LEÃO, Antônio da Rocha

Filho de Anna Amélia Vieira da Rocha e natural de Minas Gerais, Antônio da Rocha Leão nasceu em 06 de setembro de 1877. Escolarizou-se no Ginásio Mineiro, trabalhando como Fiscal de Rendas desse mesmo estado. Todavia, foi no Rio de Janeiro, na época Distrito Federal, onde fez carreira e destacou-se como político local. Ingressou no funcionalismo público carioca como Fiscal de Rendas do Distrito Federal, profissão que exerceu nos primeiros anos do século XX. No entanto, será somente na década de 1930, ao entrar no Partido Autonomista do Distrito Federal, que iniciará sua trajetória política. Seu papel na Comissão de Orçamento do município o levou a ser nomeado pela administração Pedro Ernesto Delegado Fiscal, em 1932; Subdiretor Fiscal, em 1933, aposentando-se desse cargo somente em 1946; e Diretor da Secretaria do Gabinete do Prefeito, em 1934, ocupando o cargo de secretário interinamente depois da exoneração de seu sucessor Amaral Peixoto. Paralelamente, elege-se a Câmara Municipal com apoio da Liga Católica em 1934, sendo o líder do governo Pedro Ernesto nessa casa. Retorna ao cenário político ao filiar-se ao Partido Social Democrático (PSD) em 1945, elegendo-se mais uma vez vereador do Rio de Janeiro em 1950. Faleceu em 14 de julho […]

CARVALHO, João Luiz de

Nascido num dia 03 de fevereiro, João Luiz de Carvalho foi gerente diretor do jornal O Radical durante as décadas de 1930 e 1940. Nesse período, se envolveu com a política do Rio de Janeiro e se tornou líder da ala progressista do Partido Social Democrático (PSD) em 1945. Presidente do sindicato dos lavradores, passou a integrar o conselho nacional de trânsito e buscou se aproximar de outros movimentos trabalhistas, organizando diversos comícios pelos subúrbios cariocas. Deixou o PSD e candidatou-se a vereador do Rio de Janeiro pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) em 1946 e 1950, vencendo os pleitos. Presidente da comissão de agricultura, era considerado um dos vereadores mais ativos da câmara, se tornando seu Primeiro Secretário em 1950 e líder da bancada do PTB em 1951. Assumiu a Secretaria Geral de Agricultura em dezembro de 1952 e manteve-se no cargo até fevereiro de 1954. Candidatou-se novamente em 1960 e 1962, mas foi derrotado nas duas disputas. Nomeado delegado federal do Ministério da Agricultura, chefiou o gabinete do vice-governador do Estado da Guanabara em 1967. Na década de 1970, lecionou na recém-criada Faculdade de Ciências Econômicas de Campo Grande. Rafael Martins de Araujo

VIEIRA FILHO, Antônio Mourão

Antônio Mourão Vieira Filho nasceu no dia 07 de setembro de 1909, no Amazonas, filho de Antônio Mourão Vieira e Leolinda Rodrigues Mourão. Foi casado com D. Nilda Mendes e teve quatro filhos. Estudou por alguns anos em seu estado natal até chegar ao Rio de Janeiro em 1930. Logo depois de chegar ao Distrito Federal, iniciou os estudos na Escola de Medicina e Cirurgia e fundou o Colégio Cardeal do Leme na região da Leopoldina. Em 1936, foi aprovado em concurso para trabalhar na Superintendência de Educação e Assistência e Menores. Também trabalhou no Instituto de Pesquisas Educacionais e integrou a Diretoria de Fiscalizações da Fundação Médico Cirúrgica. Candidatou-se a vereador pelo Partido Democrata Cristão (PDC) do Distrito Federal em 1947, mas foi derrotado e conseguiu apenas uma cadeira suplente na câmara em 1949, iniciando sua carreira política. Deixou o PDC e ingressou no Partido Trabalhista Brasileiro (PDT) em 1950, disputando o pleito e sendo novamente derrotado. Nomeado Secretário Geral de Educação e Cultura em dezembro de 1952, ocupou o cargo até fevereiro de 1954, quando finalmente se elegeu pelo Partido Social Progressista (PSP). Em dezembro de 1957, foi designado Secretário Geral de Saúde e Assistência, permanecendo no posto […]

ROMERO, Nilo

Formado em medicina em 1937, Nilo Romero estudou no Colégio Pedro II na década de 1920 e se tornou enfermeiro auxiliar da Diretoria Geral de Assistência do Distrito Federal no início da década de 1930. Em 1935, foi designado para servir na subdiretoria dos serviços médicos hospitalares e, no ano seguinte, tornou-se auxiliar acadêmico da prefeitura. Depois de se formar, abriu um consultório médico no qual atuou durante a década de 1940. Nesse período, também deu entrevistas e escreveu colunas de jornal sobre a contribuição da medicina para a educação brasileira, afirmando a importância do Instituto Médico Pedagógico, criado no fim da década de 1930. Além disso, era atuante no cenário político carioca, chegando à presidência do Núcleo do Rio Cumprido do Partido Social Democrático (PSD) e sendo eleito vereador do Distrito Federal em 1946. Como vereador, integrou a comissão permanente de educação e cultura; participou da comissão encarregada de estudar a consolidação das leis de ensino primário; e substituiu Leite de Castro na comissão de Saúde e Assistência, criando um projeto polêmico que visava instituir um “repouso semanal remunerado” para os vereadores. Voltou a ser eleito vereador nas duas legislaturas seguintes, ambas as vezes pelo Partido Republicano (PR). Presidiu […]

CARDOSO, Ernani Figueiredo

Filho de José Francisco Cardoso e Maria Amélia Morais, neto do ex-presidente da Província do Paraná José Francisco Cardoso, e irmão de José e Jayme de Figueiredo Cardoso, foi em 01 de janeiro de 1888 que nasceu no Rio de Janeiro Ernani Figueiredo Cardoso. Em 1912, contraiu matrimônio com Alayde Silva Cardoso, mãe de seus filhos e sua companheira até o final da vida. Formou-se no externato do Ginásio Nacional (atual Colégio Pedro II) em 1910, e depois prosseguiu os estudos na Faculdade de Filosofia e Letras, integrando em 1920 a primeira turma de formandos do curso de Ciências Políticas e Sociais. Na sequência, adentra a Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, tornando-se bacharel. Em 1905, quando era ainda estudante do ensino básico, fundou em sua própria casa em Cascadura o Colégio Arte e Instrução, primeiro a oferecer o nível ginasial no Subúrbio Carioca. O centenário colégio, desativado em 2013, era ponto de referência, atraindo alunos de toda a Zona Norte e da Baixada Fluminense e sendo por esta razão tombado pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH) por iniciativa dos moradores da região em 2015. A ele, Ernani Cardoso se dedicou ao longo de toda a […]

DE CARVALHO, Amandino Ferreira

Filho de Bonifácio Carvalho e Maria Gonçalves Carvalho, Amandino Ferreira de Carvalho nasceu em 31 de dezembro de 1894, na cidade de Amarante no Piauí. Em 1926, contraiu matrimônio com Hercília Nunes. Transfere-se para a capital do estado a fim de cursar o primeiro grau no Liceu Piauiense, realizando nova mudança em 1912, desta vez indo ao Rio de Janeiro, onde diplomou-se engenheiro civil pela Escola Politécnica em 1918. Formado, iniciou sua carreira em firmas comerciais da cidade, onde veio a conhecer Olivio Nunes, pai de sua futura esposa. Todavia, sua trajetória logo se confundiu com a da municipalidade quando tornou-se professor da Escola Normal de Artes e Ofícios Wenceslau Braz e, simultaneamente, engenheiro auxiliar da Diretoria Geral de Obras. A proibição do acúmulo de funções públicas põe fim a sua atividade docente em 1938, mesmo ano em que foi nomeado Diretor de Matas e Jardins, estando a frente do projeto de construção do Jardim de Alá na Zona Sul da cidade. Dirigiu ainda os serviços municipais subordinados à Secretaria Geral de Viação, Trabalho e Obras Públicas e o Departamento de Parques até o fim da administração de Henrique Dodsworth. Com o retorno dos partidos a cena política nacional, filia-se […]

HANDAM FILHO, Salomão Hassem

Baiano, Filho de Salomão Hassem Handam e de Idalina Rophe Dudem, Salomão Hassem Handam Filho foi casado com Elizabeth Alves Ribeiro, com quem teve uma filha chamada Cilene. Formou-se em medicina no Rio de Janeiro depois de Estudar no Colégio Pedro II. No início da década de 1940, atuou como médico da reserva militar e foi nomeado para o Departamento de Assistência Hospitalar do Distrito Federal em 1945. Iniciou sua carreira política cinco anos depois, quando venceu o pleito pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PDT) e assumiu uma cadeira na câmara dos vereadores. Este foi o primeiro de três mandatos como vereador, sendo o segundo em 1954 e o último em 1958. Neste período, também foi designado Secretário Geral do Interior e Segurança, ocupando o cargo entre setembro de 1953 e fevereiro de 1954. Deixou a câmara dos vereadores para se tornar deputado e Primeiro-Secretário da Assembleia Legislativa em 1962. Quatro anos depois, vinculou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que o elegeu para assembleia constituinte em 1974. Faleceu em dezembro de 1984. Rafael Martins de Araujo