Proprietário da Tipografia Central, localizada na travessa do Ouvidor, Evaristo Rodrigues da Costa atuou na luta abolicionista editando panfletos e o jornal Lincoln. Participou, junto a Rui Barbosa, da queima de comprovantes de natureza fiscais referentes à escravidão no Império, com o intuito de privar ações indenizatórias de escravocratas. Entre 11/12/1891 e 05/05/1892, foi Intendente de Patrimônio do Distrito Federal. Durante a sua gestão, assinou uma das posturas municipais mais controversas, que proibiu a construção de novos cortiços no perímetro entre as praças D. Pedro II (atual Praça XV) e a Praça 11 de Junho (Praça Onze), além de toda área referente à freguesia de Santo Antônio (Entre as ruas Riachuelo e Livramento). Em 1892, propôs medidas como a redução de preço da passagem dos operários na Estrada de Ferro Central e a isenção de impostos de Décima Urbana e direitos de pena d’água em vilas operárias, destinadas à população proletária do Rio de Janeiro, que enfrentava graves problemas com a carestia do custo de vida. Foi vice-presidente do Centro do Partido Operário. Faleceu no dia 24/06/1931, na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro. José Ygor Silva Pena Luiza Ferreira
Paraibano, filho de José Antônio de Figueiredo e de Maria Rosa de Lima e Figueiredo, Francisco do Rego Barros Figueiredo mudou-se na infância para o Recife, onde estudou no Ginásio provincial de Pernambuco. Em 1878, já no Rio de Janeiro, iniciou sua formação na Faculdade de Medicina. Formou-se em dezembro de 1883, apresentando a tese Dos nervos tróficos, com grande influência do positivista Augusto Comte. Em 10/12/1891 foi nomeado para o cargo de Intendente Municipal do Distrito Federal, assumindo as pastas de Higiene, Matadouro e Praças. Manteve-se nestas funções até 12/04/1892, quando foi nomeado um novo Conselho. Durante seu mandato, foi aprovado junto ao Conselho de Intendência o Serviço Municipal de Socorro aos Variolosos e a vacinação contra a doença. Face à resistência popular, posturas municipais eram republicadas requerendo a obrigatoriedade da vacinação em crianças e o retorno para exame de pústula. O Instituto Vacínico Municipal do Rio de Janeiro foi importante produtor da vacina contra a doença, recebendo subvenções para a produção, que era enviada à Inspetoria Geral de Higiene. Assinou, neste período, uma das posturas urbanas de maior repercussão, que proibiu a construção de novos cortiços no perímetro entre as praças D. Pedro II (atual Praça XV) e […]
Conhecido advogado, poeta, abolicionista, João dos Santos Sarahyba era filho de Galdino José dos Santos Sarahyba. Juiz de direito, em fevereiro de 1878 assumiu o cargo de Promotor Público da Comarca de Itaguaí. Em agosto desse ano, teve sua casa invadida por criminosos que dispararam diversas vezes, sem atingi-lo. Parte da imprensa considerou que o atentado teve motivações políticas. Sendo Sarahyba um dos líderes do Partido Liberal, o Partido Conservador acabou sendo responsabilizado pelo crime. Em 1885, foi presidente da Câmara Municipal. No ano de 1891, durante cinco meses, foi Diretor do Diário Oficial. Após este período, passou a integrar o 3º Conselho modificado da Intendência Municipal, assumindo a Intendência de Praças e de Higiene de julho até dezembro de 1891. Durante a sua gestão na Intendência de Higiene esteve incumbido de estudar a questão da carestia da carne verde no Distrito Federal, junto do Intendente de matadouro, Ignácio Alves Corrêa Carneiro, e do Intendente de Viação Geral, Carlos Augusto de Avilez Barrão. Com a renúncia do Presidente da República, que culminou no pedido de exoneração de José Felix da Cunha Menezes da Presidência do Conselho de Intendência Municipal, o Tenente-coronel João Lopes Carneiro Fontoura, o intendente mais velho do […]
Filho de Manuel Gomes de Carvalho, 1º Barão do Rio Negro, Manoel Emílio Gomes de Carvalho nasceu em Vassouras, na província do Rio de Janeiro, em 20/02/1859. Mudando-se para a cidade do Rio de Janeiro, residiu com a sua família de 1870 a 1900 num solar localizado na Rua Santo Amaro, no bairro da Glória, onde hoje funciona o INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. Formou-se em direito, concluindo seus estudos em São Paulo. Em 07/03/1890 foi nomeado pelo Ministro do Interior, Cesário Alvim, Intendente de Justiça do Distrito Federal. No mês seguinte, assume interinamente as Intendências de Higiene e de Praças. Durante a sua gestão, apresentou junto do Intendente de Higiene, José Félix da Cunha Menezes, projeto de postura urbana sobre hotéis, restaurantes, casas de pasto e de pensão, tascas, quitandas e carvoarias. A partir de 1º de Julho de 1890, estes espaços teriam 6 meses para adequar-se ao novo regulamento que previa a utilização de ladrilhos brancos e de revestimentos impermeáveis, utilização de tampos de mesa de mármore ou ardósia nas tascas, a disposição de aves em gaiolas de ferro ou arame, dentre outras. Em 1892 passou a residir na Europa, desenvolvendo pesquisas históricas. Tornou-se […]
Nascido no dia 04/11/1844, na cidade de Salvador, Bahia, José Félix da Cunha Menezes era filho do Barão e da Baroneza do Rio Vermelho. Formou-se em Medicina pela Faculdade da Bahia e bacharelou-se em Ciências Sociais e Jurídicas pela Faculdade do Recife. Durante a Guerra do Paraguai serviu por três anos como 1º Tenente Cirurgião da Armada, a bordo da canhoneira La Velou. Por seus serviços, recebeu o oficialato da Real Ordem da Coroa da Itália. Aposentou-se da carreira militar em 1874. Republicano e abolicionista, durante o governo provisório foi nomeado para o Conselho Municipal de Intendentes. Em 27/02/1890 assumiu a pasta de Higiene, que no mês seguinte teria sua nomenclatura alterada para Higiene e Praças. Em agosto deste ano acumulou a presidência do Conselho, cargo equivalente ao de Prefeito. Substituiu Ubaldino do Amaral, então presidente, após as pressões sofridas pelo governo Municipal devido ao indeferimento feito ao pedido de extensão das linhas de bonde da Companhia Jardim Botânico até Copacabana, na tentativa de forçar melhorias nas estruturas já existentes. Ao assumir a Intendência, José Félix assinou os contratos de renovação da exploração de bondes. Dentre as reformas desenvolvidas em seu governo, destaca-se a quitação da dívida municipal e a […]
José da Silva Mattos nasceu em 02/03/1840. Advogado, foi 1º Delegado de Polícia da Corte, juiz, pretor da 6ª pretoria da Capital Federal e um dos Diretores da Companhia Fábrica de Papel Guttenberg. Em junho de 1891 passou a integrar o Conselho de Intendência Municipal, sendo nomeado para o cargo de Intendente de Justiça e, no mês seguinte, para a Intendência de Instrução e Estatística. Também assumiu interinamente as Intendências de Higiene e de Praças. Permaneceu no Conselho por um curto período de tempo, exonerando-se com os outros integrantes em dezembro do mesmo ano. Neste período, formulou projeto de postura que proibia a lavagem de roupas para terceiros enquanto não eram estabelecidas lavanderias públicas na Capital. A medida visou impedir que em avenidas, cortiços e etc., fossem constituídas lavanderias particulares. Em 1894, como Delegado da Capital Federal, recebeu do Ministério da Guerra a honra de Capitão, devido aos serviços prestados com dedicação e lealdade durante as revoltas de 1893. Foi secretário da Irmandade de Nossa Senhora da Conceição da Gávea, região onde também trabalhava e morava. Faleceu em 23/11/1901, no Rio de Janeiro. Era casado com Elvira Amélia Pereira da Silva Mattos. José Ygor Silva Pena Luiza Ferreira