TEIXEIRA, Anísio Espínola

O grande educador e principal figura do movimento político pedagógico da Escola Nova, Anísio Spínola Teixeira nasceu na cidade de Caetité, na Bahia, em 12/07/1900. Já na primeira infância, Teixeira tem contato com a pedagogia através de sua mãe, Anna Spínola Teixeira, a quem esteve sob cuidados nos primeiros anos, e de seu pai, o médico e fazendeiro Deocleciano Pires Teixeira, fundador da escola normal e complementar da cidade. Casou-se em 1932 com Emília Teixeira, com quem passou toda a vida e teve quatro filhos. Sua prévia experiência como Inspetor Geral de Educação na Bahia, quando esteve à frente do movimento modernizador e de ampliação do sistema de ensino de seu estado natal, aguçou seus interesses pela área. Estes foram favorecidos posteriormente por suas incursões nos estudos educacionais empreendidos por seus pares na Europa e nos EUA. De volta ao Brasil, se instalou diretamente no Rio de Janeiro e, na esteira das reformas do ex- Diretor Geral de Instrução Pública Municipal Fernando de Azevedo, recebeu, em 1931, nomeação do Interventor do Distrito Federal Pedro Ernesto (1931-1934) para dar continuidade à empreitada de seu antecessor na Diretoria, inaugurando um período de intensas mudanças no cenário educacional carioca. A Reforma educacional se […]

OSWALDO, Orico

Expoente do Modernismo Paraense, o escritor e diplomata Oswaldo Orico nasceu em 29/12/1900, na cidade de Belém, fruto do casal Manuel Félix Orico e Blandina Costa Orico. De seu matrimônio com Clara Velho Leivas de Carvalho nasceu a cantora popular e atriz Vanja Orico, grande divulgadora da obra de seu pai. Tendo terminado os anos escolares em sua cidade natal, transladou-se para o Rio de Janeiro a fim de cursar a Faculdade de Direito em 1919. No ano seguinte, passou a integrar o quadro docente da Escola Normal à frente da cadeira de língua portuguesa, mesma posição que ocupou no Colégio Pedro II a partir de 1925. Todavia, dividiu a magistratura tanto com suas atividades literárias e jornalísticas, quanto na política, assessorando importantes vultos da capital federal. Em 1927, tornou-se inspetor do ensino secundário e comercial, o que o levou a realizar constantes viagens de vistoria pelo sul do país. A revolução de 1930 e a deposição do antigo Diretor Geral de Instrução Pública Municipal, Fernando de Azevedo, abriu o caminho para que Oswaldo Orico passasse a comandar a pasta. E os 20 dias de sua gestão pautam-se exatamente por uma tentativa de ruptura com a política de seu antecessor. […]

AZEVEDO, Fernando de

Fernando de Azevedo nasceu em 02/04/1894, em São Gonçalo de Sapucaí, Minas Gerais. Era filho de Francisco Eugênio de Azevedo e de Sara Lemos Almeida de Azevedo. Foi casado com a professora Esmeralda Masson de Azevedo. Cursou o ginasial no Colégio Anchieta, em Nova Friburgo e, posteriormente, ingressou no curso de Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito de São Paulo. Começou a carreira docente como lente substituto de latim e psicologia no Ginásio Mineiro. Em seguida ministrou aulas de latim e literatura na Escola Normal de São Paulo. Em janeiro de 1927, Fernando de Azevedo assumiu a chefia da Diretoria Geral de Instrução Pública do Distrito Federal. Atendendo às queixas de seu antecessor a respeito do mal estado das instalações educativas, Azevedo projetou e executou uma ampla reforma educacional no Rio de Janeiro. O projeto envolveu a extensão do ensino a todas as crianças, a criação de novas escolas, a instalação de um programa de assistência alimentar nos colégios e a criação da primeira Clínica Escolar do Rio de Janeiro (Oscar Clark). Exonerou-se em 24/10/1930, em razão da chegada de Getúlio Vargas à presidência da república. Logo após a Revolução de 1930 e a criação do Ministério da […]

JARDIM, Renato Maurity

Renato Maurity Jardim nasceu no dia 09/11/1867 em Resende, no Rio de Janeiro. Cursou o primário em sua cidade natal, nos colégios Galvão e São Carlos. Mudou-se para o interior de São Paulo em 1889, onde seu pai adquiriu terras. Iniciou sua carreira política como vereador no município de Batatais e, em 1900, ocupou o cargo de intendente municipal. Transferiu-se para Ribeirão Preto em 1905, onde exerceu o cargo de vereador por dois mandatos. Renato Jardim diplomou-se pela Escola Normal de São Paulo.  Integrou o primeiro corpo docente do Ginásio do Estado de Ribeirão Preto (atual escola Otoniel Mota), inaugurado em 1907, onde lecionou Geografia. A partir de 1917 assumiu a direção da escola secundarista. Em 1916, participou da Liga Nacionalista de São Paulo, organização fundada por Olavo Bilac que tinha como bandeiras o serviço militar obrigatório e a educação cívica patriótica. Durante o Governo de Washington Luís em São Paulo (1920-1924), foi nomeado diretor da Escola Normal da Capital paulista. Na reunião de fundação da Sociedade de Educação de São Paulo em 1922, Renato Jardim foi eleito seu vice-presidente. Com a sucessão do presidente do Estado de São Paulo, Renato Jardim passou a chefiar a Diretoria de Tomada de […]

CARNEIRO LEÃO, Antônio

Filho de Antônio Carlos Carneiro Leão e Elvira Cavalcanti de Arruda Câmara Carneiro Leão, Antônio Carneiro Leão nasceu em 02/07/1887, em Recife, PE. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de Recife, doutorou-se em Filosofia, disciplina a qual exerceu magistério durante 3 anos na mesma instituição. Professor emérito da Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil, onde ministrava a disciplina de Administração Escolar e Educação Comparada, ocupara também a cátedra de Administração da Escola do Instituto de Educação do Distrito Federal, além de lecionar no Colégio Pedro II e em universidades nos Estados Unidos, França, Argentina e Uruguai. No Rio de Janeiro, continuou expressando sua preocupação com a educação através da administração pública. Em 1922, nomeado para o cargo de Diretor Geral da Instrução Pública Municipal, lançou mão de reformas embrionárias do que viria a ser seu maior projeto em vida, a restauração do ensino com bases estatais. A modernização do sistema educacional em curso em alguns países europeus inspirou um movimento de estudiosos que integravam a Associação Brasileira de Educação (ABE), conhecido como Escola Nova que, por sua vez, reivindicava um novo modelo escolar capaz de  garantir a qualidade do ensino ofertado. “Sempre pensei que a […]

NASCIMENTO SILVA, Ernesto do

Ernesto do Nascimento Silva nasceu em 10/09/1857, no Rio de Janeiro, então capital do Brasil. Era filho do conselheiro Josino Nascimento Silva e de D. Maria Jesuína da Rocha e Silva, e irmão de Carlos Augusto do Nascimento Silva, diretor de Obras Públicas. Estudou o preparatório no Colégio São Pedro de Alcântara e em seguida foi admitido na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde formou-se em 1880. Foi vice-presidente do Club Médico Brasileiro e catedrático de Medicina Legal e Higiene da Faculdade de Medicina. Por voto unânime do corpo docente, foi eleito diretor da Faculdade nos anos de 1911 e 1914. Durante o governo do Prefeito Carlos Cesar de Oliveira Sampaio (1920-1922), exerceu o cargo de Diretor Geral de Instrução Pública. Foi intensamente criticado por parte da imprensa em relação à falta de professores e ao fechamento de escolas pelo não pagamento dos aluguéis. Em relatório, queixou-se da ausência de uma legislação regular sobre o ensino do Distrito Federal, e a grande centralização dos serviços na figura do Diretor, tendo proposto a criação de um Conselho de Instrução. Ernesto do Nascimento foi autor de Das condições patogênicas das palpitações do coração e Do aborto criminoso e do segredo […]

BASTOS, Antônio Pinto de Rocha

Nascido em 28/11/1864, Antônio Pinto de Rocha Bastos era militar e pertencia a uma ilustre família cearense, os Pinto Nogueira. Em 16/05/1893 foi nomeado amanuense da Diretoria de Instrução Pública Municipal, tendo atuado na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Entre 1900 e 1901 exerceu o cargo de Ajudante do Serviço de Recenseamento da Diretoria Geral de Estatística e, após, como 1º oficial da Instrução Pública e chefe de seção (secretário) da Secretaria da Escola Normal. Permaneceu nesta função até outubro de 1911, quando foi transferido para a Diretoria Geral de Instrução Pública. No mesmo mês foi promovido a Secretário Geral da Diretoria de Instrução Pública. Foi eleito vice-presidente da Sociedade Beneficente dos Empregados Municipais para o biênio de 1915 e em 1916, quando concluiu o curso de Direito da Faculdade de Direito Teixeira de Freitas. Com o início do mandato do Prefeito Carlos Sampaio em junho de 1920, Rocha Bastos serviu interinamente como Diretor Geral de Instrução Pública até a posse de Ernesto do Nascimento Silva, poucos dias depois. Após seis dias foi-lhe concedida a aposentadoria do cargo de Secretário Geral da Diretoria de Instrução Pública. Foi homenageado ainda em vida, tendo seu nome dado a uma escola […]

LEITÃO DA CUNHA, Raul

Pertencente à tradicional família de Ambrósio Leitão da Cunha, o Barão de Mamoré, Raul Leitão da Cunha nasceu na Cidade Imperial do Rio de Janeiro, no dia 02/01/1881. Filho de José Maria Leitão da Cunha e de Maria Georgina Leitão da Cunha, foi casado com Zilda Vidal Leitão da Cunha. Concluiu seus primeiros estudos em Petrópolis, no Instituto H. Kopke, graduando-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1903, com a defesa da tese Valor Diagnóstico da Punção Lombar. Em seguida foi para a Europa, onde se especializou em Anatomia Patológica. Sua carreira começou nos idos de 1905, no Hospital Nacional de Alienados, onde foi diretor do Serviço Anatomopatológico até 1907, quando iniciou sua trajetória docente na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, ocupando as cátedras de Histologia, Bacteriologia, Microbiologia e, por fim, Anatomia Patológica.   Em 1920, ingressou na administração pública à frente dos Serviços Sanitários do Rio de Janeiro ao lado de Carlos Chagas. Quatro anos mais tarde, ingressou no Conselho Penitenciário, tendo, em 1926, representado o Brasil na I Conferência Pan-Americana dos Diretores de Saúde Pública, reunida em Washington. Foi eleito Vereador pelo Distrito Federal em 1928, permanecendo no cargo até 1930, quando atuou […]

FARIA, Raul de

Filho de Fernando Antônio Faria e Maria Vitória Pereira de Faria, Raul de Faria nasceu em 26/05/1885, em Minas Gerais. Casou-se duas vezes, primeiramente com Diva Sá Freire de Faria e, em segundas núpcias, com Vanda Faria. Concluiu seus estudos secundários no Colégio Anchieta, Nova Friburgo (RJ), ingressando, logo em seguida, na Faculdade Livre de Direito de Minas Gerais, onde graduou-se em 1906. Filiado ao Partido Republicano Mineiro (PRM), sua trajetória política tem início em 1907, na Assembleia Legislativa mineira, quando da substituição de Gabriel Vilhena Valadão, cadeira a qual ocuparia até 1914. Sete anos depois, ao eleger-se Deputado Federal, transferiu-se para o Rio de Janeiro, então Distrito Federal, integrando a Comissão de Instrução da Câmara. Após os eventos políticos que culminaram na ascensão de Getúlio Vargas à Presidência em 1930,  medidas como a suspensão temporária das atividades legislativas contribuíram para inflamar a sua insatisfação com o governo em curso, expressa posteriormente sob a forma de um manifesto. Em 1943, tendo exercício no Departamento de Educação de Minas Gerais, participou da assinatura do Manifesto dos Mineiros, primeira expressão concreta das elites de sua postura contrária ao Estado Novo, o que resultaria em seu completo afastamento da administração pública. Retornou à […]

SILVA, Manoel Cícero Peregrino da

Filho do professor Cícero Peregrino da Silva e de D. Maria Souza Leão P. da Silva, Manoel Cícero nasceu em 07/09/1866, em Recife, Pernambuco. Em sua cidade natal fez seus estudos no Ginásio Pernambucano. Formado bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife em 1883, após dois anos recebeu o título de doutor em Direito pela mesma instituição. Em 28/06/1889 foi nomeado bibliotecário da Faculdade de Direito do Recife. No ano seguinte, foi designado para compor o júri da Freguesia de Boa Vista (PE). Foi sócio do Instituto Arqueológico e Geográfico Pernambucano, tendo integrado a Comissão de Contas da organização. Por seu trabalho desempenhado na biblioteca da Faculdade de Direito, em 30/07/1900 foi convidado por Epitácio Pessoa, então Ministro da Justiça, a mudar-se para o Rio de Janeiro e assumir o cargo de diretor da Biblioteca Nacional. Foi um ferrenho defensor da necessidade de um novo prédio sede para a Biblioteca Nacional, que ficava localizada no largo da Lapa, sem condições adequadas para acomodar as obras. A construção da nova sede na Avenida Central, atual Avenida Rio Branco, começou em 1905 e só foi concluída em 29/10/1910. Também propôs reformas administrativas na Biblioteca Nacional, presentes no […]

AFRÂNIO PEIXOTO, Júlio

Filho de Virgínia de Morais Peixoto e do capitão Francisco Afrânio Peixoto, Júlio Afrânio Peixoto nasceu em 17/12/1876, em Lençóis, Lavras Diamantinas, BA. Logo após diplomar-se com láurea acadêmica pela Faculdade de Medicina da Bahia, foi chamado para a cátedra de Medicina Pública na Faculdade Livre de Direito de Salvador, dando início a sua trajetória acadêmica. Em 1902, mudou-se para o Rio de Janeiro, Capital Federal, assumindo os cargos de Inspetor de Saúde Pública (1902) e, no ano seguinte, Diretor do Hospital Nacional de Alienados. Integrou o quadro docente da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1906, ao substituir o titular da cadeira de Higiene e, posteriormente, prestou concurso para lecionar Medicina Legal. Durante três anos respondeu pelo Serviço Médico Legal da Polícia (1907-1911), quando, após participar da exumação do corpo de Euclides da Cunha, foi eleito para sucedê-lo na cadeira 07 da Academia Brasileira de Letras. Nesta, obteve grande destaque, tendo parte em distintos exercícios, como a  Comissão de Bibliografia (1918), a Comissão de Redação da Revista (1911-1920) e a Comissão de Lexicografia (1920 e 1922). Em 1923, ao presidir a Casa de Machado de Assis, aproximou-se da embaixada francesa, com a qual negociou a réplica do […]

AZEVEDO SODRÉ, Antônio Augusto de

Antônio Augusto de Azevedo Sodré nasceu em Maricá, RJ, no dia 13/12/1864. De tradicional família fluminense, era filho de José Paulo de Azevedo Sodré e Cândida Ribeiro de Almeida Sodré. Fora casado com Luzia Salles de Azevedo Sodré, neta do Visconde de Mauá, e a sua família pertenceram nomes como Alcindo de Azevedo Sodré, idealizador e primeiro Diretor do Museu Imperial, localizado em Petrópolis; e o Dr. Fábio Sodré que, assim como o pai, construiu carreira na medicina. Após concluir seus estudos primários no Liceu do Conde d’Eu, em Nova Friburgo, transferiu-se para a Capital do Império ao ingressar na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Logo que diplomou-se, em 1885, começou a exercer a profissão, primeiro no Hospital da Beneficência Portuguesa e, em seguida, no Hospital da Misericórdia. Concomitantemente, retornou à faculdade em que acabara de colar grau, agora como preparador da disciplina de Terapêutica. No ano seguinte, realizou concurso para professor adjunto, assumindo paulatinamente as cátedras de Patologia Interna e Clínica Médica. Em 1911, elegeu-se diretor da instituição. Lecionou também na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro em 1895, sendo responsável pelo conteúdo de Medicina Pública. Entre os anos de 1887 e 1888, […]

BATISTA, Álvaro

Filho de Felisberto Batista da Costa e de Henriqueta de Sá Batista, Álvaro Batista nasceu em 11/11/1858, na cidade de São Borja, RS. Agrimensor pela Escola Militar de Porto Alegre, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde formou-se em Medicina, em 1882. Álvaro Batista participou ativamente das efervescências políticas que agitaram o Brasil no fim do século XIX e, alinhando-se aos discursos abolicionista e republicano, fundou, em 1878, o Clube Evolucionista ao lado de nomes como Augusto Ribeiro Guimarães e José Ferreira de Morais, e, no ano seguinte, o Clube 20 de Setembro. Também presidira o Clube Republicano de São Borja, tendo participado de congressos e movimentos orientados para o fim da monarquia e instauração de uma república federativa. Após a proclamação, inseriu-se na administração pública, dando sequência à tradição familiar, haja vista as carreiras de seu pai e irmão. Assumiu o cargo de Secretário do Interior do governo de Júlio Castilhos, atuando no sentido de mitigar os ânimos descentralizadores que irradiavam-se pelo estado riograndense durante a eclosão da Revolução Federalista (1893-1895). Membro do Partido Republicano Rio-Grandense, dedicou-se ao legislativo, sendo, inclusive, eleito Deputado pela Constituinte Estadual. Ocupou, por indicação, a Secretaria dos Negócios da Fazenda no primeiro ano da […]

SANTOS, Thomaz Delfino dos

Filho do poeta parnasiano e senador Luís Delfino dos Santos, Thomaz Delfino dos Santos nasceu no Rio de Janeiro, em 24/09/1860. Estudou no Colégio Pedro II e, posteriormente, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde formou-se médico em 1882. Aderiu às causas republicana e abolicionista. Na década de 1880 fundou a Gazeta Sul Mineira, vinculada ao Partido Republicano, no município de São Gonçalo de Sapucaia (MG). Serviu voluntariamente como médico no exército, atingindo o posto de Major. Amigo pessoal do Marechal Floriano, participou ativamente das lutas políticas em prol do sistema de governo republicano. Em 1880, foi um dos organizadores do Clube Tiradentes. Após a Proclamação da República, foi eleito Deputado pelo Distrito Federal em 15/09/1890. No cargo, integrou a comissão que elaborou a Constituição de 1891. Em 1896, renuncia ao cargo na Câmara para assumir a vaga de Senador, aberta após a morte de Aristides Lobo. No Senado, participou das comissões de Saúde Pública; Estatística e Colonização; e Justiça e Legislação. Foi ainda professor e diretor da Escola Normal do Distrito Federal, sendo indicado, em 16/11/1910, para o cargo de Diretor Geral de Instrução Pública Municipal, mas não assume o posto. Em 1912 foi reeleito Deputado Federal […]

CORREIA, Leôncio

Filho de João Ferreira Correia e de Carolina Pereira Correia, e sobrinho de Boaventura Clapp e de Ildefonso Pereira Correia – o  barão de Serro Azul -, Leôncio Correia nasceu na cidade de Paranaguá (PR), em 01/09/1866. Transferiu-se para a Capital do Império a fim de concluir seus estudos primários, tendo se formado pelo Colégio Pedro II, onde retornaria, anos mais tarde, como Diretor. Doutorou-se em Direito, sem, no entanto, ter chegado a exercer a profissão. A despeito da carreira advocatícia, assumiu, num primeiro momento, a cadeira de Professor de História Universal da Escola Normal do Rio de Janeiro, chegando a passar, ao longo de sua vida, pela direção de importantes instituições como a Imprensa Nacional e o Diário Oficial. Grande entusiasta da República e tributário da causa abolicionista, defendeu veementemente suas ideias através da imprensa. Fundador dos periódicos paranaenses 15 de Novembro e Diário do Comércio, e o carioca Folha Popular, Leôncio Correia também teve parte em publicações como o Club Curitibano, Cenáculo, Cidade do Rio, Vida Moderna e O País. Paripassu à carreira jornalística, dedicou grande parte de sua vida à literatura e à poesia, sendo um dos nomes mais proeminentes da passagem do século XIX para o […]

BONFIM, MANOEL

Filho de Paulino José Bonfim, proprietário de engenho, e de Maria Joaquina, descendente de comerciantes portugueses, Manoel Bonfim nasceu em Aracaju, SE, em 08/08/1868. Mudou-se para Salvador aos 12 anos para concluir seus estudos primários e, em 1886, ingressou na Faculdade de Medicina, a qual concluiu no Rio de Janeiro, em 1890, com a Tese Das nefrites. Exerceu a profissão ao longo de oito anos, durante os quais clinicou na Secretaria de Polícia e fora tenente-cirurgião na Brigada Policial. Mudou-se com sua esposa, Natividade Aurora de Oliveira, e filhos para o interior paulista, Mococa, em 1893. A transferência da capital suscitou, por parte de alguns biógrafos, a teoria póstuma de que Manoel Bonfim pudesse ter sido alvo de perseguições devido a suas convicções antimilitaristas no contexto da presidência de Floriano Peixoto (1891-1894). Após a morte de sua filha, em 1894, desiludiu-se com a carreira médica e retornou para o Distrito Federal, engajando-se em novos projetos. Em 1896, entrou no magistério como professor de Moral e Cívica da Escola Normal, iniciando seu movimento pela educação, o qual seguiria até o fim de sua vida. As vastas redes forjadas pelo círculo literário carioca o levaram à direção do museu pedagógico Pedagogium, em […]

FEIJÓ, Abeillard Genes de Almeida

Abeillard Genes de Almeida Feijó iniciou os estudos no Colégio Episcopal de S. Pedro de Alcântara e na Escola Militar da Praia Vermelha. Após ser aprovado no exame do Ministério da Agricultura em 23/07/1877, tornou-se habilitado para exercer as funções de agrimensor. Em outubro do mesmo ano, foi designado para atuar como Agrimensor na Colônia de Santa Leopoldina, localizada na província do Paraná. Foi Professor Adjunto de Instrução Primária e Secundária do Rio de Janeiro e, em Janeiro de 1890, ingressou na administração pública municipal como Oficial da Inspetoria Geral de Instrução Pública. Em 16/05/1893 foi nomeado Chefe da 2º Seção da Inspetoria Geral de Instrução Pública, responsável pelo ensino normal, profissional e artístico, bibliotecas e museus municipais. Posteriormente, exerceu os cargos de Secretário Geral (04/1897) e Subdiretor da Diretoria Geral de Instrução Pública. Chegou a assumir o cargo de Diretor Interino de Instrução Pública Municipal durante o afastamento do titular, José de Medeiros e Albuquerque, e novamente, após a exoneração de Manuel Bonfim, em 24/04/1907. Em junho de 1916, foi nomeado para a Junta de Alistamento do Sorteio Militar. No ano seguinte, foi eleito vice-presidente da Diretoria da Caixa Escolar de Paquetá. Presidiu ainda a Mesa de Qualificação Eleitoral […]

MEDEIROS E ALBUQUERQUE, José de

Medeiros e Albuquerque nasceu em 04/09/1867, na cidade de Recife, Pernambuco. Seu pai, Joaquim José de Campos da Costa de Medeiros e Albuquerque, foi Deputado Geral pelo Maranhão entre 1872 e 1875. Ainda jovem, mudou-se para o Rio de Janeiro, iniciando seus estudos no Colégio Pedro II. Em 1880, viajou com seu pai para a Europa e em Lisboa matriculou-se na Escola Acadêmica. Após quatro anos de estudos em Portugal, retornou ao Brasil. Fez o curso de História Natural com Emílio Goeldi, e aulas particulares com Sílvio Romero. Iniciou a carreira jornalística em 1888, como colaborador no jornal Novidades. No ano seguinte, lançou seu primeiro livro de poesias: Pecados e Canções de Decadência. Era adepto da causa republicana, e com a instauração do Governo Provisório em 15/11/1889, foi nomeado por Aristides Lobo para o cargo de secretário do Ministério do Interior. Participou do concurso ocorrido em 20/01/1890 para a escolha do novo Hino Oficial do Brasil. Seu hino, composto em parceria com o músico Leopoldo Américo Miguez, acabou sendo utilizado como Hino da Proclamação da República. Em 1890, tornou-se professor da Escola de Belas Artes e presidente do Conservatório Dramático (1890-1892). Dois anos mais tarde, foi nomeado Vice-Diretor do Ginásio […]

CARNEIRO, Joaquim Borges

Joaquim Borges Carneiro nasceu na cidade de Jerumenha, localizada na Zona do Alto Parnaíba, Piauí. Foi nomeado amanuense da Secretaria de Estado dos Negócios do Império em Abril de 1872, sendo promovido posteriormente a oficial do órgão. Constituído o Governo Provisória da República recém-proclamada, Borges Carneiro foi aposentado do cargo de oficial da Secretaria do Interior e convidado a exercer o cargo de secretário do Ministro do Interior, Aristides da Silveira Lobo, atuando até a renúncia do ministro em 10/02/1890. Membro do Conselho Superior de Educação, exerceu docência na Escola Central, foi lente de Filosofia do Direito da Faculdade Livre de Direito, ministrou aulas de Pedagogia na Escola Normal do Rio de Janeiro e no Instituto de Surdos e Mudos, atual Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). Por seus serviços na área da pedagogia, recebeu condecorações de diversas sociedades científicas, como a Sociedade de Pedagogia de Valparaíso e o Instituto Jurídico de Berlim. Junto a Franklin Tayora e Moreira Sampaio, fundou a Revista Brasileira. Em junho de 1900 foi nomeado para substituir Alfredo Augusto Gomes no cargo de subdiretor de Instrução Municipal. Após a exoneração de Benedito Cordeiro de Campos Valladares em 04/09/1900, Joaquim Borges Carneiro foi designado Diretor […]

VALLDARES, Benedito Cordeiro de Campos

Benedito Cordeiro de Campos Valladares nasceu em 08/06/1848, em Minas Gerais. Advogado e jornalista, formou-se em Direito em 1872, iniciando carreira também no magistério. Integrou o quadro docente da Faculdade Livre de Direito da Capital, da qual era membro fundador, ocupando a cátedra de Direito Civil. Reconhecido como uma das maiores figuras no cenário jurídico nacional, representou a instituição no Congresso Jurídico Americano, ocorrido em 1900. Entrou para a política como deputado de Minas Gerais, ora respondendo  pelas Assembleias Provinciais, durante o Império, ora pela Câmara Federal, no período republicano. Destacou-se na vida administrativa à frente da Diretoria Geral de Instrução Pública Municipal, entre janeiro de 1899 e setembro do ano seguinte, presidindo também o Conselho Superior da Instrução. Faleceu em 1929, sendo enterrado no cemitério São Francisco Xavier, no Rio de Janeiro. Era pai do deputado Francisco de Campos Valladares e do advogado Ignácio Valladares.   Amanda Vilela.  

GOMES, Alfredo Augusto

Filho do Comendador José Maria Gomes e de D. Luiza Leonor Gomes, Alfredo Augusto Gomes nasceu em 28/09/1859. Bacharel em Letras pelo Colégio Pedro II,   iniciou em 1875 a Faculdade de Medicina do Município da Corte, graduando-se em 1883. Destacou-se como um dos intelectuais de renome da Corte e, posteriormente, da República, atuando enquanto Professor Gramático. Foi Professor e Diretor conceituado da Escola Normal, uma das mais importantes instituições de ensino da época. Fundou e dirigiu, no bairro de Laranjeiras, o Colégio Alfredo Gomes (1888-1917). Integrou Comissão criada pela Direção da Instrução Pública, em 1897, para se discutir e reformular as bases do Ensino Normal, ao lado dos professores Francisco Cabrita e Guimarães Rebello. Em reunião precedente à formação oficial de tal grupo, presidida pelo próprio gramático, os professores supracitados manifestaram veementes objeções à proposta apresentada inicialmente pelo poder público, da qual, de acordo com os teóricos, uma reforma do 1º grau seria condição sine qua non. Subdiretor de Instrução Pública e Membro do Conselho Municipal de Instrução, em 31/12/1898 foi nomeado para o cargo interino de Diretor Geral de Instrução Pública Municipal, onde, entre idas e vindas, permaneceu até 1902. Dentre suas publicações, destaca-se o Grammatica portugueza (1920 [1887]) […]

CABRITA, Francisco Carlos da Silva

Filho de Francisco de Paula Avellar Cabrita, Francisco de Paula da Silva Cabrita nasceu em 10/03/1857, na cidade do Rio de Janeiro. Em 1879, formou-se em Engenharia Civil pela Escola Politécnica. Durante a graduação, iniciou sua carreira no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro, onde atuou como professor e secretário auxiliar do Diretor Francisco Joaquim Bittencourt da Silva. Recebeu, em 1880, o diploma de sócio-conservador da instituição, em cerimônia onde foram agraciados com o diploma de sócio-benemérito personalidades como o engenheiro Adolpho José Del-Vecchio e o pintor Victor Meirelles de Lima. Pelos trabalhos desempenhados, recebeu também do governo imperial, em 1882, os hábitos de Cavaleiro da Ordem de Cristo e da Rosa. Por concurso de 1884, ingressou como professor da Escola Politécnica, onde mais tarde, em 1891, assumiu a função de vice-diretor. Em dezembro de 1889 foi nomeado Diretor do Ginásio Nacional, atual Colégio Pedro II, e da Escola Normal do Distrito Federal. Incumbido por Benjamin Constant, realizou a primeira reforma da Escola Normal após a proclamação da República. Tornou-se catedrático de Matemática da instituição. Foi autor de extensa bibliografia didática, principalmente na área de Aritmética e Geometria. Membro do Conselho Diretor da Diretoria Geral de Instrução […]

GOMES, Joaquim da Silva

Doutor em Medicina pela Faculdade da Bahia, prestou seus serviços no Exército, tendo se alistado no corpo médico de uma das unidades militares em campanha na Guerra do Paraguai. Em razão de sua atuação no conflito, ascendeu rapidamente ao posto de Major. Logo após reformar-se, assumiu, concomitantemente ao atendimento clínico, a cátedra de Latim do Colégio Militar. Destacou-se no cenário republicano por sua dedicação ao ofício médico. Por priorizar o público suburbano em detrimento da elite emergente, oferecia atendimento às camadas mais populares dispensando, por vezes, a contribuição financeira. Tal atitude lhe rendeu a alcunha de “médico dos pobres”, ou até mesmo “pai da pobreza”, sendo, anos mais tarde, por decisão do Conselho Municipal, imortalizado no nome da rua onde residiu durante a maior parte da vida, localizada no bairro de Cascadura, Zona Norte do Rio de Janeiro. Neste mesmo logradouro, teve parte na inauguração do Hospital de Nossa Senhora Das Dôres, em 1883, instituição precursora no tratamento de tuberculosos no país, onde exerceu as funções de Diretor, Administrador Interino e Clínico. Na política, exerceu ainda as funções de Intendente Municipal e Diretor Geral da Instrução Pública, cargo último que ocupou entre 1895 e 1897, na gestão de Francisco Furquim […]

CARMO, José Joaquim do

Filho do comendador José Joaquim do Carmo e de D. Maria Felícia da Conceição Leite Lobo, e irmão da Sra. Abigail de Beaurepaire Rohan – viúva do Coronel Luiz de Beaurepaire Rohan -, José Joaquim do Carmo nasceu em 27/08/1834. Casou-se em primeiras núpcias com Agueda Josephina da Veiga do Carmo, parente do ilustre Evaristo da Veiga, e, mais tarde, com Maria Magdalena da Silveira Carmo. Após concluir os estudos secundários, bacharelou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo aos vinte anos, retornando à corte imperial para abrir seu próprio escritório de advocacia e dedicar-se, concomitantemente, à magistratura. Durante o regime monárquico, filiou-se ao partido liberal moderado e, através das honras de amigo íntimo do imperador, alçou cargos políticos de prestígio, tais quais o de Presidente das províncias do Espírito Santo, Paraná e Pará, respectivamente, e diretor da Fazenda da ex-província do Rio de Janeiro, em 1865. Fundador e diretor da Faculdade Livre de Direito da capital da nascente federação, residente na Escola Normal, em 1891, ao lado de nomes como Conselheiro França Carvalho, fez brilhante e duradoura carreira na área de educação. Convidado amiúde a participar de comissões examinadoras para preenchimento de cargos de magistério, além de ter integrado […]

RAMIZ GALVÃO, Benjamin Franklin

Filho de João Galvão e de D. Maria Joana Ramiz Galvão, Benjamin Franklin Ramiz Galvão nasceu em 16/06/1846 em Rio Pardo, RS, mudando-se para  o Rio de Janeiro, então capital do Império, aos 6 anos de idade. Tendo, em 1861, concluído sua formação secundária no Colégio Pedro II, importante instituição acadêmica de sua época e onde pode aproximar-se do imperador, ingressou na Faculdade de Medicina, graduando-se em 1868. Exerceu a profissão por alguns poucos anos, atuando como médico na Guerra do Paraguai e como cirurgião no Hospital Militar da Ponta da Armação. Sua ampla e diferenciada instrução o permitiu, posteriormente, dedicar-se ao magistério, onde lograria suas maiores conquistas. Retornou ao Colégio Pedro II, agora na posição de mestre, responsável pelas disciplinas de grego, retórica, poética e literatura brasileira. Outrossim, ocupou as cátedras de Química orgânica, Zoologia e Botânica na Escola de Medicina do Rio de Janeiro. Devido a sua amizade com o imperador D. Pedro II, teve a oportunidade de ocupar cargos públicos honrosos e de acompanhar de perto a vida imperial, tendo sido chamado, por exemplo, para a tutoria dos príncipes. Sua boa relação com o Imperador, bem como sua valorosa intelectualidade, lhe renderam o título, por decreto de […]

CARVALHO, Carlos Antônio de França

Nascido em 11/09/1845 no município de Iguaçu, Rio de Janeiro, Carlos Antônio de França Carvalho era filho de Carlos Antônio de Carvalho e D. Maria Luísa de Azevedo Carvalho e irmão do conselheiro Leoncio de Carvalho e da baronesa de Massambará e viscondessa de Cananéa. Advogado, formou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo, na turma de 1867. Fundou em 1863, junto a outros estudantes da Academia de Direito, a Sociedade Abolicionista Fraternização. A instituição emancipacionista agiu durante 6 anos na clandestinidade, até que ao receber apoio da loja maçônica América, deixou o anonimato. Entre 1869 e 1879 foi redator chefe da Reforma, órgão da imprensa liberal. Filiou-se ao Partido Liberal, tendo sido deputado provincial no Rio de Janeiro e deputado geral em duas legislaturas (1878-1881 e 1885-1889). Com a Proclamação da República, foi eleito deputado no Congresso Constituinte pelo Estado do Rio de Janeiro em 15/09/1890. No ano seguinte, fundou a Faculdade Livre de Direito do Rio de Janeiro. A partir de então abandonou a política para dedicar-se ao cargo de diretor e professor de Direito Constitucional da instituição. Concomitante ao cargo na Faculdade Livre, dirigiu a pasta de Instrução Pública Municipal do Distrito Federal entre 11/12/1893 e 26/12/1894. […]

VASCONCELLOS, Augusto de

Nascido em 05/04/1853 no bairro de Campo Grande, Rio de Janeiro, Augusto de Vasconcellos era filho de Marcos José de Vasconcellos e Leopoldina Rosa de Jesus. Formou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Durante o Império foi Delegado de Higiene de Campo Grande, filiando-se ao Partido Liberal. Em 14/08/1890 foi nomeado para o Conselho de Intendência Municipal do Rio de Janeiro, assumindo a pasta de Higiene. Quatro dias depois, trocou de posto com João Alfredo Piragibe, ficando a partir de então responsável pela Intendência de Instrução e Estatística. Em Outubro de 1890, junto a Alfredo Piragibe e Joaquim de Lamare, formou a comissão encarregada de propor medidas para o controle da venda de carne durante a crise de fornecimento. Apresentou neste mesmo mês, junto destes intendentes, projeto, posteriormente aprovado, sobre o fechamento das casas de negócios aos domingos, abrindo-se exceção para tavernas, que poderiam funcionar até as 6 horas da tarde e às farmácias, hotéis, casas de pasto, confeitarias, padarias, botequins, cafés, bilhares e açougues, que poderiam funcionar durante todo o dia. Exonerou-se do cargo de intendente municipal em 16/12/1890. Em 1897 foi eleito Deputado Federal pelo Rio de Janeiro, então Distrito Federal, sendo reeleito em 1900 e […]

COUTINHO, Honório de Paiva

Engenheiro, Honório Gomes de Paiva Coutinho foi contemporâneo e colega de classe de Paulo de Frontin, Ozório de Almeida e José Américo dos Santos. Em 07/03/1890 foi nomeado para o Conselho de Intendência do Distrito Federal, assumindo a Intendência de Instrução e Estatística e, em maio do mesmo ano, a Intendência de Inflamáveis. Nesta última, assinou o projeto de regulamentação dos explosivos e inflamáveis do Distrito Federal, determinando os materiais que se enquadravam em cada designação e a capacidade de armazenamento destes. Foram estabelecidos prazos de 30 dias a um ano para a execução da lei, dependendo do tamanho do empreendimento. Em 11/08/1890, exonerou-se junto ao Conselho de Intendência. Candidatou-se ao cargo de Intendente em 1892, porém sem sucesso. Comerciante de Café, membro do Centro da Lavoura e Comércio, integrou a comissão brasileira que representou o país nas comemorações do 4º Centenário do descobrimento da América na Exposição Universal Colombiana, que se passou em Chicago, nos Estados Unidos. Foi também representante da Sociedade de Geografia no evento. Faleceu no dia 03/09/1907, no Espírito Santo, onde se encontrava com o Diretor de Obras Públicas do Estado analisando os limites entre os Estados da Bahia e Espírito Santo, trabalho que vinha desenvolvendo […]

BENÉVOLO, Jayme

Matemático e engenheiro militar, Jayme Benévolo nasceu em 27/08/1854 na cidade de Maranguape, Ceará. Era filho do Tenente-Coronel Reginaldo Benévolo Ferreira de Pinho e da portuguesa Eugênia Correia de Pinho. Seus irmãos, Francisco e Odilon Benévolo, também seguiram a carreira militar. Foi casado com Julieta Teixeira Benévolo. Em 1872, aos dezoito anos, alistou-se no serviço militar, no 14º Batalhão de Infantaria. Entre 1874 e 1875 serviu na Revolta do Quebra-Quilos, ocorrida no Nordeste do país. Foi promovido a 2º Tenente em 17/01/1882, mudando-se para o Pará, onde atuou como Engenheiro das Obras Militares. Entre 1884 e 1885 foi regente da cadeira de Aritmética na Escola Militar do Rio de Janeiro, posteriormente assumindo a cadeira de Economia Política e Direito Administrativo.  Foi promovido a 1º Tenente em 21/02/1885. Em 1887, exerceu o cargo de ajudante de ordens do Presidente da Província da Paraíba e, em 1888, foi nomeado secretário do Marechal Deodoro da Fonseca, na época comandante das armas de Mato Grosso. No mesmo ano foi nomeado Cavaleiro da Ordem Militar de Aviz. Em 13/12/1889, Assumiu o cargo, em primeira ocupação, de Intendente de Instrução do Distrito Federal, acumulando também o posto interino de Intendente de Matadouro em 11/02/1890. Exonerou-se das suas funções municipais […]

LORENA, Frederico Guilherme

Militar, com posto de Capitão de Mar e Guerra, Frederico Guilherme Lorena foi nomeado, em 10/12/1891, para a Intendência Municipal do Distrito Federal. Neste período, chefiou as Intendências de Inflamáveis e Geradores à Vapor e de Instrução e Estatística. Exonerou-se destas funções em 05/12/1892, junto ao Conselho Municipal de Intendentes. Nomeado Primeiro Comandante do cruzador Almirante Tamandaré em 1890, foi um dos líderes revoltosos de 1893, sendo posteriormente considerado um desertor pela Marinha. Em 14/10/1893, após decreto assinado pelos insurgentes, é instalado um Governo Federal paralelo e provisório, com Capital na cidade de Nossa Senhora do Desterro (hoje Florianópolis), em Santa Catarina, sob a sua chefia, cujo poder foi conferido pelo chefe da Armada Brasileira, Custódio José de Mello, líder da Revolta da Armada. Foram nomeados neste momento como seus Ministros Annibal Eloy Cardoso, encarregado das pastas de Guerra e, interinamente, de Fazenda e Relações exteriores, e o 1º Tenente João Carlos Mourão dos Santos, responsável pelas pastas de Justiça e Interior e de Viação, indústria e obras públicas. Localizado pelas forças republicanas brasileiras em Montevidéu, foi preso e executado a mando do Coronel Moreira César, junto a seus sobrinhos, o 1º Tenente Delfino Lorena e o Guarda-Marinha Pedro Lorena. Foi […]

DINIZ, Damaso de Albuquerque

Nascido em 1830, Damaso de Albuquerque Diniz era filho de Antonio Joaquim de Albuquerque Diniz e Maria José de Alencastro Diniz. Consta que em 1865 compunha a Câmara de Vereadores de São Fidelis, no interior da Província do Rio de Janeiro, junto a um de seus sete irmãos, Lopo de Albuquerque Diniz, que desempenhava a função de vacinador. Em junho de 1881, Damaso de Albuquerque Diniz foi nomeado médico do novo Matadouro da cidade do Rio de Janeiro, localizado no bairro de Santa Cruz, que seria inaugurado em setembro deste mesmo ano. Em fevereiro de 1890, assumiu a chefia do Arquivo da Intendência de Instrução e Estatística, permanecendo no cargo até 15/08/1893, quando pede exoneração. Segundo registros, em 1899 atuava como escriturário da Diretoria de Fazenda da Prefeitura. Em Novembro de 1913, aos 83 anos, foi aceito sócio da União Republicana. Faleceu no mesmo mês, no dia 26/11/1913, no Rio de Janeiro.     José Ygor Silva Pena Luiza Ferreira

MATTOS, José da Silva

José da Silva Mattos nasceu em 02/03/1840. Advogado, foi 1º Delegado de Polícia da Corte, juiz, pretor da 6ª pretoria da Capital Federal e um dos Diretores da Companhia Fábrica de Papel Guttenberg. Em junho de 1891 passou a integrar o Conselho de Intendência Municipal, sendo nomeado para o cargo de Intendente de Justiça e, no mês seguinte, para a Intendência de Instrução e Estatística. Também assumiu interinamente as Intendências de Higiene e de Praças. Permaneceu no Conselho por um curto período de tempo, exonerando-se com os outros integrantes em dezembro do mesmo ano. Neste período, formulou projeto de postura que proibia a lavagem de roupas para terceiros enquanto não eram estabelecidas lavanderias públicas na Capital. A medida visou impedir que em avenidas, cortiços e etc., fossem constituídas lavanderias particulares. Em 1894, como Delegado da Capital Federal, recebeu do Ministério da Guerra a honra de Capitão, devido aos serviços prestados com dedicação e lealdade durante as revoltas de 1893. Foi secretário da Irmandade de Nossa Senhora da Conceição da Gávea, região onde também trabalhava e morava. Faleceu em 23/11/1901, no Rio de Janeiro. Era casado com Elvira Amélia Pereira da Silva Mattos.   José Ygor Silva Pena Luiza Ferreira

PIRAGIBE, João Alfredo

Nascido em 09/06/1847, João Alfredo Piragibe era filho do ilustre General José Piragibe, e de Cândida Joaquina da Costa Piragibe. Médico, formou-se pela Faculdade do Rio de Janeiro, atuando mais tarde como cirurgião da Guarda Nacional. Na vida política, foi vereador da Câmara Municipal do Distrito Federal em 1884. Ingressou em 1890 no 3º Conselho Municipal de Intendência do Distrito Federal, assumindo entre 1890 e 1891 as Intendências de Instrução e Estatística, de Higiene, e ainda, interinamente, as Intendências de Patrimônio e de Justiça. Como Intendente, criou grupos de estudos para compor um projeto de posturas sobre o comércio de leite. Apresentou, em outubro de 1890, junto dos intendentes Augusto de Vasconcellos e Joaquim de Lamare, projeto, posteriormente aprovado, sobre o fechamento das casas de negócios aos domingos, abrindo-se exceção para tavernas, que funcionariam até as 6 horas da tarde e às farmácias, hotéis, casas de pasto, confeitarias, padarias, botequins, cafés, bilhares e açougues, que poderiam ficar abertos durante todo o dia. Na intendência de Higiene, assinou, em agosto de 1890, projeto de postura sobre chiqueiros, que definia que “nas paróquias do Sacramento, S. José, Candelária, Santa Rita, Glória, Lagoa, S. Cristóvão, Engenho Velho e Engenho Novo, não [era] permitido […]

CORREIA, Francisco Simões

Francisco Simões Correia nasceu na cidade de Valença, Rio de Janeiro, em 21/03/1848. Médico, graduou-se em dezembro de 1876 pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.  No ano seguinte, foi nomeado Cirurgião do Corpo e Saúde da Armada, pedindo demissão alguns meses depois. Simões Correia teve importante atuação na fundação de diversos periódicos médicos. Enquanto ainda era estudante, em 1872, fundou com Nuno de Andrade, Martins Costa, Lycurgo Santos, J. Passeyro, a Imprensa Médica. Dois anos mais tarde, criou junto a Lycurgo Santos, o Archivo Médico. Promoveu também a revista Medicina e Cirurgia, dirigindo a redação nos três anos iniciais da publicação. Entre 1892 e 1893, escreveu diversos artigos sobre higiene municipal no Echo do Povo, jornal de Juiz de Fora. Em dezembro de 1890 foi empossado Intendente Municipal do Rio de Janeiro, ficando responsável pelas pastas de Instrução e Estatística, Higiene e de Matadouro. Durante a sua gestão, enfrentou greve de trem que dificultou o trânsito de carne verde do Matadouro de Santa Cruz para o centro urbano. Em abril de 1891, escreveu relatório propondo melhorias no transporte da carne e na estrutura do matadouro. Exonerou-se do cargo de intendente em 26/05/1891. No mesmo ano foi nomeado catedrático […]

PIRES DE ALMEIDA, José Ricardo

Filho do Dr. Joaquim Pires Garcia e de D. Maria Luiza Pires, José Ricardo Pires de Almeida nasceu no Rio de Janeiro, em 07/12/1843. Médico de formação, foi também jornalista, historiador e teatrólogo. Cursou três anos de Direito na faculdade de São Paulo, mudando de curso e graduando-se em 1871, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Sua atuação na área se inicia no Instituto Vaccinico, como comissário vacinador nas freguesias de Inhaúma, Irajá e Jacarepaguá. Posteriormente, foi médico adjunto da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Em 1855 foi nomeado para o cargo de Chefe do Arquivo da Secretaria da Câmara Municipal, permanecendo na função por mais de três décadas. Em relatório datado de 20/01/1890, Pires de Almeida faz um desabafo sobre a perda de atribuições que o Arquivo vinha sofrendo frente à Seção de Tombamento. Segundo afirma: “Por quanto à Seção de Tombamento tem sido conferida toda a parte ativa das investigações, ao arquivista só ficou o papel passivo de guarda dos papéis subordinados à secretaria (…) Ora, desde que à Seção de Tombamento compete a iniciativa, o arquivista não tem mais que manter a boa ordem nos documentos confiados à sua vigilância; é o que eu tenho feito […]