Antônio Luiz Rodrigues nasceu em 08/08/1841, na vila de São Gonçalo, estado do Rio de Janeiro. Filho de lavradores, começou a trabalhar aos quatorze anos no comércio. Assentou praça aos dezessete anos e, em 1862, ingressou no Corpo Policial do Rio de Janeiro. Participou da Guerra do Paraguai, atuando na Batalha Naval do Riachuelo como oficial de terra. Recebeu honrarias e promoções ainda em campanha, alcançando o título de Major aos 27 anos. Ao final da guerra, retornou ao Rio de Janeiro, onde comandou o Corpo Policial. Em 1873 aposentou-se da carreira militar, transferindo-se anos depois para Campinas (SP), onde exerceu o cargo de oficial de registro e foi eleito provedor da Santa Casa de Misericórdia. Em 1893 retornou a sua cidade natal a convite de Marechal Floriano, que fora seu companheiro de batalha, para atuar como almoxarife geral da Prefeitura. Após a Proclamação da República, em 04/09/1900 foi nomeado pelo presidente Campos Salles (1898-1902) para a direção do Matadouro de Santa Cruz. Com a reintegração de Cândido Basílio Cardoso Pires ao cargo de Diretor do Matadouro de Santa Cruz em agosto de 1909, Antônio Luiz foi então transferido para a Diretoria de Higiene. No mês seguinte, foi designado para […]
Frederico Meireles Duque Estrada Meyer nasceu no interior de um dos mais tradicionais ramos familiares cariocas. Suas origens parentais remontam tanto aos primeiros povoadores do Rio de Janeiro, quanto aos proprietários das terras hoje correspondentes ao bairro do Méier, doados à municipalidade quando da construção da Estrada de Ferro Central do Brasil sob a condição de ser mantido o nome original da propriedade. O engenheiro de formação iniciou sua carreira na administração pública em 1881, quando foi nomeado pela Câmara Municipal para o cargo de amanuense da Secretaria de Polícia Administrativa, Arquivo e Estatística, ascendendo quatro anos depois ao posto de 2º Oficial. Partidário de Marechal Floriano Peixoto, manteve-se no funcionalismo público após a Proclamação da República, tornando-se 1º Oficial em 1892, e chefe de Seção em 1893. Em posse desse cargo, foi indicado para exercer interinamente o cargo de diretor de Polícia Administrativa, Arquivo e Estatística em janeiro de 1908, após o afastamento por motivos de saúde do titular Aureliano Gonçalves de Souza Portugal. Foi também membro do Ginásio Dramático de Botafogo, do Clube de Engenharia e da diretoria do Turf Club. Teve passagens pela poesia, publicando alguns de seus poemas em jornais e revistas especializadas e na brochura […]
Filho de Antonia Guilhermina do Amaral, Antônio Cândido do Amaral nasceu em 1854, no Rio de Janeiro. Engenheiro, ingressou como Aspirante na Escola de Marinha do Rio de Janeiro, sendo promovido a Guarda de Marinha em novembro de 1873. Em 1877, já no posto de 2º Tenente, foi-lhe concedida demissão do serviço da armada. No mesmo ano ingressou na administração pública municipal através de concurso para preenchimento da vaga de 2º conferente da mesa provincial. Foi Oficial da Secretaria de Intendência Municipal. Com o falecimento do 1º Oficial Arquivista da Câmara Municipal em maio de 1885, Antônio Cândido foi então promovido para assumir as funções do cargo. Foi designado Secretário do Prefeito Henrique Valadares (1893-1895) em agosto de 1893. A partir de 1896 passou a atuar como subdiretor da Diretoria Geral do Interior e Estatística. Com o afastamento de Alexandrino Freire do Amaral, Antônio Cândido foi nomeado diretor geral da pasta, tendo permanecido no cargo entre 30/11/1897 e 01/06/1900. Posteriormente, voltou a assumir a diretoria da repartição como interino, durante os afastamentos do titular. Com a renomeação da Diretoria pelo Decreto nº 302, de 12/08/1902, Antônio Cândido do Amaral foi nomeado subdiretor da Diretoria Geral de Polícia Administrativa, Arquivo e […]
Aureliano Gonçalves de Souza Portugal nasceu em Capivari, município do Rio Claro, em 16/06/1851. Cursou o preparatório no Colégio do Visconde S. Valentim, em seguida, ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde formou-se em 1874. Retornou a sua terra natal, tendo sido sócio do Instituto Acadêmico e membro da Associação de Caridade para ensino das crianças pobres da Freguesia de Dores de Piraí. Entre 1890 e 1893, atuou como demografista da Inspetoria Geral de Higiene na capital federal. Participou do 2º Congresso Médico de 1889, onde defendeu a criação de um Ministério de Saúde Pública. Foi eleito deputado da Assembleia Legislativa do Estado por três gestões. Durante o governo Pereira Passos (1903-1906), dirigiu por alguns meses a Diretoria de Polícia Administrativa, Arquivo e Estatística. Em 11/08/1903, assumiu o cargo de Secretário de Gabinete do Prefeito, tendo cooperado com os trabalhos de remodelação do Rio de Janeiro. Presidiu, neste período, a comissão responsável pelo recenseamento do Distrito Federal de 1906, tido como o mais completo realizado até a data. Em fins de 1907 reassumiu a então Diretoria Geral de Polícia Administrativa, Arquivo e Estatística. Exonerou-se dos cargos em 22/01/1908, permanecendo na Polícia Administrativa até a sua morte. Faleceu […]
Filho de Bonifácio José Sérgio do Amaral e de Leopoldina Freire do Amaral, Alexandrino Freire do Amaral nasceu em 26/11/1843, no Rio de Janeiro. Casou-se com Maria Carlota dos Santos Amaral. Doutor em Medicina pela Faculdade da Corte, veio a exercer o magistério antes de ingressar na administração pública. Vereador da Câmara Municipal, em 1893 assumiu o cargo de Secretário do Gabinete do Prefeito, onde atuou por anos. Logo em seguida, foi chamado para ter exercício na Diretoria de Interior e Estatística que, a partir de 1902, passou a chamar-se Diretoria de Polícia Administrativa, Arquivo e Estatística. Contemporâneo à administração de Pereira Passos, teve parte na Comissão Sanitária do 2º distrito do Engenho Velho. Membro efetivo do Supremo Conselho do Grande Oriente Unido do Brazil, Alexandrino Freire do Amaral consagrou-se enquanto importante figura do círculo maçônico brasileiro, por sua grande contribuição para a consolidação e difusão das publicações das maçonarias nacionais, no século XIX. Exerceu o cargo de grande secretário geral do Grande Oriente do Lavradio, quando, em meio às disputas entre Orientes, transferiu-se para o concorrente, Grande Oriente Unido e Supremo Conselho do Brazil, na posição de Redator-chefe. Outrossim, ocupou o cargo de grande secretário geral do Grande […]
Francisco Salles de Macedo, historiador, bacharelou-se pelo Colégio Pedro II. Mais tarde, foi funcionário do Archivo Publico Nacional, trabalhando ao lado do então diretor Machado Portella. Na ocasião, foi responsável pelos primeiros números das Publicações do órgão. Em 15/08/1893, no mesmo ato que designou Mello de Moraes para a Direção do Archivo Geral, Francisco Salles de Macedo foi nomeado para chefiar a Seção Histórica, onde permaneceu até 1898, quando foi promovido ao cargo de subdiretor da Diretoria Geral do Interior e Estatística. Salles de Macedo desenvolveu inúmeras pesquisas historiográficas nos documentos arquivados, lançando mão de seu extenso conhecimento de Paleografia, o que, por sua vez, lhe permitiu decifrar os antigos manuscritos que estavam sob a guarda da seção que chefiava. Tal empreendimento contribuiu para a composição de publicações como a Revista do Archivo do Districto Federal, que teve seu primeiro fascículo publicado em abril de 1894 e, até 1897, se concentrou em divulgar gravuras, mapas e plantas de grande relevância histórica. A partir de 1898, atuou como subdiretor da Diretoria de Polícia Administrativa, Arquivo e Estatística, exercendo interinamente a Diretoria da repartição em 1903 e 1907. Em 03/01/1901, assumiu o cargo de Chefe da Terceira Seção de Arquivo do Distrito […]