LOPES CARDOSO, Raul

Filho de Antonio Lopes Cardoso e Candida Lopes Cardoso, Raul Lopes Cardoso nasceu em 1871, na Bahia. Adentrou o locus da municipalidade do Distrito Federal em junho de 1908 enquanto Diretor Geral de Patrimônio. Foi designado, posteriormente, Superintendente do Theatro Municipal, projeto do qual esteve à frente por subordinação imediata a esta Diretoria. Ao ocupar durante anos e em primeira mão o cargo, Raul Cardoso esteve diretamente relacionado às reformas e adaptações do espaço físico do Municipal; como por exemplo sua atuação, a pedido de Henrique Coelho, representante da Escola Dramática Municipal, na solicitação de obras para sua melhor instalação, haja vista seu funcionamento provisório nos andares superiores da Usina do Theatro Municipal. Ainda sob sua administração, estavam os demais centros de cultura de grande relevância no circuito carioca da época, quais sejam o Teatro João Caetano e o Pavilhão Mourisco, este último desde seu arrendamento em 1917. Outrossim, era membro da Comissão Permanente de Promoções dos Funcionários Municipais em 1933. Neste mesmo ano, assinou concomitantemente pela Direção Geral de Patrimônio e pela Direção Geral interina de Estatística Municipal, o que anunciava as vicissitudes na composição dos órgãos que se seguiriam da junção destes sob a forma da Diretoria Geral […]

LOPES, João Pereira

Casado com a Sr. Firmina Rodrigues Silva Lopes e pai de João Pereira Lopes Filho,  Dr. João Pereira Lopes nasceu no bairro da Saúde, Rio de Janeiro, em 23/09/1832. Médico de formação, logo após diplomar-se, prestou seus primeiros serviços combatendo a infestação de Cholera Morbus em sua vizinhança, até transferir-se para São Cristóvão, onde passaria a vida. Clinicou durante anos nos arredores de seu bairro, onde alcançara grande prestígio após sua firme campanha, ao lado de Drs. como Rodrigues de Oliveira, Bernardo Peixoto, José Peixoto, Paulino Vidigal, Gaudie Ley e Chavantes, contra as epidemias de febre amarela e varíola que assolaram a região em meados do séc. XIX. Um dos maiores expoentes do Partido Liberal, João Pereira Lopes ingressou na esfera política ainda sob o regime monárquico, no cargo de Vereador da Câmara Municipal, alçando, inclusive, a presidência desta. Ao longo dos quatro anos de sua gestão, foi responsável por fundar o Hospital de Santa Thereza, tendo em vista como principais pacientes os empregados do Matadouro de Santa Cruz. Correligionário dos ideais abolicionistas, prestou contribuições à causa ao participar da criação do Livro de Ouro, Fundo de Emancipação* da Câmara Municipal que, não obstante seu caráter dissonante mesmo entre o […]

MACHADO, Arthur Augusto

Filho de João Antonio da Costa Machado, Arthur Augusto Machado nasceu em 1868, no Rio de Janeiro.   Trabalhou inicialmente como comerciante, chegando presidir a Empresa Fabril de Cimento, Cal e Grés. Na Municipalidade do Rio de Janeiro, iniciou sua carreira  em maio de 1891 como Escriturário da Diretoria de Obras Municipais. Também exerceu os cargos de Despachante da Alfândega da Capital Federal, 1º Oficial da Diretoria de Patrimônio Municipal, Escriturário da Diretoria Geral de Rendas Municipais e, em 21/11/1904, foi promovido a chefe de seção da Diretoria Geral de Fazenda Municipal do Rio de Janeiro. Em 27/06/1908 foi transferido para a Diretoria Geral de Patrimônio. Após a exoneração de Deolindo José Vieira Maciel, em 19/03/1895, Arthur Machado passou a responder pela Subdiretoria Geral de Patrimônio. Em 1910 voltou a dirigir interinamente a Diretoria de Patrimônio concomitantemente com a Superintendência do Theatro Municipal. Foi-lhe concedida aposentadoria do cargo de chefe de seção em 28/01/1926. Eleito vice-presidente da Associação Beneficente dos Funcionários Municipais em 04/01/1913, Arthur Machado também integrou o Conselho Administrativo do Centro Republicano do Engenho Novo, e foi sócio do Liceu do Engenho Novo.   Faleceu em 26/05/1941, tendo sido sepultado no Cemitério de São Francisco Xavier. Deixou viúva […]

MACIEL, Deolindo José Vieira

Deolindo José Vieira Maciel nasceu em 1937, no Estado do Espírito Santo.    Engenheiro, atuou como presidente honorário do Grêmio Bibliotecário Cachoeirense e chefe da Comissão de Medições de Terras Públicas nos municípios de Cachoeira de Itapemirim, Benevente, Guarapary e Vianna (ES). Deolindo Maciel foi diretor do Colégio Espírito Santo e em em 04/03/1868 foi nomeado professor de Matemática elementar da instituição. Com a exoneração de Aureliano de Azevedo Monteiro do cargo de diretor geral da Instrução Pública da Província do Espírito Santo, em agosto de 1868 Deolindo assumiu o cargo. Na ocasião, sua nomeação foi saudada pelos periódicos locais pela dedicação aos serviços de instrução pública do Estado. Permaneceu por apenas um mês no cargo, sendo exonerado pelo presidente da Província por incompatibilidade no exercício simultâneo do cargo de diretor de colégio e  diretor geral de Instrução Pública, responsável por inspecionar as escolas da província. Permaneceu como diretor do Colégio Espírito Santo até 1872. Em 17/10/1869, Deolindo José fundou, na cidade de Vitória (ES), a Associação Emancipadora dos Escravos / Sociedade Abolicionista da Escravatura do Espírito Santo. A entidade tinha como finalidade não somente a compra de alforria dos escravizados, mas também a difusão de instrução religiosa, moral e […]

ANDRADE, Luiz Antônio Navarro de

Filho do tenente-coronel Sebastião Navarro de Andrade, nasceu em 25/08/1825, em Montevidéo, então província Cisplatina pertencente ao Brasil. Como o pai, cursou a academia militar. Foi amanuense praticante da Inspetoria de Fazenda até 1848, ano em que fundou A sentinella do Throno, periódico apoiador do regime monárquico. Em 1851 tornou-se redator chefe do Diário do Rio de Janeiro, na época o periódico mais antigo do Brasil. Contando apenas com vinte e sete ano, foi condecorado com o título da Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo. Em 1863, dirigiu o jornal O Brasil. Em 1863, após diversos vereadores terem seus mandatos suspensos, sendo processados pelo governo, atuou como vereador suplente da Câmara Municipal da Corte. Entre 1865 a 1867 assumiu a posição de cônsul geral do Estado Oriental do Uruguay no reino da Prússia. Retornando ao Brasil em 1867, dirigiu por mais um ano o Diário do Rio de Janeiro, até abandonar definitivamente a carreira jornalística. Foi eleito vereador da Câmara Municipal do Rio de Janeiro em 1880. No ano seguinte foi nomeado chefe da repartição de Tombamento Municipal. Entre agosto de 1893 a junho de 1894, desempenhou o cargo de diretor geral de Patrimônio do Distrito Federal. Faleceu no Rio […]

CARNEIRO, Ignácio Alves Corrêa

Coronel, durante o Império, Ignácio Alves Corrêa Carneiro atuou na Guerra do Paraguai (1864-1870) e exerceu os cargos de Procurador Fiscal e Deputado Provincial da província do Paraná. Instaurada a República, foi nomeado Diretor do Correio do Paraná, exonerando-se do cargo para tomar posse como Intendente do Distrito Federal em 25/07/1891. Chefiou as intendências de Patrimônio e de Matadouro até 10/12/1891. Em abril de 1892, participou das manifestações contrárias ao governo do Marechal Floriano Peixoto, então vice-presidente da República em exercício. Com o decreto do Estado de Sítio no Distrito Federal e em Niterói, foi desterrado para o forte São Joaquim do Rio Branco, Amazonas, próximo à fronteira com a Venezuela, a bordo do paquete Pernambuco. Faleceu no dia 18/08/1898, na residência do general Pereira Júnior. Era casado com Rosa De Castro Da Matta Carneiro.   José Ygor Silva Pena Luiza Ferreira

CAVALCANTI, José Pompéo de Albuquerque

Engenheiro, nascido no Ceará em 10/04/1839, José Pompéo de Albuquerque Cavalcanti bacharelou-se em Matemática pela Escola Central. Durante o Império, representou a província do Ceará nas últimas legislaturas da Câmara dos Deputados entre 1881 e 1885, assinando o projeto do elemento servil em 1885, quando o Conselho de Ministros era presidido pelo conselheiro Manoel Pinto de Souza Dantas. O projeto tratava da valoração do escravo de acordo com a sua idade, um sistema onde aqueles com idades entre 20 e 40 anos teriam maiores preços. Acreditava-se que assim, dentro de um prazo de no máximo 14 anos, a escravidão teria fim. O projeto sofreu diversas críticas, inclusive do ilustre abolicionista deputado Joaquim Nabuco. Em 27/06/1891 foi nomeado para o cargo de Intendente de Patrimônio, onde permaneceu por apenas oito dias. Por motivos de saúde, foi substituído por João Alfredo Piragibe, Intendente de Higiene. Faleceu no dia 14/07/1891, vítima de uma lesão cardíaca. Com a sua morte, Piragibe assume permanentemente a chefia da Intendência de Patrimônio. Neste período, estava trabalhando em um novo livro, o diccionario historico, greographico e estatistico do Ceará, que acabou sendo finalizado por Guilherme Studart. Escreveu Chorographia da província do Ceará, publicado em 1888, à época um […]

SOUZA LIMA, Nominato José de

Filho de Antônio Gomes de Oliveira e Ana Joaquina da Silva, Nominato José de Souza Lima nasceu em 1849 em Rio Espera, Minas Gerais. Formou-se em Direito pela Faculdade de São Paulo. Tomou posse como vereador em Leopoldina, Minas Gerais, em 07/01/1865, havendo registros de sua atuação no cargo até dezembro de 1868. Em 1872, assumiu como 3º Juiz de Paz de Leopoldina e presidente da Mesa da Assembleia Paroquial. Atuou na construção da Estrada de Ferro Leopoldina. Foi presidente da Companhia de Comissões e Ensaque de Café no início da República. Filou-se ao Partido Republicano e, em 07/03/1890, foi nomeado Intendente de Patrimônio do Distrito Federal, permanecendo na função até 11/08/1890. Durante a sua gestão, assinou projeto de postura sobre a remissão de foros no Distrito Federal. De acordo com o texto, “tais regras [permitiriam] uma mais fácil e enérgica inspeção do patrimônio municipal à proporção que se fossem regularizando e simplificando as relações jurídicas ora existentes entre a municipalidade e os que possuem terrenos foreiros ou presumidos tais”, possibilitando assim à Câmara “reconhecer, visar e registrar os títulos de concessões antigas”; “reconhecer a prescrição de 40 anos e, em certos casos, mesmo a de 30 anos contra a […]

CAMPOS, Zeferino Gonçalves de

Zeferino Gonçalves de Campos foi nomeado para o cargo de Intendente de Patrimônio do Distrito Federal em 13/12/1889. Foi o primeiro indicado para a pasta, criada após a Proclamação da República, da qual se exonerou junto ao Conselho em 26/02/1890. Na política foi ainda Deputado Estadual pelo Rio de Janeiro e, em 1900, candidatou-se sem êxito ao cargo de Intendente Municipal.   Militar, em 1894 a Zeferino Gonçalves de Campos, ex-oficial de Voluntários da Pátria, foi conferida a honra de Tenente-coronel em função dos relevantes serviços prestados à República durante a Revolta da Armada, série de ataques realizados pela Marinha contra o governo do vice-presidente Marechal Floriano Peixoto, que assumiu a presidência após a renúncia do Marechal Deodoro da Fonseca, gerando manifestações contrárias a sua posse. Chegou ao posto de General. Foi membro do Conselho Fiscal do Banco Colonial do Brazil (1890) e também Membro do Conselho da Sociedade Cooperativa Nacional da Capital Federal, de fins humanitários.    Faleceu em janeiro de 1931, sendo enterrado em 28/01/1931 no Cemitério São João Batista, em Botafogo, Rio de Janeiro. Era casado com Amélia Gomes de Andrade Campos.   José Ygor Silva Pena Luiza Ferreira

HOMEM DE MELLO, Francisco Ignácio Marcondes

Nascido em 01/05/1837, em Pindamonhangaba, interior da Província de São Paulo, Francisco Ignácio Marcondes Homem de Mello era filho do segundo Barão de Pindamonhangaba, Francisco Marcondes Homem de Mello. Entre março de 1847 e novembro de 1852, fez seus estudos em humanidades no Seminário Episcopal de Mariana (MG). Formou-se em Direito pela Faculdade de São Paulo, em 1858, retornando nesse mesmo ano a sua cidade natal, onde foi eleito Presidente da Câmara Municipal (1860-1861). Em 09/11/1861 foi nomeado para o cargo de catedrático de História Antiga e Medieval do Colégio D. Pedro II, exonerando-se da função, a pedido, em 20/02/1864. Ocupou o cargo de Presidente das províncias de São Paulo (04/03/1864 a 23/10/1864), do Ceará (10/06/1865 a 06/11/1866), do Rio Grande do Sul (22/01/1867 a 13/04/1868) e da Bahia (25/02/1878 a 25/11/1878). De 1873 a 1878 exerceu a Inspetoria interina da Instrução Pública Primária e Secundária do Município da Corte. Foi também Ministro dos Negócios do Império. Com a fundação do Colégio Militar, em 12/04/1889, tornou-se professor de História Universal desta Instituição. Em agosto de 1890, tomou posse como Intendente de Justiça e de Patrimônio do Distrito Federal. Segundo a lei de Outubro de 1828, art. 27, todo requerimento deveria […]

PIRAGIBE, João Alfredo

Nascido em 09/06/1847, João Alfredo Piragibe era filho do ilustre General José Piragibe, e de Cândida Joaquina da Costa Piragibe. Médico, formou-se pela Faculdade do Rio de Janeiro, atuando mais tarde como cirurgião da Guarda Nacional. Na vida política, foi vereador da Câmara Municipal do Distrito Federal em 1884. Ingressou em 1890 no 3º Conselho Municipal de Intendência do Distrito Federal, assumindo entre 1890 e 1891 as Intendências de Instrução e Estatística, de Higiene, e ainda, interinamente, as Intendências de Patrimônio e de Justiça. Como Intendente, criou grupos de estudos para compor um projeto de posturas sobre o comércio de leite. Apresentou, em outubro de 1890, junto dos intendentes Augusto de Vasconcellos e Joaquim de Lamare, projeto, posteriormente aprovado, sobre o fechamento das casas de negócios aos domingos, abrindo-se exceção para tavernas, que funcionariam até as 6 horas da tarde e às farmácias, hotéis, casas de pasto, confeitarias, padarias, botequins, cafés, bilhares e açougues, que poderiam ficar abertos durante todo o dia. Na intendência de Higiene, assinou, em agosto de 1890, projeto de postura sobre chiqueiros, que definia que “nas paróquias do Sacramento, S. José, Candelária, Santa Rita, Glória, Lagoa, S. Cristóvão, Engenho Velho e Engenho Novo, não [era] permitido […]