CASTELO, Julião Martins

Julião Martins Castelo nasceu no Rio de Janeiro, em 09/01/1895. Era filho de Francisca de Paula Martins Castelo e Carlos Florêncio Fontes Castelo, Diretor Geral da Fazenda Municipal do Distrito Federal na gestão do prefeito Pereira Passos (1903-1906). Estudou no Colégio Diocesano São José. Foi um dos fundadores do Rio Comprido Foot-Ball Club, tendo presidido a sociedade entre 1911 e 1912. Em 1913, concluiu o curso geral de Ciências e Letras e ingressou na Escola Politécnica, formando-se na turma de 1920 da Escola Nacional de Engenharia. Ingressou na Prefeitura do Distrito Federal como ajudante de 2º classe da Diretoria de Obras Municipais. Foi promovido a engenheiro chefe em 05/03/1929. Em 12/07/1932, assumiu interinamente a Diretoria de Engenharia do Distrito Federal, durante afastamento do titular, Delso Mendes da Fonseca. Como representante da Prefeitura, compôs a Comissão de Estudos do Plano da Universidade do Rio de Janeiro, constituída em 1935 pelo então Ministro da Educação e Saúde Pública, Gustavo Capanema. No mesmo período integrou a Comissão de Estudos do Aeroporto Santos Dumont, inaugurado em 1936 e, junto à Estrada de Ferro Central do Brasil, participou dos trabalhos de eletrificação. Em 14/07/1937, Julião Martins Castelo exonerou-se do cargo de engenheiro chefe da Diretoria […]

LOPES CARDOSO, Raul

Filho de Antonio Lopes Cardoso e Candida Lopes Cardoso, Raul Lopes Cardoso nasceu em 1871, na Bahia. Adentrou o locus da municipalidade do Distrito Federal em junho de 1908 enquanto Diretor Geral de Patrimônio. Foi designado, posteriormente, Superintendente do Theatro Municipal, projeto do qual esteve à frente por subordinação imediata a esta Diretoria. Ao ocupar durante anos e em primeira mão o cargo, Raul Cardoso esteve diretamente relacionado às reformas e adaptações do espaço físico do Municipal; como por exemplo sua atuação, a pedido de Henrique Coelho, representante da Escola Dramática Municipal, na solicitação de obras para sua melhor instalação, haja vista seu funcionamento provisório nos andares superiores da Usina do Theatro Municipal. Ainda sob sua administração, estavam os demais centros de cultura de grande relevância no circuito carioca da época, quais sejam o Teatro João Caetano e o Pavilhão Mourisco, este último desde seu arrendamento em 1917. Outrossim, era membro da Comissão Permanente de Promoções dos Funcionários Municipais em 1933. Neste mesmo ano, assinou concomitantemente pela Direção Geral de Patrimônio e pela Direção Geral interina de Estatística Municipal, o que anunciava as vicissitudes na composição dos órgãos que se seguiriam da junção destes sob a forma da Diretoria Geral […]

ARISTIDES FREIRE, Mário

Filho de Aristides Brasiliano de Barcelos Freire e de D. Maria Francisca Freira, Mário Freire nasceu em 29/10/1886, em Vitória, Espírito Santo. Fez os estudos primários e secundários na escola de seu pai, o Ateneu Santos Pinto. Em 1908, bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. Foi nomeado diretor-geral de Estatística Municipal do Distrito Federal em 21/07/1924. Foi um dos responsáveis pela criação do Museu da Cidade, na Gávea, e pela publicação do Livro Tombo da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Durante o período que residiu no Rio de Janeiro manteve colaboração regular em periódicos de sua cidade natal, como O Diário da Manhã, Vida Capichaba, A Gazeta e A Tribuna. Em 1931, participou da comissão nomeada pelo Interventor do Distrito Federal, Adolpho Bergamini (1930-1931), para revisão do Código de Posturas Municipais. Assumiu o cargo de Secretário de Fazenda do Estado do Espírito Santo em 1932, afastando-se temporariamente do cargo de diretor-geral de Estatística e de Secretário Geral do Montepio dos Funcionários Municipais. Durante o cargo, destacou-se por ter conseguido a amortização da dívida do Estado junto ao Banco do Brasil. Em agosto de 1936, exonerou-se do cargo de Secretário […]

RODRIGUES, Antônio Luiz

Antônio Luiz Rodrigues nasceu em 08/08/1841, na vila de São Gonçalo, estado do Rio de Janeiro. Filho de lavradores, começou a trabalhar aos quatorze anos no comércio. Assentou praça aos dezessete anos e, em 1862, ingressou no Corpo Policial do Rio de Janeiro. Participou da Guerra do Paraguai, atuando na Batalha Naval do Riachuelo como oficial de terra. Recebeu honrarias e promoções ainda em campanha, alcançando o título de Major aos 27 anos. Ao final da guerra, retornou ao Rio de Janeiro, onde comandou o Corpo Policial. Em 1873 aposentou-se da carreira militar, transferindo-se anos depois para Campinas (SP), onde exerceu o cargo de oficial de registro e foi eleito provedor da Santa Casa de Misericórdia. Em 1893 retornou a sua cidade natal a convite de Marechal Floriano, que fora seu companheiro de batalha, para atuar como almoxarife geral da Prefeitura. Após a Proclamação da República, em 04/09/1900 foi nomeado pelo presidente Campos Salles (1898-1902) para a direção do Matadouro de Santa Cruz. Com a reintegração de Cândido Basílio Cardoso Pires ao cargo de Diretor do Matadouro de Santa Cruz em agosto de 1909, Antônio Luiz foi então transferido para a Diretoria de Higiene. No mês seguinte, foi designado para […]

AMARAL, Antônio Cândido do

Filho de Antonia Guilhermina do Amaral, Antônio Cândido do Amaral nasceu em 1854, no Rio de Janeiro. Engenheiro, ingressou como Aspirante na Escola de Marinha do Rio de Janeiro, sendo promovido a Guarda de Marinha em novembro de 1873. Em 1877, já no posto de 2º Tenente, foi-lhe concedida demissão do serviço da armada. No mesmo ano ingressou na administração pública municipal através de concurso para preenchimento da vaga de 2º conferente da mesa provincial. Foi Oficial da Secretaria de Intendência Municipal. Com o falecimento do 1º Oficial Arquivista da Câmara Municipal em maio de 1885, Antônio Cândido foi então promovido para assumir as funções do cargo. Foi designado Secretário do Prefeito Henrique Valadares  (1893-1895) em agosto de 1893. A partir de 1896 passou a atuar como subdiretor da Diretoria Geral do Interior e Estatística. Com o afastamento de Alexandrino Freire do Amaral, Antônio Cândido foi nomeado diretor geral da pasta, tendo permanecido no cargo entre 30/11/1897 e 01/06/1900. Posteriormente, voltou a assumir a diretoria da repartição como interino, durante os afastamentos do titular. Com a renomeação da Diretoria pelo Decreto nº 302, de 12/08/1902, Antônio Cândido do Amaral foi nomeado subdiretor da Diretoria Geral de Polícia Administrativa, Arquivo e […]

PORTUGAL, Aureliano Gonçalves de Souza

Aureliano Gonçalves de Souza Portugal nasceu em Capivari, município do Rio Claro, em 16/06/1851. Cursou o preparatório no Colégio do Visconde S. Valentim, em seguida, ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde formou-se em 1874. Retornou a sua terra natal, tendo sido sócio do Instituto Acadêmico e membro da Associação de Caridade para ensino das crianças pobres da Freguesia de Dores de Piraí. Entre 1890 e 1893, atuou como demografista da Inspetoria Geral de Higiene na capital federal. Participou do 2º Congresso Médico de 1889, onde defendeu a criação de um Ministério de Saúde Pública. Foi eleito deputado da Assembleia Legislativa do Estado por três gestões. Durante o governo Pereira Passos (1903-1906), dirigiu por alguns meses a Diretoria de Polícia Administrativa, Arquivo e Estatística. Em 11/08/1903, assumiu o cargo de Secretário de Gabinete do Prefeito, tendo cooperado com os trabalhos de remodelação do Rio de Janeiro. Presidiu, neste período, a comissão responsável pelo recenseamento do Distrito Federal de 1906, tido como o mais completo realizado até a data. Em fins de 1907 reassumiu a então Diretoria Geral de Polícia Administrativa, Arquivo e Estatística. Exonerou-se dos cargos em 22/01/1908, permanecendo na Polícia Administrativa até a sua morte. Faleceu […]

AMARAL, Alexandrino Freire do

Filho de Bonifácio José Sérgio do Amaral e de Leopoldina Freire do Amaral, Alexandrino Freire do Amaral nasceu em  26/11/1843, no Rio de Janeiro. Casou-se com Maria Carlota dos Santos Amaral. Doutor em Medicina pela Faculdade da Corte, veio a exercer o magistério antes de ingressar na administração pública. Vereador da Câmara Municipal, em 1893 assumiu o cargo de Secretário do Gabinete do Prefeito, onde atuou por anos. Logo em seguida, foi chamado para ter exercício na Diretoria de Interior e Estatística que, a partir de 1902, passou a chamar-se Diretoria de Polícia Administrativa, Arquivo e Estatística. Contemporâneo à administração de Pereira Passos, teve parte na Comissão Sanitária do 2º distrito do Engenho Velho.   Membro efetivo do Supremo Conselho do Grande Oriente Unido do Brazil, Alexandrino Freire do Amaral consagrou-se enquanto importante figura do círculo maçônico brasileiro, por sua grande contribuição para a consolidação e difusão das publicações das maçonarias nacionais, no século XIX. Exerceu o cargo de grande secretário geral do Grande Oriente do Lavradio, quando, em meio às disputas entre Orientes, transferiu-se para o concorrente, Grande Oriente Unido e Supremo Conselho do Brazil, na posição de Redator-chefe. Outrossim, ocupou o cargo de grande secretário geral do Grande […]

VASCONCELLOS, Augusto de

Nascido em 05/04/1853 no bairro de Campo Grande, Rio de Janeiro, Augusto de Vasconcellos era filho de Marcos José de Vasconcellos e Leopoldina Rosa de Jesus. Formou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Durante o Império foi Delegado de Higiene de Campo Grande, filiando-se ao Partido Liberal. Em 14/08/1890 foi nomeado para o Conselho de Intendência Municipal do Rio de Janeiro, assumindo a pasta de Higiene. Quatro dias depois, trocou de posto com João Alfredo Piragibe, ficando a partir de então responsável pela Intendência de Instrução e Estatística. Em Outubro de 1890, junto a Alfredo Piragibe e Joaquim de Lamare, formou a comissão encarregada de propor medidas para o controle da venda de carne durante a crise de fornecimento. Apresentou neste mesmo mês, junto destes intendentes, projeto, posteriormente aprovado, sobre o fechamento das casas de negócios aos domingos, abrindo-se exceção para tavernas, que poderiam funcionar até as 6 horas da tarde e às farmácias, hotéis, casas de pasto, confeitarias, padarias, botequins, cafés, bilhares e açougues, que poderiam funcionar durante todo o dia. Exonerou-se do cargo de intendente municipal em 16/12/1890. Em 1897 foi eleito Deputado Federal pelo Rio de Janeiro, então Distrito Federal, sendo reeleito em 1900 e […]

COUTINHO, Honório de Paiva

Engenheiro, Honório Gomes de Paiva Coutinho foi contemporâneo e colega de classe de Paulo de Frontin, Ozório de Almeida e José Américo dos Santos. Em 07/03/1890 foi nomeado para o Conselho de Intendência do Distrito Federal, assumindo a Intendência de Instrução e Estatística e, em maio do mesmo ano, a Intendência de Inflamáveis. Nesta última, assinou o projeto de regulamentação dos explosivos e inflamáveis do Distrito Federal, determinando os materiais que se enquadravam em cada designação e a capacidade de armazenamento destes. Foram estabelecidos prazos de 30 dias a um ano para a execução da lei, dependendo do tamanho do empreendimento. Em 11/08/1890, exonerou-se junto ao Conselho de Intendência. Candidatou-se ao cargo de Intendente em 1892, porém sem sucesso. Comerciante de Café, membro do Centro da Lavoura e Comércio, integrou a comissão brasileira que representou o país nas comemorações do 4º Centenário do descobrimento da América na Exposição Universal Colombiana, que se passou em Chicago, nos Estados Unidos. Foi também representante da Sociedade de Geografia no evento. Faleceu no dia 03/09/1907, no Espírito Santo, onde se encontrava com o Diretor de Obras Públicas do Estado analisando os limites entre os Estados da Bahia e Espírito Santo, trabalho que vinha desenvolvendo […]

BENÉVOLO, Jayme

Matemático e engenheiro militar, Jayme Benévolo nasceu em 27/08/1854 na cidade de Maranguape, Ceará. Era filho do Tenente-Coronel Reginaldo Benévolo Ferreira de Pinho e da portuguesa Eugênia Correia de Pinho. Seus irmãos, Francisco e Odilon Benévolo, também seguiram a carreira militar. Foi casado com Julieta Teixeira Benévolo. Em 1872, aos dezoito anos, alistou-se no serviço militar, no 14º Batalhão de Infantaria. Entre 1874 e 1875 serviu na Revolta do Quebra-Quilos, ocorrida no Nordeste do país. Foi promovido a 2º Tenente em 17/01/1882, mudando-se para o Pará, onde atuou como Engenheiro das Obras Militares. Entre 1884 e 1885 foi regente da cadeira de Aritmética na Escola Militar do Rio de Janeiro, posteriormente assumindo a cadeira de Economia Política e Direito Administrativo.  Foi promovido a 1º Tenente em 21/02/1885. Em 1887, exerceu o cargo de ajudante de ordens do Presidente da Província da Paraíba e, em 1888, foi nomeado secretário do Marechal Deodoro da Fonseca, na época comandante das armas de Mato Grosso. No mesmo ano foi nomeado Cavaleiro da Ordem Militar de Aviz. Em 13/12/1889, Assumiu o cargo, em primeira ocupação, de Intendente de Instrução do Distrito Federal, acumulando também o posto interino de Intendente de Matadouro em 11/02/1890. Exonerou-se das suas funções municipais […]

LORENA, Frederico Guilherme

Militar, com posto de Capitão de Mar e Guerra, Frederico Guilherme Lorena foi nomeado, em 10/12/1891, para a Intendência Municipal do Distrito Federal. Neste período, chefiou as Intendências de Inflamáveis e Geradores à Vapor e de Instrução e Estatística. Exonerou-se destas funções em 05/12/1892, junto ao Conselho Municipal de Intendentes. Nomeado Primeiro Comandante do cruzador Almirante Tamandaré em 1890, foi um dos líderes revoltosos de 1893, sendo posteriormente considerado um desertor pela Marinha. Em 14/10/1893, após decreto assinado pelos insurgentes, é instalado um Governo Federal paralelo e provisório, com Capital na cidade de Nossa Senhora do Desterro (hoje Florianópolis), em Santa Catarina, sob a sua chefia, cujo poder foi conferido pelo chefe da Armada Brasileira, Custódio José de Mello, líder da Revolta da Armada. Foram nomeados neste momento como seus Ministros Annibal Eloy Cardoso, encarregado das pastas de Guerra e, interinamente, de Fazenda e Relações exteriores, e o 1º Tenente João Carlos Mourão dos Santos, responsável pelas pastas de Justiça e Interior e de Viação, indústria e obras públicas. Localizado pelas forças republicanas brasileiras em Montevidéu, foi preso e executado a mando do Coronel Moreira César, junto a seus sobrinhos, o 1º Tenente Delfino Lorena e o Guarda-Marinha Pedro Lorena. Foi […]

DINIZ, Damaso de Albuquerque

Nascido em 1830, Damaso de Albuquerque Diniz era filho de Antonio Joaquim de Albuquerque Diniz e Maria José de Alencastro Diniz. Consta que em 1865 compunha a Câmara de Vereadores de São Fidelis, no interior da Província do Rio de Janeiro, junto a um de seus sete irmãos, Lopo de Albuquerque Diniz, que desempenhava a função de vacinador. Em junho de 1881, Damaso de Albuquerque Diniz foi nomeado médico do novo Matadouro da cidade do Rio de Janeiro, localizado no bairro de Santa Cruz, que seria inaugurado em setembro deste mesmo ano. Em fevereiro de 1890, assumiu a chefia do Arquivo da Intendência de Instrução e Estatística, permanecendo no cargo até 15/08/1893, quando pede exoneração. Segundo registros, em 1899 atuava como escriturário da Diretoria de Fazenda da Prefeitura. Em Novembro de 1913, aos 83 anos, foi aceito sócio da União Republicana. Faleceu no mesmo mês, no dia 26/11/1913, no Rio de Janeiro.     José Ygor Silva Pena Luiza Ferreira

MATTOS, José da Silva

José da Silva Mattos nasceu em 02/03/1840. Advogado, foi 1º Delegado de Polícia da Corte, juiz, pretor da 6ª pretoria da Capital Federal e um dos Diretores da Companhia Fábrica de Papel Guttenberg. Em junho de 1891 passou a integrar o Conselho de Intendência Municipal, sendo nomeado para o cargo de Intendente de Justiça e, no mês seguinte, para a Intendência de Instrução e Estatística. Também assumiu interinamente as Intendências de Higiene e de Praças. Permaneceu no Conselho por um curto período de tempo, exonerando-se com os outros integrantes em dezembro do mesmo ano. Neste período, formulou projeto de postura que proibia a lavagem de roupas para terceiros enquanto não eram estabelecidas lavanderias públicas na Capital. A medida visou impedir que em avenidas, cortiços e etc., fossem constituídas lavanderias particulares. Em 1894, como Delegado da Capital Federal, recebeu do Ministério da Guerra a honra de Capitão, devido aos serviços prestados com dedicação e lealdade durante as revoltas de 1893. Foi secretário da Irmandade de Nossa Senhora da Conceição da Gávea, região onde também trabalhava e morava. Faleceu em 23/11/1901, no Rio de Janeiro. Era casado com Elvira Amélia Pereira da Silva Mattos.   José Ygor Silva Pena Luiza Ferreira

PIRAGIBE, João Alfredo

Nascido em 09/06/1847, João Alfredo Piragibe era filho do ilustre General José Piragibe, e de Cândida Joaquina da Costa Piragibe. Médico, formou-se pela Faculdade do Rio de Janeiro, atuando mais tarde como cirurgião da Guarda Nacional. Na vida política, foi vereador da Câmara Municipal do Distrito Federal em 1884. Ingressou em 1890 no 3º Conselho Municipal de Intendência do Distrito Federal, assumindo entre 1890 e 1891 as Intendências de Instrução e Estatística, de Higiene, e ainda, interinamente, as Intendências de Patrimônio e de Justiça. Como Intendente, criou grupos de estudos para compor um projeto de posturas sobre o comércio de leite. Apresentou, em outubro de 1890, junto dos intendentes Augusto de Vasconcellos e Joaquim de Lamare, projeto, posteriormente aprovado, sobre o fechamento das casas de negócios aos domingos, abrindo-se exceção para tavernas, que funcionariam até as 6 horas da tarde e às farmácias, hotéis, casas de pasto, confeitarias, padarias, botequins, cafés, bilhares e açougues, que poderiam ficar abertos durante todo o dia. Na intendência de Higiene, assinou, em agosto de 1890, projeto de postura sobre chiqueiros, que definia que “nas paróquias do Sacramento, S. José, Candelária, Santa Rita, Glória, Lagoa, S. Cristóvão, Engenho Velho e Engenho Novo, não [era] permitido […]

CORREIA, Francisco Simões

Francisco Simões Correia nasceu na cidade de Valença, Rio de Janeiro, em 21/03/1848. Médico, graduou-se em dezembro de 1876 pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.  No ano seguinte, foi nomeado Cirurgião do Corpo e Saúde da Armada, pedindo demissão alguns meses depois. Simões Correia teve importante atuação na fundação de diversos periódicos médicos. Enquanto ainda era estudante, em 1872, fundou com Nuno de Andrade, Martins Costa, Lycurgo Santos, J. Passeyro, a Imprensa Médica. Dois anos mais tarde, criou junto a Lycurgo Santos, o Archivo Médico. Promoveu também a revista Medicina e Cirurgia, dirigindo a redação nos três anos iniciais da publicação. Entre 1892 e 1893, escreveu diversos artigos sobre higiene municipal no Echo do Povo, jornal de Juiz de Fora. Em dezembro de 1890 foi empossado Intendente Municipal do Rio de Janeiro, ficando responsável pelas pastas de Instrução e Estatística, Higiene e de Matadouro. Durante a sua gestão, enfrentou greve de trem que dificultou o trânsito de carne verde do Matadouro de Santa Cruz para o centro urbano. Em abril de 1891, escreveu relatório propondo melhorias no transporte da carne e na estrutura do matadouro. Exonerou-se do cargo de intendente em 26/05/1891. No mesmo ano foi nomeado catedrático […]

PIRES DE ALMEIDA, José Ricardo

Filho do Dr. Joaquim Pires Garcia e de D. Maria Luiza Pires, José Ricardo Pires de Almeida nasceu no Rio de Janeiro, em 07/12/1843. Médico de formação, foi também jornalista, historiador e teatrólogo. Cursou três anos de Direito na faculdade de São Paulo, mudando de curso e graduando-se em 1871, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Sua atuação na área se inicia no Instituto Vaccinico, como comissário vacinador nas freguesias de Inhaúma, Irajá e Jacarepaguá. Posteriormente, foi médico adjunto da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Em 1855 foi nomeado para o cargo de Chefe do Arquivo da Secretaria da Câmara Municipal, permanecendo na função por mais de três décadas. Em relatório datado de 20/01/1890, Pires de Almeida faz um desabafo sobre a perda de atribuições que o Arquivo vinha sofrendo frente à Seção de Tombamento. Segundo afirma: “Por quanto à Seção de Tombamento tem sido conferida toda a parte ativa das investigações, ao arquivista só ficou o papel passivo de guarda dos papéis subordinados à secretaria (…) Ora, desde que à Seção de Tombamento compete a iniciativa, o arquivista não tem mais que manter a boa ordem nos documentos confiados à sua vigilância; é o que eu tenho feito […]