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CATALANO, Júlio Cesar
Secretário Geral de Administração, Chefe da Casa Civil, Secretário Geral de Interior e Segurança

Nascido em 09 de agosto de 1911 no Rio de Janeiro, Júlio César Catalano era filho de José Catalano e Francisca Spinelli e irmão do ator cômico Humberto Catalano e do médico Braz Catalano. Em 1935, contraiu matrimônio com Déa Góes, filha do destacado político carioca Odin Fábregas de Góes. O casamento de mais de 50 anos deu origem a Paulo César Catalano, Secretário Municipal da Fazenda entre 1980 e 1982.

Adentrando no Externato do Colégio Pedro II em 1921, prossegue os estudos na Escola de Direito do Rio de Janeiro. Ainda durante a formação, torna-se secretário do Engenho de Dentro Atlético Clube.

Com o título de bacharel em mãos, rapidamente inicia sua trajetória na política carioca. A filiação ao Partido Autonomista do Distrito Federal em 1934 lhe faculta a nomeação para Subdiretor Administrativo do Interior da capital federal no ano seguinte, cargo que acumulou ao de delegado e onde permaneceu até 1937. Mantém-se vinculado à Secretaria Geral do Interior e Segurança no cargo de oficial de vigilância até 1941, sendo readmitido em 1945 enquanto chefe do expediente. É por esta razão escolhido interinamente para responder pelo órgão quando da ausência do titular Ernani Figueiredo Cardoso em Junho de 1946. Todavia, se afasta mais uma vez da repartição neste mesmo ano para concorrer à Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. Junto com o mandato iniciado em 1947, torna-se chefe da bancada do PSD no colegiado municipal, destacando-se pela defesa da autonomia do Distrito Federal, pelas disputas administrativas a favor da construção do Estádio do Maracanã, e pela lei em prol do uso de crédito pelo Montepio Municipal, de sua autoria.

Sai da assembleia legislativa em 1952, quando passa a exercer o posto de Secretário Geral de Administração durante o governo de Dulcídio do Espírito Santo Cardoso (1952-54). À frente da função, foi responsável por uma reforma burocrática nos quadros dos servidores públicos da municipalidade. Ausente do secretariado de Alim Pedro (1954-55), retorna com a administração Francisco de Sá Lessa (1955-58), quando é elevado ao cargo de Secretário Geral do Interior e Segurança, sendo em 1956 remanejado para a chefia da Secretaria Geral de Administração, onde permanece durante pouco menos de um mês. Delegado Fiscal da Prefeitura desde 1954, ocupa esta posição até ser nomeado, por Francisco Negrão de Lima (1965-71), Administrador Regional de Copacabana, na altura a mais importante unidade administrativa do Estado da Guanabara. Neste período capitaneia as obras de ampliação da rua Barata Ribeiro e da Avenida Atlântica. Com a nomeação de Carlos Leite Costa para o Tribunal de Contas do Estado, Catalano o substitui no comando da Casa Civil da Guanabara até o fim do governo de Negrão de Lima em 1971.

Afastado da administração pública e aposentado da municipalidade, passa a compor o conselho administrativo do Banco Crecif. Torna-se então membro do Conselho de Contribuintes do Município do Rio de Janeiro, o qual chegou a presidir; assessor do Ministro da Administração Aloisio Alves durante o governo de José Sarney; e finalmente, em 1994, Subsecretário de Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia, última função que desempenhou.

Caio Mathias

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