OLIVEIRA FILHO, Manoel Maria Lopes de

Manoel Maria Lopes de Oliveira Filho nasceu em 14/03/1872, na cidade de Sorocaba, São Paulo. Era filho de Manoel Lopes de Oliveira e Francisca de Assis Vieira Bueno de Oliveira Lopes. Fez os estudos primários no Colégio Morton e depois na Escola Neutralidade, do professor João Köpke. Morou na Europa dos 10 aos 21 anos de idade, tendo estudado em Zurique e Paris até formar-se em Entomologia na cidade de Heilderberg, na Alemanha. Ao voltar para o Brasil em 1893, casou-se com sua prima Cândida Teixeira Guimarães, com quem teve cinco filhos. Foi chefe do Laboratório de Entomologia da Comissão Permanente de Estudo e Debelação da Praga Cafeeira. A Comissão, regulamentada em janeiro de 1925, tinha como finalidade o combate das devastações que afetavam a agricultura cafeeira paulista, causadas pelo inseto Stephanoderes hampei. O trabalho da Comissão resultou na criação do Instituto Biológico de Defesa Agrícola e Animal em dezembro de 1927. Manoel Lopes passou a compor o quadro do Instituto como Chefe da Seção de Entomologia e Parasitologia Agrícola. Manoel de Oliveira Filho foi um dos grandes nomes do jornalismo científico brasileiro. Entre 1918 e 1938 assinou a coluna semanal “Assumptos Agrícolas” do Jornal O Estado de São Paulo, […]

CALDEIRA, Pedro Soares

Pedro Soares Caldeira nasceu em Portugal, em 20/02/1834, vindo ainda jovem para o Rio de Janeiro. Em sua adolescência dedicou-se à imprensa, começando na carreira no Diário do Rio de Janeiro como auxiliar. Posteriormente foi promovido ao cargo de redator comercial do jornal, onde permaneceu por quinze anos. Durante a Guerra do Paraguai foi correspondente do Imperador D. Pedro II. Tinha rápido acesso às informações ocorridas no conflito devido ao seu contato com o redator do Telegrapho Marítimo, o jornalista uruguaio Bucia. Após a extinção do Diário do Rio de Janeiro, em 1878, Pedro Caldeira ingressou no Jornal do Commercio como auxiliar do setor comercial. Também atuou na imprensa como defensor de questões ambientais da cidade Rio de Janeiro, tendo publicado em 1884 o livro “O Corte do Mangue”, em que debate problemas ambientais, sanitários e políticos associados ao corte do manguezal. Pelo reconhecimento de seu trabalho de defesa do meio ambiente, foi nomeado para o cargo de Inspetor de Mata Marítima e Pesca em 15/08/1893. Durante seu mandato, uma das medidas tomadas foi a replantação de parte dos manguezais do recôncavo da Baía de Guanabara e a regulamentação da pesca no litoral fluminense. Em 1889 publicou “Questões de higiene […]

DAL POGGETO, Henrique

Em Janeiro de 1922 foi aprovado no concurso para provimento de Agentes Fiscais do Imposto de Consumo do Interior do Estado de São Paulo. Após a exoneração de Antônio de Souza Pereira Botafogo, em 30/11/1928 Henrique Dal Poggetto assume a Inspetoria de Abastecimento do Distrito Federal. Durante a sua gestão, Dal Poggetto enfrentou crises de abastecimento de gêneros alimentícios no Distrito Federal. A interrupção do mercado importador com Minas Gerais, decorrente do movimento revolucionário que ascendeu em 1930, exigiu medidas como a isenção de impostos às carnes verdes e novas rotas comerciais para o abastecimento da cidade. Com o golpe de Estado que depôs o presidente Washington Luís (1926-1930), Henrique Dal Poggeto foi exonerado do cargo de Inspetor em 24/10/1930, e reassumiu o posto de Agente Fiscal. Atuou com a fiscalização de consumo no interior de Minas Gerais, na capital paulista e no interior do Distrito Federal, até aposentar-se em 01/04/1943.   José Ygor

BOTAFOGO, Antônio de Souza Pereira

Antônio Pereira Botafogo nasceu em 07/03/1877, no Rio de Janeiro. Era filho de Emília Pecegueiro de Souza Botafogo e Antônio Joaquim de Souza Botafogo, diretor geral do Thesouro Nacional e grande proprietário de terras na região de Engenho da Rainha (RJ). Após formar-se em Engenharia Civil, integrou a Comissão de Saneamento do Estado do Rio de Janeiro, no governo de Oliveira Botelho (1906 e 1910-1914). Nesta função, mudou-se para Resende com a tarefa de coordenar a remodelação da região. Em 1912 a Vila de Resende tornou-se município, e Pereira Botafogo foi designado para exercer, em primeira ocupação, o cargo de prefeito (08/05/1913 – 31/12/1914). Com o fim do mandato retornou à capital, onde atuou como engenheiro da Diretoria Geral de Obras e Viação. Assumiu interinamente a Diretoria do Matadouro de Santa Cruz em setembro de 1920. Em 11/05/1925, foi nomeado para o cargo de Diretor Geral de Abastecimento e Fomento Agrícola. Permaneceu na função até 30/11/1928, com o órgão já renomeado para Inspetoria de Abastecimento. Alcançou, posteriormente,  o posto de engenheiro-chefe da Diretoria de Engenharia. Em dezembro de 1934, Pereira Botafogo foi eleito membro efetivo do Conselho Deliberativo do Club Municipal. Faleceu em 17/07/1955, no Rio de Janeiro. Em sua […]

FURTADO, Júlio Gonçalves

Júlio Gonçalves de Azurem Furtado nasceu em 02/07/1851, na província da Bahia. Formou-se aos 23 anos pela Faculdade de Medicina da Bahia. Em seguida mudou-se para Santos, onde atuou como médico até 1889. Na cidade paulista fundou a Beneficencia Portugueza, recebendo como reconhecimento pelos serviços prestados pela instituição, a condecoração da Ordem de Cristo pelo governo de Portugal. Com a proclamação da República, transferiu-se para o Rio de Janeiro, então Distrito Federal. Foi nomeado, a convite de Marechal Deodoro da Fonseca, para o cargo público de Inspetor Escolar em 14/11/1890. Em 06/12/1895 assumiu de forma vitalícia a Inspetoria de Matas, Jardins, Arborização e Caça, permanecendo por longos anos na função até ser aposentado em 17/09/1931, momento em que o órgão chamava-se Diretoria Geral de Arborização e Jardins. Foi responsável por dar continuidade ao trabalho de Auguste Glaziou, destacando-se pelo plano de arborização da praia de Botafogo. Também foi responsável pelos jardins das praças Malvino Reis e Floriano, ambas em Copacabana. Atuou como auxiliar das obras da reforma urbana ocorrida na gestão Pereira Passos (1902-1906) e, durante o ano de 1899, foi presidente do Clube de Regatas do Flamengo. Faleceu em 24/03/1934 em sua residência na Praia do Flamengo. Foi sepultado […]

GLAZIOU, Auguste François Marie

Auguste François Marie Glaziou* nasceu na comuna francesa de Lannion em 30/08/1833. Formou-se em Engenharia Civil pela École Polytechnique D’Angers e, em seguida, fez cursos de botânica e horticultura no Museu de História Natural de Paris. Em seus primeiros anos como paisagista, participou da reforma do Jardim Público de Bourdeaux. A convite do Imperador D. Pedro II, veio ao Brasil, em 1858, para ocupar o cargo de Diretor Geral de Matas e Jardins. Em 1862, junto a Francisco José Fialho, reformou o Passeio Público. Outra obra de grande importância desenvolvida neste período foi o paisagismo da Quinta da Boa Vista. Em 26/01/1869, foi nomeado Diretor de Parques e Jardins da Casa Imperial, vindo a ser condecorado com o título da Ordem da Rosa pelos serviços prestados. Apresentou à Câmara Municipal, em 03/06/1871, um projeto de reforma e arborização do Campo de Santana. A inauguração ocorreu em setembro de 1880, momento em que recebe a condecoração de Comendador da Ordem de Cristo pelo Ministro Barão Homem de Mello. Além de obras paisagísticas, organizou excursões científicas nas quais coletou e classificou cerca de 12 mil novos exemplares botânicos, além de introduzir plantas nacionais nos logradouros da cidade do Rio de Janeiro. Em […]

GARY, Luciano Francisco Felippe

Luciano Francisco Felippe Gary nasceu em 28/11/1861, no Rio de Janeiro. Era filho de Antonieta Lucia Capeau de Fené e do comendador Aleixo Gary, donos da Empresa Gary, que desde 1871 firmara um contrato com o Ministério Imperial, tornando o empreendimento  responsável pelos serviços de limpeza das ruas cariocas. Da popularidade da empresa, surgiu o termo “garis” para se referir aos varredores. Em 15/01/1895, Gary foi nomeado para o cargo de Inspetor de Limpeza Pública e Particular, órgão então incorporado à Diretoria Geral de Obras e Viação. Um das medidas tomadas como Inspetor de Limpeza Urbana, foi a instalação de caixas postais destinadas a receberem reclamações com o intuito de melhorar o serviço. Posteriormente, com o fim da superintendência, Gary tornou-se o fiscal da Prefeitura junto à Companhia Industrial do Rio de Janeiro, concessionária que passou a administrar os serviços de limpeza pública e particular. Foi exonerado pelo prefeito Cesário Alvim (1898-1899) do cargo de Inspetor de Limpeza Pública e Particular em setembro de 1899, após denúncias de ter sido sócio da falida empresa L. F. Gary & C. A acusação evocava o Art. 826 do Código Comercial, que estabelecia que o falido ficava inibido de direito da administração pública. […]

PFALTZGRAFF, Paulo José

Militar, Paulo José Pfaltzgraff foi Capitão de Batalhão de Infantaria, tendo alcançado a patente de Coronel por decreto de 21/04/1892. No ano de 1889, foi agraciado com o título de Cavaleiro da Ordem da Rosa. Foi secretário do Club de Corridas Prado Guarany e membro dos Conselhos Fiscais do Jockey Club do Rio de Janeiro e da Companhia de Transporte de Café e Mercadorias. Também dirigiu a empresa Pfaltzgraff, companhia responsável pelo serviço de limpeza na cidade do Rio de Janeiro Em março de 1892, assumiu o posto de Secretário Inspetor da Fábrica de Pólvora da Estrella, localizada no Município de Magé, Rio de Janeiro. Paulo Pfaltzgraff permaneceu no cargo até 15/08/1893, quando foi nomeado pelo prefeito Henrique Valadares (1893-1895) para o cargo de Inspetor de Limpeza Pública e Particular do Município do Rio de Janeiro. Exonerou-se do comando da repartição em 15/01/1895, já estando a Inspetoria incorporada à Diretoria Geral de Obras e Viação. Faleceu na cidade do Rio de Janeiro em 04/05/1907, deixando viúva D. Balbina Germano de Mello Pfaltzgraff. Foi sepultado no cemitério São Francisco Xavier.   José Ygor

ESTEVES, Julião Freire

Julião Freire Esteves nasceu em 27/01/1876, no Mato Grosso. Cursou os preparatórios no Ginásio São Pedro, em Porto Alegre. Em 1892, matriculou-se na Escola Militar do Rio Grande do Sul, sendo nomeado em 22/04/1899 para o posto de alferes alumno. Posteriormente, transferiu-se para a capital federal, onde concluiu o ensino superior em Engenharia na Escola Militar do Brasil, na turma de 1903. Ainda aluno, esteve envolvido no levante ocorrido em 1897, na Escola Militar da Praia Vermelha, contra o presidente Prudente de Morais, tendo se ferido gravemente. Em Em 16/12/1907, Julião Freire Esteves foi nomeado auxiliar do Major Luís Eugênio Franco Filho, chefe da comissão responsável pela construção do Forte de Copacabana. Também fizeram parte da comissão os auxiliares Cornélio Otto Kuhn e Wolmer Augusto da Silveira. Adaptação de um projeto apresentado pelo Major Tasso Fragoso, as obras foram iniciadas em janeiro de 1908, no promontório da Igrejinha. Durante o ano de 1910, serviu como estagiário no exército do Império Alemão e, por sua aplicação, recebeu o prêmio Bismark do Imperador Wilhelm II. Com a exoneração de Raymundo Pinto Seidl, Julião Esteves foi nomeado para exercer interinamente as funções de professor da Escola de Estado-Maior em 1914. Em 1921, formou-se […]