COUTINHO, Honório de Paiva

Engenheiro, Honório Gomes de Paiva Coutinho foi contemporâneo e colega de classe de Paulo de Frontin, Ozório de Almeida e José Américo dos Santos. Em 07/03/1890 foi nomeado para o Conselho de Intendência do Distrito Federal, assumindo a Intendência de Instrução e Estatística e, em maio do mesmo ano, a Intendência de Inflamáveis. Nesta última, assinou o projeto de regulamentação dos explosivos e inflamáveis do Distrito Federal, determinando os materiais que se enquadravam em cada designação e a capacidade de armazenamento destes. Foram estabelecidos prazos de 30 dias a um ano para a execução da lei, dependendo do tamanho do empreendimento. Em 11/08/1890, exonerou-se junto ao Conselho de Intendência. Candidatou-se ao cargo de Intendente em 1892, porém sem sucesso. Comerciante de Café, membro do Centro da Lavoura e Comércio, integrou a comissão brasileira que representou o país nas comemorações do 4º Centenário do descobrimento da América na Exposição Universal Colombiana, que se passou em Chicago, nos Estados Unidos. Foi também representante da Sociedade de Geografia no evento. Faleceu no dia 03/09/1907, no Espírito Santo, onde se encontrava com o Diretor de Obras Públicas do Estado analisando os limites entre os Estados da Bahia e Espírito Santo, trabalho que vinha desenvolvendo […]

BARRÃO, Carlos Augusto de Avilez

Carlos Augusto de Avilez Barrão graduou-se em engenharia civil, desempenhando diversas funções na área. Foi Chefe da Seção de Conservação da Estrada de Ferro D. Pedro II (1882); Vice-presidente da Associação Geral de Auxílios Mútuos da Estrada de Ferro D. Pedro II (30/06/1890); engenheiro residente da Estrada de Ferro Central do Brazil (24/07/1890), sendo removido deste cargo para o de Chefe de Distrito de Inspeção Geral das Obras Públicas da Capital Federal, responsável pela Estrada de Ferro do Rio do Ouro (1890), onde se aposentou por invalidez em 1891. Em 1890, se candidatou ao cargo de Deputado Federal sem ser eleito. No ano seguinte, assumiu interinamente as Intendências de Matadouro e Inflamáveis do Distrito Federal, tornando-se efetivo nesta última e acumulando também as Intendências de Viação Geral e de Obras. Em 10/12/1891, exonerou-se dos três cargos junto ao Conselho de Intendência. Segundo registros, em setembro de 1893, participou de ataques feitos por navios da marinha contra a capital do Estado do Rio de Janeiro – Niterói – durante a Revolta da Armada, representando os revoltosos contrários ao governo do Marechal Floriano Peixoto. Foi membro do Conselho Diretor do Clube de Engenharia, integrando a Comissão das obras de abertura da Avenida […]

LAMARE SOBRINHO, Joaquim Raymundo de

Nascido no Rio Grande do Sul, em 30/05/1844, Joaquim Raymundo de Lamare Sobrinho era descendente de tradicional família de militares, com pelo menos seis almirantes. Seu tio, Joaquim Raymundo de Lamare – Barão De Lamare –, de quem herdou o nome, foi Ministro da Marinha e Senador do Império do Brasil de 1882 a 1889. Era filho de Rodrigo Antonio de Lamare e Maria Joaquina de Almeida de Lamare.  Aos 20 anos participou da Guerra do Paraguai. Atuou nos combates de Paysandu nos dias 6, 8 e 11 de dezembro de 1864, sendo ferido neste último. Recebeu ao longo da vida diversas condecorações, a maioria delas conquistadas em combate, dentre essas a de decano dos sobreviventes da campanha do Paraguai. Em 14/08/1890, tomou posse do cargo de Intendente de Inflamáveis junto ao segundo Conselho de Intendência Municipal do Rio de Janeiro. Enquanto intendente, assumiu como interino a Diretoria Geral do Matadouro de Santa Cruz e a Intendência de Obras. Em 1890, junto aos intendentes Alfredo Piragibe e Augusto de Vasconcellos, formou a comissão encarregada de propor medidas para controle da venda de carne durante a crise de fornecimento. Em outubro deste ano, apresentou projeto em parceria com estes intendentes sobre o fechamento das […]

LORENA, Frederico Guilherme

Militar, com posto de Capitão de Mar e Guerra, Frederico Guilherme Lorena foi nomeado, em 10/12/1891, para a Intendência Municipal do Distrito Federal. Neste período, chefiou as Intendências de Inflamáveis e Geradores à Vapor e de Instrução e Estatística. Exonerou-se destas funções em 05/12/1892, junto ao Conselho Municipal de Intendentes. Nomeado Primeiro Comandante do cruzador Almirante Tamandaré em 1890, foi um dos líderes revoltosos de 1893, sendo posteriormente considerado um desertor pela Marinha. Em 14/10/1893, após decreto assinado pelos insurgentes, é instalado um Governo Federal paralelo e provisório, com Capital na cidade de Nossa Senhora do Desterro (hoje Florianópolis), em Santa Catarina, sob a sua chefia, cujo poder foi conferido pelo chefe da Armada Brasileira, Custódio José de Mello, líder da Revolta da Armada. Foram nomeados neste momento como seus Ministros Annibal Eloy Cardoso, encarregado das pastas de Guerra e, interinamente, de Fazenda e Relações exteriores, e o 1º Tenente João Carlos Mourão dos Santos, responsável pelas pastas de Justiça e Interior e de Viação, indústria e obras públicas. Localizado pelas forças republicanas brasileiras em Montevidéu, foi preso e executado a mando do Coronel Moreira César, junto a seus sobrinhos, o 1º Tenente Delfino Lorena e o Guarda-Marinha Pedro Lorena. Foi […]