AMARAL PEIXOTO, Augusto do

Patriarca da famosa linhagem dos Amaral Peixoto na política carioca, Augusto do Amaral Peixoto nasceu no Rio de Janeiro em 14/02/1870, no seio de uma família de comerciantes cafeeiros de Paraty (RJ). Filho de José Augusto do Amaral Peixoto com Maria José Campos do Amaral Peixoto, casou-se em 1898 com Alice Corrêa Monteiro, de cujo matrimônio nasceram Augusto do Amaral Peixoto Júnior, tenentista e por duas vezes deputado federal pelo Distrito Federal; Ernani do Amaral Peixoto, governador do Estado do Rio de Janeiro (1951-55), ministro de Aviação, do Tribunal de Contas da União e da pasta extraordinária de reforma administrativa, e duas vezes senador pela Guanabara; e o médico e Procurador Geral da União Raul do Amaral Peixoto. Tendo estudado no Colégio Pedro II durante os últimos anos do Império, prosseguiu os estudos na Faculdade de Medicina, onde recebeu grau de doutor em 1897 com a tese ‘’Das Gastrophatias na tuberculose pulmonar’’. Ainda acadêmico, atuou no serviço médico da Brigada Policial do Rio de Janeiro durante a Revolta da Armada (1894), o que lhe valeu o título de alferes. Na faculdade, foi designado interno da 2ª cadeira de clínica médica, área que seguiu após formado ao abrir um consultório na […]

CORREIA FILHO, Jonas de Morais

O General-de-Divisão Jonas de Morais Correia Filho nasceu em 21/09/1903, na interiorana Parnaíba (PI). Filho de Jonas Morais Correia e de Maria Firmina Ramos Correia, casou-se com Valmirina Ramos Correia e, em segundas núpcias, com Nilza Silva Correia. Do primeiro casamento nasceu seu filho Jonas de Morais Correia Neto, General e ex-Ministro-Chefe do Estado Maior das Forças Armadas. Militar de formação, foi anistiado e reintegrado ao Exército em 1930, após ter sido afastado pela sua participação na sublevação dos “18 do Forte’’ em 1922. Foi-lhe então facultado ministrar aulas na Escola Militar do Realengo enquanto catedrático de língua portuguesa, onde tornou-se colega do também professor Pio Borges de Castro. Este, a frente da Secretaria Geral de Educação e Cultura, nomeou Correia Filho para dirigir o Departamento de Educação Primária da prefeitura, onde puderam colaborar na elaboração de peças de propaganda de cunho nacionalista e militarista para ser difundida através do rádio. Em 1942, com a exoneração de Borges de Castro, Correia Filho foi escolhido para lhe suceder na pasta de educação e cultura, primeiramente para responder pelo expediente e depois como efetivo. Sua gestão pautou-se pelo prosseguimento das políticas de seu antecessor, tanto em relação à manutenção do quadro de […]

MATTOS, Pedro

Natural do Ceará, Pedro Mattos foi um expoente tanto no magistério quanto no jornalismo, estabelecendo-se enquanto figura chave para o desenvolvimento do ensino público do país. Antes mesmo de compor os quadros do Distrito Federal e por indicação do Diretor de Instrução deste, Fernando de Azevedo,  assumiu a Direção Geral de Instrução do Acre, em 1929. Dentre os desafios aceitos e devidamente cumpridos, estavam a reorganização do ensino primário e a ampliação do alcance das escolas rurais do território acreano, aos moldes do que fora a reforma do ensino empreendida por seus pares na capital federal. Data deste mesmo ano a publicação, de sua autoria, do relatório sobre alfabetização e ensino público, direcionada ao Sr. Hugo Carneiro, então governador daquele estado. Três anos mais tarde, retornou ao Distrito Federal sob convite de Anísio Teixeira para secretariar sua Diretoria de Instrução Pública Municipal, assumindo o cargo de subdiretor técnico em 1933. Em maio do ano seguinte, foi nomeado chefe da Seção de Recenseamento, Matrícula e Frequência, sendo chamado para responder pelo expediente da Diretoria de Instrução Pública, Estatística e Biblioteca aproximadamente no mesmo período, em virtude do afastamento temporário de Anísio Teixeira. Entre os meses de abril e setembro de 1935, foi […]

SOARES, Átila

Membro de uma família tradicional de militares do interior de São Paulo, Átila Soares nasceu em 10/06/1910. Casou-se duas vezes ao longo da vida, com Lucia Branco Soares e Elza Soares, tendo filhos com ambas. Após a formação primária no Colégio Salesiano de Lorena, mudou-se para o Rio de Janeiro para cursar a Escola Naval, onde concluiu os estudos. Com prévio envolvimento com o movimento tenentista na década de 1920, Átila Soares adentrou a vida política ao se candidatar à Assembléia Constituinte de 1934, apoiado pela Liga Eleitoral Católica. Sem êxito na candidatura, filiou-se ao Partido Autonomista do Distrito Federal, partido pelo qual se elegeu vereador. Seu mandato foi marcado pelos embates em torno da política educacional de Anísio Teixeira, e pela luta pela obrigatoriedade do ensino religioso. Ocupou os cargos de Secretário Geral do Interior e Segurança, entre julho de 1937 e novembro de 1938, e de Secretário Geral de Finanças, entre julho e agosto de 1938, este último como interino. Em novembro de 1938, exonerou-se de seus cargos na Marinha e na Prefeitura para ocupar o posto de Ministro do Tribunal de Contas do Distrito Federal. Em 1945, filiou-se ao Partido Social Democrático (PSD). Durante o governo de […]

SERQUEIRA, Jerônimo de Sá Pinto

Nascido em 20/05/1876 no Rio de Janeiro, Jerônimo de Sá Pinto Serqueira era filho de Joaquim José Pinto Serqueira e Arminda Augusta Coelho de Sá. Militar de formação, em 1893 iniciou sua vida profissional na prática docente, engrossando o corpo do então Instituto Profissional, antigo Asilo dos Meninos Desvalidos, enquanto ainda estudava para curso concomitante na Escola Politécnica. No entanto, sua passagem pela instituição foi breve, posto que em alguns meses fora chamado para adentrar a municipalidade carioca, aos encargos da Diretoria de Fazenda. Correligionário da corrente florianista, teve parte nas rusgas políticas que impactaram a república em seus primeiros anos, posicionando-se, em especial, na Revolta da Armada. Na patente de praça do Batalhão Acadêmico, em 06/09/1893 combateu, ao lado das forças regulares, o grupo sublevado. No ano seguinte, foi promovido a amanuense do Distrito Federal, de onde só sairia em 1917 para ocupar o cargo de Chefe de Seção na mesma Diretoria. No auge de sua sólida carreira de mais de 40 anos na administração pública, em que conquistou postura distinta nos meios sociais da época, Jerônimo Serqueira foi nomeado para compor o quadro de auxiliares do então Interventor do Distrito Federal, Dr. Pedro Ernesto (1931-1934). De chefe de […]

MELO, Mário

Mário Melo foi um dos fundadores do Club Municipal do Rio de Janeiro, em 17/11/1932. Assumiu, em 21/10/1938, a Secretaria Geral de Finanças como secretário interino, após a exoneração de Lino Leal de Sá Freire. Em julho do ano seguinte, foi efetivado no cargo. A frente da secretaria, foi responsável pela organização da Caixa Reguladora de Empréstimos da Prefeitura e presidiu a Comissão Incorporadora do Banco da Prefeitura do Distrito Federal (que daria origem ao Banco do Estado do Rio de Janeiro – BANERJ). Entre 1940 e 1943, chegou a responder pelo expediente da Secretaria Geral de Administração, durante os afastamentos do titular, Jorge de Toledo Dodsworth. Exonerou-se do cargo de Secretário Geral de Finanças em 11/09/1945, para assumir as funções de diretor-presidente do Banco da Prefeitura do Distrito Federal S/A. Foi exonerado da presidência do Banco em 20/02/1946, antes do cumprimento do mandato de quatro anos, como previa o estatuto. Por julgar-se lesado, moveu ação contra a Prefeitura. Foi diretor da Companhia de Transportes de Campo Grande e Diretor do Emprego ao Fundo Monetário do IAPTEC (Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Estivadores e Transportes de Cargas). Em julho de 1954, já aposentado do cargo de Delegado Fiscal, Mário […]

AMARAL, Antônio Cândido do

Filho de Antonia Guilhermina do Amaral, Antônio Cândido do Amaral nasceu em 1854, no Rio de Janeiro. Engenheiro, ingressou como Aspirante na Escola de Marinha do Rio de Janeiro, sendo promovido a Guarda de Marinha em novembro de 1873. Em 1877, já no posto de 2º Tenente, foi-lhe concedida demissão do serviço da armada. No mesmo ano ingressou na administração pública municipal através de concurso para preenchimento da vaga de 2º conferente da mesa provincial. Foi Oficial da Secretaria de Intendência Municipal. Com o falecimento do 1º Oficial Arquivista da Câmara Municipal em maio de 1885, Antônio Cândido foi então promovido para assumir as funções do cargo. Foi designado Secretário do Prefeito Henrique Valadares  (1893-1895) em agosto de 1893. A partir de 1896 passou a atuar como subdiretor da Diretoria Geral do Interior e Estatística. Com o afastamento de Alexandrino Freire do Amaral, Antônio Cândido foi nomeado diretor geral da pasta, tendo permanecido no cargo entre 30/11/1897 e 01/06/1900. Posteriormente, voltou a assumir a diretoria da repartição como interino, durante os afastamentos do titular. Com a renomeação da Diretoria pelo Decreto nº 302, de 12/08/1902, Antônio Cândido do Amaral foi nomeado subdiretor da Diretoria Geral de Polícia Administrativa, Arquivo e […]

AZEVEDO SODRÉ, Antônio Augusto de

Antônio Augusto de Azevedo Sodré nasceu em Maricá, RJ, no dia 13/12/1864. De tradicional família fluminense, era filho de José Paulo de Azevedo Sodré e Cândida Ribeiro de Almeida Sodré. Fora casado com Luzia Salles de Azevedo Sodré, neta do Visconde de Mauá, e a sua família pertenceram nomes como Alcindo de Azevedo Sodré, idealizador e primeiro Diretor do Museu Imperial, localizado em Petrópolis; e o Dr. Fábio Sodré que, assim como o pai, construiu carreira na medicina. Após concluir seus estudos primários no Liceu do Conde d’Eu, em Nova Friburgo, transferiu-se para a Capital do Império ao ingressar na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Logo que diplomou-se, em 1885, começou a exercer a profissão, primeiro no Hospital da Beneficência Portuguesa e, em seguida, no Hospital da Misericórdia. Concomitantemente, retornou à faculdade em que acabara de colar grau, agora como preparador da disciplina de Terapêutica. No ano seguinte, realizou concurso para professor adjunto, assumindo paulatinamente as cátedras de Patologia Interna e Clínica Médica. Em 1911, elegeu-se diretor da instituição. Lecionou também na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro em 1895, sendo responsável pelo conteúdo de Medicina Pública. Entre os anos de 1887 e 1888, […]

FEIJÓ, Abeillard Genes de Almeida

Abeillard Genes de Almeida Feijó iniciou os estudos no Colégio Episcopal de S. Pedro de Alcântara e na Escola Militar da Praia Vermelha. Após ser aprovado no exame do Ministério da Agricultura em 23/07/1877, tornou-se habilitado para exercer as funções de agrimensor. Em outubro do mesmo ano, foi designado para atuar como Agrimensor na Colônia de Santa Leopoldina, localizada na província do Paraná. Foi Professor Adjunto de Instrução Primária e Secundária do Rio de Janeiro e, em Janeiro de 1890, ingressou na administração pública municipal como Oficial da Inspetoria Geral de Instrução Pública. Em 16/05/1893 foi nomeado Chefe da 2º Seção da Inspetoria Geral de Instrução Pública, responsável pelo ensino normal, profissional e artístico, bibliotecas e museus municipais. Posteriormente, exerceu os cargos de Secretário Geral (04/1897) e Subdiretor da Diretoria Geral de Instrução Pública. Chegou a assumir o cargo de Diretor Interino de Instrução Pública Municipal durante o afastamento do titular, José de Medeiros e Albuquerque, e novamente, após a exoneração de Manuel Bonfim, em 24/04/1907. Em junho de 1916, foi nomeado para a Junta de Alistamento do Sorteio Militar. No ano seguinte, foi eleito vice-presidente da Diretoria da Caixa Escolar de Paquetá. Presidiu ainda a Mesa de Qualificação Eleitoral […]

GOMES, Alfredo Augusto

Filho do Comendador José Maria Gomes e de D. Luiza Leonor Gomes, Alfredo Augusto Gomes nasceu em 28/09/1859. Bacharel em Letras pelo Colégio Pedro II,   iniciou em 1875 a Faculdade de Medicina do Município da Corte, graduando-se em 1883. Destacou-se como um dos intelectuais de renome da Corte e, posteriormente, da República, atuando enquanto Professor Gramático. Foi Professor e Diretor conceituado da Escola Normal, uma das mais importantes instituições de ensino da época. Fundou e dirigiu, no bairro de Laranjeiras, o Colégio Alfredo Gomes (1888-1917). Integrou Comissão criada pela Direção da Instrução Pública, em 1897, para se discutir e reformular as bases do Ensino Normal, ao lado dos professores Francisco Cabrita e Guimarães Rebello. Em reunião precedente à formação oficial de tal grupo, presidida pelo próprio gramático, os professores supracitados manifestaram veementes objeções à proposta apresentada inicialmente pelo poder público, da qual, de acordo com os teóricos, uma reforma do 1º grau seria condição sine qua non. Subdiretor de Instrução Pública e Membro do Conselho Municipal de Instrução, em 31/12/1898 foi nomeado para o cargo interino de Diretor Geral de Instrução Pública Municipal, onde, entre idas e vindas, permaneceu até 1902. Dentre suas publicações, destaca-se o Grammatica portugueza (1920 [1887]) […]

VELOSO, Guilherme Paranhos

Nascido em 12/07/1882, Guilherme Paranhos Veloso era filho de Manoel Paranhos da Silva Velloso e de Lavinia Marcello Paranhos Velloso. Cursou o Preparatório no Colégio Alfredo Gomes, que localizava-se no bairro da Glória. Em 1895, após ser aprovado no exame de admissão, teve a sua matrícula aceita no Instituto Comercial do Rio de Janeiro. Formou-se pela Faculdade de Direito Teixeira de Freitas. Ingressou na administração pública em 1902, como Praticante da 2º Subdiretoria (Rendas Públicas), da Diretoria Geral da Fazenda do Distrito Federal. Posteriormente, assumiu os cargos de Amanuense (1904), Segundo Escriturário (1907), Primeiro Escriturário (1916) e Chefe de Seção (1922) do mesmo órgão. Foi também escrivão do Montepio Municipal entre 12/06/1925 e 05/11/1926. Em Outubro de 1917, Guilherme Paranhos foi designado para compor a Comissão Fiscalizadora Auxiliar das Agências da Prefeitura, chefiada pelo escriturário Henrique Moreira Brandão. Passou a chefiar a mesmo Comissão a partir de 04/09/1918. Junto a Ivo Pagani e Alexandre Dias, foi autor de “Coleção das Leis Municipais Vigentes”, obra que reúne os contratos e leis estabelecidos desde a primeira Legislatura do Conselho Municipal em 1893 até 1921, ano de publicação do livro. Após exonerar-se do cargo de escrivão do Montepio Municipal em 1926, Guilherme Paranhos […]

BASTOS, Leopoldino Alves

Filho de Joaquim Justino Alves Bastos e Amelia Mendes Malheiros, Leopoldino Alves Bastos nasceu em 05/07/1868, na cidade de Corumbá, Mato Grosso. Entrou para a administração pública ocupando o cargo de praticante da Contadoria Municipal. Progrediu gradualmente ao posto de Primeiro Escriturário, em 1893 e, sete anos adiante, a Chefe de Seção. Em 1909, operou, inicialmente, como Subdiretor de Fazenda, sendo promovido às honras de Diretor Geral Interino da Fazenda Municipal, as quais exerceria pelos próximos oito anos consecutivos, até aposentar-se definitivamente. Não obstante seu afastamento oficial da municipalidade, continuou a prestar significativas contribuições por meio de propostas e deliberações, agora como membro da Associação dos Funccionarios Publicos Civis, à qual seguiu vinculado por mais de doze anos. Veio a óbito em 26/02/1918, em sua própria residência, sendo sepultado no Cemitério São Francisco Xavier. Em virtude de seu prestígio, teve o funeral custeado pelas contas municipais, a pedido do então Prefeito do Distrito Federal, Amaro Cavalcanti. Deixou esposa, Castorina das Chagas Bastos, e dois filhos.   Amanda Vilela.

SANTOS, Samuel Ferreira dos

Filho de Antonio dos Santos Jacintho e de Durina Ferreira dos Santos Jacintho, Samuel Ferreira dos Santos nasceu no Maranhão, em 1859. Ingressou no Ministério da Guerra em 30/05/1884, no posto de Amanuense da Secretaria do Arsenal de Guerra. Foi promovido a 2º Oficial em Janeiro de 1888 e a 1º Oficial em dezembro de 1892*. Dispensado da Secretaria do Arsenal de Guerra em Agosto de 1893, foi transferido para a Diretoria de Fazenda da Prefeitura do Distrito Federal, onde exerceu os cargos de Escriturário e Oficial de Diretoria. Concomitantemente, atuou como Auxiliar do Gabinete do Prefeito Ubaldino do Amaral Fontoura (1897-1898). No final do ano de 1898, quando Cesário Alvim (1898-1899) assumiu a Prefeitura do Rio de Janeiro, Samuel Ferreira foi nomeado para servir como Oficial de Gabinete do Prefeito. Posteriormente, voltou a exercer o cargo de Auxiliar do Gabinete do Prefeito com Antônio da Silva Moutinho. Em agosto de 1900, foi promovido de 1º Escriturário a Chefe de Seção da Diretoria de Contabilidade. Com a restituição da Diretoria Geral de Fazenda, Samuel Ferreira dos Santos foi nomeado Subdiretor de Contabilidade da Diretoria através do decreto nº 229 de 16/07/1902. Ao longo da direção de Carlos Florêncio Fontes Castello, […]

COELHO, Jerônimo Francisco

Filho de José Francisco Coelho e de D. Lucelia Thereza da França, Jeronimo Francisco Coelho nasceu em Niterói, no dia 27/07/1864. Graduado em Engenharia Civil, na década de 1890 foi engenheiro-chefe do 1º Distrito e chefe da Seção da Diretoria de Obras da Prefeitura do Distrito Federal. Em 1905, na administração do Prefeito Pereira Passos (1902-1906), assume interinamente a Diretoria Geral de Obras e Viação, após Alfredo Américo de Souza Rangel recusar a indicação para o cargo. Para elaborar e executar o Plano de Melhoramentos da Cidade, Pereira Passos formou uma equipe com destacados intelectuais da época, entre os quais estavam Coelho, os engenheiros Carlos Augusto Nascimento e Silva, Alfredo Lisboa, Paulo de Frontin, Francisco Bicalho, Francisco de Oliveira Passos e o médico sanitarista Oswaldo Cruz. Durante a gestão do Prefeito Souza Aguiar (1906-1909), foi responsável por diversas obras de infraestrutura e embelezamento da cidade, dentre elas a reforma do edifício da antiga Prefeitura do Distrito Federal, que se localizava na Praça da República. Neste período, é possível encontrar na imprensa carioca muitas solicitações de leitores por uma maior atuação da Diretoria de Obras nos subúrbios. Na coluna “Ecos Suburbanos”, do periódico A Imprensa, o nome de Jeronymo Coelho era […]

MACEDO, Francisco Salles de

Francisco Salles de Macedo, historiador, bacharelou-se pelo Colégio Pedro II. Mais tarde, foi funcionário do Archivo Publico Nacional, trabalhando ao lado do então diretor Machado Portella. Na ocasião, foi responsável pelos primeiros números das Publicações do órgão. Em 15/08/1893, no mesmo ato que designou Mello de Moraes para a Direção do Archivo Geral, Francisco Salles de Macedo foi nomeado para chefiar a Seção Histórica, onde permaneceu até 1898, quando foi promovido ao cargo de subdiretor da Diretoria Geral do Interior e Estatística. Salles de Macedo desenvolveu inúmeras pesquisas historiográficas nos documentos arquivados, lançando mão de seu extenso conhecimento de Paleografia, o que, por sua vez, lhe permitiu decifrar os antigos manuscritos que estavam sob a guarda da seção que chefiava. Tal empreendimento contribuiu para a composição de publicações como a Revista do Archivo do Districto Federal, que teve seu primeiro fascículo publicado em abril de 1894 e, até 1897, se concentrou em divulgar gravuras, mapas e plantas de grande relevância histórica. A partir de 1898, atuou como subdiretor da Diretoria de Polícia Administrativa, Arquivo e Estatística, exercendo interinamente a Diretoria da repartição em 1903 e 1907. Em 03/01/1901, assumiu o cargo de Chefe da Terceira Seção de Arquivo do Distrito […]

FONTOURA, João Lopes Carneiro de

João Lopes Carneiro de Fontoura foi conferente da cidade de Santos. No ano de 1884, atuou como Inspetor da Alfândega do Pará, órgão instalado no Convento dos Mercedários em Belém. Em 15/08/1890, foi nomeado Intendente de Fazenda do 3º Conselho de Intendência Municipal do Rio de Janeiro. Durante o seu mandato, enfrentou grave crise no fornecimento de carne verde no Distrito Federal, o que levou a decretar como medida provisória a isenção de impostos aos açougues do município. Em sessão de 03/10/1890 o Presidente do Conselho, José Félix da Cunha Menezes, propôs  que o Intendente de Fazenda fosse autorizado a resolver sobre os pagamentos das contas já processadas e liquidadas por ordem de antiguidade apenas consultando o Conselho, caso necessário. Apesar de seu desejo contrário, o Conselho aprovou a proposta por unanimidade. Neste mesmo mês, levantou informações a respeito da receita e da despesa municipal nos governos anteriores, verificando uma grande dívida. Como proposta para saldar as contas, foram embargadas concessões para obras públicas. Com o pedido de exoneração do então Presidente, Fontoura assumiu como a presidência do Conselho Municipal interinamente entre novembro e dezembro de 1891, exonerando-se em seguida.     Faleceu no dia 23/02/1892, em Lambary, Minas Gerais. Deixou viúva  Marianna Correa da […]

GOULART, Gil Diniz

Nascido em Angra dos Reis (RJ), em 14/05/1844, Gil Diniz Goulart concluiu seus estudos no Colégio Freeze, em Nova Friburgo. Aos 23 anos, formou-se bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de São Paulo junto a Cândido de Oliveira, Ubaldino do Amaral, Carlos Affonso e Frederico de Almeida. No mesmo ano de 1867, mudou-se para Cachoeiro de Itapemirim (ES), como advogado do Banco do Brasil. Ingressou na carreira política pelo Partido Liberal. Por dez anos presidiu a Câmara Municipal de Cachoeiro de Itapemirim e entre 1883 e 1885 atuou como deputado provincial. Aderiu ao movimento republicano e, com a instauração da República, foi nomeado em março de 1890 para os cargos de vice-presidente do Conselho de Intendência da Capital Federal e Intendente de Fazenda. Exonerou-se de suas funções de Intendente em agosto de 1890 e, no mês seguinte, foi eleito Senador pelo Estado do Espírito Santo. Participou da Comissão dos Vinte e Um, responsável pela elaboração do projeto da Constituição Republicana. Com o final de seu mandato em 1896, retornou ao Rio de Janeiro, abandonando a carreira política e dedicando-se ao exercício da advocacia. Faleceu em 15/04/1927, sendo enterrado no cemitério de São Francisco Xavier, no Rio de […]

SARAHYBA, João dos Santos

Conhecido advogado, poeta, abolicionista, João dos Santos Sarahyba era filho de Galdino José dos Santos Sarahyba. Juiz de direito, em fevereiro de 1878 assumiu o cargo de Promotor Público da Comarca de Itaguaí. Em agosto desse ano, teve sua casa invadida por criminosos que dispararam diversas vezes, sem atingi-lo. Parte da imprensa considerou que o atentado teve motivações políticas. Sendo Sarahyba um dos líderes do Partido Liberal, o Partido Conservador acabou sendo responsabilizado pelo crime. Em 1885, foi presidente da Câmara Municipal. No ano de 1891, durante cinco meses, foi Diretor do Diário Oficial. Após este período, passou a integrar o 3º Conselho modificado da Intendência Municipal, assumindo a Intendência de Praças e de Higiene de julho até dezembro de 1891. Durante a sua gestão na Intendência de Higiene esteve incumbido de estudar a questão da carestia da carne verde no Distrito Federal, junto do Intendente de matadouro, Ignácio Alves Corrêa Carneiro, e do Intendente de Viação Geral, Carlos Augusto de Avilez Barrão. Com a renúncia do Presidente da República, que culminou no pedido de exoneração de José Felix da Cunha Menezes da Presidência do Conselho de Intendência Municipal, o Tenente-coronel João Lopes Carneiro Fontoura, o intendente mais velho do […]

CARVALHO, Manoel Emílio Gomes de

Filho de Manuel Gomes de Carvalho, 1º Barão do Rio Negro, Manoel Emílio Gomes de Carvalho nasceu em Vassouras, na província do Rio de Janeiro, em 20/02/1859. Mudando-se para a cidade do Rio de Janeiro, residiu com a sua família de 1870 a 1900 num solar localizado na Rua Santo Amaro, no bairro da Glória, onde hoje funciona o INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. Formou-se em direito, concluindo seus estudos em São Paulo. Em 07/03/1890 foi nomeado pelo Ministro do Interior, Cesário Alvim, Intendente de Justiça do Distrito Federal. No mês seguinte, assume interinamente as Intendências de Higiene e de Praças. Durante a sua gestão, apresentou junto do Intendente de Higiene, José Félix da Cunha Menezes, projeto de postura urbana sobre hotéis, restaurantes, casas de pasto e de pensão, tascas, quitandas e carvoarias. A partir de 1º de Julho de 1890, estes espaços teriam 6 meses para adequar-se ao novo regulamento que previa a utilização de ladrilhos brancos e de revestimentos impermeáveis, utilização de tampos de mesa de mármore ou ardósia nas tascas, a disposição de aves em gaiolas de ferro ou arame, dentre outras. Em 1892 passou a residir na Europa, desenvolvendo pesquisas históricas. Tornou-se […]

MATTOS, José da Silva

José da Silva Mattos nasceu em 02/03/1840. Advogado, foi 1º Delegado de Polícia da Corte, juiz, pretor da 6ª pretoria da Capital Federal e um dos Diretores da Companhia Fábrica de Papel Guttenberg. Em junho de 1891 passou a integrar o Conselho de Intendência Municipal, sendo nomeado para o cargo de Intendente de Justiça e, no mês seguinte, para a Intendência de Instrução e Estatística. Também assumiu interinamente as Intendências de Higiene e de Praças. Permaneceu no Conselho por um curto período de tempo, exonerando-se com os outros integrantes em dezembro do mesmo ano. Neste período, formulou projeto de postura que proibia a lavagem de roupas para terceiros enquanto não eram estabelecidas lavanderias públicas na Capital. A medida visou impedir que em avenidas, cortiços e etc., fossem constituídas lavanderias particulares. Em 1894, como Delegado da Capital Federal, recebeu do Ministério da Guerra a honra de Capitão, devido aos serviços prestados com dedicação e lealdade durante as revoltas de 1893. Foi secretário da Irmandade de Nossa Senhora da Conceição da Gávea, região onde também trabalhava e morava. Faleceu em 23/11/1901, no Rio de Janeiro. Era casado com Elvira Amélia Pereira da Silva Mattos.   José Ygor Silva Pena Luiza Ferreira

PIRAGIBE, João Alfredo

Nascido em 09/06/1847, João Alfredo Piragibe era filho do ilustre General José Piragibe, e de Cândida Joaquina da Costa Piragibe. Médico, formou-se pela Faculdade do Rio de Janeiro, atuando mais tarde como cirurgião da Guarda Nacional. Na vida política, foi vereador da Câmara Municipal do Distrito Federal em 1884. Ingressou em 1890 no 3º Conselho Municipal de Intendência do Distrito Federal, assumindo entre 1890 e 1891 as Intendências de Instrução e Estatística, de Higiene, e ainda, interinamente, as Intendências de Patrimônio e de Justiça. Como Intendente, criou grupos de estudos para compor um projeto de posturas sobre o comércio de leite. Apresentou, em outubro de 1890, junto dos intendentes Augusto de Vasconcellos e Joaquim de Lamare, projeto, posteriormente aprovado, sobre o fechamento das casas de negócios aos domingos, abrindo-se exceção para tavernas, que funcionariam até as 6 horas da tarde e às farmácias, hotéis, casas de pasto, confeitarias, padarias, botequins, cafés, bilhares e açougues, que poderiam ficar abertos durante todo o dia. Na intendência de Higiene, assinou, em agosto de 1890, projeto de postura sobre chiqueiros, que definia que “nas paróquias do Sacramento, S. José, Candelária, Santa Rita, Glória, Lagoa, S. Cristóvão, Engenho Velho e Engenho Novo, não [era] permitido […]