AZEVEDO SODRÉ, Antônio Augusto de

Antônio Augusto de Azevedo Sodré nasceu em Maricá, RJ, no dia 13/12/1864. De tradicional família fluminense, era filho de José Paulo de Azevedo Sodré e Cândida Ribeiro de Almeida Sodré. Fora casado com Luzia Salles de Azevedo Sodré, neta do Visconde de Mauá, e a sua família pertenceram nomes como Alcindo de Azevedo Sodré, idealizador e primeiro Diretor do Museu Imperial, localizado em Petrópolis; e o Dr. Fábio Sodré que, assim como o pai, construiu carreira na medicina. Após concluir seus estudos primários no Liceu do Conde d’Eu, em Nova Friburgo, transferiu-se para a Capital do Império ao ingressar na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Logo que diplomou-se, em 1885, começou a exercer a profissão, primeiro no Hospital da Beneficência Portuguesa e, em seguida, no Hospital da Misericórdia. Concomitantemente, retornou à faculdade em que acabara de colar grau, agora como preparador da disciplina de Terapêutica. No ano seguinte, realizou concurso para professor adjunto, assumindo paulatinamente as cátedras de Patologia Interna e Clínica Médica. Em 1911, elegeu-se diretor da instituição. Lecionou também na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro em 1895, sendo responsável pelo conteúdo de Medicina Pública. Entre os anos de 1887 e 1888, […]

VAN ERVEN, Luiz

Neto de Jacobus Van Erven e filho de Cherubina Van Erven, Luís Van Erven nasceu em 19/11/1857, na fazenda Água Quente, Cantagalo (RJ). Formado em engenharia pela Escola Central, destacou-se em sua carreira, vindo a ocupar diversos cargos na administração pública, tanto no Rio de Janeiro, quanto no governo federal. Em 1898, foi designado por Campos Salles, então presidente da República, para substituir Ubaldino do Amaral Fontoura na Prefeitura do Distrito Federal. Sua gestão foi demasiadamente curta, de novembro a dezembro, o que, de certa forma, restringiu suas atividades. Em janeiro de 1899, foi nomeado para o cargo de diretor de Obras, onde permaneceu até março de 1900. Militante do Partido Liberal, após integrar a consultoria técnica do Ministério da Viação, atuando como Fiscal do governo junto à Light e a várias estradas de ferro, foi diretor da Repartição Geral dos Telégrafos (1909-1911), bem como da maior estatal de navegação da América do Sul à época, a Companhia de Navegação Lloyd Brasileiro. Após este período, assume a Inspetoria de Água e Obras Públicas, cargo onde permanece até a sua aposentadoria. Ademais, esteve à frente da cadeira de Primeiro Secretário do Conselho Diretor do Clube de Engenharia. Ao longo de sua […]

BARATA RIBEIRO, Cândido

Filho de José Maria Cândido Ribeiro e de Veridiana Barata Ribeiro, Cândido Barata Ribeiro nasceu em Salvador, em 11/03/1843. Mudou-se para a capital do império em 1853, onde diplomou-se em ciências médicas e cirúrgicas (1867) pela Faculdade de Medicina. Posteriormente, ao transferir-se para a província de São Paulo, assumiu a direção do Serviço Médico e Cirúrgico do Hospital da Caridade em Campinas, além do cargo de comissário vacinador. De volta ao Rio de Janeiro, foi nomeado professor da Faculdade de Medicina, iniciando sua mobilização em favor da campanha abolicionista e republicana. Em 1892, concomitante à função de Intendente de Matadouro, passou a presidir o Conselho de Intendência, tendo sua gestão marcada pela realização de mudanças significativas. Como forma de sanar a dificuldade de abastecimento de carne no Distrito Federal, em 25/06/1892 assinou decreto que autorizava a matança de gado fora do Matadouro de Santa Cruz, nas freguesias de Jacarepaguá, Irajá, Pavuna, Guaratiba, Campo Grande, Realengo, Ilha do Governador e Ilha de Paquetá. Por outro lado, a medida impunha uma fiscalização mais rígida em termos de higiene e preço de venda do produto. Pelo Decreto nº 37, de 05/05/1893, autorizou a construção dos cemitérios nas freguesias de Guaratiba, Inhaúma, Irajá e […]

FONTOURA, Ubaldino do Amaral

Nasceu em 27/08/1842 na vila da Lapa, Paraná, então pertencente à província de São Paulo. Era filho de Gertrudes Pilar do Amaral e Francisco das Chagas do Amaral Fontoura. Mudou-se para São Paulo em 1854, onde fez seus estudos primários no Colégio São João do Lageado, no município de Sorocaba. No ano de 1862, ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo. Ainda estudante, participou da comissão redatora do Archivo Litterario e deu aulas de francês no Colégio Pyratininga, curso preparatório para a faculdade de Direito. Formou-se bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais em 1867 e, em seguida, retornou a Sorocaba. No município paulista exerceu por sete anos a advocacia, foi redator e fundador dos jornais Ypanema e Sorocabano, dirigiu a campanha para o lançamento da Estrada de Ferro Sorocabana e foi um dos fundadores da Loja Maçônica Perseverança III, instituição que realizou diversos trabalhos filantrópicos, além de campanhas em prol da abolição da escravidão. Mudou-se para o Rio de Janeiro, então capital do Império, em 1874, trabalhando em parceria com Saldanha Marinho em sua banca de advocacia. Em janeiro de 1884, foi nomeado membro efetivo do Conselho Diretor da Instrução Primária e Secundária do Município da Corte. Após a […]