida Rio Branco e que hoje carrega seu nome.

Faleceu em 10/06/1954 na cidade do Rio de Janeiro, deixando viúva a senhora Justiniana Fleury Passos. Passou foi velado no Clube de Engenharia, na Av. Rio Branco, sendo sepultado no cemitério São João Batista

 

Amanda Vilela

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