VIEIRA FILHO, Antônio Mourão

Antônio Mourão Vieira Filho nasceu no dia 07 de setembro de 1909, no Amazonas, filho de Antônio Mourão Vieira e Leolinda Rodrigues Mourão. Foi casado com D. Nilda Mendes e teve quatro filhos. Estudou por alguns anos em seu estado natal até chegar ao Rio de Janeiro em 1930. Logo depois de chegar ao Distrito Federal, iniciou os estudos na Escola de Medicina e Cirurgia e fundou o Colégio Cardeal do Leme na região da Leopoldina. Em 1936, foi aprovado em concurso para trabalhar na Superintendência de Educação e Assistência e Menores. Também trabalhou no Instituto de Pesquisas Educacionais e integrou a Diretoria de Fiscalizações da Fundação Médico Cirúrgica. Candidatou-se a vereador pelo Partido Democrata Cristão (PDC) do Distrito Federal em 1947, mas foi derrotado e conseguiu apenas uma cadeira suplente na câmara em 1949, iniciando sua carreira política. Deixou o PDC e ingressou no Partido Trabalhista Brasileiro (PDT) em 1950, disputando o pleito e sendo novamente derrotado. Nomeado Secretário Geral de Educação e Cultura em dezembro de 1952, ocupou o cargo até fevereiro de 1954, quando finalmente se elegeu pelo Partido Social Progressista (PSP). Em dezembro de 1957, foi designado Secretário Geral de Saúde e Assistência, permanecendo no posto […]

ANTUNES, Alair Accioli

Casado com D. Maria de Gusmão Antunes, Alair Accioli Antunes formou-se na Faculdade de Medicina, no Rio de Janeiro. Iniciou sua carreira como funcionário público depois de ser aprovado em concurso para Inspetor Médico de Escola Municipal em 1916. Professor da Escola Normal, assumiu a regência de uma turma para a cadeira de História, em 1921. Nesse período, também teve grande envolvimento com os esportes da cidade, chegando a ser vice-presidente da Liga Metropolitana de Futebol (a primeira a organizar o campeonato carioca) por um curto período. Atuou como docente ao longo de toda sua carreira na municipalidade. Em 1939, tornou-se Diretor do Instituto de Educação e assumiu a presidência do Conselho Diretor da Associação Brasileira de Educação. Mesmo ocupando esses cargos, Alair Accioli Antunes manteve seu vínculo com o futebol. Comandou o Conselho Deliberativo do Fluminense Football Club durante as décadas de 1950 e 1960. Além disso, passou pela Escola Técnica de Serviço Social, respondeu pelo expediente no Departamento de Educação Complementar e assumiu, em 1952, o cargo interino de Secretário Geral de Educação e Cultura. Na década de 1950, Alair Accioli Antunes, ainda diretor do Instituto de Educação teve de enfrentar momentos conturbados no Instituto de Educação. Em […]

BRITO, Mário Paulo de

Filho de Bernardino Pereira de Brito e Alexandrina de Brito, Mário Paulo de Brito nasceu em 14 de janeiro de 1894 e casou-se com Arthuza Lopes de Brito. Formado pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro em 1915, foi aprovado em concurso para professor de geometria na Escola Normal do Instituto de Educação e para professor substituto da Escola Politécnica, da qual se tornou titular em 1925, mesmo ano em que integrou o Conselho Nacional de Ensino. Além disso, assumiu a Diretoria da Escola Secundária do Instituto de Educação no fim da década de 1920. Em 1930, candidatou-se a deputado federal pelo Partido Democrático do Distrito Federal (PD), mas não conseguiu a eleição. Após a derrota, foi nomeado membro do Conselho de Educação, deixando a Diretoria da Escola Secundária do Instituto de Educação para dirigir, primeiro, o Instituto de Educação e, depois, em 1938, a Divisão de Aperfeiçoamento do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP). Pela DASP, viajou aos Estados Unidos para fazer estudos sobre a seleção de pessoal por parte do funcionalismo público. Ao retornar ao Brasil, no início da década de 1940, deixou a cadeira de química analítica da Escola Politécnica para tomar posse da cadeira de química […]

MARANHÃO, Paulo Júlio Albuquerque

Paulo Júlio de Albuquerque Maranhão foi casado com Celina dos Reis Maranhão, com quem teve uma filha. Funcionário da Prefeitura do Distrito Federal desde a década de 1920, exerceu o cargo de inspetor escolar e, em seguida, de professor. Convocado para tomar posse no conselho de educação da Prefeitura em 1931, tornou-se Superintendente de Educação Elementar do Departamento de Educação e participou da comissão que estabeleceu as bases para a regulamentação da carreira pessoal de ensino no Rio de Janeiro. No início da década de 1940, foi designado para o posto de Chefe Educacional de Distrito. Ao longo do decênio, assumiu interinamente o cargo de Diretor de Educação Primária, que ocupou em definitivo em 1947. Dois anos depois, retornou à Superintendência de Educação Primária e respondeu pelo expediente da Secretaria Geral de Educação e Cultura durante o impedimento do titular. Faleceu em setembro de 1965. Rafael Martins de Araujo

CUNHA, Musetta de Carvalho Brás da

Musetta de Carvalho Brás da Cunha foi casada com Renato Braz da Cunha, com quem teve uma filha. Em janeiro de 1928, assumiu a Diretoria Geral de Instrução Pública, vinculada ao Departamento de Educação. Entre maio e julho de 1947, respondeu pelo expediente da Secretaria Geral de Educação e Cultura e, cinco anos depois, completou 25 anos de funcionalismo público. Rafael Martins de Araujo

PIERO, Fioravanti Di

Fioravanti Alonso de Piero nasceu no dia 13 de maio de 1904, em Itatinga (SP), e foi casado com Nair Leite de Piero, com quem teve dois filhos. Formou-se em medicina pela Faculdade da Praia Vermelha em 1929; apenas três anos após completar a graduação, seu estudo “Da pressão venosa em semiologia” foi premiado pela Academia Nacional de Medicina. Integrou a Sociedade de Medicina e Cirurgia ainda nos primeiros anos da década de 1930, quando se tornou professor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Em 1936, criou com Luthero Sarmanho Vargas o Plano de Assistência e Previdência para a Caixa de Aposentadoria e Pensões dos operários estivadores, assumindo a diretoria dos Serviços Médicos deste mesmo órgão. Em 1944, foi nomeado tesoureiro do instituto de Direito, Medicina e Seguros Sociais, que acabara de ser fundado. Designado Secretário Geral de Educação e Cultura pelo prefeito Hidelbrando de Araújo Góis em 1946, promoveu o primeiro congresso brasileiro de Rádio, no qual foi debatida a importância da mídia no cenário nacional. Também fomentou o cinema educativo, apostando na capacidade da mídia de sintetizar educação e lazer. Além disso, buscou melhorar as condições de trabalho dos professores, apresentando ao prefeito Hidelbrando de Góis […]

GABAGLIA, Fernando Antônio Raja

Fernando Antônio Raja Gabaglia nasceu em 1897, na cidade do Rio de Janeiro, filho de Anna Luiza Raja Gabaglia e de Eugênio de Barros Raja Gabaglia, um renomado professor da Escola Politécnica e do Colégio Pedro II. Casou-se com Alayde Rodriguez Fortes e formou-se Bacharel em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito. Em 1917, fez concurso para professor de geografia do Colégio Pedro II, sendo aprovado em primeiro lugar. Logo ganhou relevância no Colégio, representando a instituição no Conselho Superior de Ensino entre 1923 e 1925. Além disso, ingressou no Instituto de Educação, onde atuou como professor de geografia durante muitos anos. Membro efetivo da Comissão de Legislação Estadual do Instituto da Ordem dos Advogados do Brasil, foi designado pelo Ministro da Justiça para representar o país no primeiro congresso pan-americano de ensino secundário. Mesmo depois de ser aprovado em novo concurso público, dessa vez para a cátedra de Direito Público Internacional da Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, manteve seu vínculo com o Colégio Pedro II, assumindo sua diretoria em 1933. No ano seguinte, integrou a Academia de Ciências e Educação e o Conselho Nacional de Educação. Na década de 1940, participou de inúmeras comissões organizadoras […]

CAMPOS, Astério de

Astério de Campos nasceu em agosto de 1892, filho de Sabino Barbosa de Campos e Laurinda Gomes de Campos. Escritor, trabalhou no jornal Bahia Ilustrada durante a década de 1910, publicando sua primeira novela, Visionário, em 1921. Em seguida, iniciou a carreira no magistério lecionando na Escola Normal do Distrito Federal, da qual se tornaria professor catedrático na década de 1950. Continuou ativo nos meios jornalísticos mesmo depois de se dedicar à docência, sendo nomeado diretor do jornal Bahia Ilustrada em 1933 e Secretário Geral do jornal Gazeta de Notícias em 1937. Em 1942, tornou-se secretário da Associação de Críticos, aumentando seu envolvimento com os círculos culturais cariocas. Era assistente da Secretaria Geral de Educação do Distrito Federal quando assumiu interinamente a Secretária de Educação e a presidência da diretoria provisória da Sociedade Cultural Catulo Cearense em 1946. Durante as décadas de 1950 e 1960, guiou diversos professores em programas culturais de excursão pela Europa e liderou algumas campanhas para educação de deficientes, compondo o hino ao surdo brasileiro em 1958. Além disso, escreveu críticas teatrais para a Gazeta de Notícias e integrou, em 1955, a comissão que fundou o Instituto Brasileiro de Teatro. Nesse período, várias escolas passaram a […]

LACOMBE, Américo Lourenço Jacobina

Nascido no seio das tradicionais famílias Jacobina e Lacombe, Américo Lourenço Jacobina Lacombe nasceu no Rio de Janeiro em 07 de julho de 1909. Filho de Domingos Lourenço Lacombe e Isabel Jacobina Lacombe, uniu-se em matrimônio a Gilda Masset, com quem teve cinco filhos. Fez as primeiras letras na famosa escola de sua família, o Colégio Jacobina, fundado por sua mãe. Todavia, foi em Belo Horizonte, onde morou durante um ano por motivos de saúde, que concluiu seus estudos no Colégio Arnaldo. De volta à Capital Federal, cursou entre 1927 e 1931 a Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. Na sequência, sem interesse em prosseguir na profissão, doutorou-se em 1933. Já neste período, destacou-se por sua atuação no Centro Acadêmico Jurídico Universitário (CAJU) e na revista do grêmio. Foi também nos anos de mocidade que aproximou-se da Ação Universitária Católica, do Centro Dom Vital e de círculos integralistas. Ainda durante a graduação, participou das primeiras edições da Conferência Nacional de Educação e da Associação Brasileira de Educação, pavimentando o caminho para a sua nomeação, após sua formatura, para o Conselho Nacional de Educação, que secretariou entre 1931 e 1939. Neste último ano, integrou o Instituto Brasileiro de Cultura. Igualmente […]

ALBAGLI, Benjamim

Filho de Alberto e Suzanna Albagli, Benjamin Albagli nasceu no dia 15 de março de 1910 em Paris, na França, mas logo veio acompanhado dos pais para a então Capital Federal, o Rio de Janeiro, naturalizando-se brasileiro em 1932. Casou-se em 1936 com a argentina Sarah Blujerman Koatz. Aqui escolarizou-se, cursando o tradicional Colégio Pedro II e na sequência a Faculdade Nacional de Medicina, formando-se em 1933 com a tese “Metabolismo no Básico em Função da Alimentação e do Clima’’. Formou-se também na Escola de Economia e Direito da Universidade do Distrito Federal (UDF) em 1938. Posteriormente, fez diversos cursos de pós graduação nos Estados Unidos, retornando ao Brasil em 1945. Enquanto médico, inicia sua trajetória ao adentrar os quadros da prefeitura carioca via concurso em 1932. Trabalhou no Instituto de Proteção e Assistência a Infância, no Hospital Gaffrée Guinle, na Clínica Médica da Universidade Federal Fluminense enquanto voluntário, na Clínica Neurológica, e chefiou a Seção de Endocrinologia da Policlínica de Botafogo. Ao lado da atuação médica, dedicou-se ao magistério. Neste sentido, foi Docente Livre de Clínica Neurológica da Faculdade Nacional de Medicina e Professor de Anatomia e Fisiologia Humana do Instituto da Educação. Na pós graduação, ministrou aulas na […]

DA CUNHA, Haroldo Lisboa

Fruto da união entre Oscar Lisboa da Cunha e Sylvia Souza da Cunha, Haroldo Lisboa da Cunha nasceu em 08 de março de 1909 no Rio de Janeiro. Em 1934, uniu-se em matrimônio a Maria de Lourdes Teixeira de Mello Rodrigues, mãe de seus filhos. Escolarizou-se no Colégio Brasil e no Colégio Pedro II, adentrando em 1926 no curso de engenharia civil da Escola Politécnica. Foi no campo da docência que Lisboa da Cunha se firmou. Sua trajetória como professor de matemática se iniciou na própria Escola Politécnica enquanto assistente, passando a lecionar depois no ensino público municipal, no Instituto de Educação (que veio a dirigir), no Instituto Lafayette, e na Faculdade Nacional de Filosofia. Em 1934, tornou-se lente do Colégio Pedro II, alçando depois o título de catedrático. O destaque nas salas de aula levou a sua nomeação à Comissão Nacional do Livro Didático e ao Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura. Sua carreira tem uma inflexão em 1947, quando é nomeado Diretor do Departamento do Ensino Secundário do Ministério da Educação, cargo que ocupa até 1950. Volta a trabalhar na administração pública em 1954-55, desta vez como Secretário Geral de Educação e Cultura. Dentre suas iniciativas à […]

ACCIOLI, Roberto Bandeira

O professor e historiador Roberto Bandeira Accioli nasceu em 17 de janeiro de 1910 no Rio de Janeiro, então capital federal. Era filho de José Cavalcanti de Barros Accioli e Arabela Bandeira de Gouveia. Casou-se com Maria da Glória Paes Leme Accioli. Formado bacharel pela Faculdade de Direito, foi no campo da docência que traçou sua trajetória. Logo aos 19 anos, tornou-se professor de história no tradicional Colégio Pedro II, onde havia se escolarizado e onde seu pai era professor catedrático de latim. Além do já citado colégio, lecionou também no Ginásio Petropolitano, depois transferido a Capital Federal e transformado em Colégio Accioli. Entretanto, foi enquanto Catedrático de História das Civilizações do Colégio Pedro II, título alcançado em 1943, que aproximou-se da administração varguista. Este contato se deu primeiramente através dos Congressos de Brasilidade, eventos de cunho nacionalista propagados anualmente pelo Estado Novo a partir de 1941 e dos quais Accioli não só participou como também compôs a diretoria. O biografado igualmente organizou no Colégio Pedro II o Centro de Vigilância Nacional dos Estudantes em combate ao nazi-fascismo e acompanhou a instauração da Fundação Getúlio Vargas em 1944. Esta relação culminou com o emprego de Accioli na Secretaria Geral de […]

MONTEIRO, Clóvis do Rêgo

O filólogo e acadêmico Clóvis Rêgo Monteiro nasceu em 10 de setembro de 1898 na cidade de Fortaleza, Ceará. Filho de Adolfo Thiers do Rêgo Monteiro e Júlia Rodrigues Monteiro, era também irmão do professor de história Mozart Monteiro e sobrinho pelo lado materno de Alba Valdez. Foi casada com Maria Luiza de Oliveira Monteiro, mãe de seus dez filhos. Em sua cidade natal, cursou o Instituto Miguel Borge e o Colégio Colombo, transferindo-se depois para a Faculdade de Direito do Ceará. Já neste período, destacou-se no campo das letras, ganhando destaque enquanto poeta nos meios literários cearenses, razão pela qual foi escolhido orador de sua turma universitária. Tendo perdido seu pai cedo, aos 17 anos, Rêgo Monteiro precocemente se viu responsável por sustentar sua família, visto que seu irmão mais velho, Mozart, se encontrava na Capital Federal. Começou então a trabalhar em periódicos como o ‘’Unitário’’. Foi também neste momento que iniciou sua carreira na docência, ao tornar-se professor de língua portuguesa da Escola de Aprendizes Marinheiros do Ceará. Em 1926, adentra o quadro docente do tradicional Colégio Pedro II no Rio de Janeiro, transladando-se em definitivo para a cidade no ano seguinte. Nesta instituição, tornou-se catedrático de língua […]

BELHAM, Henrique Fausto Geraldo

Nascido em 1909, Henrique Fausto Geraldo Belham era filho de Antonio Belham e Ofélia Vieira da Cunha Belham. No início da década de 1920, foi aluno no Ginásio Vera Cruz e se tornou reservista do exército já em 1928, quando pertencia à Associação dos Empregados no Comércio. Em julho de 1931, casou-se com Lobélia Nogueira, com quem teve seu primeiro filho, em meados de 1934. Na administração pública do Rio de Janeiro, ocupou, durante a década de 1930, o cargo de terceiro oficial da Secretaria Geral do Interior e Segurança, período no qual a Diretoria de Estatística e Arquivo se tornou uma subdiretoria desta Secretaria Geral. No final da década de 1940, trabalhava no Arquivo Geral até que, em 1949, foi designado para o cargo de Substituto do Chefe da Seção de Arquivo Geral do Distrito Federal. Em junho de 1952, passou ao departamento de educação técnico profissional, vinculado à Secretaria Geral de Educação e Cultura e, no mesmo ano, foi designado à escola Visconde de Cairu. Faleceu aos 74 anos, deixando viúva sua segunda esposa, senhora Ignez Augusta Vieira Belham, por conta de problemas renais.   Rafael Martins de Araujo