Natural do Distrito Federal, o General de Brigada Augusto Afonso Limpo Teixeira de Freitas nasceu em 07/07/1873, sendo filho do advogado Augusto Teixeira de Freitas Junior e de Anna Limpo Teixeira de Freitas. Era neto pelo lado paterno do jurista Augusto Teixeira de Freitas e pelo lado materno do propagandista republicano e ex-presidente da província de Minas Gerais Antônio Paulino Limpo de Abreu.
Cursou a extinta Escola Militar da Praia Vermelha formando-se, posteriormente, Engenheiro Civil e Militar pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Ingressou no exército, participando junto a seu antigo colégio dos levantes militares ocorridos durante a Revolta da Vacina em 1904, sendo logo depois anistiado. Manteve-se nas Forças Armadas na Arma de Engenharia, aplicando seus conhecimentos acadêmicos na construção e reforma de diferentes quartéis do exército. Foi alçado a Chefe do Gabinete do Estado Maior do Exército em 1923, à chefia da Escola de Estado Maior em 1925 e, finalmente, a Chefe de Gabinete Militar da Presidência da República durante o governo de Washington Luís (1926-30).
Com a vitória da Revolução de 1930, e em função dos seus vínculos com o governo predecessor, reivindicou ser colocado na reserva. Após um período de ausência da vida pública, ocupando-se dos cargos de vice-diretor da Cruz Vermelha Brasileira e de membro da Irmandade de Santa Cruz dos Militares, adentrou a administração pública do Distrito Federal. Nesta municipalidade, primeiro compôs a Diretoria de Engenharia, exonerando-se quando esta foi extinta em 1938. Passou então a ocupar o posto de Assistente Técnico da Secretaria Geral de Finanças em 1939, sendo transferido para ocupar a chefia da Secretaria Geral de Administração em 1943 – primeiramente como interino e depois efetivo – até 1945, quando retornou à Secretaria de Finanças para dirigi-la entre outubro e novembro. Foi também membro da Comissão de Regulamentação do Instituto da Previdência da Prefeitura do Rio de Janeiro, em 1939, e da comissão incumbida de realizar os primeiros estudos para a construção do palácio da prefeitura e de suas sedes distritais, em 1941.
Nas décadas de 1950 e 1960, voltou-se a empresas do ramo privado de engenharia civil, chefiando a Empresa Estill, fazendo parte da BRASILEC e dirigindo a Sociedade Técnica de Empreendimentos de Engenharia Ltda.
Já reformado no Exército, veio a falecer em sua residência na Tijuca, em 07/01/1962, sendo sepultado no cemitério São Francisco Xavier. Deixou viúva Maria Clara Ferreira Teixeira de Freitas, mãe de seus cinco filhos.
Em sua homenagem, a biblioteca do 1º Batalhão da Polícia do Exército recebeu o seu nome.
Caio Mathias