BARATA RIBEIRO, Cândido

Filho de José Maria Cândido Ribeiro e de Veridiana Barata Ribeiro, Cândido Barata Ribeiro nasceu em Salvador, em 11/03/1843. Mudou-se para a capital do império em 1853, onde diplomou-se em ciências médicas e cirúrgicas (1867) pela Faculdade de Medicina. Posteriormente, ao transferir-se para a província de São Paulo, assumiu a direção do Serviço Médico e Cirúrgico do Hospital da Caridade em Campinas, além do cargo de comissário vacinador. De volta ao Rio de Janeiro, foi nomeado professor da Faculdade de Medicina, iniciando sua mobilização em favor da campanha abolicionista e republicana. Em 1892, concomitante à função de Intendente de Matadouro, passou a presidir o Conselho de Intendência, tendo sua gestão marcada pela realização de mudanças significativas. Como forma de sanar a dificuldade de abastecimento de carne no Distrito Federal, em 25/06/1892 assinou decreto que autorizava a matança de gado fora do Matadouro de Santa Cruz, nas freguesias de Jacarepaguá, Irajá, Pavuna, Guaratiba, Campo Grande, Realengo, Ilha do Governador e Ilha de Paquetá. Por outro lado, a medida impunha uma fiscalização mais rígida em termos de higiene e preço de venda do produto. Pelo Decreto nº 37, de 05/05/1893, autorizou a construção dos cemitérios nas freguesias de Guaratiba, Inhaúma, Irajá e […]

MOREIRA, Nicolau Joaquim

 Filho de Nicolau Joaquim Moreira e de D. Carlota Maria Gonçalves Moreira, Nicolau Joaquim Moreira nasceu em 10/01/1824, no Rio de Janeiro. Casou-se com Maria de Jesus Pinheiro Moreira.  Em 1847, recebeu o diploma de doutor pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro com a tese Breves considerações sobre a febre escarlatina, tendo exercido a profissão de cirurgião no Hospital Militar. Membro Titular, além de ter ocupado o cargo de tesoureiro, da Academia Imperial de Medicina, Moreira gozava de grande prestígio social e político, cujo maior exemplo foi a indicação ao posto de conselheiro do imperador.    Manifestando seus interesses pelo desenvolvimento do país, o médico especializou-se em assuntos agrários, chegando a ser designado pelo Instituto Fluminense de Agricultura para a direção do Jardim Botânico e das seções de botânica e agricultura do Museu Nacional, do qual era subdiretor e onde se consolidou também no magistério. Quando na direção da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional, a partir de 1880, além de integrar a Comissão de Química Industrial, envolveu-se ativamente nas querelas acerca da abolição da escravatura e da consequente substituição pelo trabalho livre. Sua argumentação tangenciava, entre outros pontos, a necessidade da elevação da instrução profissional agrícola, defendida com tamanha […]

FONTOURA, Ubaldino do Amaral

Nasceu em 27/08/1842 na vila da Lapa, Paraná, então pertencente à província de São Paulo. Era filho de Gertrudes Pilar do Amaral e Francisco das Chagas do Amaral Fontoura. Mudou-se para São Paulo em 1854, onde fez seus estudos primários no Colégio São João do Lageado, no município de Sorocaba. No ano de 1862, ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo. Ainda estudante, participou da comissão redatora do Archivo Litterario e deu aulas de francês no Colégio Pyratininga, curso preparatório para a faculdade de Direito. Formou-se bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais em 1867 e, em seguida, retornou a Sorocaba. No município paulista exerceu por sete anos a advocacia, foi redator e fundador dos jornais Ypanema e Sorocabano, dirigiu a campanha para o lançamento da Estrada de Ferro Sorocabana e foi um dos fundadores da Loja Maçônica Perseverança III, instituição que realizou diversos trabalhos filantrópicos, além de campanhas em prol da abolição da escravidão. Mudou-se para o Rio de Janeiro, então capital do Império, em 1874, trabalhando em parceria com Saldanha Marinho em sua banca de advocacia. Em janeiro de 1884, foi nomeado membro efetivo do Conselho Diretor da Instrução Primária e Secundária do Município da Corte. Após a […]

FONTOURA, João Lopes Carneiro de

João Lopes Carneiro de Fontoura foi conferente da cidade de Santos. No ano de 1884, atuou como Inspetor da Alfândega do Pará, órgão instalado no Convento dos Mercedários em Belém. Em 15/08/1890, foi nomeado Intendente de Fazenda do 3º Conselho de Intendência Municipal do Rio de Janeiro. Durante o seu mandato, enfrentou grave crise no fornecimento de carne verde no Distrito Federal, o que levou a decretar como medida provisória a isenção de impostos aos açougues do município. Em sessão de 03/10/1890 o Presidente do Conselho, José Félix da Cunha Menezes, propôs  que o Intendente de Fazenda fosse autorizado a resolver sobre os pagamentos das contas já processadas e liquidadas por ordem de antiguidade apenas consultando o Conselho, caso necessário. Apesar de seu desejo contrário, o Conselho aprovou a proposta por unanimidade. Neste mesmo mês, levantou informações a respeito da receita e da despesa municipal nos governos anteriores, verificando uma grande dívida. Como proposta para saldar as contas, foram embargadas concessões para obras públicas. Com o pedido de exoneração do então Presidente, Fontoura assumiu como a presidência do Conselho Municipal interinamente entre novembro e dezembro de 1891, exonerando-se em seguida.     Faleceu no dia 23/02/1892, em Lambary, Minas Gerais. Deixou viúva  Marianna Correa da […]

GOULART, Gil Diniz

Nascido em Angra dos Reis (RJ), em 14/05/1844, Gil Diniz Goulart concluiu seus estudos no Colégio Freeze, em Nova Friburgo. Aos 23 anos, formou-se bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de São Paulo junto a Cândido de Oliveira, Ubaldino do Amaral, Carlos Affonso e Frederico de Almeida. No mesmo ano de 1867, mudou-se para Cachoeiro de Itapemirim (ES), como advogado do Banco do Brasil. Ingressou na carreira política pelo Partido Liberal. Por dez anos presidiu a Câmara Municipal de Cachoeiro de Itapemirim e entre 1883 e 1885 atuou como deputado provincial. Aderiu ao movimento republicano e, com a instauração da República, foi nomeado em março de 1890 para os cargos de vice-presidente do Conselho de Intendência da Capital Federal e Intendente de Fazenda. Exonerou-se de suas funções de Intendente em agosto de 1890 e, no mês seguinte, foi eleito Senador pelo Estado do Espírito Santo. Participou da Comissão dos Vinte e Um, responsável pela elaboração do projeto da Constituição Republicana. Com o final de seu mandato em 1896, retornou ao Rio de Janeiro, abandonando a carreira política e dedicando-se ao exercício da advocacia. Faleceu em 15/04/1927, sendo enterrado no cemitério de São Francisco Xavier, no Rio de […]

BARROS, Francisco Antônio Pessoa de

Filho de Antônio de Barros Itaparica, Francisco Antônio Pessoa de Barros nasceu na Bahia, em 1833. Formou-se em Ciências Sociais e Jurídicas, em 1856, pela Faculdade do Recife. Foi o primeiro presidente do Conselho de Intendência Municipal da Capital Federal após a Proclamação da República, exercendo a função de 17/11/1889 a 30/11/1890. Em dezembro de 1889 tomou posse como Intendente de Justiça, exonerando-se em 26/02/1890. Com a sua saída, passou a exercer a advocacia no Rio de Janeiro. Escreveu o livro Poesias Americanas (1862) e a peça teatral Bárbara de Alvarenga ou Os Inconfidentes (1877), que teria dado papéis ficcionais de destaque ao casal Bárbara Heliodora Guilhermina da Silveira e Inácio José de Alvarenga Peixoto, um dos inconfidentes. No Jornal Comemorativo do 21 de Abril de 1882, publicado pelo Clube Tiradentes, a obra é citada entre outras que trataram o tema da Inconfidência Mineira. Foi diretor da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional. Faleceu no Rio de Janeiro no dia 13/03/1896, sendo enterrado no Cemitério São João Baptista, em Botafogo.   José Ygor Silva Pena Luiza Ferreira

SARAHYBA, João dos Santos

Conhecido advogado, poeta, abolicionista, João dos Santos Sarahyba era filho de Galdino José dos Santos Sarahyba. Juiz de direito, em fevereiro de 1878 assumiu o cargo de Promotor Público da Comarca de Itaguaí. Em agosto desse ano, teve sua casa invadida por criminosos que dispararam diversas vezes, sem atingi-lo. Parte da imprensa considerou que o atentado teve motivações políticas. Sendo Sarahyba um dos líderes do Partido Liberal, o Partido Conservador acabou sendo responsabilizado pelo crime. Em 1885, foi presidente da Câmara Municipal. No ano de 1891, durante cinco meses, foi Diretor do Diário Oficial. Após este período, passou a integrar o 3º Conselho modificado da Intendência Municipal, assumindo a Intendência de Praças e de Higiene de julho até dezembro de 1891. Durante a sua gestão na Intendência de Higiene esteve incumbido de estudar a questão da carestia da carne verde no Distrito Federal, junto do Intendente de matadouro, Ignácio Alves Corrêa Carneiro, e do Intendente de Viação Geral, Carlos Augusto de Avilez Barrão. Com a renúncia do Presidente da República, que culminou no pedido de exoneração de José Felix da Cunha Menezes da Presidência do Conselho de Intendência Municipal, o Tenente-coronel João Lopes Carneiro Fontoura, o intendente mais velho do […]

MENEZES, José Félix da Cunha

Nascido no dia 04/11/1844, na cidade de Salvador, Bahia, José Félix da Cunha Menezes era filho do Barão e da Baroneza do Rio Vermelho. Formou-se em Medicina pela Faculdade da Bahia e bacharelou-se em Ciências Sociais e Jurídicas pela Faculdade do Recife. Durante a Guerra do Paraguai serviu por três anos como 1º Tenente Cirurgião da Armada, a bordo da canhoneira La Velou. Por seus serviços, recebeu o oficialato da Real Ordem da Coroa da Itália. Aposentou-se da carreira militar em 1874. Republicano e abolicionista, durante o governo provisório foi nomeado para o Conselho Municipal de Intendentes. Em 27/02/1890 assumiu a pasta de Higiene, que no mês seguinte teria sua nomenclatura alterada para Higiene e Praças. Em agosto deste ano acumulou a presidência do Conselho, cargo equivalente ao de Prefeito. Substituiu Ubaldino do Amaral, então presidente, após as pressões sofridas pelo governo Municipal devido ao indeferimento feito ao pedido de extensão das linhas de bonde da Companhia Jardim Botânico até Copacabana, na tentativa de forçar melhorias nas estruturas já existentes. Ao assumir a Intendência, José Félix assinou os contratos de renovação da exploração de bondes. Dentre as reformas desenvolvidas em seu governo, destaca-se a quitação da dívida municipal e a […]