MEGA, Lourenço
Diretor de Segurança

Nascido no Rio de Janeiro num dia 11 de maio, Lourenço Mega Figlio – ou simplesmente Lourenço Mega, como ficou conhecido – foi filho de Rita Mega e Lourenço Mega, comerciante italiano que, como tantos outros na virada do século XIX para o século XX, migraram para o Rio em busca de uma nova vida.

Formou-se na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro em 1918, já distinguindo-se pela sua participação no Comitê Pró Pátria em solidariedade à República Brasileira e aos demais estados aliados durante a Primeira Guerra Mundial, e pela direção do jornal de artes ‘’Brasil Artístico’’.

Começa a atender no seu escritório de advocacia, porém logo adentra a política ao se eleger Intendente Municipal em 1926 e reeleger-se em 1928, após se candidatar sem êxito para o mesmo posto em 1922. No entanto, com a eclosão da Revolução de 1930, tem seu mandato cassado.

Após esse episódio, ingressa na polícia do Rio de Janeiro, ocupando os cargos de Interventor da Guarda Noturna e de Sub-Inspetor. Todavia, é após a queda de Pedro Ernesto e o início do Estado Novo que começa a galgar postos na corporação. Torna-se Inspetor da Polícia Municipal em 1937, trabalhando junto ao Secretário Geral do Interior e Segurança Átila Soares. Quando esta secretaria é desmembrada, em 1938, e em função da estima que adquire dentro da burocracia estadonovista, Mega passa a exercer a Direção de Segurança do Distrito Federal. Em 1940, esta diretoria sofre nova reorganização administrativa e é transformada em Departamento de Vigilância, subordinado a secretaria do prefeito. Neste período, destaca-se tanto pelo combate a crimes políticos quanto a crimes de natureza comum. Também realizou exercícios junto a população para a eventual necessidade de defesa da cidade em função da Segunda Guerra Mundial. Deixa este cargo em 1946, mantendo-se, contudo, no serviço público. Neste período, tem também breve passagem pela Comissão responsável por elaborar o regimento do Departamento de Vigilância da Secretaria Geral do Interior e Segurança, além de filiar-se em 1947 no Partido Republicano.

Aposentando-se em 1961, passou seus últimos dias vivendo dos rendimentos de seus diferentes imóveis no Rio de Janeiro, onde veio a falecer no início da década de 1980.

Caio Mathias

Fontes

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