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DE CARVALHO, Amandino Ferreira
Secretário Geral de Viação e Obras Públicas; Secretário Geral de Agricultura, Indústria e Comércio

Filho de Bonifácio Carvalho e Maria Gonçalves Carvalho, Amandino Ferreira de Carvalho nasceu em 31 de dezembro de 1894, na cidade de Amarante no Piauí. Em 1926, contraiu matrimônio com Hercília Nunes.

Transfere-se para a capital do estado a fim de cursar o primeiro grau no Liceu Piauiense, realizando nova mudança em 1912, desta vez indo ao Rio de Janeiro, onde diplomou-se engenheiro civil pela Escola Politécnica em 1918.

Formado, iniciou sua carreira em firmas comerciais da cidade, onde veio a conhecer Olivio Nunes, pai de sua futura esposa. Todavia, sua trajetória logo se confundiu com a da municipalidade quando tornou-se professor da Escola Normal de Artes e Ofícios Wenceslau Braz e, simultaneamente, engenheiro auxiliar da Diretoria Geral de Obras. A proibição do acúmulo de funções públicas põe fim a sua atividade docente em 1938, mesmo ano em que foi nomeado Diretor de Matas e Jardins, estando a frente do projeto de construção do Jardim de Alá na Zona Sul da cidade. Dirigiu ainda os serviços municipais subordinados à Secretaria Geral de Viação, Trabalho e Obras Públicas e o Departamento de Parques até o fim da administração de Henrique Dodsworth.

Com o retorno dos partidos a cena política nacional, filia-se ao Partido Republicano (PR), pelo qual concorreu sem sucesso a uma vaga na câmara dos vereadores em 1947. Apesar do malogro, a data marca mais uma promoção na prefeitura, do cargo de Diretor do Departamento de Transportes, que ocupava desde 1946, à chefia da Secretaria Geral de Viação e Obras Públicas. De sua gestão, destacam-se a reformulação burocrática empreendida no Departamento de Edificações – de forma a facilitar a liberação de concessões para construções –, o acompanhamento das obras de duplicação do Túnel do Leme, e a abertura do edital de licitação para a edificação do túnel que ligaria o Catumbi às Laranjeiras. Destituído do posto em Fevereiro de 1948, torna-se, no ano seguinte, responsável interino pelo expediente da Secretaria de Agricultura, Indústria e Comércio, onde permanece até 1950.

Em 1951, novamente pela sigla do PR, candidata-se a Vereador do Distrito Federal, sendo eleito para o mandato de 1951-55 e reeleito para exercer o cargo eletivo em 1955-59. Acordos partidários o levam novamente para o comando da Secretaria de Agricultura, Indústria e Comércio em 1955, período no qual emite novo regulamento para as feiras livres cariocas. Em 1958, mais uma vez é nomeado Secretário Geral de Viação e Obras Públicas. Entretanto, permanece poucos meses nesta função, da qual abre mão para retornar às suas Incumbências no legislativo. Candidato não eleito à constituinte do recém formado Estado da Guanabara, foi ainda Diretor de Prédios e Aparelhamentos Escolares em 1960 e chefe do setor de informação parlamentar na SURSAN em 1961.

Teve destacada atuação nas associações de sua categoria, notoriamente no Clube de Engenharia. Membro de sua diretoria durante mais de 30 anos, foi eleito sócio benemérito da instituição, em cuja sede inaugurou-se a sala Amandino Ferreira de Carvalho em sua homenagem.

Faleceu em 30 de março de 1976.

Caio Mathias

Fontes

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