RESTIER GONÇALVES, Aureliano

Aureliano Restier Gonçalves nasceu em Barra do Piraí, no Estado do Rio de Janeiro, em 08/04/1881. Era filho de Joaquim Pedro Gonçalves e Carolina Maria Restier Gonçalves. Cursou o ensino primário em seu município natal, transferindo-se mais tarde para o Rio de Janeiro, onde veio a frequentar o Colégio Pedro II e o Mosteiro de São Bento. Ingressou na administração pública municipal em 1904, no cargo de auxiliar de escrita da Diretoria Geral de Obras e Viação. Na mesma repartição, foi promovido a amanuense e, posteriormente, a 2º Oficial. Aureliano foi transferido para a Diretoria Geral de Estatística e Arquivo em 1924, muito provavelmente pelo reconhecimento de seu interesse pela pesquisa documental. No ano seguinte, na gestão do ex-prefeito Alaor Prata (1922-1926) foi publicado o seu livro Extratos e manuscritos sobre aforamentos. Em 1934 foi mais uma vez promovido, alcançando o posto de 1º Oficial.  Na data de 11/02/1935, por ato do Prefeito Pedro Ernesto, Aureliano foi designado para exercer o cargo interino de Chefe da Seção de Arquivo do Distrito Federal, tornando-se  efetivo em 31/03/1937. Em 11/01/1940, o Arquivo Geral transformou-se em um Serviço vinculado ao Departamento de História e Documentação da Secretaria Geral de Educação e Cultura. Restier Gonçalves […]

LOPES CARDOSO, Raul

Filho de Antonio Lopes Cardoso e Candida Lopes Cardoso, Raul Lopes Cardoso nasceu em 1871, na Bahia. Adentrou o locus da municipalidade do Distrito Federal em junho de 1908 enquanto Diretor Geral de Patrimônio. Foi designado, posteriormente, Superintendente do Theatro Municipal, projeto do qual esteve à frente por subordinação imediata a esta Diretoria. Ao ocupar durante anos e em primeira mão o cargo, Raul Cardoso esteve diretamente relacionado às reformas e adaptações do espaço físico do Municipal; como por exemplo sua atuação, a pedido de Henrique Coelho, representante da Escola Dramática Municipal, na solicitação de obras para sua melhor instalação, haja vista seu funcionamento provisório nos andares superiores da Usina do Theatro Municipal. Ainda sob sua administração, estavam os demais centros de cultura de grande relevância no circuito carioca da época, quais sejam o Teatro João Caetano e o Pavilhão Mourisco, este último desde seu arrendamento em 1917. Outrossim, era membro da Comissão Permanente de Promoções dos Funcionários Municipais em 1933. Neste mesmo ano, assinou concomitantemente pela Direção Geral de Patrimônio e pela Direção Geral interina de Estatística Municipal, o que anunciava as vicissitudes na composição dos órgãos que se seguiriam da junção destes sob a forma da Diretoria Geral […]

RODRIGUES, Antônio Luiz

Antônio Luiz Rodrigues nasceu em 08/08/1841, na vila de São Gonçalo, estado do Rio de Janeiro. Filho de lavradores, começou a trabalhar aos quatorze anos no comércio. Assentou praça aos dezessete anos e, em 1862, ingressou no Corpo Policial do Rio de Janeiro. Participou da Guerra do Paraguai, atuando na Batalha Naval do Riachuelo como oficial de terra. Recebeu honrarias e promoções ainda em campanha, alcançando o título de Major aos 27 anos. Ao final da guerra, retornou ao Rio de Janeiro, onde comandou o Corpo Policial. Em 1873 aposentou-se da carreira militar, transferindo-se anos depois para Campinas (SP), onde exerceu o cargo de oficial de registro e foi eleito provedor da Santa Casa de Misericórdia. Em 1893 retornou a sua cidade natal a convite de Marechal Floriano, que fora seu companheiro de batalha, para atuar como almoxarife geral da Prefeitura. Após a Proclamação da República, em 04/09/1900 foi nomeado pelo presidente Campos Salles (1898-1902) para a direção do Matadouro de Santa Cruz. Com a reintegração de Cândido Basílio Cardoso Pires ao cargo de Diretor do Matadouro de Santa Cruz em agosto de 1909, Antônio Luiz foi então transferido para a Diretoria de Higiene. No mês seguinte, foi designado para […]

DIAS DA CRUZ, Oscar Rodrigues

Nascido em 1872, Oscar Rodrigues Dias da Cruz era filho do despachante municipal Antônio Rodrigues Cruz e de D. Josephina Leopoldina da Cruz. Tenente da Guarda Nacional, em 1893, com a posse do Prefeito Henrique Valadares (1893-1895), ingressou na administração pública municipal no cargo de Segundo Oficial da Diretoria de Estatística e Arquivo. No ano seguinte, foi nomeado Amanuense Interino da Secretaria da Prefeitura Municipal, até transferir-se para a Diretoria de Estatística e Arquivo. Em 17/03/1926, Dias da Cruz assumiu interinamente o cargo de Diretor Geral do Arquivo do Distrito Federal. Por ato do Interventor Pedro Ernesto (1931-1934), datado de 11/07/1934, foi efetivado no cargo de Chefe da Seção de Arquivo da Diretoria do Patrimônio, Estatística e Arquivo. Em 1937, teve seu pedido de aposentadoria concedido. Foi também Presidente e Vice-Presidente do Conselho Deliberativo da Sociedade Beneficente dos Funcionários Públicos, função que desempenhou até a sua morte, em 26/03/1954, no Rio de Janeiro. Deixou a esposa, D. Cecília D’Albuquerque Cruz, com quem foi casado por mais de 50 anos.   José Ygor

HOMEM DE MELO, Manoel Marcondes

Natural de São Paulo, Manoel Marcondes Homem de Melo era filho do Visconde de Pindamonhangaba, Francisco Marcondes Homem de Melo, e irmão de Francisco Inácio Marcondes de Melo, o barão Homem de Melo. Formou-se em Direito pela Faculdade de São Paulo em 1876. No final do mesmo ano, Manoel Marcondes foi nomeado Promotor Público da Comarca de Batatais, posteriormente chegando a exercer o cargo de Juiz Municipal e de Órfãos e um mandato como Vereador pelo mesmo município paulista. Entre agosto de 1893 e abril de 1897, chefiou a Seção Administrativa do Archivo do Distrito Federal. Assumiu em 21/10/1914 o cargo de Chefe da Seção do Archivo do Distrito Federal, da Diretoria de Estatística e Arquivo, permanecendo na função até a sua aposentadoria, em 1917. Faleceu no Rio de Janeiro, em 16/10/1920, sendo enterrado no cemitério São João Baptista. Deixou esposa – D. Paulina Torres Marcondes -, e cinco filhas: Idalina Marcondes Thelier, Manoelita Marcondes de Souza Bandeira, Pureza Marcondes, Valentina Marcondes e Heloisa Marcondes. José Ygor

LEGEY, José de Paiva

José de Paiva Legey trabalhou como vigilante da Biblioteca Municipal (1882), foi também amanuense da Secretaria da antiga Câmara Municipal (1884), chegando ao cargo de 2º oficial (1887). Iniciada a República, Legey assumiu o cargo de 1º oficial da Diretoria Geral de Interior e Estatística. Em 13/08/1902, foi nomeado chefe da 2º Seção da 1º Subdiretoria de Polícia Administrativa e Arquivo num momento onde o arquivo possuía pouca força política na posição subalterna em que se encontrava na estrutura de governo. Durante sua gestão, Legey fez diversas reclamações sobre situação daquela instituição, que além do pouco espaço que obtinha, instalada em uma pequena sala do pavimento superior do Paço Municipal, ainda contava com equipe bastante reduzida se comparada ao volume de trabalho necessário para organizar tamanha massa documental. Compreendendo a situação precária em que funcionava o arquivo, em 1904 o então prefeito Pereira Passos autorizou o descarte de documentos considerados de menor relevância e a reforma do Paço Municipal, onde se encontrava o Arquivo neste momento. Realizada no mesmo ano pelo arquiteto Oscar Pareto Torres, o melhoramento se limitou a reforçar as estruturas do segundo pavimento de forma a suportar o peso da documentação ali alocada. Mesmo com todos os […]

MACEDO, Francisco Salles de

Francisco Salles de Macedo, historiador, bacharelou-se pelo Colégio Pedro II. Mais tarde, foi funcionário do Archivo Publico Nacional, trabalhando ao lado do então diretor Machado Portella. Na ocasião, foi responsável pelos primeiros números das Publicações do órgão. Em 15/08/1893, no mesmo ato que designou Mello de Moraes para a Direção do Archivo Geral, Francisco Salles de Macedo foi nomeado para chefiar a Seção Histórica, onde permaneceu até 1898, quando foi promovido ao cargo de subdiretor da Diretoria Geral do Interior e Estatística. Salles de Macedo desenvolveu inúmeras pesquisas historiográficas nos documentos arquivados, lançando mão de seu extenso conhecimento de Paleografia, o que, por sua vez, lhe permitiu decifrar os antigos manuscritos que estavam sob a guarda da seção que chefiava. Tal empreendimento contribuiu para a composição de publicações como a Revista do Archivo do Districto Federal, que teve seu primeiro fascículo publicado em abril de 1894 e, até 1897, se concentrou em divulgar gravuras, mapas e plantas de grande relevância histórica. A partir de 1898, atuou como subdiretor da Diretoria de Polícia Administrativa, Arquivo e Estatística, exercendo interinamente a Diretoria da repartição em 1903 e 1907. Em 03/01/1901, assumiu o cargo de Chefe da Terceira Seção de Arquivo do Distrito […]

MORAES FILHO, Alexandre José de Mello

Nascido na província da Bahia, em 23/02/1843, era filho do historiador Alexandre José de Mello Moraes. Em Salvador cursou seus estudos preparatórios, vindo em seguida para o Rio de Janeiro cursar aulas de Humanidades. Em 1864, fez parte da redação do jornal científico, recreativo e poético chamado Estréa litteraria. Em seguida, partiu para Bruxelas, onde formou-se em Medicina em 1872. De volta ao Brasil, passou a dedicar-se ao jornalismo, atuando em diversos jornais do Distrito Federal. Destacou-se como poeta, historiador e folclorista, tendo publicado extensa bibliografia, incluindo Crônica Geral do Brasil 1500-1700 (1886), Crônica geral e minuciosa do Império do Brasil desde a descoberta do Novo Mundo ou América até 1879 (1879) e História do Brasil-Reino e Brasil Império. Em 1882, dirigiu a Revista da Exposição Antropológica Brazileira, dedicada a estudos sobre os povos indígenas do Brasil. Entre 1893 e 1900, foi Diretor-arquivista do Arquivo do Distrito Federal. Tomou posse no cargo no mesmo dia da sua nomeação, permanecendo neste até 17/12/1900, quando o Arquivo perdeu o status de diretoria e passou a Terceira Seção de Arquivo Geral da 1ª Subdiretoria da Diretoria Geral de Estatística, por ordem da promulgação do Decreto Legislativo nº 785. Contudo, mesmo depois deste Decreto, […]

DINIZ, Damaso de Albuquerque

Nascido em 1830, Damaso de Albuquerque Diniz era filho de Antonio Joaquim de Albuquerque Diniz e Maria José de Alencastro Diniz. Consta que em 1865 compunha a Câmara de Vereadores de São Fidelis, no interior da Província do Rio de Janeiro, junto a um de seus sete irmãos, Lopo de Albuquerque Diniz, que desempenhava a função de vacinador. Em junho de 1881, Damaso de Albuquerque Diniz foi nomeado médico do novo Matadouro da cidade do Rio de Janeiro, localizado no bairro de Santa Cruz, que seria inaugurado em setembro deste mesmo ano. Em fevereiro de 1890, assumiu a chefia do Arquivo da Intendência de Instrução e Estatística, permanecendo no cargo até 15/08/1893, quando pede exoneração. Segundo registros, em 1899 atuava como escriturário da Diretoria de Fazenda da Prefeitura. Em Novembro de 1913, aos 83 anos, foi aceito sócio da União Republicana. Faleceu no mesmo mês, no dia 26/11/1913, no Rio de Janeiro.     José Ygor Silva Pena Luiza Ferreira

PIRES DE ALMEIDA, José Ricardo

Filho do Dr. Joaquim Pires Garcia e de D. Maria Luiza Pires, José Ricardo Pires de Almeida nasceu no Rio de Janeiro, em 07/12/1843. Médico de formação, foi também jornalista, historiador e teatrólogo. Cursou três anos de Direito na faculdade de São Paulo, mudando de curso e graduando-se em 1871, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Sua atuação na área se inicia no Instituto Vaccinico, como comissário vacinador nas freguesias de Inhaúma, Irajá e Jacarepaguá. Posteriormente, foi médico adjunto da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Em 1855 foi nomeado para o cargo de Chefe do Arquivo da Secretaria da Câmara Municipal, permanecendo na função por mais de três décadas. Em relatório datado de 20/01/1890, Pires de Almeida faz um desabafo sobre a perda de atribuições que o Arquivo vinha sofrendo frente à Seção de Tombamento. Segundo afirma: “Por quanto à Seção de Tombamento tem sido conferida toda a parte ativa das investigações, ao arquivista só ficou o papel passivo de guarda dos papéis subordinados à secretaria (…) Ora, desde que à Seção de Tombamento compete a iniciativa, o arquivista não tem mais que manter a boa ordem nos documentos confiados à sua vigilância; é o que eu tenho feito […]