Carlos Faria Leão nasceu em 19 de junho de 1908, em Pelotas, no Rio Grande do Sul, foi casado com Izabel Cavalcanti Gomes. Ingressou no exército em 1927 e já nos primeiros anos de serviço fez curso de sargento aviador e tornou-se monitor de pilotagem em 1931. É aprovado na escola militar, na qual completa o curso de aviação. Em 1936, já como segundo-tenente do exército, é transferido para Curitiba, onde torna-se primeiro-tenente e participa de diversos voos de correios militares, serviço de envio de correspondências que vinha sendo implantado pelo Brasil desde 1931. Carlos Faria Leão participa ativamente da ampliação do serviço, inaugurando diversas rotas nacionais e internacionais ao longo de toda carreira militar. É designado para o cargo de auxiliar de instrutor na escola de pilotagem em 1939 e, dois anos depois, é transferido para o ministério da aeronáutica, pelo qual viaja por diversos estados do Brasil conhecendo escolas de aviação. Ainda em 1941 torna-se capitão aviador e é escolhido por Salgado Filho – então Ministro da Aeronáutica – para formar uma comissão especial junto ao engenheiro Jorge Marques de Azevedo, com intuito de estudar a unificação das regras de tráfego aéreo brasileiro. Em 1944 já gozava de […]
Filho de Francisco Valverde de Miranda e Josefa Brandão Valverde de Miranda, José de Miranda Valverde nasceu em 18/08/1875, no seio de consagrada família de juristas. Com apenas 21 anos, José de Miranda Valverde conclui, com láurea acadêmica, a graduação em Direito pela Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais, recebendo o Prêmio Machado Portella pela primeira colocação na classe. Logo em seguida, adentrou a carreira pública, quando da nomeação para a função de Promotor da Paraíba do Sul (RJ). No entanto, foi na categoria de adjunto do Procurador da República, em cujo desempenho não tardou em distinguir-se, que se aproximou do então titular da Procuradoria Geral, Ministro Ribeiro de Almeida. Através de indicação do magistrado, em 1900 assumiu a 2º Procuradoria dos Feitos da Fazenda Municipal, auxiliando amiúde o Prefeito Pereira Passos (1903-1906) nos seus empreendimentos modernizadores do Distrito Federal. Sob tal investidura, atuou de forma a viabilizar o projeto em curso, fosse no trato legislativo, por meio de manobras na letra da lei, fosse advogando em favor da Prefeitura nos processos de desapropriações e derrubadas que pululam contra esta nesse período. Permaneceu no exercício do cargo até que, em 1932, alçou a pasta de Procurador Geral, na […]
José Georgino Alves e Sousa Avelino, conhecido simplesmente como Georgino Avelino, nasceu em 31/ 07/1896, no município de São José de Angicos (RN). Era filho de Pedro Celestino da Costa Avelino, fundador dos periódicos A Gazeta do Comércio e Diário da Tarde, e de Maria das Neves Alves de Sousa Avelino, além de sobrinho do Capitão José da Penha. Casou-se em 1915 com a italiana Maria Astengo Avelino, com quem teve cinco filhos, Pedro, Georgina, George, Fernando Luiz e Fernão George Avelino. Após os primeiros estudos no Rio Grande do Norte, Avelino foi para o Rio de Janeiro em 1907 cursar a Faculdade de Direito, concluindo-a em 1911. Destacou-se neste período como orador e membro do centro dos acadêmicos. Sua atuação profissional, no entanto, se dará principalmente no jornalismo. Neste ramo fundou o jornal A Pátria, em 1909, em Recife; foi redator d’O Paiz, no Rio de Janeiro; fundou e dirigiu com João do Rio o Rio Jornal, em 1918; e colaborou com o Diário Carioca e a Gazeta de Notícias, além de ter fundado posteriormente a Rádio Cabugi, ainda existente no Rio Grande do Norte e hoje vinculada à Rádio Globo. Foi designado vice-cônsul em Gênova em 1911, onde […]
Alberto Woolf Teixeira nasceu em 10/04/1892, no Rio de Janeiro. Casou-se com a técnica de educação Lucinda Baptista dos Santos em 1917, com quem teve duas filhas, Helena e Maria José Woolf Teixeira. Em sua cidade natal, frequentou o Ginásio Nacional e o Internato Nacional “Bernardo Vasconcellos”, bacharelando-se em seguida em Farmácia pelo Colégio Pedro II. Durante a mocidade, envolveu-se em diversas associações e comissões desportivas cariocas, o que lhe valeu o posto de cronista esportivo na Gazeta de Notícias, ocasião em que fundou a Associação dos Cronistas Desportivos, em 1916. Em 1917, passou a ser funcionário da secção de contratos da Companhia Telefônica e, em 1923, inspector da Fazenda da Prefeitura do Distrito Federal, sendo promovido a Delegado Fiscal desta mesma municipalidade alguns anos depois. O vínculo com os clubes e grêmios da cidade também lhe valeram o nomeação para o cargo de Diretor Geral de Turismo durante alguns meses do ano de 1937, substituindo Lourival Fontes e precedendo Georgino Avelino. Do primeiro, continuou a política de organização das Feiras de Amostras e do Carnaval, como também de buscar uma aproximação com os países vizinho sul americanos. Também coordenou o raid automobilístico Rio de Janeiro-Montevidéu e as obras na […]
Carioca, Ary Pinheiro de Oliveira Lima nasceu em 17/04/????, era filho do engenheiro da prefeitura do Distrito Federal Augusto Moreira de Barros Oliveira Lima e de Quenciana Pinheiro de Oliveira Lima e irmão do também médico e Secretário Geral de Saúde e Assistência o ex-prefeito Eitel Pinheiro de Oliveira Lima, e de Ivan Pinheiro de Oliveira Lima, diretor do Departamento de Edificações da Prefeitura. Casou-se em 1922 com Sallie Adelaide Newman. Foi no Rio de Janeiro que cursou o Colégio Paula Freitas e a Faculdade de Medicina, onde doutorou-se em 1918. Já neste período, tornou-se auxiliar acadêmico da Assistência Municipal, desempenhando tal função no Posto Central da Assistência Pública. Formado, foi efetivado médico pela municipalidade de modo interino, ascendendo a subcomissário em 1922 e a médico cirurgião em 1928. Também medicou na entidade de caridade Pró-Madre nestes primeiros anos de sua trajetória profissional. Na década de 1930, concomitantemente ao ofício que realizava na assistência pública, comandou o ambulatório da Fábrica Mazca e foi Chefe dos Serviços Médicos da Caixa de Aposentadorias e Pensões da Light. Em 1939, foi nomeado para a direção do Asilo São Francisco de Assis, na qual permanece até a sua designação para diretor do Hospital do […]
Foi em 30/05/1888, na interiorana cidade de Uruguaiana (RS), que nasceu Osvino Alvares Pena, fruto do casal Joaquim da Silva Penna e Adozinda Álvares da Silva Penna. Todavia, já na mocidade se mudou para o Rio de Janeiro para se dedicar aos estudos, frequentando o Ginásio Nacional e depois a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde doutorou-se em 1911 com a tese “Hérnias inguinais do grosso intestino”. Prosseguiu se especializando patologista ao cursar no ano seguinte o Instituto Pasteur, em Paris, e os cursos de Microbiologia e Zoologia do Instituto Manguinhos, após o seu retorno ao Brasil pouco mais de um ano depois. A verne acadêmica será uma constante em sua biografia, publicando diversos artigos e textos científicos no campo da saúde, além de fundar e dirigir o Laboratório de Produtos Farmacêuticos, dedicado a pesquisas na área. Tendo adentrado a Marinha em 1912 e alcançando o grau de Capitão de Corveta, passou a dedicar-se ao laboratório de análises químicas do Hospital Central da corporação. Foi em função disto escolhido em 1917 para participar das excursões científicas promovidas pelo Instituto Oswaldo Cruz no Nordeste do Brasil para o estudo das enfermidades e patologias que se abatiam sobre esta […]
Foi no interior da rica família proprietária do banco de são-joanense Almeida Magalhães que nasceu em 01/09/1880 o mineiro e pioneiro médico sanitarista Raul de Almeida Magalhães. Filho do fundador deste banco, Custódio de Almeida Magalhães, e de Ambrosina Batista Machado, era também irmão de Alberto e Franklin Almeida Magalhães, respectivamente banqueiro e escritor. Escolarizou-se no Ginásio Mineiro e passou depois para a Escola de Farmácia de Ouro Preto. Todavia, cursou durante dois anos as aulas laboratoriais na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, transferindo-se para o Distrito Federal a fim de frequentar esta instituição. Nela, doutorou-se no ano de 1906 com uma tese sobre a patologia do Araria e Treponema pallidium. Ainda durante seus estudos, trabalhou durante o ano de de 1902 no Instituto Butantã, recém criado por Vital Brasil e, entre 1904 e 1907, no Instituto de Manguinhos, sob direção de Oswaldo Cruz. A partir desta data,foi nomeado Inspetor Sanitário da Diretoria Geral de Saúde Pública do Rio de Janeiro. Seu destaque na execução do ofício o levou a ser nomeado para chefiar uma missão de saneamento e combate à febre amarela no Maranhão, iniciada em 1919, na qual se mantém até o ano seguinte. Neste período, […]
Filho do Capitão de Infantaria do Exército e professor da Escola Nacional Domingos Jesuíno de Albuquerque e de Maria Filipa de Albuquerque, Jesuíno Carlos de Albuquerque nasceu em 17/09/1889, na cidade do Rio de Janeiro. Casado com Jurema Leal Ferreira, foi pai do também médico e membro da Academia Nacional de Medicina Paulo Frederico de Albuquerque e do bacharel em direito Hélio F. de Albuquerque. Tendo feito os primeiros estudos no Colégio Militar em sua cidade natal, Albuquerque doutorou-se em medicina no ano de 1912 na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro com a tese “Contribuição ao diagnóstico e tratamento das fraturas do crânio”, especializando-se posteriormente em diversas instituições internacionais, em especial na área de Urologia. Junto a ocupação na medicina, Jesuíno Carlos de Albuquerque manteve durante toda a vida a carreira militar, alçando o posto de General Médico. Na década de 1920, foi professor na Escola Veterinária do Exército. Foi também diretor da Cruz Vermelha Brasileira, tendo representado a instituição em diversos momentos dentro e fora do país. Na década de 1930, compôs a comissão de socorro às vítimas de terremoto ocorrido no Chile. Chefe da 2ª Seção da Diretoria de Saúde do Exército, deixou o cargo em […]
Foi em 15/01/1894 que nasceu Edmundo Vaccani, filho do alto funcionário do Ministério da Fazenda e coronel Miguel José Vaccani e de Adelaide de Carvalho Vaccani. Após as primeiras letras no Ginásio de Petrópolis, cursou o tradicional Colégio São Bento, no Rio de Janeiro, mesma cidade onde continuou seus estudos na Faculdade de Medicina. Sua destacada trajetória na rede hospitalar começou em 1919, ao clinicar no Hospital da Pró-Madre, passando depois a trabalhar no Hospital de São Francisco da Penitência, em 1925. Concomitantemente, torna-se Subcomissário de Assistência da prefeitura em 1922. Em fins da década de 1930, estas duas funções se entrecruzam quando, após ocupar o cargo de chefe do Posto de Assistência do Méier, foi designado Diretor do Hospital do Pronto Socorro, em 1938, sendo em razão disto escolhido no ano seguinte para o posto de Diretor do Serviço Médico Hospitalar da Secretaria Geral de Saúde e Assistência, à época comandada por Clementino Fraga. Coma a exoneração de Fraga em 1940, Vaccani foi escolhido interinamente para ocupar o seu lugar, o que realizou durante pouco mais de um mês. Foi então escolhido pelo prefeito Henrique Dodsworth para compor a comissão consultiva de seu gabinete. Mantém-se no funcionalismo público ocupando […]
Natural de São Luís, Maranhão, Rogério Coelho nasceu em 01/07/1877. Realizou as primeiras etapas de seus estudos no Liceu da capital maranhense, transferindo-se para a Bahia para cursar o ensino superior em Medicina. Contudo, graduou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1902, com a tese de doutoramento “Processos Mecânicos de entero-síntese e seu cotejo com a enterografia”. Médico interno da Santa Casa de Misericórdia desde 1904, lá prestou serviços até os últimos dias de sua vida. Em 1906 passou a figurar nos quadros de funcionários da Prefeitura do Distrito Federal, durante a gestão de Pereira Passos (1903-1906) quando, em parceria com outros nomes da medicina da época, fundou a Assistência Municipal. Assumiu por diversas vezes a Chefia do Gabinete da Secretaria Geral de Saúde e Assistência na administração de Clementino Fraga, Velho da Silva e Samuel Libânio, respectivamente. No ano de 1938, foi designado para responder pelo expediente da pasta no impedimento do então titular Clementino Fraga. Membro da Academia Fluminense de Letras e Cruzada Contra a Tuberculose, em 1904, Rogério Coelho destacou-se em participação na Comissão de Socorros aos Retirantes dos Estados do Nordeste, vitimados pela seca. Membro do Conselho Consultivo da Fundação Ataulpho […]
Patriarca da famosa linhagem dos Amaral Peixoto na política carioca, Augusto do Amaral Peixoto nasceu no Rio de Janeiro em 14/02/1870, no seio de uma família de comerciantes cafeeiros de Paraty (RJ). Filho de José Augusto do Amaral Peixoto com Maria José Campos do Amaral Peixoto, casou-se em 1898 com Alice Corrêa Monteiro, de cujo matrimônio nasceram Augusto do Amaral Peixoto Júnior, tenentista e por duas vezes deputado federal pelo Distrito Federal; Ernani do Amaral Peixoto, governador do Estado do Rio de Janeiro (1951-55), ministro de Aviação, do Tribunal de Contas da União e da pasta extraordinária de reforma administrativa, e duas vezes senador pela Guanabara; e o médico e Procurador Geral da União Raul do Amaral Peixoto. Tendo estudado no Colégio Pedro II durante os últimos anos do Império, prosseguiu os estudos na Faculdade de Medicina, onde recebeu grau de doutor em 1897 com a tese ‘’Das Gastrophatias na tuberculose pulmonar’’. Ainda acadêmico, atuou no serviço médico da Brigada Policial do Rio de Janeiro durante a Revolta da Armada (1894), o que lhe valeu o título de alferes. Na faculdade, foi designado interno da 2ª cadeira de clínica médica, área que seguiu após formado ao abrir um consultório na […]
Filho de Manoel Marques Canario e Ermelinda Emília Marques Canario, e irmão do dentista Gastão Pinheiro Marques Canario, Alcides Pinheiro Marques Canário nasceu no Rio de Janeiro. Casou-se com Eulália Pereira Figueiredo em 1911, com quem teve sua única filha, Maria Eulália Reis. Após formar-se no Ginásio Nacional em 1901, adentrou no ano seguinte a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Neste período, trabalhou sob direção do Intendente de Higiene Francisco do Rego Barros Figueiredo como auxiliar do Gabinete de Vacinação e Exame de Amas de Leite, participando das campanhas da higiene municipal de visitação a casa de particulares – polêmico programa que seria contestado quando da eclosão da Revolta da Vacina, em 1904 -, e integrou a Federação dos Estudantes Brasileiros a partir de 1903. Ao se formar, manteve-se na assistência municipal ao tornar-se Comissário de Higiene e Assistência Pública enquanto atendia simultaneamente em seu consultório locado na Rua Uruguaiana. Em 1911, foi nomeado Delegado de Higiene do município de Nova Iguaçu, por onde concorreria, sem sucesso, à Câmara dos Deputados do Estado do Rio de Janeiro pelo Partido Republicano Conservador no ano seguinte. Nesse cargo, recebeu homenagens e grande apreço da população iguaçuana. Continuou no Posto Central […]
Médico cirurgião de formação, Gastão de Oliveira Guimarães Júnior devotou seus primeiros anos de carreira à clínica e pesquisa na área da psiquiatria, cujos resultados encontram-se consubstanciados em sua tese de doutoramento “Contribuição ao estudo da semiologia da pupila em alienados” (1906), defendida com louvor na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. O atendimento prestado gratuitamente a pacientes alienados lhe deu notoriedade no cenário médico da capital nos idos de 1903. Seis anos mais tarde, foi nomeado para ocupar, a priori interinamente, o cargo de Subcomissário de Hygiene e Assistência Pública, alçado ao posto de Comissário em 1913. Nesse mesmo período, reorientou sua prática profissional para a especialização em Otorrinolaringologia e Oftalmologia, clínicas as quais desempenhou na Comissão de Inspeção de Saúde dos Funcionários Municipais, para a qual foi designado em 1915, atuando também no Gabinete de Oftalmologia do Asilo de São Francisco de Assis no decorrer do ano de 1918. Teve passagem pelo Posto Central de Assistência, onde gradualmente transitara do atendimento clínico, em seus primeiros anos de formado, aos serviços como Consultor Técnico (1921), culminando na sua designação para chefiar a unidade em 1923. Em 1925, o atendimento ali prestado fora transferido para a Praça da República […]
Oriundo de uma renomada família de políticos pernambucanos, que inclui o seu pai, o ex-prefeito da cidade de Caruaru Coronel João Guilherme de Pontes; e seu irmão, o ex-deputado federal Gercino Malagueta de Pontes, Irineu Malagueta de Pontes nasceu na mesma Caruaru (PE), em 03/07/1890. Passou a vida sem contrair matrimônio ou ter filhos, ‘’casando-se com a medicina’’ como o mesmo declarava. Seus primeiros estudos deram-se no Instituto Pernambucano e no Gymnasio Pernambucano, mudando-se para o Rio de Janeiro em 1912 para cursar a Faculdade de Medicina ali sediada. Durante seus estudos já se destacou, sendo eleito orador de uma comitiva para receber alunos argentinos que visitavam a faculdade. Doutorou-se em 1917, com a tese ‘’Do corpo estriado’’, especializando-se em doenças infectocontagiosas. Após rápido retorno a Caruaru já enquanto médico e breve passagem pelo setor de antropologia física do Museu Nacional, Malagueta de Pontes foi admitido em concurso para trabalhar no Departamento Nacional de Saúde Pública. Iniciou sua carreira no Hospital São Sebastião, onde clinicou durante mais de 30 anos, dirigindo-o posteriormente. O início de sua trajetória foi marcado pela luta contra a epidemia de gripe espanhola. Também dirigiu a Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, e, a […]
Filho de José Furtado Belleza e Maria Carolina Belleza, José Furtado Belleza nasceu no dia 23/06/1894. Natural da cidade de Teresina, Piauí, José Radicou-se ainda muito jovem na capital federal em virtude de ter iniciado seus estudos na Faculdade de Medicina do Rio, em 1913. Diplomou-se cinco anos mais tarde com a defesa da tese “Epiema metaggripal”. Dr. Belleza, como ficara popularmente conhecido devido a sua simpatia e prestatividade características no exercício da profissão, especializou-se na prática cirúrgica, logrando altos graus de distinção entre a classe médico-operatória. Detentor de extensa e prodigiosa ficha de serviços, na qual figura-se a composição das equipes médicas da Policlínica de Botafogo e da Casa de Saúde São Geraldo, Belleza atuou como assistente dos Drs. Benjamim Baptista e Augusto Brandão Filho, em cuja ocasião teve a oportunidade de auxiliar numa das operações realizadas no colega de profissão Dr. Álvaro Alvim. Entretanto, foi ao assistencialismo público que devotou a maior parte de sua carreira. Em 1920 ocupou interinamente o cargo de Subcomissário de Higiene, ao lado de Pedro Paulo de Carvalho. Permaneceu no mesmo órgão por alguns anos, podendo acompanhar as vicissitudes pelas quais passou a estrutura da pasta, renomeada então para Subcomissariado de Assistência Pública. […]
Natural do então Distrito Federal, Alfredo Muniz Peixoto nasceu em 21/06/1891. Era filho do negociante Alfredo Peixoto e de Semiramis Muniz Peixoto. Após as primeiras letras no Colégio Paula Freita e no Ginásio Nacional, bacharelou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Sua carreira teve início em 1913, quando começa a atender no Hospital da Misericórdia. No entanto, logo em 1918 foi nomeado Médico Inspetor do Matadouro pela Diretoria do Matadouro e Serviços de Carnes Verdes da prefeitura, sendo depois designado para a fiscalização de gêneros alimentícios no ano de 1924. Paralelamente, começou a medicar na Clínica de Campo Grande, no subúrbio do Rio de Janeiro. Ganhando apreço entre os moradores, adotou esta localidade como base para a sua carreira política, concorrendo às eleições para intendente sob a legenda do Partido Democrático do Distrito Federal em 1926 e em 1928, eleito nesta última. Em função desta atividade política prévia e de sua participação na Aliança Liberal em torno da candidatura de Getúlio Vargas em 1930, foi escolhido pelo interventor do Rio de Janeiro e seu velho colega partidário Adolfo Bergamini (1930-1931) para o comando da Diretoria Geral de Assistência Pública. Sua gestão foi marcada tanto pela Comissão de Inspecção […]
Destacado educador e defensor da bandeira da educação católica, Teobaldo de Miranda Santos nasceu em 22/06/1904, em Campos dos Goytacazes (RJ). Foi casado com a professora Carmen Menezes Santos, com quem teve cinco filhos. Em sua cidade natal cursou o primário e o secundário no Liceu de Humanidades e na Escola Normal Oficial, mudando-se depois para Juiz de Fora (MG), onde se diplomou em Farmácia, Odontologia e Medicina Veterinária no Colégio Gramberry. Apesar de sua formação superior, foi no campo do ensino e da educação onde iniciou sua larga carreira. Após um breve período de docência em um primário em Manhuaçu (MG), retornou a Campos em 1928, lecionando no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora e no Liceu de Humanidades, dirigindo este último. Foi também catedrático na Escola Superior de Agricultura e Veterinária e na Faculdade de Farmácia e Odontologia da mesma cidade. Na década de 1930, aproximou-se da Educação Católica, corrente que, em oposição aos escolanovistas encabeçados por Anísio Teixeira, exigia uma educação religiosa e conservadora dos dogmas e princípios tradicionais. Publicou diversos artigos e textos com este viés nos periódicos A Ordem e O Lar Catholico: revista social, religiosa, dedicada às famílias, compondo igualmente a Ação Católica e o Centro […]
Pioneiro da pediatria no Brasil, Leonel Gonzaga Pereira da Fonseca nasceu em 21/07/1885, na cidade de Pitanguy (MG), sendo filho de Luiz Gonzaga Pereira da Fonseca e de Rosa Cordeiro Maciel. Casou-se em 1909 com Celina Gomes. Estudou no Colégio Alfredo Gomes, formando-se depois na Faculdade Nacional de Medicina do Rio de Janeiro em 1908, com a tese “Das ictericias hemolyticas”. Subsequentemente, em 1912, passou a compor o quadro de professores da instituição, ocupando a cadeira de livre docente em pediatria, além de atuar na clínica da faculdade. Lá permaneceu ao longo de sua vida, afastando-se temporariamente a partir de 1938 quando, em função de um decreto que proibia a acumulação de cargos, foi exonerado, retornando posteriormente. No decorrer de sua trajetória acadêmica, publicou diversos livros e artigos em revistas científicas, tratando especialmente dos temas da alimentação e higiene infantil. Foi também autor de uma gramática de esperanto lançada em 1906. Ingressou no serviço público em 1916, ao tornar-se inspetor médico escolar da prefeitura do Distrito Federal, aposentando-se em 1955. Na ocupação do cargo, esteve à frente da gestão dos postos médicos pedagógicos, além de ter tido grande influência na criação do Departamento Nacional da Criança, em 1940. Sua relação […]
O General-de-Divisão Jonas de Morais Correia Filho nasceu em 21/09/1903, na interiorana Parnaíba (PI). Filho de Jonas Morais Correia e de Maria Firmina Ramos Correia, casou-se com Valmirina Ramos Correia e, em segundas núpcias, com Nilza Silva Correia. Do primeiro casamento nasceu seu filho Jonas de Morais Correia Neto, General e ex-Ministro-Chefe do Estado Maior das Forças Armadas. Militar de formação, foi anistiado e reintegrado ao Exército em 1930, após ter sido afastado pela sua participação na sublevação dos “18 do Forte’’ em 1922. Foi-lhe então facultado ministrar aulas na Escola Militar do Realengo enquanto catedrático de língua portuguesa, onde tornou-se colega do também professor Pio Borges de Castro. Este, a frente da Secretaria Geral de Educação e Cultura, nomeou Correia Filho para dirigir o Departamento de Educação Primária da prefeitura, onde puderam colaborar na elaboração de peças de propaganda de cunho nacionalista e militarista para ser difundida através do rádio. Em 1942, com a exoneração de Borges de Castro, Correia Filho foi escolhido para lhe suceder na pasta de educação e cultura, primeiramente para responder pelo expediente e depois como efetivo. Sua gestão pautou-se pelo prosseguimento das políticas de seu antecessor, tanto em relação à manutenção do quadro de […]
Filho de A. R. Tito, o militar e educador Artur Rodrigues Tito nasceu em 01/07/1881. Foi casado com Maria Velho Tito, com quem teve seu único filho, José de Velho Tito. Cursou a Escola Militar do Realengo, onde junto a diversos colegas se envolveu na sublevação militar ocorrida durante a Revolta da Vacina. Por esta razão, foi transferido para o Rio Grande do Sul, onde terminou os estudos e bacharelou-se em ciências físicas e matemáticas na Escola de Artilharia e Engenharia. Dentro do exército, galga diversos graus hierárquicos, alcançando o título de general de brigada na década de 1950. Já em 1913, retornou à Escola Militar do Rio de Janeiro, porém neste momento ocupando o cargo de docente, posto que manteve por mais de 30 anos até se aposentar. Traçou concomitantemente sua trajetória na administração pública, iniciada no outro lado da Baía de Guanabara ao ocupar o cargo de Secretário do Gabinete do Prefeito de Niterói Villanova Machado entre 1924 e 1927. Foi, contudo, na Secretaria Geral de Educação e Cultura do Distrito Federal onde dedicou a maior parte de seus anos. Dentro desta, foi nomeado por Pio Borges, seu colega de classe na Escola Militar, para o posto de […]
Nascido em berço de tradicional família no Estado do Ceará, foi no Rio de Janeiro que José Pio Borges de Castro construiu uma sólida carreira. O Coronel iniciou sua formação militar na antiga Escola Militar da Praia Vermelha, integrando sua última turma. Um dos alunos que aderiram ao evento histórico conhecido como Revolta da Vacina, fora expulso da instituição após a intentona de 14/11/1904, que findou suas atividades em virtude do ocorrido. Anistiado no ano seguinte, transferiu-se para a Escola Militar de Porto Alegre, onde, em 1908, concluiu o curso de Infantaria e Cavalaria, além de formar-se Bacharel em Matemática e Ciências Físicas. Anos mais tarde, sob a patente de Primeiro-Tenente, assumiria a cátedra de Geometria Analítica e Cálculo Diferencial e Integral da Escola Militar de Realengo, cujo rigor no ensino e avaliação o fez ser temido pelo corpo discente. Engenheiro habilitado, teve parte em importantes projetos urbanos, sendo a ele atribuída a projeção e construção do cais cicloidal da Glória, inscrito numa proposta maior de solucionar os frequentes problemas de ressacas marítimas enfrentados pelo Rio de Janeiro. Ademais, chefiou a Seção de Terraplanagem e Construção na cidade de Niterói (1913-1914), compôs o corpo de engenheiros responsável pelo arrasamento do […]
Expoente da ciência nacional, Joaquim da Costa Ribeiro nasceu no Rio de Janeiro, em 08/07/1906. Filho do juiz Antônio Marques da Costa Ribeiro e de Maria Constança Albuquerque da Costa Ribeiro, era neto do desembargador Joaquim da Costa Ribeiro, de quem herdou o nome. Casou-se com a francesa Jacqueline de Leers Costa Ribeiro em 1934, com quem teve nove filhos, incluindo o primogênito e também físico Sérgio Cristiano Costa Ribeiro. Estudou no Colégio Santo Inácio, formando-se em seguida engenheiro civil e engenheiro mecânico-eletricista pela Escola Politécnica da Universidade do Rio de Janeiro em 1928. No mesmo ano de sua formatura, Costa Ribeiro adentrou a Universidade do Rio de Janeiro na categoria de professor assistente, atingindo o grau de livre docente em 1933. Lá conheceu o físico alemão e também professor Bernhard Gross, que o influenciou e estimulou a seguir sua pesquisa no campo da física experimental. Os dois também compuseram conjuntamente o quadro docente da recém fundada Universidade do Distrito Federal. Com o fechamento desta, ingressou no Departamento de Física da Faculdade Nacional de Filosofia, criada em 1939. Lá, além de chefe do departamento, tornou-se professor catedrático de física geral e experimental em 1946. Paralelamente, exerceu o magistério em diferentes […]
Filho de Joaquim de Assis Ribeiro e D. Corina Fonseca de Assis Ribeiro, Paulo de Assis Ribeiro nasceu em 20/12/1096, na cidade do Rio de Janeiro. Formou-se engenheiro geógrafo (1928) e engenheiro civil (1930) pela Escola Politécnica, granjeando, em virtude da primeira colocação neste último, o Prêmio Morsing da instituição. Não obstante sua formação acadêmica, prestou contribuições da maior relevância aos campos da Educação e Economia, adotando por vezes uma prática interdisciplinar em sua carreira. Entre os anos de 1931 e 1932, dedicou-se a projetos organizacionais para a educação brasileira, primeiramente no exercício do cargo de Superintendente do Ensino Secundário do Ministério da Educação. Em 1934, assumiu, concomitantemente, a presidência da Associação Brasileira de Educação e a direção do Departamento Nacional de Educação. Em 1965, ficou responsável por coordenar o Grupo Misto de Trabalho do Ministério de Educação e Cultura e do Ministério do Planejamento para elaboração do Plano de Ação do governo no setor educacional. Dois anos antes, consagrara-se por seu importante papel articulador no processo de reformas do ensino na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, através da publicação do diagnóstico técnico “Reforma das Estruturas da PUC-Rio”. Em pleno período da ditadura civil-militar, onde acirravam-se as disputas […]
Filho de Clementino Rocha Fraga e D. Córdula de Magalhães Fraga, Clementino da Rocha Fraga nasceu em 15/09/1880, na cidade baiana de Muritiba. Concluiu todas as etapas de sua vida acadêmica em seu estado natal, graduando-se em Medicina em 1903, aos 22 anos, pela Faculdade da Bahia, em Salvador. Sua muito aclamada tese A Vontade, estudo psico-fisiológico acabou por lhe render o cargo de assistente da própria Faculdade, onde permaneceu por apenas 2 anos, até que recebesse notícia de sua classificação, em primeiro lugar, em concurso público para Inspetoria Sanitária da Capital Federal. Transferiu-se, então, para o Rio de Janeiro em 1906, onde, concomitantemente ao encargo público, exerceu atividade clínica nos bairros de Santa Cruz e Piedade. Na Inspetoria Sanitária teve a oportunidade de trabalhar ao lado do Dr. Oswaldo Cruz. Tendo na figura do médico sanitarista um de seus maiores mestres, anos depois viria a prestar homenagem póstuma ao Dr. com a publicação de Vida e Obra de Oswaldo Cruz (1972), biografia comemorativa de seu centenário de nascimento. De regresso à Bahia, foi classificado em concurso para professor substituto na sua Faculdade de formação, da qual tornou-se catedrático de clínica médica em 1914. Em 1913, foi enviado para representar […]
Afonso Augusto Moreira Pena Júnior, conhecido simplesmente por Afonso Pena Júnior, nasceu em 25/12/1879, no município de Santa Bárbara (MG). Filho do ex-Presidente da República Afonso Pena (1906-1909) e de Maria Guilhermina de Oliveira Pena, era irmão de Octávio Moreira Pena, que atuou na municipalidade como Diretor de Obras (1919-1920). Foi casado com Marieta Germano Pinto Pena, mãe de seu único filho, Helvécio Augusto Moreira Pena. Presidente da Aliança Liberal, Afonso Pena Júnior foi apoiador de primeira ordem da Revolução de 1930, compondo junto aos generais Mena Barreto e Tasso Fragoso a junta governativa instaurada após a vitória do movimento. Foi por esta razão escolhido para dirigir o Banco do Brasil e depois para o cargo de Procurador-Geral do recém criado Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em função de sua experiência como Professor Catedrático de Direito Civil da Universidade Católica do Rio de Janeiro, foi escolhido pelo Secretário Geral de Educação e Cultura, Francisco Campos, seu antigo aliado político de Minas Gerais, para o posto de Reitor da Universidade do Distrito Federal (UDF). A gestão de Campos, iniciada após Anísio Teixeira ser exonerado ao sofrer acusações de apoiar o levante comunista de 1935, pautou-se pela reversão das políticas de seu antecessor. […]
De tradicional família mineira, filho do juiz Jacinto Álvares da Silva Campos e de Azejúlia de Sousa e Silva, Francisco Luís da Silva Campos nasceu em Dores do Indaiá (MG), em 18/11/1891. Foi casado com Lavínia Ferreira da Silva, mãe de suas duas filhas, relacionando-se posteriormente com Margarida Leite. Foi quando do afastamento de Anísio Teixeira da Secretaria Geral de Educação e Cultura, após os levantes de fins de 1935 propagados pela Aliança Nacional Libertadora (ANL), que Pedro Ernesto se viu compelido a escolher Francisco Campos para esta pasta. Um nome de destaque nos setores conservadores do país, e em função das reformas educacionais que havia realizado enquanto Secretário do Interior de Minas Gerais (1926-1930) e como Ministro de Educação e Cultura (1930-1932), sua gestão se pautou e se justificou pela reversão das medidas de seu antecessor na municipalidade. Foi por esta razão que se manteve no cargo durante a administração de Olímpio de Mello (1936-1937), após a detenção de Pedro Ernesto. A reorganização da educação carioca por Campos começou pelo que foi talvez o grande projeto de Anísio Teixeira e o maior desafeto dos setores ligados ao catolicismo e à direita: a Universidade do Distrito Federal. Sob a gestão […]
De família italiana, Miguel Timponi nasceu em 24/07/1893, na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais. Filho de Pedro Timponi e Thereza Spinelli Timponi, foi casado com Carmelinda Silva Timponi, com quem teve seis filhos. Concluiu ensino médio pelo Instituto Metodista Granbery de Juiz de Fora, onde, ao lado de Odilon Braga, foi sócio-fundador do Grêmio Literário Coelho Netto, associação discente da qual participaram importantes eruditos da época. Graduado em Direito, especializou-se em criminalística. No entanto, ao transferir-se para o Rio de Janeiro, em 1924, acabou por seguir carreira na área cível do Direito. Na política, atuou assiduamente, associando-se aos partidos Republicano e Social Progressista, presidindo este último. Em setembro de 1935, foi nomeado pelo prefeito Pedro Ernesto para assumir, em primeira mão, a recém criada Secretaria Geral do Interior e Segurança (em 02/09/1935, pelo Decreto nº 17 e em 09/09/1935 pela Lei nº 5.623). Nesse ínterim, com a saída de Anísio Teixeira, esteve provisoriamente sob a função de Secretário Geral interino de Educação e Cultura a partir de 30/11/1935, até que Afonso Pena Júnior fosse designado para responder pelo expediente no ano seguinte. Como advogado, dois de seus casos receberam amplo destaque ao longo de sua carreira. Em abril […]
Natural do Ceará, Pedro Mattos foi um expoente tanto no magistério quanto no jornalismo, estabelecendo-se enquanto figura chave para o desenvolvimento do ensino público do país. Antes mesmo de compor os quadros do Distrito Federal e por indicação do Diretor de Instrução deste, Fernando de Azevedo, assumiu a Direção Geral de Instrução do Acre, em 1929. Dentre os desafios aceitos e devidamente cumpridos, estavam a reorganização do ensino primário e a ampliação do alcance das escolas rurais do território acreano, aos moldes do que fora a reforma do ensino empreendida por seus pares na capital federal. Data deste mesmo ano a publicação, de sua autoria, do relatório sobre alfabetização e ensino público, direcionada ao Sr. Hugo Carneiro, então governador daquele estado. Três anos mais tarde, retornou ao Distrito Federal sob convite de Anísio Teixeira para secretariar sua Diretoria de Instrução Pública Municipal, assumindo o cargo de subdiretor técnico em 1933. Em maio do ano seguinte, foi nomeado chefe da Seção de Recenseamento, Matrícula e Frequência, sendo chamado para responder pelo expediente da Diretoria de Instrução Pública, Estatística e Biblioteca aproximadamente no mesmo período, em virtude do afastamento temporário de Anísio Teixeira. Entre os meses de abril e setembro de 1935, foi […]
O grande educador e principal figura do movimento político pedagógico da Escola Nova, Anísio Spínola Teixeira nasceu na cidade de Caetité, na Bahia, em 12/07/1900. Já na primeira infância, Teixeira tem contato com a pedagogia através de sua mãe, Anna Spínola Teixeira, a quem esteve sob cuidados nos primeiros anos, e de seu pai, o médico e fazendeiro Deocleciano Pires Teixeira, fundador da escola normal e complementar da cidade. Casou-se em 1932 com Emília Teixeira, com quem passou toda a vida e teve quatro filhos. Sua prévia experiência como Inspetor Geral de Educação na Bahia, quando esteve à frente do movimento modernizador e de ampliação do sistema de ensino de seu estado natal, aguçou seus interesses pela área. Estes foram favorecidos posteriormente por suas incursões nos estudos educacionais empreendidos por seus pares na Europa e nos EUA. De volta ao Brasil, se instalou diretamente no Rio de Janeiro e, na esteira das reformas do ex- Diretor Geral de Instrução Pública Municipal Fernando de Azevedo, recebeu, em 1931, nomeação do Interventor do Distrito Federal Pedro Ernesto (1931-1934) para dar continuidade à empreitada de seu antecessor na Diretoria, inaugurando um período de intensas mudanças no cenário educacional carioca. A Reforma educacional se […]
Expoente do Modernismo Paraense, o escritor e diplomata Oswaldo Orico nasceu em 29/12/1900, na cidade de Belém, fruto do casal Manuel Félix Orico e Blandina Costa Orico. De seu matrimônio com Clara Velho Leivas de Carvalho nasceu a cantora popular e atriz Vanja Orico, grande divulgadora da obra de seu pai. Tendo terminado os anos escolares em sua cidade natal, transladou-se para o Rio de Janeiro a fim de cursar a Faculdade de Direito em 1919. No ano seguinte, passou a integrar o quadro docente da Escola Normal à frente da cadeira de língua portuguesa, mesma posição que ocupou no Colégio Pedro II a partir de 1925. Todavia, dividiu a magistratura tanto com suas atividades literárias e jornalísticas, quanto na política, assessorando importantes vultos da capital federal. Em 1927, tornou-se inspetor do ensino secundário e comercial, o que o levou a realizar constantes viagens de vistoria pelo sul do país. A revolução de 1930 e a deposição do antigo Diretor Geral de Instrução Pública Municipal, Fernando de Azevedo, abriu o caminho para que Oswaldo Orico passasse a comandar a pasta. E os 20 dias de sua gestão pautam-se exatamente por uma tentativa de ruptura com a política de seu antecessor. […]
Filho de Maria Celeste de Castilho e Antônio Alves de Castilho, foi casado com Adélia Gonçalves de Castilho, com quem teve os filhos Newton de Castilho e Clenice Tavares de Castilho. Concluiu seus estudos no Colégio Pedro II em 1919, adentrando a carreira no funcionalismo público em 1922, através de designação direta do então Diretor Geral da Instrução Carneiro Leão para o cargo de professor adjunto da Instrução Pública, em que permaneceu por 2 anos. Malgrado o ativo exercício da pasta, a admissão, em primeiro lugar, em concurso para a vaga de amanuense da Diretoria de Viação e Obras Públicas fez com que migrasse. Na sequência, sofreu mais duas transferências consecutivas. Em 1926, foi para a Diretoria de Abastecimento, de onde passou a 1º Oficial de Estatística e Arquivo em 1929. Na década de 40, ocupou-se da Secretaria Geral de Finanças, onde passaria o restante de sua vida na Municipalidade. Já em outubro deste mesmo ano, fora a ele confiado o expediente do órgão durante o impedimento de seu titular, Mário Melo. Em 1941, ocupou a cátedra de diretor do Departamento do Tesouro da gestão do prefeito Henrique Dodsworth (1939-1945). Neste mesmo ano, recebeu nomeação do prefeito para compor, ao […]
Um dos maiores nomes das ciências atuariais de sua geração, o baiano Lino Leal de Sá Pereira nasceu em 24/06/1880 na capital do estado, filho de Lino e Clotilde de Sá Pereira. Uniu-se em matrimônio a Helena Hoffmann Sá Pereira, dando origem a Isabela Sá Pereira. Após frequentar os primeiros anos escolares em sua cidade natal, mudou-se em 1890 para o Distrito Federal a fim de estudar no Colégio Militar e na Escola Politécnica, onde formou-se engenheiro civil em 1901. Após trabalhar como engenheiro da Estrada de Ferro Central do Brasil entre 1903 e 1905, prosseguiu os estudos na Alemanha, onde cursou as politécnicas de Munique e Charlottenburg. Ao retornar ao Brasil, tornou-se docente em 1912 da Escola Politécnica de São Paulo, transferindo-se em 1917 para a sua congênere no Rio de Janeiro, alçando o cargo de Catedrático da cadeira de Resistência dos Materiais e Grafostática em 1925. Foi também nomeado por comissão para professorar na Escola Técnica do Exército entre 1936 e 1937 e eleito membro do Conselho Técnico Administrativo da Escola Nacional de Engenharia em 1945. Seu envolvimento com a administração pública data de 1920, quando foi designado para chefiar uma seção da Inspetoria de Engenharia Sanitária, onde […]
Membro de uma família tradicional de militares do interior de São Paulo, Átila Soares nasceu em 10/06/1910. Casou-se duas vezes ao longo da vida, com Lucia Branco Soares e Elza Soares, tendo filhos com ambas. Após a formação primária no Colégio Salesiano de Lorena, mudou-se para o Rio de Janeiro para cursar a Escola Naval, onde concluiu os estudos. Com prévio envolvimento com o movimento tenentista na década de 1920, Átila Soares adentrou a vida política ao se candidatar à Assembléia Constituinte de 1934, apoiado pela Liga Eleitoral Católica. Sem êxito na candidatura, filiou-se ao Partido Autonomista do Distrito Federal, partido pelo qual se elegeu vereador. Seu mandato foi marcado pelos embates em torno da política educacional de Anísio Teixeira, e pela luta pela obrigatoriedade do ensino religioso. Ocupou os cargos de Secretário Geral do Interior e Segurança, entre julho de 1937 e novembro de 1938, e de Secretário Geral de Finanças, entre julho e agosto de 1938, este último como interino. Em novembro de 1938, exonerou-se de seus cargos na Marinha e na Prefeitura para ocupar o posto de Ministro do Tribunal de Contas do Distrito Federal. Em 1945, filiou-se ao Partido Social Democrático (PSD). Durante o governo de […]
Raul Mourão de Araújo Maia nasceu em 1892, no Rio de Janeiro. Era neto de Teófilo Ottoni, filho do comerciante Joaquim de Araújo Maia e de Maria Mourão de Araújo Maia. Casou-se em 1918 com a filha do General Augusto Tasso Fragoso, Marina Tasso Fragoso, e após o falecimento desta, em segundas núpcias com Carmen de Monfort Ivancko em 1948. Cursou as primeiras letras no Externato do Ginásio Nacional, hoje Colégio Pedro II, onde fez parte do corpo editorial do Jornal A Vontade. Concluiu os seus estudos na Escola Politécnica do Distrito Federal, bacharelando-se engenheiro civil em 1917. Apesar de sua formação, seguiu os passos de seu pai ao iniciar sua trajetória no comércio na empresa familiar Araújo Maia & Cia, tornando-se seu sócio majoritário em 1920. Após o impacto mercantil da Crise de 29, junto de seu sogro Gal. Tasso Fragoso apoiou a Revolução de 1930, ascendendo a diversas comissões governamentais de caráter econômico. Paralelamente, passou a compor a Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), sendo eleito seu vice-presidente e presidente em 1934-35, durante a comemoração do centenário desta agremiação patronal. Todavia, ao falhar em se eleger deputado classista em 1935 e em função da interferência governamental na instituição, […]
Miguel Tostes nasceu em 23/08/1898 na cidade de Taquari (RS). Era filho do desembargador Manoel Orfellino Tostes e de D. Constância Tostes, e irmão dos Drs. Tancredo Tostes e Teodoro Tostes. Foi casado com Iolanda Baldino Tostes, com quem teve duas filhas. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais em 1923 pela Faculdade de Direito de Porto Alegre, atuou inicialmente como Delegado da Polícia Judiciária da capital de seu estado. Tendo participado da Revolução de 30, transferiu-se em seguida para o Rio de Janeiro, então Distrito Federal, onde exerceu cargos de alto relevo, como o de Chefe de Gabinete do Ministério da Fazenda, durante a gestão do ministro Oswaldo Aranha (1953-1954). No intervalo de apenas um ano, entre maio de 1936 e julho de 1937, assumiu, respectivamente, as pastas do Interior e Segurança e de Finanças do Distrito Federal. A mudança de secretaria se deu a partir da troca com Mário Ferreira Piragibe, que primeiramente assumiu as Finanças da prefeitura. Quando de sua exoneração, continuou atuando na administração pública, agora a cargo da municipalidade riograndense, como Secretário do Interior e Segurança e, na ausência do Cel. Osvaldo Cordeiro de Farias, como Interventor Federal Interino. Faleceu em 23/07/1948, aos 50 anos, na […]
Nascido em 27/09/1883, no Rio de Janeiro, Mário Ferreira Piragibe era filho de Alfredo Piragibe, intendente do Conselho Municipal de Intendentes do Rio de Janeiro, e de Cândida Ferreira Piragibe, e irmão do desembargador Vicente Ferreira Piragibe. Casou-se em 1908 com Maria Luísa de Moura Brito Piragibe, mãe de seus sete filhos, incluindo Luís Piragibe, vereador do Rio de Janeiro. Escolarizando-se no Externato da Mocidade e no Colégio Pedro II, formou-se em farmácia em 1903 e em medicina em 1907 pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Começou a atender pacientes em seu consultório de médico cirúrgico no ano seguinte. Sua carreira na administração pública iniciou-se ao ser nomeado interinamente inspetor sanitário do Diretório Geral de Saúde Pública, em 1908. Tornou-se médico ajudante desse mesmo diretório em 1911, e subcomissário de higiene em 1912, destacando-se no combate à epidemia de peste bubônica em Campina Grande (PB) e Natal (RN). Na década de 1920, demonstrou interesse pela política. sendo eleito intendente, cargo que ocupou até 1927. Neste ano iniciou seu mandato de deputado federal do Distrito Federal (1927-30), pela Aliança Republicana. Com a ascensão de Olímpio de Mello, foi nomeado Secretário Geral de Finanças em junho de 1936. À frente […]
O petropolitano Ivan Luís da Silva Pessoa nasceu em 28/02/1896, no berço de tradicional família de políticos e latifundiários paraibanos, sendo filho do Comandante de Polícia Gal. José da Silva Pessoa e sobrinho do ex-presidente da República Epitácio Pessoa (1919-22). Casou-se em 1921 com Euridice Leal Lobo da Silva, mãe de seu filho Sérgio Arthur da Silva Pessoa. Nos primeiros anos da república, escolarizou-se Colégio São Vicente de Paula, em sua Petrópolis (RJ) natal, transferindo-se depois ao Distrito Federal para cursar a Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais. Iniciou sua carreira durante o mandato presidencial de seu ilustre tio, sendo nomeado auxiliar do gabinete do prefeito do Rio de Janeiro em 1919. Logo no ano seguinte, foi transferido para o posto de Agente Fiscal da Prefeitura, onde permaneceu até 1931. Participou da Aliança Liberal em torno da candidatura de Getúlio Vargas, sendo por este motivo preso, e da Revolução de 1930, cujo estopim foi a morte de seu familiar João Pessoa. Em razão disto, foi nomeado para a Comissão de Orçamento da Prefeitura em 1930, assim como para integrar a Comissão de Revisão do Código de Posturas, em 1931. Foi um dos responsáveis pela reorganização do Gabinete do Prefeito, […]
Nono filho de Sizínio Martins Fontes e de Maria Prima de Carvalho Fontes, Lourival Fontes nasceu no seio de uma família pobre na cidade interiorana de Riachão de Dantas (SE), em 20/07/1899. Foi casado com a poetisa modernista e deputada estadual da Guanabara Adalgisa Nery (1940-1953). Realizando os primeiros estudos em sua cidade natal e em Aracaju, no Ateneu Sergipense, Lourival Fontes chamou a atenção do presidente do estado do Sergipe pelos textos que desde 1914 publicava nos periódicos Jornal do Povo e Diário da Manhã, sendo enviado para Salvador (BA) como correspondente. Lá pôde continuar seus estudos, cursando três anos na Faculdade de Direito da Bahia. Também em Salvador colaborou com o jornal A Tarde e foi co-fundador d’A Hora Literária, em 1918. Terminou seus estudos no Distrito Federal, bacharelando-se em direito na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, em 1922. Foi, no entanto, a profissão de jornalista e comunicador, nas suas interlocuções com a política, que seguiu ao longo de sua vida. Após o seu bacharelado, Lourival Fontes ingressou na prefeitura do Distrito Federal, nos cargos de Oficial de Gabinete do Prefeito e de Agente da Prefeitura. Ainda na década de 1920, aproximou-se da Aliança Liberal no […]
Nascido em 20/05/1876 no Rio de Janeiro, Jerônimo de Sá Pinto Serqueira era filho de Joaquim José Pinto Serqueira e Arminda Augusta Coelho de Sá. Militar de formação, em 1893 iniciou sua vida profissional na prática docente, engrossando o corpo do então Instituto Profissional, antigo Asilo dos Meninos Desvalidos, enquanto ainda estudava para curso concomitante na Escola Politécnica. No entanto, sua passagem pela instituição foi breve, posto que em alguns meses fora chamado para adentrar a municipalidade carioca, aos encargos da Diretoria de Fazenda. Correligionário da corrente florianista, teve parte nas rusgas políticas que impactaram a república em seus primeiros anos, posicionando-se, em especial, na Revolta da Armada. Na patente de praça do Batalhão Acadêmico, em 06/09/1893 combateu, ao lado das forças regulares, o grupo sublevado. No ano seguinte, foi promovido a amanuense do Distrito Federal, de onde só sairia em 1917 para ocupar o cargo de Chefe de Seção na mesma Diretoria. No auge de sua sólida carreira de mais de 40 anos na administração pública, em que conquistou postura distinta nos meios sociais da época, Jerônimo Serqueira foi nomeado para compor o quadro de auxiliares do então Interventor do Distrito Federal, Dr. Pedro Ernesto (1931-1934). De chefe de […]
Oriundo de tradicional família mineira, Arsênio Magalhães Lemos nasceu nesse mesmo estado, fruto da união entre o juiz e deputado Manoel Joaquim de Lemos e Carlota de Magalhães Lemos. Casou-se com Odette Nobrega de Lemos, mãe de seus filhos Afrânio Arsênio de Lemos, Aluísio Arsênio de Lemos e Lídia Nóbrega de Lemos. Seguindo a carreira do pai, formou-se em direito em 1913 pela Faculdade Livre de Direito do Rio de Janeiro. Ainda durante sua formação universitária, exerceu o cargo de intérprete no Núcleo Colonial de Itatiaya e Diretor do Serviço de Povoamento do Solo da Diretoria Geral de Saúde Pública, além de presidir, depois de formado, a Companhia Locativa e Construtora. Foi, no entanto, no ano de 1916 que teve uma virada em sua biografia ao ingressar via concurso público nos quadros do Banco do Brasil. Em razão desse ofício foi transferido para diferentes agências bancárias ao redor do país, ocupando os cargos de funcionário da filial de Florianópolis (SC) e gerente em Bauru (SP), Ribeirão Preto (SP) e, finalmente, no Recife (PE). Nesta última, participou ativamente do debate sobre a demolição dos mocambos da cidade. Permaneceu à frente da sucursal da capital pernambucana até 1930, quando se envolveu em […]
Filho de Arthur Pereira de Medeiros e Beatriz Cardoso de Almeida, Durval Pereira de Medeiros, nascido em 1887, formou-se em direito. Foi todavia no campo das ciências financeiras onde se destacou. Em 1910, passou a integrar o corpo profissional do Banco do Brasil, onde fez sua carreira. Nesta instituição, ao longo de 22 anos, desempenhou diversas funções, das quais se destacam a de inspetor; de gerente das filiais de Salvador e Florianópolis; chefe da seção de contas correntes, depósitos e cheques; gerente e fundador das filiais de Montevidéu e Buenos Aires; e finalmente a de chefe da seção de expediente da matriz. Enquanto ocupava este último cargo, foi escolhido para o comando da Secretaria Geral da Fazenda do Distrito Federal, cargo que aceitou sobre a condição de cessarem as nomeações externas ao departamento. Como uma de suas primeiras medidas, realizou um inquérito dentro deste órgão, descobrindo um desfalque na recebedoria municipal, explanado no relatório publicizado em 1933 a respeito do ano fiscal anterior. Propôs em resposta a instauração do imposto único (também conhecido como imposto territorial). Todavia, suas demais propostas foram de encontro ao que pensava o interventor Pedro Ernesto e outros setores do funcionalismo público, levando a sua licença […]
Uma das figuras mais importantes do contabilismo brasileiro, Francisco D’Auria nasceu em 16/07/1884, na cidade de São Paulo, filho de Nicolao D’Auria e Roza Ferlozia. Foi casado com Angelina Rocco D’Auria, e, em segundas núpcias, com Inês D’Auria. Após as primeiras letras no Liceu de Artes e Ofícios e na Escola Politécnica de São Paulo, cursou a Escola de Comércio de São Paulo ‘’Alvares Penteado’’. Adentrou a Fazenda do Estado de São Paulo via concurso público em 1905, tornando-se responsável por alterações no escriturário do tesouro do estado e do tesouro nacional realizadas na década seguinte. Foi então designado Diretor Geral da Secretaria da Fazenda e do Tesouro do Estado de São Paulo, em 1921, e Contador Geral da República, entre 1923 e 1928, deixando o cargo em função de uma polêmica instaurada entre o presidente Washington Luís e o senador João Lyra. Após compor comissão no estado da Paraíba, foi nomeado por Adolpho Bergamini (1930-1931) para chefiar a Diretoria Geral da Fazenda Municipal do Distrito Federal – órgão posteriormente renomeado para Secretaria Geral da Fazenda – em dezembro de 1930, sendo exonerado em setembro do ano seguinte com a substituição de Bergamini por Pedro Ernesto (1931-1934) como interventor do […]
Nascido em Florianópolis, SC, em 02/09/1889, Leopoldo Diniz Martins Júnior era filho do cirurgião-dentista Leopoldo Diniz Martins e de Maria Antônia Medeiros dos Santos Martins. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 1909, retorna para seu estado natal onde foi promotor público e inspetor escolar. Atuou no funcionalismo público no Distrito Federal, ocupando cargos de relevância como Secretário do Prefeito, Presidente da Comissão de Orçamento da Prefeitura e Diretor Geral da Fazenda Municipal, em 1930, e Superintendente da Educação Elementar em 1933. Correligionário de ideias monarquistas, integrava a Ação Social Brasileira, mais conhecida como Partido Nacional Fascista. Em 1934, sob a legenda do Partido Liberal Catarinense, elegeu-se Deputado Federal, passando a presidir, em paralelo, a Comissão de Diplomacia e Tratados da Câmara até 1937, quando o Estado Novo varguista suprime as câmaras legislativas do país. No ano seguinte, assume o Conselho Comercial do Ministério das Relações Exteriores, representando o Brasil em suas iniciativas de estreitar laços comerciais com a Argentina, como foi o caso da Comissão Mista Comercial Brasil-Argentina, em Buenos Aires, na qual tomou parte entre os anos de 1942 e 1946. Em 1953, agora no Ministério de Assuntos Econômicos, permanece encarregado […]
De família de proeminentes jornalistas, foi esta a profissão que escolheu Rodolfo Pinto da Mota Lima, nascido em 22/02/1891 na cidade de Alagoas (AL). Filho de Joaquim Pinto da Mota Lima e de Joana Rego da Mota Lima, era também irmão de Paulo e Pedro Mota Lima, ambos tendo traçado igualmente carreira na imprensa. Foi com a vitória da Revolução de 1930, apoiada por Mota Lima, que se iniciou o seu envolvimento com a administração pública. Já em 1931, foi nomeado Agente Fiscal da prefeitura. Ascende então em caráter interino ao cargo de subdiretor Administrativo da Secretaria Geral do Gabinete do Prefeito em 1933, sendo efetivado um ano depois. Também foi escolhido para compor o Conselho Médico Cirúrgico dos Empregados Municipais. Afastado da prefeitura em razão de seu mandato como Deputado Federal de Alagoas pelo Partido Republicano do estado, retornou a esta quando da cassação de seu mandato pelo golpe que impôs o Estado Novo no país. Seu retorno, contudo, se deu no mesmo momento da reestruturação administrativa que o interventor Henrique Dodsworth (1937-1939) realizou na prefeitura do Distrito Federal. Por esta razão, é remanejado da Subdiretoria de Fiscalização para a Subdiretoria de Imposto de Licenças, vinculado à Fazenda Municipal. […]
Natural do Distrito Federal, o General de Brigada Augusto Afonso Limpo Teixeira de Freitas nasceu em 07/07/1873, sendo filho do advogado Augusto Teixeira de Freitas Junior e de Anna Limpo Teixeira de Freitas. Era neto pelo lado paterno do jurista Augusto Teixeira de Freitas e pelo lado materno do propagandista republicano e ex-presidente da província de Minas Gerais Antônio Paulino Limpo de Abreu. Cursou a extinta Escola Militar da Praia Vermelha formando-se, posteriormente, Engenheiro Civil e Militar pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Ingressou no exército, participando junto a seu antigo colégio dos levantes militares ocorridos durante a Revolta da Vacina em 1904, sendo logo depois anistiado. Manteve-se nas Forças Armadas na Arma de Engenharia, aplicando seus conhecimentos acadêmicos na construção e reforma de diferentes quartéis do exército. Foi alçado a Chefe do Gabinete do Estado Maior do Exército em 1923, à chefia da Escola de Estado Maior em 1925 e, finalmente, a Chefe de Gabinete Militar da Presidência da República durante o governo de Washington Luís (1926-30). Com a vitória da Revolução de 1930, e em função dos seus vínculos com o governo predecessor, reivindicou ser colocado na reserva. Após um período de ausência da vida pública, ocupando-se […]
Filho de Pedro Antônio Fagundes e Geminiana dos Santos Fagundes, Antenor Fagundes nasceu em 08/09/1907, em São Paulo. Foi casado com Conceição Monteiro Miranda Fagundes, com quem teve 3 filhos. Formou-se em Contabilidade pela Academia de Commercio. Antes de seguir carreira na administração pública municipal, foi sargento do Exército, tendo atuado como auxiliar de escrita. Em 1930, foi aprovado no concurso para 3º oficial do Ministério da Justiça e, três anos mais tarde, foi o primeiro aprovado no concurso de contador ajudante da Diretoria Geral de Fazenda, sendo promovido a sub-contador em 11/06/1934. Mais tarde, Antenor Fagundes foi subdiretor do Imposto de Licença, contador chefe da Contadoria Geral e diretor do Departamento de Organização da Secretaria Geral de Administração (1940-1943). Em 06/03/1943, foi nomeado para responder pelo expediente da Secretaria Geral de Administração, até a nomeação de Augusto Afonso de Freitas em dezembro daquele ano. Foi representante da Prefeitura na Conferência Nacional de Legislação Tributária de 1943. Contador Geral do Banco da Prefeitura do Distrito Federal S.A, em maio de 1951 foi transferido para o Departamento de Contabilidade da Secretaria de Finanças. Na década de 1950, após a inauguração do Maracanã, fez parte de uma comissão composta dos engenheiros […]
Mário Melo foi um dos fundadores do Club Municipal do Rio de Janeiro, em 17/11/1932. Assumiu, em 21/10/1938, a Secretaria Geral de Finanças como secretário interino, após a exoneração de Lino Leal de Sá Freire. Em julho do ano seguinte, foi efetivado no cargo. A frente da secretaria, foi responsável pela organização da Caixa Reguladora de Empréstimos da Prefeitura e presidiu a Comissão Incorporadora do Banco da Prefeitura do Distrito Federal (que daria origem ao Banco do Estado do Rio de Janeiro – BANERJ). Entre 1940 e 1943, chegou a responder pelo expediente da Secretaria Geral de Administração, durante os afastamentos do titular, Jorge de Toledo Dodsworth. Exonerou-se do cargo de Secretário Geral de Finanças em 11/09/1945, para assumir as funções de diretor-presidente do Banco da Prefeitura do Distrito Federal S/A. Foi exonerado da presidência do Banco em 20/02/1946, antes do cumprimento do mandato de quatro anos, como previa o estatuto. Por julgar-se lesado, moveu ação contra a Prefeitura. Foi diretor da Companhia de Transportes de Campo Grande e Diretor do Emprego ao Fundo Monetário do IAPTEC (Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Estivadores e Transportes de Cargas). Em julho de 1954, já aposentado do cargo de Delegado Fiscal, Mário […]
Jorge de Toledo Dodsworth nasceu no Rio de Janeiro, em 19/02/1891. Era filho de Maria Luiza Franco e Henrique de Toledo Dodsworth, médico e interventor do antigo Distrito Federal. Casou-se com Sophia Dumont Dodsworth, sobrinha do aeronauta Alberto Santos Dumont. Formou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de janeiro. Foi nomeado representante do Rio de Janeiro para a Comissão executiva do Congresso Brasileiro de Estudantes, ocorrido em julho de 1909. Foi assistente do Dr. Roberto Duque Estrada no Instituto de Radiologia, estabelecido em 1913 no Hospital Geral da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Durante a Primeira Guerra Mundial, foi convocado pela Marinha para fazer parte da missão médica brasileira enviada à Europa, onde organizou e dirigiu hospitais na França. Retornou ao Rio de Janeiro em 1918, vitimado pela influenza espanhola. No mesmo ano em que regressou ao Brasil, Jorge Dodsworth passou a compor o Conselho Consultivo do Banco do Brasil, instituição cuja presidência exerceu por diversas vezes. Também atuou como industrial, tendo presidido companhias têxteis e feito parte do Conselho Fiscal da Companhia de Fiação e Tecidos Alliança. Em 1919, foi designado pelo Ministro da Justiça para realizar estudos de especialização em radiologia e fisioterapia nos Estados […]
Carlos Soares Pereira nasceu no Rio de Janeiro, em 22/02/1901. Aos quatorze anos, tornou-se sócio do Club de Regatas do Flamengo, atuando durante sua juventude como remador e jogador de pólo-aquático da agremiação. Membro do Conselho Deliberativo do Flamengo, chegou a receber o título de Sócio Benemérito. Por duas vezes tentou eleger-se seu presidente, porém sem êxito. Formou-se em Engenharia Civil pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro, mas antes de graduar-se, participou da montagem da Exposição do Centenário da Independência em 1922. Ingressou na administração pública municipal como Praticante da Diretoria Geral de Obras e Viação. Passou pelos postos de Auxiliar Técnico, Engenheiro de 2º Classe, 1º Classe, até que em dezembro de 1933, alcançou o posto de engenheiro-chefe da Diretoria Geral de Engenharia. Presidiu a Comissão de Obras Novas e, em janeiro de 1941, substituiu Hélio Alves de Brito na direção do Departamento de Obras Públicas. Em 02/09/1941, ficou responsável pelo expediente da Secretaria Geral de Viação e Obras Públicas durante o afastamento do titular, Edison Junqueira Passos. Nesse período, trabalhou na construção da Avenida Presidente Vargas, inaugurada em 1944. Carlos Soares foi o idealizador e primeiro Diretor do Departamento de Estradas e Rodagens do Distrito Federal, criado […]
Delso Mendes da Fonseca nasceu em Floriano, no Estado do Piauí, em 22/11/1899. Estudou no Colégio Militar do Rio de Janeiro e na Escola Militar do Realengo. Formou-se em engenharia industrial e de armamento pela Escola de Engenharia Militar, e em engenharia geográfica e civil pela Escola Politécnica. Em fevereiro de 1917 assentou praça. Tornou-se aspirante a oficial de artilharia em dezembro de 1919 e, no ano seguinte, foi promovido a segundo-tenente, servindo no Forte de Copacabana. Por decreto de 07/05/1921,foi elevado ao posto de primeiro-tenente. Durante o conturbado processo de sucessão do presidente Epitácio Pessoa, em que Hermes da Fonseca teve sua prisão decretada, uma série de levantes militares ocorreram em julho de 1922. No dia 5 daquele mês, Delso Mendes da Fonseca, junto a Antônio de Siqueira Campos, Eduardo Gomes, Silvino Elvídio Bezerra Cavalcanti, Tales de Azevedo Vilas Boas e outros, articularam um levante no Forte de Copacabana. O movimento, que opunha-se à posse de Artur Bernardes, teve o apoio da Escola Militar e da Vila Militar. Delso da Fonseca não chegou a participar da conhecida marcha dos 18 do Forte por Copacabana, pois combatia elementos da cavalaria legalista na região do Leblon. Dominado o movimento, Delso entregou-se […]
Aureliano Restier Gonçalves nasceu em Barra do Piraí, no Estado do Rio de Janeiro, em 08/04/1881. Era filho de Joaquim Pedro Gonçalves e Carolina Maria Restier Gonçalves. Cursou o ensino primário em seu município natal, transferindo-se mais tarde para o Rio de Janeiro, onde veio a frequentar o Colégio Pedro II e o Mosteiro de São Bento. Ingressou na administração pública municipal em 1904, no cargo de auxiliar de escrita da Diretoria Geral de Obras e Viação. Na mesma repartição, foi promovido a amanuense e, posteriormente, a 2º Oficial. Aureliano foi transferido para a Diretoria Geral de Estatística e Arquivo em 1924, muito provavelmente pelo reconhecimento de seu interesse pela pesquisa documental. No ano seguinte, na gestão do ex-prefeito Alaor Prata (1922-1926) foi publicado o seu livro Extratos e manuscritos sobre aforamentos. Em 1934 foi mais uma vez promovido, alcançando o posto de 1º Oficial. Na data de 11/02/1935, por ato do Prefeito Pedro Ernesto, Aureliano foi designado para exercer o cargo interino de Chefe da Seção de Arquivo do Distrito Federal, tornando-se efetivo em 31/03/1937. Em 11/01/1940, o Arquivo Geral transformou-se em um Serviço vinculado ao Departamento de História e Documentação da Secretaria Geral de Educação e Cultura. Restier Gonçalves […]
Natural de Pajeú de Flores, em Pernambuco, João Vicente Brito Galvão nasceu em 1825. Em seu estado natal, atuou como escrivão de paz na região de São Lourenço da Matta e Major da Guarda Nacional. Durante a Guerra da Tríplice Aliança, comandou o 11º Corpo de Voluntários da Pátria. Em setembro de 1966 foi-lhe concedida distinção honorífica e uma pensão por ter sido ferido em batalha. Após aposentar-se da carreira militar, mudou-se para o Rio de Janeiro, passando a atuar como negociante de carne verde. Realizou contratos junto à Câmara Municipal do Rio de Janeiro para o estabelecimento de açougues municipais em diversas freguesias do estado. João Vicente foi um dos assinantes do Manifesto Republicano, publicado pelo periódico A República no dia 03/12/1870. A declaração foi elaborada pelos chamados evolucionistas, dissidentes do Partido Liberal e liderados por Quintino Bocaiúva. Dentre as propostas defendidas no Manifesto estava a transformação do país em uma República federativa por meio de acordos com o próprio imperador e a laicidade do Estado e do ensino. Em 01/01/1984 João Vicente foi nomeado para o cargo de diretor da Agência do Imposto de Gado. Em 04/01/1898, o órgão desligou-se da Diretoria de Fazenda e passou a subordinar-se […]
Filho de Joaquim Pereira Reis, livreiro e professor de desenho, pintura e arquitetura, e Ana Bernardina Pereira Sampaio; Manoel Pereira Reis nasceu em 12/11/1837, na cidade de Salvador, Bahia. Ao transferir-se para a então capital do Império, Rio de Janeiro, concluiu seus estudos secundários no Mosteiro de São Bento, ingressando no Liceu de Artes e Ofícios no ano seguinte, onde conhecera Pedro Américo. Graduado em Engenharia Civil e bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas pela Escola Central, futura Escola Politécnica, Manoel começou a lecionar ainda enquanto graduando da Escola Central. Em 1858 foi designado para assumir o cargo de professor adjunto de desenho da Escola Naval e, nove anos mais tarde, assumira a cátedra de topografia e desenho topográfico da mesma instituição. Logo após concluir o ensino superior, passou a integrar o Imperial Observatório Astronômico em 1876, na categoria de Diretor, em substituição temporária a Emmanuel Liais, com quem viria a travar uma das contendas de maior repercussão no campo da Astronomia à época, tendo atravessado 30 anos consecutivos. Registrada por periódicos diversos e pela Tribuna da Câmara, a polêmica versava, em linhas gerais, sobre dissidências científicas, muito embora presuma-se que no bojo da questão esteja a desvinculação do Observatório […]
Álvaro Alberto da Silva nasceu em 1861, no Rio de Janeiro, então capital do país. Era filho de João Álvaro da Silva, encarregado do Laboratório de Química de Campinho. Formou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro no ano de 1881. Junto a Pedro Nolasco e Fonseca Jordão, redatou a Revista Acadêmica, publicação quinzenal da Faculdade de Medicina. Posteriormente, tornou-se redator principal da Gazeta Médica Brazileira. Logo após formar-se prestou concurso para lente catedrático de Farmacologia. Recebeu votos de louvor por sua prova, entretanto, o concurso foi anulado por mandado do imperador. Em outubro de 1883 foi nomeado para o cargo de Auxiliar da Junta Central de Higiene Pública, encarregado do trabalho de análises químicas. Por portaria datada de 01/06/1885, foi nomeado Preparador interino do Laboratório de Química Orgânica e Biológica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Em viagem à Europa, apresentou o trabalho “Les composés fluorés et en particulier le Fluorure de Bore dans le traitement de la tuberculose pulmonaire”, tendo concorrido a uma vaga de membro da Sociedade Terapêutica de Paris. Autor de extensa obra científica, tornou-se vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina e Cirurgia Teve grande influência política no bairro de Santa Cruz, onde […]
Médico de formação e, por muitos anos, clínico de renome, Cândido de Paiva Coelho foi casado com Elisa Borgman Borges de Paiva Coelho, com quem teve dois filhos, entre os quais destaca-se Gastão de Paiva Coelho, 2º tenente da Marinha. Não obstante passasse a compor o escalão da administração pública, conservou latente o interesse pela educação, manifestando-a ora por meio de intervenção indireta como membro do Conselho Superior de Instrução, contemporâneo à gestão interina do Dr. Joaquim Borges Carneiro (1900); ora através do magistério. Em sua carreira, destaca-se sua participação no corpo docente da Escola Normal, uma das instituições educacionais de maior prestígio da capital, onde ministrava a disciplina de Física para o 3º ano (1905). Assumiu também cátedra de ensino no Instituto Commercial, paripassu à função de Diretor. Em 1906, foi nomeado para ocupar a direção do Laboratório Municipal de Análises, da qual se ausentou no decorrer de um ano, quando já apresentava sinais de doença. Este período coincide com o que fora afastado de suas funções como Diretor do Laboratório de Bromatologia da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro pelo próprio general Souza Aguiar (1906-1909), então prefeito da capital federal, devido a inúmeras acusações de fraude no […]
Filho de Maria Gabriela Junqueira e de Cornélio Procópio de Araújo Carvalho, Mariano Procópio de Araújo Carvalho nasceu em São Paulo, em 23/11/1893. Casou-se com Helena Pires Carneiro Leão em 30/07/1914. Assumiu a chefia da Superintendência de Almoxarifado Geral da Prefeitura do Rio de Janeiro em 04/04/1927, após a exoneração de Rodolpho Sartorelli. Em 1930, durante o governo do Prefeito Antônio Prado Júnior, Mariano Procópio foi designado para compor uma comissão responsável pela fiscalização dos serviços de licenças de obras particulares em todos os distritos da capital fluminense. Também faziam parte da comissão, Plínio de Mendonça Uchôa, Aureliano Amaral, Mário Cardim, Rodolpho Sartorelli e Ignácio Pontes. Com a vitória da Revolução de 30, e a nomeação de Adolfo Bergamini (1930-1931) para o posto de Interventor do Distrito Federal, Mariano Procópio foi exonerado do cargo de Superintendente do Almoxarifado Geral em 25/10/1930. Apaixonado por esportes, Mariano Procópio fez parte de diversas associações desportivas, com destaque para as atuações como Tesoureiro do Club Athletico Paulistano, Vice Presidente da Associação Paulista de Esportes Athleticos, Conselheiro Técnico da Liga de Amadores de Futebol, Presidente da Liga de Amadores de Bola ao Cesto e integrante da mesa dirigente do Jockey Club de São Paulo. Faleceu […]
Rodolpho Sartorelli foi designado pelo Prefeito Antônio Prado Júnior (1926-1930) para exercer o cargo de auxiliar do Gabinete do Prefeito em novembro de 1926. No mesmo ano assumiu interinamente o posto de Escrevente da Agência Fiscal. Com a exoneração de Carlos Leonardo de Campos em 14/01/1926, Sartorelli foi nomeado para substituí-lo no cargo de Superintendente do Almoxarifado Geral da Prefeitura do Distrito Federal. Permaneceu como Almoxarife da Prefeitura até abril do ano seguinte, retornando para o Gabinete do Prefeito. Em 1929, assumiu, concomitantemente, as posições de Auxiliar de Gabinete Interino da Prefeitura e Agente Fiscal de Inflamáveis. No ano seguinte, foi nomeado pelo Prefeito para compor uma comissão responsável pela fiscalização do serviço de licença de obras particulares. No entanto, teve a sua carreira política arruinada por ter se envolvido num dos maiores escândalos fiscais da época. Em agosto de 1930, juntamente com Mário Cardim, Secretário do Prefeito, Rodolpho Sartorelli torna-se alvo de uma série de acusações de emissão indevida de notas promissórias e títulos públicos que, de acordo com investigações, jamais chegaram a ser liquidados, provocando assombroso rombo nos caixas municipais. A denúncia foi executada a cabo pelo intendente Dormund Martins, alcançando grande repercussão em toda a imprensa nacional. […]
Filho do Marechal Carlos Augusto de Campos e de Maria Carolina Formiga de Campos, Carlos Leonardo de Campos nasceu em 01/09/1876. Fez parte da primeira turma do Colégio Militar do Rio de Janeiro, no ano de 1889. Formou-se Cirurgião Dentista pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1904. Foi admitido na Administração Pública do Município do Rio de Janeiro em 01/02/1899, como Ajudante/Auxiliar de Escrita da Superintendência de Limpeza Pública e Particular. Em Outubro de 1912, assumiu posto de Almoxarife da Superintendência em que atuava. Posteriormente também dirigiu o almoxarifado da Diretoria Geral de Instrução Pública. Através do decreto nº 2.338, de 13/11/1921, assinado pelo Prefeito Carlos Sampaio (1920-1922), foram extintos os almoxarifados particulares das diversas repartições públicas, e centralizado o serviço de abastecimento de materiais no Almoxarifado Geral da Prefeitura, instalado na Avenida Francisco Bicalho. Em 27/01/1921, Carlos Leonardo de Campos foi o primeiro a exercer de fato a função de Superintendente do Almoxarifado Geral da Prefeitura, uma vez que a nomeação de João Salles foi tornada ato sem efeito. Recebeu críticas quando ao abastecimento das Diretorias de Instrução Pública e de Higiene. Como forma de sanar a crise de aquisição de materiais, foi instalada a Comissão […]
Manoel Maria Lopes de Oliveira Filho nasceu em 14/03/1872, na cidade de Sorocaba, São Paulo. Era filho de Manoel Lopes de Oliveira e Francisca de Assis Vieira Bueno de Oliveira Lopes. Fez os estudos primários no Colégio Morton e depois na Escola Neutralidade, do professor João Köpke. Morou na Europa dos 10 aos 21 anos de idade, tendo estudado em Zurique e Paris até formar-se em Entomologia na cidade de Heilderberg, na Alemanha. Ao voltar para o Brasil em 1893, casou-se com sua prima Cândida Teixeira Guimarães, com quem teve cinco filhos. Foi chefe do Laboratório de Entomologia da Comissão Permanente de Estudo e Debelação da Praga Cafeeira. A Comissão, regulamentada em janeiro de 1925, tinha como finalidade o combate das devastações que afetavam a agricultura cafeeira paulista, causadas pelo inseto Stephanoderes hampei. O trabalho da Comissão resultou na criação do Instituto Biológico de Defesa Agrícola e Animal em dezembro de 1927. Manoel Lopes passou a compor o quadro do Instituto como Chefe da Seção de Entomologia e Parasitologia Agrícola. Manoel de Oliveira Filho foi um dos grandes nomes do jornalismo científico brasileiro. Entre 1918 e 1938 assinou a coluna semanal “Assumptos Agrícolas” do Jornal O Estado de São Paulo, […]
Pedro Soares Caldeira nasceu em Portugal, em 20/02/1834, vindo ainda jovem para o Rio de Janeiro. Em sua adolescência dedicou-se à imprensa, começando na carreira no Diário do Rio de Janeiro como auxiliar. Posteriormente foi promovido ao cargo de redator comercial do jornal, onde permaneceu por quinze anos. Durante a Guerra do Paraguai foi correspondente do Imperador D. Pedro II. Tinha rápido acesso às informações ocorridas no conflito devido ao seu contato com o redator do Telegrapho Marítimo, o jornalista uruguaio Bucia. Após a extinção do Diário do Rio de Janeiro, em 1878, Pedro Caldeira ingressou no Jornal do Commercio como auxiliar do setor comercial. Também atuou na imprensa como defensor de questões ambientais da cidade Rio de Janeiro, tendo publicado em 1884 o livro “O Corte do Mangue”, em que debate problemas ambientais, sanitários e políticos associados ao corte do manguezal. Pelo reconhecimento de seu trabalho de defesa do meio ambiente, foi nomeado para o cargo de Inspetor de Mata Marítima e Pesca em 15/08/1893. Durante seu mandato, uma das medidas tomadas foi a replantação de parte dos manguezais do recôncavo da Baía de Guanabara e a regulamentação da pesca no litoral fluminense. Em 1889 publicou “Questões de higiene […]
Carlos Martins Gonçalves Pena nasceu em Minas Gerais. Estudou o preparatório no Ginásio Mineiro, em Barbacena, e em 1896 ingressou na Escola de Farmácia de Minas Gerais. Posteriormente transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde formou-se em Engenharia Civil pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro no ano de 1902. Casou-se com Cândida de Rezende Tostes, filha de Cândido Teixeira Tostes, um dos maiores cafeicultores de Minas Gerais e diretor do Banco de Crédito Real de Minas. Em 09/05/1905, através da lei nº. 1.023, foi instituída a Comissão Construtora do Theatro Municipal. Carlos Gonçalves Pena foi designado para o cargo de Secretário da referida comissão, chefiada por Francisco de Oliveira Passos. Com o fim das obras e a criação da Diretoria Geral do Theatro Municipal em 10/05/1910, Carlos Gonçalves Pena vai para a Diretoria Geral de Obras e Viação Municipal, onde atuou como Ajudante de 1º Classe. Em 26/06/1911 foi nomeado para assumir interinamente o cargo de Diretor Geral do Theatro Municipal durante o afastamento de Francisco de Oliveira Passos em decorrência de um tratamento de saúde. Permaneceu no cargo até o retorno do titular em 24/11/1911, voltando, em seguida, para a Diretoria de Obras e Viação. Fez parte da […]
Francisco de Oliveira Passos nasceu em 02/07/1878, no Rio de Janeiro. Era filho de Francisco Pereira Passos, prefeito do Distrito Federal entre 1902 e 1906. Cursou preparatório no Colégio Abílio e no Internato Pedro II, depois seguiu para a Alemanha, onde, em 1901, formou-se em Engenharia Civil na Real Escola Superior da Saxônia. Retornando ao Brasil, iniciou a carreira como engenheiro na Leopoldina Railway e na Estrada de Ferro Central do Brasil. Durante a gestão de seu pai, atuou como consultor técnico da Prefeitura do Distrito Federal. Em março de 1904, foi um dos ganhadores do edital de projetos para a construção do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. O resultado foi a fusão dos projetos de Francisco de Oliveira Passos e do arquiteto francês Albert Guilbert. Feitas as alterações no projeto, o prédio começou a ser erguido em janeiro de 1905. A inauguração ocorreu em 14/07/1909, durante o governo de Nilo Peçanha (1909-1910). Em 10/05/1910, Francisco de Oliveira Passos foi nomeado para o cargo de Diretor Geral do Theatro Municipal, tendo permanecido no posto até 12/12/1914. Passou a dirigir a firma Comércio e Indústria Paulo Passos S.A após o falecimento de seu irmão. Também foi presidente do Sindicato das […]
Em Janeiro de 1922 foi aprovado no concurso para provimento de Agentes Fiscais do Imposto de Consumo do Interior do Estado de São Paulo. Após a exoneração de Antônio de Souza Pereira Botafogo, em 30/11/1928 Henrique Dal Poggetto assume a Inspetoria de Abastecimento do Distrito Federal. Durante a sua gestão, Dal Poggetto enfrentou crises de abastecimento de gêneros alimentícios no Distrito Federal. A interrupção do mercado importador com Minas Gerais, decorrente do movimento revolucionário que ascendeu em 1930, exigiu medidas como a isenção de impostos às carnes verdes e novas rotas comerciais para o abastecimento da cidade. Com o golpe de Estado que depôs o presidente Washington Luís (1926-1930), Henrique Dal Poggeto foi exonerado do cargo de Inspetor em 24/10/1930, e reassumiu o posto de Agente Fiscal. Atuou com a fiscalização de consumo no interior de Minas Gerais, na capital paulista e no interior do Distrito Federal, até aposentar-se em 01/04/1943. José Ygor
Antônio Pereira Botafogo nasceu em 07/03/1877, no Rio de Janeiro. Era filho de Emília Pecegueiro de Souza Botafogo e Antônio Joaquim de Souza Botafogo, diretor geral do Thesouro Nacional e grande proprietário de terras na região de Engenho da Rainha (RJ). Após formar-se em Engenharia Civil, integrou a Comissão de Saneamento do Estado do Rio de Janeiro, no governo de Oliveira Botelho (1906 e 1910-1914). Nesta função, mudou-se para Resende com a tarefa de coordenar a remodelação da região. Em 1912 a Vila de Resende tornou-se município, e Pereira Botafogo foi designado para exercer, em primeira ocupação, o cargo de prefeito (08/05/1913 – 31/12/1914). Com o fim do mandato retornou à capital, onde atuou como engenheiro da Diretoria Geral de Obras e Viação. Assumiu interinamente a Diretoria do Matadouro de Santa Cruz em setembro de 1920. Em 11/05/1925, foi nomeado para o cargo de Diretor Geral de Abastecimento e Fomento Agrícola. Permaneceu na função até 30/11/1928, com o órgão já renomeado para Inspetoria de Abastecimento. Alcançou, posteriormente, o posto de engenheiro-chefe da Diretoria de Engenharia. Em dezembro de 1934, Pereira Botafogo foi eleito membro efetivo do Conselho Deliberativo do Club Municipal. Faleceu em 17/07/1955, no Rio de Janeiro. Em sua […]
Filho do fazendeiro Francisco da Rocha Vaz, Libânio da Rocha Vaz Era irmão de Juvenil da Rocha Vaz (médico e Diretor do Departamento de Assistência Pública do Distrito Federal) e Francisco da Rocha Vaz (Químico da Prefeitura do Distrito Federal) Foi membro do Conselho Distrital de São Pedro de Alcântara (MG), Subdelegado de Polícia do Distrito de Simão Pereira e Fiscal de Rendas do Estado de Minas. No município mineiro de Guaxupé, foi presidente da Companhia Industrial Cinematográfica Sul Mineira. Designado responsável pela fiscalização da arrecadação do imposto sobre o café após o acordo instituído entre os estados de São Paulo e Minas Gerais em 1912, alternou residência nos municípios de Santos e Belo Horizonte. Foi gerente da Companhia America Fabril, Presidente da Associação Fabril e Membro do Conselho da Confederação Sindicalista-Cooperativista Brasileira. Em fevereiro de 1919, foi eleito Presidente do Andarahy Atletico Club do Rio de Janeiro. Em março de 1923, durante o Governo de Alaor Prata (1922-1926), foi nomeado para o cargo de Diretor do Matadouro de Santa Cruz. Como forma paliativa de sanar os problemas de escassez de carne na cidade, mandou instalar dez açougues de emergência espalhados pelas regiões do Centro, Zona Norte e Zona Sul. […]
Nascido no dia 13/06/1890, em São Paulo, Antônio Caio Pacheco e Chaves era filho de Elias Antônio Pacheco Chaves e Anésia da Silva Prado e Chaves. Após a aposentadoria de Júlio Gonçalves Furtado em 17/09/1931, Antônio Caio Pacheco e Chaves assumiu interinamente a Diretoria Geral de Arborização e Jardins do Distrito Federal. Recebeu críticas pela medida de proibir a realização de piqueniques na Quinta da Boa Vista e o fechamento de alguns parques da cidade. Em 24/10/1930, com a nomeação do Interventor do Distrito Federal, Adolpho Bergamini (1930-1931), Antônio Caio foi exonerado do posto de Diretor de Arborização e Jardins. Faleceu no Rio de Janeiro, aos 86 anos, em 15/10/1976. Foi sepultado no Cemitério São João Batista. José Ygor
Júlio Gonçalves de Azurem Furtado nasceu em 02/07/1851, na província da Bahia. Formou-se aos 23 anos pela Faculdade de Medicina da Bahia. Em seguida mudou-se para Santos, onde atuou como médico até 1889. Na cidade paulista fundou a Beneficencia Portugueza, recebendo como reconhecimento pelos serviços prestados pela instituição, a condecoração da Ordem de Cristo pelo governo de Portugal. Com a proclamação da República, transferiu-se para o Rio de Janeiro, então Distrito Federal. Foi nomeado, a convite de Marechal Deodoro da Fonseca, para o cargo público de Inspetor Escolar em 14/11/1890. Em 06/12/1895 assumiu de forma vitalícia a Inspetoria de Matas, Jardins, Arborização e Caça, permanecendo por longos anos na função até ser aposentado em 17/09/1931, momento em que o órgão chamava-se Diretoria Geral de Arborização e Jardins. Foi responsável por dar continuidade ao trabalho de Auguste Glaziou, destacando-se pelo plano de arborização da praia de Botafogo. Também foi responsável pelos jardins das praças Malvino Reis e Floriano, ambas em Copacabana. Atuou como auxiliar das obras da reforma urbana ocorrida na gestão Pereira Passos (1902-1906) e, durante o ano de 1899, foi presidente do Clube de Regatas do Flamengo. Faleceu em 24/03/1934 em sua residência na Praia do Flamengo. Foi sepultado […]
Filho do litógrafo francês Pierre Victor Larée, Pedro Leopoldo Larée nasceu em 1848. No início da década de 1890, Larée atuou como ajudante do administrador do Jardim do Campo da Aclamação (atual Praça da República), órgão gerido pelo Ministério da Agricultura. Mais tarde, assumiu a função de Escriturário-arquivista da Inspetoria de Matas, Jardins, Arborização, e Caça, que funcionava na mesma localidade. Chefiou interinamente o órgão entre 21/02/1897 e 22/11/1898, durante o afastamento do titular, Júlio Gonçalves Furtado. Em 1903, assumiu o cargo de secretário da Inspetoria. Faleceu no Rio de Janeiro, em 03/09/1920, sendo sepultado no cemitério São Francisco Xavier. Luiza Ferreira
Auguste François Marie Glaziou* nasceu na comuna francesa de Lannion em 30/08/1833. Formou-se em Engenharia Civil pela École Polytechnique D’Angers e, em seguida, fez cursos de botânica e horticultura no Museu de História Natural de Paris. Em seus primeiros anos como paisagista, participou da reforma do Jardim Público de Bourdeaux. A convite do Imperador D. Pedro II, veio ao Brasil, em 1858, para ocupar o cargo de Diretor Geral de Matas e Jardins. Em 1862, junto a Francisco José Fialho, reformou o Passeio Público. Outra obra de grande importância desenvolvida neste período foi o paisagismo da Quinta da Boa Vista. Em 26/01/1869, foi nomeado Diretor de Parques e Jardins da Casa Imperial, vindo a ser condecorado com o título da Ordem da Rosa pelos serviços prestados. Apresentou à Câmara Municipal, em 03/06/1871, um projeto de reforma e arborização do Campo de Santana. A inauguração ocorreu em setembro de 1880, momento em que recebe a condecoração de Comendador da Ordem de Cristo pelo Ministro Barão Homem de Mello. Além de obras paisagísticas, organizou excursões científicas nas quais coletou e classificou cerca de 12 mil novos exemplares botânicos, além de introduzir plantas nacionais nos logradouros da cidade do Rio de Janeiro. Em […]
Casado com a Sr. Firmina Rodrigues Silva Lopes e pai de João Pereira Lopes Filho, Dr. João Pereira Lopes nasceu no bairro da Saúde, Rio de Janeiro, em 23/09/1832. Médico de formação, logo após diplomar-se, prestou seus primeiros serviços combatendo a infestação de Cholera Morbus em sua vizinhança, até transferir-se para São Cristóvão, onde passaria a vida. Clinicou durante anos nos arredores de seu bairro, onde alcançara grande prestígio após sua firme campanha, ao lado de Drs. como Rodrigues de Oliveira, Bernardo Peixoto, José Peixoto, Paulino Vidigal, Gaudie Ley e Chavantes, contra as epidemias de febre amarela e varíola que assolaram a região em meados do séc. XIX. Um dos maiores expoentes do Partido Liberal, João Pereira Lopes ingressou na esfera política ainda sob o regime monárquico, no cargo de Vereador da Câmara Municipal, alçando, inclusive, a presidência desta. Ao longo dos quatro anos de sua gestão, foi responsável por fundar o Hospital de Santa Thereza, tendo em vista como principais pacientes os empregados do Matadouro de Santa Cruz. Correligionário dos ideais abolicionistas, prestou contribuições à causa ao participar da criação do Livro de Ouro, Fundo de Emancipação* da Câmara Municipal que, não obstante seu caráter dissonante mesmo entre o […]
Filho de João Antonio da Costa Machado, Arthur Augusto Machado nasceu em 1868, no Rio de Janeiro. Trabalhou inicialmente como comerciante, chegando presidir a Empresa Fabril de Cimento, Cal e Grés. Na Municipalidade do Rio de Janeiro, iniciou sua carreira em maio de 1891 como Escriturário da Diretoria de Obras Municipais. Também exerceu os cargos de Despachante da Alfândega da Capital Federal, 1º Oficial da Diretoria de Patrimônio Municipal, Escriturário da Diretoria Geral de Rendas Municipais e, em 21/11/1904, foi promovido a chefe de seção da Diretoria Geral de Fazenda Municipal do Rio de Janeiro. Em 27/06/1908 foi transferido para a Diretoria Geral de Patrimônio. Após a exoneração de Deolindo José Vieira Maciel, em 19/03/1895, Arthur Machado passou a responder pela Subdiretoria Geral de Patrimônio. Em 1910 voltou a dirigir interinamente a Diretoria de Patrimônio concomitantemente com a Superintendência do Theatro Municipal. Foi-lhe concedida aposentadoria do cargo de chefe de seção em 28/01/1926. Eleito vice-presidente da Associação Beneficente dos Funcionários Municipais em 04/01/1913, Arthur Machado também integrou o Conselho Administrativo do Centro Republicano do Engenho Novo, e foi sócio do Liceu do Engenho Novo. Faleceu em 26/05/1941, tendo sido sepultado no Cemitério de São Francisco Xavier. Deixou viúva […]
Deolindo José Vieira Maciel nasceu em 1937, no Estado do Espírito Santo. Engenheiro, atuou como presidente honorário do Grêmio Bibliotecário Cachoeirense e chefe da Comissão de Medições de Terras Públicas nos municípios de Cachoeira de Itapemirim, Benevente, Guarapary e Vianna (ES). Deolindo Maciel foi diretor do Colégio Espírito Santo e em em 04/03/1868 foi nomeado professor de Matemática elementar da instituição. Com a exoneração de Aureliano de Azevedo Monteiro do cargo de diretor geral da Instrução Pública da Província do Espírito Santo, em agosto de 1868 Deolindo assumiu o cargo. Na ocasião, sua nomeação foi saudada pelos periódicos locais pela dedicação aos serviços de instrução pública do Estado. Permaneceu por apenas um mês no cargo, sendo exonerado pelo presidente da Província por incompatibilidade no exercício simultâneo do cargo de diretor de colégio e diretor geral de Instrução Pública, responsável por inspecionar as escolas da província. Permaneceu como diretor do Colégio Espírito Santo até 1872. Em 17/10/1869, Deolindo José fundou, na cidade de Vitória (ES), a Associação Emancipadora dos Escravos / Sociedade Abolicionista da Escravatura do Espírito Santo. A entidade tinha como finalidade não somente a compra de alforria dos escravizados, mas também a difusão de instrução religiosa, moral e […]
Filho do tenente-coronel Sebastião Navarro de Andrade, nasceu em 25/08/1825, em Montevidéo, então província Cisplatina pertencente ao Brasil. Como o pai, cursou a academia militar. Foi amanuense praticante da Inspetoria de Fazenda até 1848, ano em que fundou A sentinella do Throno, periódico apoiador do regime monárquico. Em 1851 tornou-se redator chefe do Diário do Rio de Janeiro, na época o periódico mais antigo do Brasil. Contando apenas com vinte e sete ano, foi condecorado com o título da Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo. Em 1863, dirigiu o jornal O Brasil. Em 1863, após diversos vereadores terem seus mandatos suspensos, sendo processados pelo governo, atuou como vereador suplente da Câmara Municipal da Corte. Entre 1865 a 1867 assumiu a posição de cônsul geral do Estado Oriental do Uruguay no reino da Prússia. Retornando ao Brasil em 1867, dirigiu por mais um ano o Diário do Rio de Janeiro, até abandonar definitivamente a carreira jornalística. Foi eleito vereador da Câmara Municipal do Rio de Janeiro em 1880. No ano seguinte foi nomeado chefe da repartição de Tombamento Municipal. Entre agosto de 1893 a junho de 1894, desempenhou o cargo de diretor geral de Patrimônio do Distrito Federal. Faleceu no Rio […]
Filho de Aristides Brasiliano de Barcelos Freire e de D. Maria Francisca Freira, Mário Freire nasceu em 29/10/1886, em Vitória, Espírito Santo. Fez os estudos primários e secundários na escola de seu pai, o Ateneu Santos Pinto. Em 1908, bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. Foi nomeado diretor-geral de Estatística Municipal do Distrito Federal em 21/07/1924. Foi um dos responsáveis pela criação do Museu da Cidade, na Gávea, e pela publicação do Livro Tombo da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Durante o período que residiu no Rio de Janeiro manteve colaboração regular em periódicos de sua cidade natal, como O Diário da Manhã, Vida Capichaba, A Gazeta e A Tribuna. Em 1931, participou da comissão nomeada pelo Interventor do Distrito Federal, Adolpho Bergamini (1930-1931), para revisão do Código de Posturas Municipais. Assumiu o cargo de Secretário de Fazenda do Estado do Espírito Santo em 1932, afastando-se temporariamente do cargo de diretor-geral de Estatística e de Secretário Geral do Montepio dos Funcionários Municipais. Durante o cargo, destacou-se por ter conseguido a amortização da dívida do Estado junto ao Banco do Brasil. Em agosto de 1936, exonerou-se do cargo de Secretário […]
Antônio Luiz Rodrigues nasceu em 08/08/1841, na vila de São Gonçalo, estado do Rio de Janeiro. Filho de lavradores, começou a trabalhar aos quatorze anos no comércio. Assentou praça aos dezessete anos e, em 1862, ingressou no Corpo Policial do Rio de Janeiro. Participou da Guerra do Paraguai, atuando na Batalha Naval do Riachuelo como oficial de terra. Recebeu honrarias e promoções ainda em campanha, alcançando o título de Major aos 27 anos. Ao final da guerra, retornou ao Rio de Janeiro, onde comandou o Corpo Policial. Em 1873 aposentou-se da carreira militar, transferindo-se anos depois para Campinas (SP), onde exerceu o cargo de oficial de registro e foi eleito provedor da Santa Casa de Misericórdia. Em 1893 retornou a sua cidade natal a convite de Marechal Floriano, que fora seu companheiro de batalha, para atuar como almoxarife geral da Prefeitura. Após a Proclamação da República, em 04/09/1900 foi nomeado pelo presidente Campos Salles (1898-1902) para a direção do Matadouro de Santa Cruz. Com a reintegração de Cândido Basílio Cardoso Pires ao cargo de Diretor do Matadouro de Santa Cruz em agosto de 1909, Antônio Luiz foi então transferido para a Diretoria de Higiene. No mês seguinte, foi designado para […]
Frederico Meireles Duque Estrada Meyer nasceu no interior de um dos mais tradicionais ramos familiares cariocas. Suas origens parentais remontam tanto aos primeiros povoadores do Rio de Janeiro, quanto aos proprietários das terras hoje correspondentes ao bairro do Méier, doados à municipalidade quando da construção da Estrada de Ferro Central do Brasil sob a condição de ser mantido o nome original da propriedade. O engenheiro de formação iniciou sua carreira na administração pública em 1881, quando foi nomeado pela Câmara Municipal para o cargo de amanuense da Secretaria de Polícia Administrativa, Arquivo e Estatística, ascendendo quatro anos depois ao posto de 2º Oficial. Partidário de Marechal Floriano Peixoto, manteve-se no funcionalismo público após a Proclamação da República, tornando-se 1º Oficial em 1892, e chefe de Seção em 1893. Em posse desse cargo, foi indicado para exercer interinamente o cargo de diretor de Polícia Administrativa, Arquivo e Estatística em janeiro de 1908, após o afastamento por motivos de saúde do titular Aureliano Gonçalves de Souza Portugal. Foi também membro do Ginásio Dramático de Botafogo, do Clube de Engenharia e da diretoria do Turf Club. Teve passagens pela poesia, publicando alguns de seus poemas em jornais e revistas especializadas e na brochura […]
Filho de Antonia Guilhermina do Amaral, Antônio Cândido do Amaral nasceu em 1854, no Rio de Janeiro. Engenheiro, ingressou como Aspirante na Escola de Marinha do Rio de Janeiro, sendo promovido a Guarda de Marinha em novembro de 1873. Em 1877, já no posto de 2º Tenente, foi-lhe concedida demissão do serviço da armada. No mesmo ano ingressou na administração pública municipal através de concurso para preenchimento da vaga de 2º conferente da mesa provincial. Foi Oficial da Secretaria de Intendência Municipal. Com o falecimento do 1º Oficial Arquivista da Câmara Municipal em maio de 1885, Antônio Cândido foi então promovido para assumir as funções do cargo. Foi designado Secretário do Prefeito Henrique Valadares (1893-1895) em agosto de 1893. A partir de 1896 passou a atuar como subdiretor da Diretoria Geral do Interior e Estatística. Com o afastamento de Alexandrino Freire do Amaral, Antônio Cândido foi nomeado diretor geral da pasta, tendo permanecido no cargo entre 30/11/1897 e 01/06/1900. Posteriormente, voltou a assumir a diretoria da repartição como interino, durante os afastamentos do titular. Com a renomeação da Diretoria pelo Decreto nº 302, de 12/08/1902, Antônio Cândido do Amaral foi nomeado subdiretor da Diretoria Geral de Polícia Administrativa, Arquivo e […]
Filho de Félix Zeferino Cardoso e de D. Maria do Patrocínio de Aguiar Cardoso, Fausto Aguiar Cardoso nasceu em Divina Pastora, Sergipe, no dia 22/12/1864. Concluiu seus estudos primários em seu estado de origem, e cursou secundário no Colégio Sete de Setembro, em Salvador. Bacharelou-se em Direito, em 1884, pela Faculdade do Recife. Durante a bacharelado, frequentou círculos literários e filosóficos positivistas. Após formado, passou a atuar como promotor público. Apesar de ter sido um grande defensor da causa republicana, foi destituído do cargo de promotor após a Proclamação da República. Com a demissão foi para o Rio de Janeiro, onde dedicou-se à advocacia, ao jornalismo e ao magistério. Lecionou história, atuando na Escola Normal, no Museu Pedagogium, na Escola de Belas Artes e no Instituto Nacional de Música. Na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro ministrou aulas de filosofia e história do direito. Foi nomeado, em 1892, delegado do 5º Distrito Policial da Capital, subordinado ao Ministério da Justiça. No ano seguinte, em 15/08/1893, foi nomeado Secretário Geral da Prefeitura do Rio de Janeiro, permanecendo no cargo até 18/06/1894. Após a exoneração, retornou ao magistério. Entre 1900 e 1902, exerceu mandato de deputado federal pelo estado do Sergipe, […]
João Gualberto Marques Porto nasceu no Rio de Janeiro, em 12/07/1889. Engenheiro da Prefeitura do Distrito Federal, em 1919 foi designado pelo prefeito Paulo de Frontin (1919) para dirigir a construção do Túnel João Ricardo, sob o Morro da Providência. Criou-se, em razão disto, o Serviço de Túneis da Cidade. Posteriormente, durante a gestão do prefeito Carlos Sampaio (1920-1922), foi nomeado Superintendente do Serviço de Limpeza Pública e Particular do Distrito Federal, permanecendo no cargo até 24/10/1930. De volta à Secretaria Geral de Viação e Obras da Prefeitura do Distrito Federal, elaborou o Decreto nº 6.000, de 01/07/1937, um Código de Obras baseado no zoneamento como forma de regular o uso do solo. Junto a Edwaldo Vasconcelos, Hermínio de Andrade e Silva e José de Oliveira Reis, foi um dos autores dos projetos desenvolvidos pela Comissão do Plano da Cidade, estabelecida pelo prefeito Henrique Dodsworth (1937-1945), em 1937. Projetou, mais tarde, a duplicação do Túnel Engenheiro Coelho Cintra, que liga os bairros de Botafogo e Copacabana. As obras iniciadas em 1946 foram concluídas 3 anos depois. Em agosto de 1951, o túnel recebeu o nome oficial de Marques Porto em sua homenagem. Foi nomeado para responder pelo expediente da Secretaria […]
José Pedro de Souza e Silva nasceu em Pernambuco, no dia 02/10/1873. Era filho de Bartholomeu Torquato de Souza e Silva, Barão de Santa Cruz e irmão do Contra-Almirante Bartholomeu Francisco de Souza e Silva. Ingressou na Administração Pública Municipal do Rio de Janeiro no cargo de Agente Auxiliar do Gabinete do Prefeito. Em 06/05/1909, foi nomeado para o posto de Ajudante do Superintendente de Limpeza Pública e Particular. Com a exoneração de José Maria Metello Júnior em 23/11/1910, Souza e Silva assumiu interinamente a Superintendência de Limpeza Pública e Particular. Tornou-se efetivo no cargo em 24/10/1912, tendo atuado, simultaneamente, como Coronel da Guarda Nacional da Comarca de Barra do Piraí. Souza e Silva formou-se em 1916 pela Faculdade de Direito Teixeira de Freitas. Participou das Comissões Executivas da Quarta Exposição-Feira de 1918, presidida por Luiz Raphael Vieira Souto, e da 2º Exposição Nacional de Gado. Em maio de 1918, foi nomeado pelo Prefeito Amaro Cavalcanti (1917-1918) para compor Comissão responsável por elaborar o livro do Centenário da Independência do Brasil. Dentre os funcionários municipais que fizeram parte dessa comissão, destacam-se Mário Aristides Freire, Noronha Santos e Miguel Rangel de Vasconcelos. Souza e Silva faleceu no dia 11/04/1921, no Rio […]
Nascido em 26/04/1882 na cidade do Rio de Janeiro, José Maria Metello Júnior era filho de D. Francisca Chichorro Galvão Metelo e José Maria Metelo, que fora deputado geral pela província de Mato Grosso em 1885 e senador entre 1900 a 1917. Pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais e, em 1902, começou a atuar como advogado. Em janeiro de 1907 ingressou na carreira pública, sendo nomeado delegado de polícia no distrito de Irajá. Em outubro do mesmo ano passou a exercer o mesmo cargo no distrito de Santa Rita, no centro do cidade. Exonerou-se do cargo de delegado para assumir, como interino, o posto de Superintendente do Serviço de Limpeza Pública e Particular em 11/02/1910. Permaneceu na direção da Superintendência até 23/11/1910. Foi eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro, então Distrito Federal, em 1912, exercendo o mandato até 31/12/1914. Foi reeleito em 1918, mas no ano seguinte foi nomeado para o Senado Federal. Em 1921 voltou a ser eleito deputado federal, com mandato que durou até 31/12/1923. Também atuou como jornalista em importantes redações da capital federal, como a Gazeta da Tarde, A Imprensa, A Noite e O País. Faleceu no […]
Nascido no Pará, Carolino de Miranda Corrêa compunha tradicional família amazonense. Cursou os estudos primários no Colégio Americano (PA) e o preparatório no Liceu Paraense. Seu primeiro emprego foi como amanuense do Museu Paraense. Em seguida, mudou-se para o Rio de Janeiro onde graduou-se em Farmácia pela Faculdade de Medicina em fevereiro de 1897. Enquanto cursava a graduação, Carolino Corrêa trabalhou como conferente da Estrada de Ferro da Central do Brasil. No mesmo ano em que se formou farmacêutico, foi designado para proceder a vacinação de populações ribeirinhas no Rio Purus (AM). Retornado ao Rio de Janeiro, doutorou-se pela Faculdade de Medicina e Farmácia em 1902. Em 1905 integrou sociedade junto a seus irmãos Luiz Maximino, Altino, Joana e Deoclécio e fundam a Cervejaria Amazonense Em setembro de 1909, foi convidado pelo Prefeito Serzedelo Corrêa (1909-1910) para participar da comissão de estudo para a organização do Serviço de Inspeção Sanitária Escolar do Distrito Federal. Entre janeiro e fevereiro de 1910, foi Superintendente Interino do Serviço de Limpeza Pública e Particular do Distrito Federal, substituindo Manoel Maria Del Castillo durante seus impedimentos. Médico da Casa de Correção do Rio de Janeiro, após o pedido de exoneração do cargo que ocupou na […]
Nasceu em 1856 em Villa Encarnación, Paraguai. Em 1870, terminada a Guerra da Tríplice Aliança, sua família imigrou para o Rio Grande do Sul. Iniciou seus estudos com o marechal Teixeira Júnior, que era casado com uma de suas tias. Mudou-se para o Rio de Janeiro, onde terminou os preparatórios e ingressou no curso de engenharia civil na Escola Politécnica. Foi nesta instituição que começou uma relação de amizade com Paulo de Frontin, que viria a ser prefeito do distrito federal entre janeiro e julho de 1919. Após formar-se, transferiu-se para o Piauí para atuar na comissão encarregada da desobstrução do rio Paraíba. Trabalhou na Empresa Melhoramentos do Brasil, sendo um dos engenheiros responsáveis pela construção da Estrada de Ferro que levou o mesmo nome da empresa. A estrada tornou-se linha auxiliar da Central do Brasil, e em sua homenagem foi dado o nome de Del Castilho a uma das estações e ao bairro onde está localizada. Foi designado para o cargo de subdiretor da Central do Brasil quando esta era presidida por Paulo de Frontin. Em 14/01/1901, foi nomeado para o cargo de Superintendente do Serviço de Limpeza Pública e Particular do Distrito Federal, permanecendo por quase uma década […]
Luciano Francisco Felippe Gary nasceu em 28/11/1861, no Rio de Janeiro. Era filho de Antonieta Lucia Capeau de Fené e do comendador Aleixo Gary, donos da Empresa Gary, que desde 1871 firmara um contrato com o Ministério Imperial, tornando o empreendimento responsável pelos serviços de limpeza das ruas cariocas. Da popularidade da empresa, surgiu o termo “garis” para se referir aos varredores. Em 15/01/1895, Gary foi nomeado para o cargo de Inspetor de Limpeza Pública e Particular, órgão então incorporado à Diretoria Geral de Obras e Viação. Um das medidas tomadas como Inspetor de Limpeza Urbana, foi a instalação de caixas postais destinadas a receberem reclamações com o intuito de melhorar o serviço. Posteriormente, com o fim da superintendência, Gary tornou-se o fiscal da Prefeitura junto à Companhia Industrial do Rio de Janeiro, concessionária que passou a administrar os serviços de limpeza pública e particular. Foi exonerado pelo prefeito Cesário Alvim (1898-1899) do cargo de Inspetor de Limpeza Pública e Particular em setembro de 1899, após denúncias de ter sido sócio da falida empresa L. F. Gary & C. A acusação evocava o Art. 826 do Código Comercial, que estabelecia que o falido ficava inibido de direito da administração pública. […]
Militar, Paulo José Pfaltzgraff foi Capitão de Batalhão de Infantaria, tendo alcançado a patente de Coronel por decreto de 21/04/1892. No ano de 1889, foi agraciado com o título de Cavaleiro da Ordem da Rosa. Foi secretário do Club de Corridas Prado Guarany e membro dos Conselhos Fiscais do Jockey Club do Rio de Janeiro e da Companhia de Transporte de Café e Mercadorias. Também dirigiu a empresa Pfaltzgraff, companhia responsável pelo serviço de limpeza na cidade do Rio de Janeiro Em março de 1892, assumiu o posto de Secretário Inspetor da Fábrica de Pólvora da Estrella, localizada no Município de Magé, Rio de Janeiro. Paulo Pfaltzgraff permaneceu no cargo até 15/08/1893, quando foi nomeado pelo prefeito Henrique Valadares (1893-1895) para o cargo de Inspetor de Limpeza Pública e Particular do Município do Rio de Janeiro. Exonerou-se do comando da repartição em 15/01/1895, já estando a Inspetoria incorporada à Diretoria Geral de Obras e Viação. Faleceu na cidade do Rio de Janeiro em 04/05/1907, deixando viúva D. Balbina Germano de Mello Pfaltzgraff. Foi sepultado no cemitério São Francisco Xavier. José Ygor
Reconhecido e aclamado em sua cidade natal, Uberaba – SP, Francisco Jardim comandou por anos a redação do periódico paulista Lavoura e Comercio ao lado de seu irmão, Quintiliano Jardim. Em 1911, ao ser nomeado para a Inspetoria Agrícola de Minas Gerais, órgão subordinado ao Ministério da Agricultura, deixou o editorial, mudando-se para o Rio de Janeiro. Em 1922, a convite de seu conterrâneo Alaor Prata, prefeito do Distrito Federal (1922-1926), assumiu a Secretaria do Gabinete do Prefeito, cargo que ocupou até transferir-se para a Secretaria do Interior e Segurança. Concomitantemente, atuou ainda como Secretário na Procuradoria dos Feitos da Fazenda Municipal do mesmo Distrito. Após aposentar-se do funcionalismo público, dedicou seus esforços à direção de importantes centros financeiros e seguradoras do país, como a Equitativa Companhia de Seguros do Brasil e o Banco da Prefeitura do Distrito Federal, função última da qual teve de se afastar por motivos de saúde. Membro-fundador da Associação Beneficente 8 de Setembro, além de instituições como a Federação Republicana do Brasil e a Associação Comercial e Industrial de Uberaba. Integrou o Conselho Diretor do Montepio dos Empregados Municipais, este último por nomeação do interventor Henrique Dodsworth (1937-1939). Durante este período, participou ativamente da Comissão […]
Nasceu na província de Rio Bonito, no Rio de Janeiro, em 01/11/1877. Era filho de Henriqueta Augusta de Mattos e Silva e Cândido Alves Duarte Silva, Juiz de Saquarema e de São Pedro d’Aldeia. Em sua juventude dedicou-se ao jornalismo, tendo trabalhado em diversos jornais do Rio de Janeiro como o Correio da Manhã e o Jornal do Comércio, além de ter sido diretor de A Tribuna, A Ilustração Brasileira e O Malho. Em Agosto de 1903 foi nomeado auxiliar de contabilidade da Estrada de Ferro Central do Brasil. Foi nomeado, em maio de 1906, para o cargo de professor de Geografia e História do Instituto de Surdos e Mudos, atual Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). Após a nomeação do prefeito Carlos César de Oliveira Sampaio em 08/06/1920, Manoel de Mattos foi indicado para assumir o posto de Secretário Interino de Gabinete do Prefeito, tendo exercido o cargo até 14/11/1922. Vinculado ao Partido Republicano Fluminense (PRF), exerceu mandatos de Deputado Estadual (1911-1924) e Deputado Federal (1924-1927). Líder do PRF na Câmara, em 1927 foi eleito presidente da Comissão Executiva do Partido. Em fevereiro do mesmo ano foi eleito senador, destacando-se por ter sido o relator do orçamento dos […]
Filho de Ana Pastorino de Abreu e do Cel. Rodolfo Ernesto de Abreu, antigo político e jornalista, Silvio Pellico de Abreu atuou como jurista e advogado. Durante o breve mandato do então Prefeito Milcíades Mário de Sá Freire (1919-1920), ocupou a cadeira de Secretário de Gabinete a convite deste que era o seu genro. Membro do Conselho Penitenciário do Distrito Federal, órgão criado em 1924 no governo Artur Bernardes (1922-1926) e parte integrante da Inspetoria Geral Penitenciária, Sílvio Pellico teve destacada participação no projeto político e societário, retomado no Estado Novo Varguista, de solução e ordenamento dos dispositivos de correção. Inscrevem-se em tal programa os processos de inauguração do Reformatório Penal da Capital e da Colônia Reeducacional de Mulheres em Bangu, capitaneados pelo jurista em conjunto com nomes como Aloysio Neiva e Armando Costa. No bojo das discussões travadas em torno das penitenciárias agrícolas, compôs também, em outubro de 1940, Comissão Executiva da Conferência Penitenciária Brasileira, evento que reuniu diretores e técnicos de todo o país; ademais, participou da organização de eventos de envergadura internacional como o 3º Congresso Panamericano de Ciências Penais, em 1944. Faleceu no dia 17/05/1944, em sua casa de veraneio na Praia de Icaraí, Niterói. Seu […]
Nascido em 24/09/1891 no Rio de Janeiro, era filho de Luiza Sales Sodré e de Antônio Augusto de Azevedo Sodré, prefeito do Distrito Federal e bisneto de Irineu Evangelista de Sousa, o Visconde de Mauá. Cursou os estudos primários no Rio de Janeiro, nos colégios Kopke, Americano-Fluminense e no Pedro II, tendo concluído seus preparatórios em Paris logo em seguida. De volta ao Brasil, ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Entre 1909 e 1910, abraçou o movimento da Campanha Civilista, que promoveu a candidatura de Rui Barbosa à presidência da República. No mesmo período, ainda estudante, tornou-se redator-secretário da revista científica Brasil Médico. Começou a clinicar como interno, em 1910, no Hospital Nacional dos Alienados, sendo efetivado no ano seguinte através de concurso. Em 1912 formou-se neuropsiquiatra e retornou a Paris para aperfeiçoar-se na clínica neurológica La Salpetrière e na Sorbonne. Foi eleito para o Conselho Municipal de São Gonçalo em 1914 e, no ano seguinte, fazendo parte da chapa de Nilo Peçanha, elegeu-se Deputado à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Entre 19/06/1916 e 03/10/1916 exerceu o cargo de Secretário de Gabinete de seu pai, então prefeito do Distrito Federal. Em 1921 aderiu ao movimento Reação […]
Natural de Belém do Pará, nasceu em 22/04/1883 e era filho do comandante José Alvaro Rodrigues. Formado em Engenharia Civil pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro, aperfeiçoou seus estudos em Berlim. No período em que esteve na Europa foi colaborador de Vieira Souto. Casou-se em Janeiro de 1912 com Heloisa Teixeira de Mello, enteada de Rivadávia da Cunha Corrêa, na época Ministro do Interior. No mesmo ano foi nomeado fiscal da Comissão Fiscal de Empresas e Companhias, tendo atuado junto a empresa Leopoldina Railway. Com a posse de Rivadávia Corrêa (1914-1916) como prefeito do Distrito Federal, Álvaro Rodrigues foi nomeado Secretário do Gabinete do Prefeito em 17/11/1914. Em abril de 1916, junto a Joaquim da Costa Leite, foi nomeado Inspetor do Ensino Técnico nas Escolas Profissionais Masculinas. Exonerou-se do cargo de Secretário de Gabinete em 19/06/1916, durante gestão do prefeito interino Antônio Augusto Azevedo Sodré (1916-1917). Atuou no magistério de 1911 até 1947, quando se aposentou. Fez parte do corpo docente da Faculdade Nacional de Arquitetura e da Escola Nacional de Belas Artes, ministrando aulas de Geometria Descritiva. Posteriormente, recebeu o título de professor emérito da Escola Nacional de Belas Artes. Durante o governo de Prado Júnior (1926-1930) foi […]
Gregório Porto da Fonseca nasceu em 17/11/1875, na cidade de Cachoeira do Sul, no Rio Grande do Sul. Era irmão do Deputado Federal Teodomiro Porto da Fonseca. Fez seus estudos primários em seu estado natal, onde trabalhou como caixeiro. Em 1896, ingressou na Escola Militar de Porto Alegre, graduando-se em engenharia em 1899. Transferiu-se em 1910 para o Rio de Janeiro, para assumir o cargo de secretário de gabinete do prefeito em novembro daquele ano. Com o fim do mandato de Bento Ribeiro (1910-1914), foi exonerado da função em 14/11/1914. Foi secretário da Liga de Defesa Nacional, associação engajada na causa nacionalista fundada em 07/09/1916 por Olavo Bilac, Pedro Lessa e Wenceslau Braga. Também foi sócio da Associação Brasileira de Imprensa e, após ser reformado do posto de major do exército em 1924, passou a dedicar-se à carreira literária. Em 16/07/1931, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira 27. Após a Revolução de 30, deixou o cargo de Superintendente do Serviço de Limpeza Pública e Particular da Prefeitura do Distrito Federal, sendo nomeado Chefe da Casa Civil do Governo Provisório. Em fevereiro de 1934, foi nomeado Ministro Plenipotenciário e Enviado Extraordinário, e, após dois meses, promovido […]
José Pantoja Leite nasceu em 1876, em Monsarás, vila localizada na Ilha de Marajó. Formou-se em Humanidades no Seminário do Carmo em Belém e, em seguida, cursou os exames preparatórios no Liceu Paraense, instituição pública de ensino mais antiga da então Província do Grão Pará. Por ter sido o aluno que mais se destacou nos exames preparatórios no ano de 1896, recebeu como prêmio do governo do Pará viagem para estudar na Escola Politécnica do Rio de Janeiro, onde obteve diploma de engenheiro civil e bacharel de Ciências Físicas e Matemáticas em 1904. Em sua formatura, recebeu a medalha de ouro Gomes Jardim com premiação de uma viagem à Europa. Fez um curso de especialização em eletricidade no Instituto Eletrotécnico Montefiore da Universidade de Liège na Bélgica e, em 1907, após conquistar diploma de Engenheiro Eletricista, fez um estágio nos Ateliers de Constructions Electriques de Charleroi. De volta ao Brasil, foi nomeado em 18/01/1910 para o cargo de Secretário de Gabinete do Prefeito Serzedelo Corrêa (1909-1910), cargo em que permaneceu até 16/11/1910. No ano seguinte, assumiu a cadeira de Eletrotécnica da Escola Politécnica. Continuou exercendo cargos na administração pública, atuou como engenheiro da Diretoria do Patrimônio, chefiando o levantamento cadastral […]
Filho do comerciante João Carlos Backheuser e de Dona Joaquina Eugênia de Gouveia Backheuser, Everardo Adolfo nasceu em 23/05/1879, na Chácara Santa Rosa, na cidade de Niterói, Rio de Janeiro. Aos sete anos de idade iniciou seus estudos primários no Externato Particular administrado por sua irmã Evelina, na chácara da família. Três anos depois, ingressou no Ginásio Nacional, atual Colégio Pedro II, onde bacharelou-se em Letras, em 1896. No mesmo ano, ingressou no grupo literário de Niterói chamado “A Matilha”. Transformado em curso preparatório, foi a primeira experiência de Everardo Backheuser na carreira do magistério. Nesse período, atuou também como preparador interino do curso de Mineralogia da Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Em 1897 matriculou-se na Escola Politécnica, onde obteve os títulos de Engenheiro Civil e Bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas em 1901 e de doutor em Ciências Físicas e Naturais em 1913. Efetivou-se, em 1903, como catedrático de Mineralogia e Geologia da instituição. Em 1916, fundou a Sociedade Brasileira de Ciências junto a Henrique Morize, Enes de Sousa, Alberto Betim, José Pantoja Leite, Roquete Pinto, dentre outros. Em 1909, ingressou na Prefeitura do Rio de Janeiro como engenheiro, para logo depois assumir o cargo de Secretário de […]
Bacharel, Antônio da Silva Moutinho formou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo. Ingressou na Diretoria de Patrimônio em 1893, sendo designado 2º Oficial da Diretoria em agosto do mesmo ano. Em 29/10/1898, foi promovido a 1º Oficial da Diretoria do Patrimônio. Neste mesmo ano, atuou como auxiliar do Gabinete do Prefeito (1898) e, em 1901, como escriturário da Diretoria das Rendas Municipais. Em 1903, Antônio Moutinho compôs a Comissão para obter favores do Estado e da Municipalidade para o Instituto de Proteção e Assistência a Infância. O pioneiro instituto, criado em 1899 por Carlos Arthur Moncorvo Filho, associava ações de caridade, pesquisa científica, além de reivindicar política públicas de assistência materno-infantil. Foi Secretário de Gabinete do Prefeito durante as gestões de Francisco Marcelino de Souza Aguiar (1909), Amaro Cavalcanti (1917-1919) e, no final do governo de Alaor Prata (1922-1926), foi novamente nomeado para dirigir a Secretaria do Gabinete do Prefeito. Devido a problemas de saúde, Antônio Moutinho foi aposentado, a pedido, do cargo de Diretor da Secretaria do Gabinete do Prefeito, em 03/08/1931. Em quase 40 anos de Prefeitura, Moutinho atuou como oficial de gabinete de 18 prefeitos. Faleceu no dia 27/09/1937, sendo enterrado no cemitério São João Batista. […]
Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac nasceu na região central do Rio de Janeiro, em 16/12/1865. Era filho de Delfina Belmira dos Guimarães Bilac e do médico Brás Martins de Guimarães Bilac, que durante o nascimento de Olavo servia como cirurgião na Guerra do Paraguai. Fez o primário no Colégio de São Francisco de Paula e no Colégio Vitória. Durante os preparatórios participou do Clube Demóstenes, uma associação literária e filosófica que se reunia no colégio do Mosteiro de São Bento. Com 15 anos, ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro através de autorização do Poder Legislativo que dispensava-o do requisito da idade legal. Aos dezessete anos, passou a atuar na carreira poética através dos jornais literários que circulavam na Faculdade de Medicina. Mudou-se para São Paulo em abril de 1887, abandonou a medicina para dedicar-se às letras. Em São Paulo, cursou um ano da Academia de Direito, não tendo concluído o curso por ter retornado ao Rio de Janeiro nos primeiros meses de 1888. Adepto da causa republicana, escreveu a letra do Hino à Bandeira em 1889. Foi redator do periódico Cidade do Rio, além de ter colaborado em diversos jornais no Rio de Janeiro, São Paulo […]
Aureliano Gonçalves de Souza Portugal nasceu em Capivari, município do Rio Claro, em 16/06/1851. Cursou o preparatório no Colégio do Visconde S. Valentim, em seguida, ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde formou-se em 1874. Retornou a sua terra natal, tendo sido sócio do Instituto Acadêmico e membro da Associação de Caridade para ensino das crianças pobres da Freguesia de Dores de Piraí. Entre 1890 e 1893, atuou como demografista da Inspetoria Geral de Higiene na capital federal. Participou do 2º Congresso Médico de 1889, onde defendeu a criação de um Ministério de Saúde Pública. Foi eleito deputado da Assembleia Legislativa do Estado por três gestões. Durante o governo Pereira Passos (1903-1906), dirigiu por alguns meses a Diretoria de Polícia Administrativa, Arquivo e Estatística. Em 11/08/1903, assumiu o cargo de Secretário de Gabinete do Prefeito, tendo cooperado com os trabalhos de remodelação do Rio de Janeiro. Presidiu, neste período, a comissão responsável pelo recenseamento do Distrito Federal de 1906, tido como o mais completo realizado até a data. Em fins de 1907 reassumiu a então Diretoria Geral de Polícia Administrativa, Arquivo e Estatística. Exonerou-se dos cargos em 22/01/1908, permanecendo na Polícia Administrativa até a sua morte. Faleceu […]
Filho de Bonifácio José Sérgio do Amaral e de Leopoldina Freire do Amaral, Alexandrino Freire do Amaral nasceu em 26/11/1843, no Rio de Janeiro. Casou-se com Maria Carlota dos Santos Amaral. Doutor em Medicina pela Faculdade da Corte, veio a exercer o magistério antes de ingressar na administração pública. Vereador da Câmara Municipal, em 1893 assumiu o cargo de Secretário do Gabinete do Prefeito, onde atuou por anos. Logo em seguida, foi chamado para ter exercício na Diretoria de Interior e Estatística que, a partir de 1902, passou a chamar-se Diretoria de Polícia Administrativa, Arquivo e Estatística. Contemporâneo à administração de Pereira Passos, teve parte na Comissão Sanitária do 2º distrito do Engenho Velho. Membro efetivo do Supremo Conselho do Grande Oriente Unido do Brazil, Alexandrino Freire do Amaral consagrou-se enquanto importante figura do círculo maçônico brasileiro, por sua grande contribuição para a consolidação e difusão das publicações das maçonarias nacionais, no século XIX. Exerceu o cargo de grande secretário geral do Grande Oriente do Lavradio, quando, em meio às disputas entre Orientes, transferiu-se para o concorrente, Grande Oriente Unido e Supremo Conselho do Brazil, na posição de Redator-chefe. Outrossim, ocupou o cargo de grande secretário geral do Grande […]
Augusto de Macedo Costallat nasceu na cidade de Bage, Rio Grande do Sul. Filho de Antônio Costallat e Maria José de Macedo Costallat. Após cursar o preparatório e ser aprovado em Humanidades, ingressou na Faculdade de Medicina e Farmácia de Porto Alegre. Em 1901 conseguiu transferência para a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde graduou-se no ano seguinte. Iniciou sua vida pública na Diretoria de Assistência Pública Municipal do Rio de Janeiro, onde desempenhou diversos cargos, como o de redator do Boletim do Serviço Médico-Cirúrgico de Urgência, Inspetor Técnico e Subdiretor. Em 01/08/1910 foi nomeado interinamente para assumir o posto de Comissário de Higiene e Assistência Pública do Rio de Janeiro durante licença do titular, Dr. Manuel Francisco Monteiro Autran. Em 1912, Costallat assumiu como comissário efetivo. No cargo foi designado para realizar um estudo sobre a assistência pública nos países que visitou na Europa, principalmente em relação aos serviços médico-cirúrgicos e atendimento de urgência. Foi também membro do Conselho Diretor de Assistência Médico-Cirúrgica dos Empregados Municipais, responsável pela chefia do Posto de Assistência do Méier (1920), do Posto Central de Assistência (1925), tendo nessas duas últimas instituições formado parte do quadro clínico desde suas fundações. Foi nomeado […]
Juvenil da Rocha Vaz nasceu em 01/07/1881, em São Pedro de Alcântara, Minas Gerais. Fez seus estudos primários em Barbacena e Ouro Preto, mudando-se em seguida para o Rio de Janeiro, onde formou-se, em 1903, pela Faculdade de Medicina. Começou a clinicar no bairro de São Cristóvão, mas pouco depois passa em concurso para atuar como médico do Hospital Nacional de Alienados. Em 1911, ingressa no magistério como professor de Clínica Médica da Faculdade de Medicina do Rio. Tornou-se catedrático da instituição em 1919, através de concurso. Durante a presidência de Artur Bernardes (1922-1926), ocupou importantes cargos na administração pública como o de diretor da Faculdade de Medicina, diretor geral de Ensino, diretor do Departamento de Assistência Pública da capital federal (1924-1926) e presidente do Conselho de Assistência Hospitalar do Brasil. Em 1925, participou da elaboração da última reforma educacional do ensino secundário na Primeira República. As principais medidas da reforma foram a obrigatoriedade da disciplina de educação moral e cívica, a instituição do curso ginasial de seis anos de duração, ao invés de cursos preparatórios sem currículo definido, e a continuidade do Colégio Pedro II. A reforma também criou o Departamento Nacional de Ensino, subordinado ao Ministério da Justiça […]
Médico de formação desde 1888, Oscar Godoy nasceu em 01/12/1866 e teve seu início de carreira profissional no Hospital da Marinha, onde alçou reconhecido mérito de Cirurgião da Armada Nacional e Primeiro Tenente. Envolvido amiúde nas questões políticas de seu tempo, posicionou-se ao lado dos que contrariavam os regimes monárquico e escravista, tendo seu ativismo reconhecido no convite do próprio Floriano Peixoto para ocupar o cargo de prefeito da Capital Federal, o qual optou por recusar argumentando sua pouca idade e experiência. No entanto, algum tempo mais tarde, em 1892, elegeu-se intendente municipal, exercendo, respectivamente, as funções de primeiro secretário e vice-presidente do Conselho. No ano seguinte, haja vista seu desempenho na coisa pública, iniciou mandato como Deputado Federal, cadeira na qual permaneceria por até 12 anos consecutivos. Dentre outras ocupações administrativas, veio a desempenhar as funções de comissário de Higiene, diretor do Pronto Socorro e inspetor técnico da Assistência Pública, bem como o de Diretor Geral Interino da Assistência Municipal, esta última em 1924. Após abandonar os assuntos de ordem política, continuou a clinicar normalmente enquanto pode. Faleceu em 25/03/1936 na Casa de Saúde São José, onde já encontrava-se internado em virtude de sua saúde debilitada. Seguiu para sepultamento […]
Filho de Hilário Soares de Gouveia, um dos pioneiros da oftalmologia brasileira, José Thomaz Nabuco de Gouvêa nasceu no dia 11/06/1872, no Estado de Minas Gerais. Formou-se em Medicina pela Faculdade do Rio de Janeiro em 1897, defendendo tese sobre ferimentos causados por projéteis de fogo. Posteriormente especializou-se em ginecologia, ganhando destaque nos meios científicos com suas publicações sobre a área. Após formado, atuou como professor substituto na Faculdade de Medicina. Em 04/05/1905, foi eleito membro correspondente da Academia Nacional de Medicina (ANM), sendo transferido para a classe de Membros Titulares Honorários da Academia Nacional de Medicina em 22/08/1929. Foi chefe da Missão Médico-Militar em 1918, projeto que constituiu um hospital temporário na zona de guerra francesa. Terminada a 1º Guerra Mundial, em fevereiro de 1924 foi nomeado diretor do Departamento Municipal de Assistência Pública por Alaor Prata Leme, prefeito do Distrito Federal entre 1922 e 1926. Permaneceu por cinco meses no cargo, para em seguida ingressar na carreira diplomática no Ministério das Relações Exteriores. Dirigiu diversas comissões diplomáticas nas Américas e na Europa, e, entre abril e novembro de 1937, desempenhou o cargo de Embaixador do Brasil em Lima, no Peru. Faleceu no Rio de Janeiro em 16/10/1940, vítima […]
Nasceu em 17/10/1875, em Recife, Pernambuco. Era filho do magistrado José Novaes de Souza Carvalho e de D. Júlia Augusta Guimarães de Carvalho. Formou-se engenheiro geógrafo pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro em 1897 e, no ano seguinte, bacharelou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Após a aprovação do Decreto nº 4.780 de 02/03/1903, que dava novo regulamento à Escola Correcional Quinze de Novembro, Júlio Oscar de Novaes foi nomeado Diretor Administrador da instituição de reclusão e ensino para crianças em situação de abandono e miséria. Permaneceu na Diretoria da escola até outubro de 1905, sendo substituído por Mário Franco Vaz. Em 1910, foi eleito membro titular da Academia Nacional de Medicina e, posteriormente, ganhou o mesmo título na Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro. Entre 24/11/1922 e 10/01/1924, exerceu o cargo de Diretor do Departamento Municipal de Assistência Pública do Distrito Federal. Sua gestão foi marcada por atritos com o então Intendente Adolfo Bergamini, devido à dispensa de dois médicos – Dario Silva e Fernando de Lacerda – funcionários da Diretoria, e questões quanto à validade do concurso realizado no período. Em 1934, sob a legenda do Partido Autonomista, elegeu-se Deputado Federal pelo […]
Luiz Pedro Barbosa nasceu em Pernambuco, no dia 11/04/1870. Era pai de Luiz Torres Barbosa, que seguiu carreira médica, como o pai. Doutorou-se em Ciências Médico-Cirúrgicas pela Faculdade de Medicina e Farmácia do Rio de Janeiro. Iniciou sua carreira clínica ainda enquanto estudante, no combate à epidemia de febre amarela de Campinas, em 1889, o que rendeu-lhe medalha humanitária. Posteriormente, veio a trabalhar ao lado de Oswaldo Cruz, então Diretor Geral de Saúde Pública, durante a campanha de combate à epidemia de febre amarela no Rio de Janeiro, em 1904, quando ingressou na gestão pública como delegado de saúde municipal. Não obstante seu sucesso como médico sanitarista, destacou-se por sua atuação inovadora no ramo da pediatria, ao qual dedicou todos os esforços até o fim da vida. Amiudadamente, atribui-se o especial interesse do Dr. Barbosa pela clínica de crianças ao evento trágico de sua vida em que teve sua primogênita acometida gravemente por doença aos seis meses de idade. Membro fundador da Policlínica de Botafogo, em 1908, passou a exercer a clínica de pediatria, além de responsabilizar-se pelos primeiros cursos de Clínica Pediátrica e Higiene Infantil, os quais também implementou na 25ª Enfermaria da Santa Casa de Misericórdia e nos […]
Filho de Florinda Mendonça Loureiro Ferreira e Bernardino Ferreira da Silva, nomeado Ministro do Supremo Tribunal Federal em 1894, Adalberto Ferreira da Silva nasceu em São Paulo, no dia 28/04/1878. Foi casado por dezesseis anos com Wanda Pacheco Ferreira, com quem teve dois filhos. Em 1902, formou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Seis anos mais tarde, ingressou na Inspetoria de Assistência Pública do Distrito Federal no cargo de subcomissário. Com a inauguração do Posto Central de Assistência Pública em 1907, Adalberto Ferreira foi nomeado médico da unidade de saúde. O Posto Central, instalado na Rua Camerino nº 33, foi a primeira unidade pública municipal de pronto-socorro. No mesmo ano, chegou a assumir o posto de comissário de higiene durante o impedimento do titular, Alberto de Paula Rodrigues. Em seguida, atuou como médico do Posto Central de Assistência Municipal. Foi promovido a Diretor de Higiene e Assistência Pública em 30/10/1919, na gestão de Sá Freire Alvim (1919-1920), tendo permanecido no cargo até 07/06/1920. Em novembro de 1926, após a exoneração de Juvenil da Rocha Vaz, reassumiu a direção do órgão como interino. Foi efetivado como Diretor Geral em 06/04/1927, mantendo-se no cargo até a sua morte.* Faleceu no […]
Nascido no Rio de Janeiro, era filho de Emílio Gomes da Costa Miranda, industrial e antigo funcionário do Tesouro Federal. Graduado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, no 5º ano do curso médico foi nomeado interno do hospital São João de Deus, da Sociedade Portuguesa de Beneficência. Em março de 1890, foi nomeado para o corpo médico do exército do Rio de Janeiro, lá desempenhando as funções de médico adjunto. Exonerou-se em 21/04/189, passando, posteriormente, a integrar o quadro de funcionários da Inspetoria Geral de Higiene. Em julho de 1893, foi designado comissário de higiene da freguesia de Sant’Anna junto com os Drs. Guilherme Augusto Moreira Guimarães, João Gonçalves Coelho, Manuel Francisco do Rego Barros e Antônio Leocádio da Rocha e Silva. Foi promovido a Chefe de Distrito Sanitário em junho de 1896. Anos mais tarde, em 14/11/1918, foi designado para exercer interinamente o cargo de Diretor Geral de Higiene e Assistência Pública, vindo a ser nomeado titular da Diretoria em janeiro do ano seguinte. Permaneceu no cargo até 16/10/1919, retornando à chefia do Distrito Sanitário, dessa vez vinculado ao Departamento Municipal de Assistência Pública. Por ato do Prefeito do Distrito Federal, Alaor Prata (1922-1926), foi nomeado subdiretor […]
Filho de João de Souza Werneck, importante proprietário de terras do Sertão do Rio Preto, Paulino Werneck nasceu em 16/12/1860. Casou-se duas vezes, sendo pai de três filhos, frutos de sua segunda núpcia com Ernestina de Moraes Werneck. Diplomou-se em medicina em 1886, seguindo, inicialmente, carreira clínica. Trabalhou em casas de saúde tais quais o Hospital da Santa Casa de Misericórdia e o Hospital de São Francisco da Penitência. Logo em seguida, consagrou-se como higienista ao assumir a direção interina da Assistência Municipal. Durante a gestão de Joaquim José Torres Cotrim na Diretoria de Higiene e Assistência Pública, foi Chefe de Distrito Sanitário, quando também esteve à frente do Posto Central de Assistência, inaugurado em 01/11/1907. Posteriormente, alçou à posição de titular da pasta de Higiene, em cargo vago com a aposentadoria de Torres Cotrim. Deve-se a sua administração a bem-sucedida organização do serviço de socorro de urgência, tendo o Dr. Werneck dirigido o Serviço de Socorros Balneários da Praia de Copacabana, em 1917, durante a gestão de Amaro Cavalcanti (1917-1918). Foi membro-diretor do Centro da Boa Imprensa e vice presidente da associação beneficente Centro da Boa Esperança. Atribui-se ao ilustre sanitarista a idealização do Serviço Municipal de Pronto-Socorro em […]
Pedro Affonso Franco, o Barão de Pedro Affonso, nasceu em 21/02/1845 na cidade fluminense de Paraíba do Sul, RJ. Recebeu a honraria de Barão pelo imperador D. Pedro II às vésperas da instauração da república brasileira, em agosto de 1889. Diplomou-se em Medicina pela Faculdade do Rio de Janeiro, seguindo para a Europa onde concluiu especialização pela Universidade de Paris. Além de clinicar, atuou no magistério, tendo assumido a cátedra de patologia cirúrgica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Logo em seguida, envolveu-se com as questões sanitárias do município, fundando, em 1894, o Instituto Vacínico Municipal, cujo principal escopo era oferecer um serviço eficaz de combate à epidemia de varíola que espraiava-se pela capital federal. Após inúmeras tentativas empreendidas, ainda enquanto Diretor do Hospital Geral da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, em 1887 dr. Pedro Affonso logrou êxito na reprodução da vacina animal para o tratamento de varíola. O barão de Pedro Affonso foi também responsável pela direção do Instituto Soroterápico Federal, instituição embrionária da Fundação Oswaldo Cruz, desde a sua fundação, em 1900, até março de 1903, quando demitiu-se após dissidências técnicas e administrativas com o então Diretor – Técnico Oswaldo Cruz. Importante figura […]
Nascido em 1850, Joaquim José Torres Cotrim foi Médico e cirurgião paulista. Reconhecido como importante higienista brasileiro, prestou relevantes serviços à saúde pública, inicialmente como Médico-diretor do Lazareto da Ilha Grande, RJ. Era casado com Julia Torres de Carvalho Cotrim, cunhado do Dr. Nuno de Andrade e tio do Dr. Fernando de Magalhães. Ingressou na carreira de sanitarista como ajudante da Inspetoria Geral de Higiene, em 1890, consagrando-se no Estado de São Paulo à frente da Repartição Sanitária. Pouco tempo depois, haja vista seu exemplar desempenho na comissão supracitada, substituiu Souza Lima no cargo de Diretor Geral de Higiene e Assistência Pública do Distrito Federal, em 1894, organizando e chefiando o serviço de desinfecção de cargas, o que marcou a consolidação da fase científica da desinfecção pública. Sua primeira iniciativa foi conclamar os médicos do Distrito Federal a notificarem qualquer doença transmissível consignada no regulamento municipal de 28/06/1893. Uma de suas contribuições foi a criação da Inspetoria de Isolamento e Desinfecção da Assistência Pública Municipal do Rio de Janeiro, durante o governo do Prefeito Pereira Passos (1903-1906). Entre idas e vindas, exerceu a função de diretor até 1911, quando se aposentou. Publicou, dentre outros artigos, “Instruções para o Serviço de […]
Fernando de Azevedo nasceu em 02/04/1894, em São Gonçalo de Sapucaí, Minas Gerais. Era filho de Francisco Eugênio de Azevedo e de Sara Lemos Almeida de Azevedo. Foi casado com a professora Esmeralda Masson de Azevedo. Cursou o ginasial no Colégio Anchieta, em Nova Friburgo e, posteriormente, ingressou no curso de Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito de São Paulo. Começou a carreira docente como lente substituto de latim e psicologia no Ginásio Mineiro. Em seguida ministrou aulas de latim e literatura na Escola Normal de São Paulo. Em janeiro de 1927, Fernando de Azevedo assumiu a chefia da Diretoria Geral de Instrução Pública do Distrito Federal. Atendendo às queixas de seu antecessor a respeito do mal estado das instalações educativas, Azevedo projetou e executou uma ampla reforma educacional no Rio de Janeiro. O projeto envolveu a extensão do ensino a todas as crianças, a criação de novas escolas, a instalação de um programa de assistência alimentar nos colégios e a criação da primeira Clínica Escolar do Rio de Janeiro (Oscar Clark). Exonerou-se em 24/10/1930, em razão da chegada de Getúlio Vargas à presidência da república. Logo após a Revolução de 1930 e a criação do Ministério da […]
Renato Maurity Jardim nasceu no dia 09/11/1867 em Resende, no Rio de Janeiro. Cursou o primário em sua cidade natal, nos colégios Galvão e São Carlos. Mudou-se para o interior de São Paulo em 1889, onde seu pai adquiriu terras. Iniciou sua carreira política como vereador no município de Batatais e, em 1900, ocupou o cargo de intendente municipal. Transferiu-se para Ribeirão Preto em 1905, onde exerceu o cargo de vereador por dois mandatos. Renato Jardim diplomou-se pela Escola Normal de São Paulo. Integrou o primeiro corpo docente do Ginásio do Estado de Ribeirão Preto (atual escola Otoniel Mota), inaugurado em 1907, onde lecionou Geografia. A partir de 1917 assumiu a direção da escola secundarista. Em 1916, participou da Liga Nacionalista de São Paulo, organização fundada por Olavo Bilac que tinha como bandeiras o serviço militar obrigatório e a educação cívica patriótica. Durante o Governo de Washington Luís em São Paulo (1920-1924), foi nomeado diretor da Escola Normal da Capital paulista. Na reunião de fundação da Sociedade de Educação de São Paulo em 1922, Renato Jardim foi eleito seu vice-presidente. Com a sucessão do presidente do Estado de São Paulo, Renato Jardim passou a chefiar a Diretoria de Tomada de […]
Filho de Antônio Carlos Carneiro Leão e Elvira Cavalcanti de Arruda Câmara Carneiro Leão, Antônio Carneiro Leão nasceu em 02/07/1887, em Recife, PE. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de Recife, doutorou-se em Filosofia, disciplina a qual exerceu magistério durante 3 anos na mesma instituição. Professor emérito da Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil, onde ministrava a disciplina de Administração Escolar e Educação Comparada, ocupara também a cátedra de Administração da Escola do Instituto de Educação do Distrito Federal, além de lecionar no Colégio Pedro II e em universidades nos Estados Unidos, França, Argentina e Uruguai. No Rio de Janeiro, continuou expressando sua preocupação com a educação através da administração pública. Em 1922, nomeado para o cargo de Diretor Geral da Instrução Pública Municipal, lançou mão de reformas embrionárias do que viria a ser seu maior projeto em vida, a restauração do ensino com bases estatais. A modernização do sistema educacional em curso em alguns países europeus inspirou um movimento de estudiosos que integravam a Associação Brasileira de Educação (ABE), conhecido como Escola Nova que, por sua vez, reivindicava um novo modelo escolar capaz de garantir a qualidade do ensino ofertado. “Sempre pensei que a […]
Ernesto do Nascimento Silva nasceu em 10/09/1857, no Rio de Janeiro, então capital do Brasil. Era filho do conselheiro Josino Nascimento Silva e de D. Maria Jesuína da Rocha e Silva, e irmão de Carlos Augusto do Nascimento Silva, diretor de Obras Públicas. Estudou o preparatório no Colégio São Pedro de Alcântara e em seguida foi admitido na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde formou-se em 1880. Foi vice-presidente do Club Médico Brasileiro e catedrático de Medicina Legal e Higiene da Faculdade de Medicina. Por voto unânime do corpo docente, foi eleito diretor da Faculdade nos anos de 1911 e 1914. Durante o governo do Prefeito Carlos Cesar de Oliveira Sampaio (1920-1922), exerceu o cargo de Diretor Geral de Instrução Pública. Foi intensamente criticado por parte da imprensa em relação à falta de professores e ao fechamento de escolas pelo não pagamento dos aluguéis. Em relatório, queixou-se da ausência de uma legislação regular sobre o ensino do Distrito Federal, e a grande centralização dos serviços na figura do Diretor, tendo proposto a criação de um Conselho de Instrução. Ernesto do Nascimento foi autor de Das condições patogênicas das palpitações do coração e Do aborto criminoso e do segredo […]
Nascido em 28/11/1864, Antônio Pinto de Rocha Bastos era militar e pertencia a uma ilustre família cearense, os Pinto Nogueira. Em 16/05/1893 foi nomeado amanuense da Diretoria de Instrução Pública Municipal, tendo atuado na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Entre 1900 e 1901 exerceu o cargo de Ajudante do Serviço de Recenseamento da Diretoria Geral de Estatística e, após, como 1º oficial da Instrução Pública e chefe de seção (secretário) da Secretaria da Escola Normal. Permaneceu nesta função até outubro de 1911, quando foi transferido para a Diretoria Geral de Instrução Pública. No mesmo mês foi promovido a Secretário Geral da Diretoria de Instrução Pública. Foi eleito vice-presidente da Sociedade Beneficente dos Empregados Municipais para o biênio de 1915 e em 1916, quando concluiu o curso de Direito da Faculdade de Direito Teixeira de Freitas. Com o início do mandato do Prefeito Carlos Sampaio em junho de 1920, Rocha Bastos serviu interinamente como Diretor Geral de Instrução Pública até a posse de Ernesto do Nascimento Silva, poucos dias depois. Após seis dias foi-lhe concedida a aposentadoria do cargo de Secretário Geral da Diretoria de Instrução Pública. Foi homenageado ainda em vida, tendo seu nome dado a uma escola […]
Pertencente à tradicional família de Ambrósio Leitão da Cunha, o Barão de Mamoré, Raul Leitão da Cunha nasceu na Cidade Imperial do Rio de Janeiro, no dia 02/01/1881. Filho de José Maria Leitão da Cunha e de Maria Georgina Leitão da Cunha, foi casado com Zilda Vidal Leitão da Cunha. Concluiu seus primeiros estudos em Petrópolis, no Instituto H. Kopke, graduando-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1903, com a defesa da tese Valor Diagnóstico da Punção Lombar. Em seguida foi para a Europa, onde se especializou em Anatomia Patológica. Sua carreira começou nos idos de 1905, no Hospital Nacional de Alienados, onde foi diretor do Serviço Anatomopatológico até 1907, quando iniciou sua trajetória docente na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, ocupando as cátedras de Histologia, Bacteriologia, Microbiologia e, por fim, Anatomia Patológica. Em 1920, ingressou na administração pública à frente dos Serviços Sanitários do Rio de Janeiro ao lado de Carlos Chagas. Quatro anos mais tarde, ingressou no Conselho Penitenciário, tendo, em 1926, representado o Brasil na I Conferência Pan-Americana dos Diretores de Saúde Pública, reunida em Washington. Foi eleito Vereador pelo Distrito Federal em 1928, permanecendo no cargo até 1930, quando atuou […]
Filho de Fernando Antônio Faria e Maria Vitória Pereira de Faria, Raul de Faria nasceu em 26/05/1885, em Minas Gerais. Casou-se duas vezes, primeiramente com Diva Sá Freire de Faria e, em segundas núpcias, com Vanda Faria. Concluiu seus estudos secundários no Colégio Anchieta, Nova Friburgo (RJ), ingressando, logo em seguida, na Faculdade Livre de Direito de Minas Gerais, onde graduou-se em 1906. Filiado ao Partido Republicano Mineiro (PRM), sua trajetória política tem início em 1907, na Assembleia Legislativa mineira, quando da substituição de Gabriel Vilhena Valadão, cadeira a qual ocuparia até 1914. Sete anos depois, ao eleger-se Deputado Federal, transferiu-se para o Rio de Janeiro, então Distrito Federal, integrando a Comissão de Instrução da Câmara. Após os eventos políticos que culminaram na ascensão de Getúlio Vargas à Presidência em 1930, medidas como a suspensão temporária das atividades legislativas contribuíram para inflamar a sua insatisfação com o governo em curso, expressa posteriormente sob a forma de um manifesto. Em 1943, tendo exercício no Departamento de Educação de Minas Gerais, participou da assinatura do Manifesto dos Mineiros, primeira expressão concreta das elites de sua postura contrária ao Estado Novo, o que resultaria em seu completo afastamento da administração pública. Retornou à […]
Filho do professor Cícero Peregrino da Silva e de D. Maria Souza Leão P. da Silva, Manoel Cícero nasceu em 07/09/1866, em Recife, Pernambuco. Em sua cidade natal fez seus estudos no Ginásio Pernambucano. Formado bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife em 1883, após dois anos recebeu o título de doutor em Direito pela mesma instituição. Em 28/06/1889 foi nomeado bibliotecário da Faculdade de Direito do Recife. No ano seguinte, foi designado para compor o júri da Freguesia de Boa Vista (PE). Foi sócio do Instituto Arqueológico e Geográfico Pernambucano, tendo integrado a Comissão de Contas da organização. Por seu trabalho desempenhado na biblioteca da Faculdade de Direito, em 30/07/1900 foi convidado por Epitácio Pessoa, então Ministro da Justiça, a mudar-se para o Rio de Janeiro e assumir o cargo de diretor da Biblioteca Nacional. Foi um ferrenho defensor da necessidade de um novo prédio sede para a Biblioteca Nacional, que ficava localizada no largo da Lapa, sem condições adequadas para acomodar as obras. A construção da nova sede na Avenida Central, atual Avenida Rio Branco, começou em 1905 e só foi concluída em 29/10/1910. Também propôs reformas administrativas na Biblioteca Nacional, presentes no […]
Filho de Virgínia de Morais Peixoto e do capitão Francisco Afrânio Peixoto, Júlio Afrânio Peixoto nasceu em 17/12/1876, em Lençóis, Lavras Diamantinas, BA. Logo após diplomar-se com láurea acadêmica pela Faculdade de Medicina da Bahia, foi chamado para a cátedra de Medicina Pública na Faculdade Livre de Direito de Salvador, dando início a sua trajetória acadêmica. Em 1902, mudou-se para o Rio de Janeiro, Capital Federal, assumindo os cargos de Inspetor de Saúde Pública (1902) e, no ano seguinte, Diretor do Hospital Nacional de Alienados. Integrou o quadro docente da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1906, ao substituir o titular da cadeira de Higiene e, posteriormente, prestou concurso para lecionar Medicina Legal. Durante três anos respondeu pelo Serviço Médico Legal da Polícia (1907-1911), quando, após participar da exumação do corpo de Euclides da Cunha, foi eleito para sucedê-lo na cadeira 07 da Academia Brasileira de Letras. Nesta, obteve grande destaque, tendo parte em distintos exercícios, como a Comissão de Bibliografia (1918), a Comissão de Redação da Revista (1911-1920) e a Comissão de Lexicografia (1920 e 1922). Em 1923, ao presidir a Casa de Machado de Assis, aproximou-se da embaixada francesa, com a qual negociou a réplica do […]
Antônio Augusto de Azevedo Sodré nasceu em Maricá, RJ, no dia 13/12/1864. De tradicional família fluminense, era filho de José Paulo de Azevedo Sodré e Cândida Ribeiro de Almeida Sodré. Fora casado com Luzia Salles de Azevedo Sodré, neta do Visconde de Mauá, e a sua família pertenceram nomes como Alcindo de Azevedo Sodré, idealizador e primeiro Diretor do Museu Imperial, localizado em Petrópolis; e o Dr. Fábio Sodré que, assim como o pai, construiu carreira na medicina. Após concluir seus estudos primários no Liceu do Conde d’Eu, em Nova Friburgo, transferiu-se para a Capital do Império ao ingressar na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Logo que diplomou-se, em 1885, começou a exercer a profissão, primeiro no Hospital da Beneficência Portuguesa e, em seguida, no Hospital da Misericórdia. Concomitantemente, retornou à faculdade em que acabara de colar grau, agora como preparador da disciplina de Terapêutica. No ano seguinte, realizou concurso para professor adjunto, assumindo paulatinamente as cátedras de Patologia Interna e Clínica Médica. Em 1911, elegeu-se diretor da instituição. Lecionou também na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro em 1895, sendo responsável pelo conteúdo de Medicina Pública. Entre os anos de 1887 e 1888, […]
Filho de Felisberto Batista da Costa e de Henriqueta de Sá Batista, Álvaro Batista nasceu em 11/11/1858, na cidade de São Borja, RS. Agrimensor pela Escola Militar de Porto Alegre, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde formou-se em Medicina, em 1882. Álvaro Batista participou ativamente das efervescências políticas que agitaram o Brasil no fim do século XIX e, alinhando-se aos discursos abolicionista e republicano, fundou, em 1878, o Clube Evolucionista ao lado de nomes como Augusto Ribeiro Guimarães e José Ferreira de Morais, e, no ano seguinte, o Clube 20 de Setembro. Também presidira o Clube Republicano de São Borja, tendo participado de congressos e movimentos orientados para o fim da monarquia e instauração de uma república federativa. Após a proclamação, inseriu-se na administração pública, dando sequência à tradição familiar, haja vista as carreiras de seu pai e irmão. Assumiu o cargo de Secretário do Interior do governo de Júlio Castilhos, atuando no sentido de mitigar os ânimos descentralizadores que irradiavam-se pelo estado riograndense durante a eclosão da Revolução Federalista (1893-1895). Membro do Partido Republicano Rio-Grandense, dedicou-se ao legislativo, sendo, inclusive, eleito Deputado pela Constituinte Estadual. Ocupou, por indicação, a Secretaria dos Negócios da Fazenda no primeiro ano da […]
Filho do poeta parnasiano e senador Luís Delfino dos Santos, Thomaz Delfino dos Santos nasceu no Rio de Janeiro, em 24/09/1860. Estudou no Colégio Pedro II e, posteriormente, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde formou-se médico em 1882. Aderiu às causas republicana e abolicionista. Na década de 1880 fundou a Gazeta Sul Mineira, vinculada ao Partido Republicano, no município de São Gonçalo de Sapucaia (MG). Serviu voluntariamente como médico no exército, atingindo o posto de Major. Amigo pessoal do Marechal Floriano, participou ativamente das lutas políticas em prol do sistema de governo republicano. Em 1880, foi um dos organizadores do Clube Tiradentes. Após a Proclamação da República, foi eleito Deputado pelo Distrito Federal em 15/09/1890. No cargo, integrou a comissão que elaborou a Constituição de 1891. Em 1896, renuncia ao cargo na Câmara para assumir a vaga de Senador, aberta após a morte de Aristides Lobo. No Senado, participou das comissões de Saúde Pública; Estatística e Colonização; e Justiça e Legislação. Foi ainda professor e diretor da Escola Normal do Distrito Federal, sendo indicado, em 16/11/1910, para o cargo de Diretor Geral de Instrução Pública Municipal, mas não assume o posto. Em 1912 foi reeleito Deputado Federal […]
Filho de João Ferreira Correia e de Carolina Pereira Correia, e sobrinho de Boaventura Clapp e de Ildefonso Pereira Correia – o barão de Serro Azul -, Leôncio Correia nasceu na cidade de Paranaguá (PR), em 01/09/1866. Transferiu-se para a Capital do Império a fim de concluir seus estudos primários, tendo se formado pelo Colégio Pedro II, onde retornaria, anos mais tarde, como Diretor. Doutorou-se em Direito, sem, no entanto, ter chegado a exercer a profissão. A despeito da carreira advocatícia, assumiu, num primeiro momento, a cadeira de Professor de História Universal da Escola Normal do Rio de Janeiro, chegando a passar, ao longo de sua vida, pela direção de importantes instituições como a Imprensa Nacional e o Diário Oficial. Grande entusiasta da República e tributário da causa abolicionista, defendeu veementemente suas ideias através da imprensa. Fundador dos periódicos paranaenses 15 de Novembro e Diário do Comércio, e o carioca Folha Popular, Leôncio Correia também teve parte em publicações como o Club Curitibano, Cenáculo, Cidade do Rio, Vida Moderna e O País. Paripassu à carreira jornalística, dedicou grande parte de sua vida à literatura e à poesia, sendo um dos nomes mais proeminentes da passagem do século XIX para o […]
Filho de Paulino José Bonfim, proprietário de engenho, e de Maria Joaquina, descendente de comerciantes portugueses, Manoel Bonfim nasceu em Aracaju, SE, em 08/08/1868. Mudou-se para Salvador aos 12 anos para concluir seus estudos primários e, em 1886, ingressou na Faculdade de Medicina, a qual concluiu no Rio de Janeiro, em 1890, com a Tese Das nefrites. Exerceu a profissão ao longo de oito anos, durante os quais clinicou na Secretaria de Polícia e fora tenente-cirurgião na Brigada Policial. Mudou-se com sua esposa, Natividade Aurora de Oliveira, e filhos para o interior paulista, Mococa, em 1893. A transferência da capital suscitou, por parte de alguns biógrafos, a teoria póstuma de que Manoel Bonfim pudesse ter sido alvo de perseguições devido a suas convicções antimilitaristas no contexto da presidência de Floriano Peixoto (1891-1894). Após a morte de sua filha, em 1894, desiludiu-se com a carreira médica e retornou para o Distrito Federal, engajando-se em novos projetos. Em 1896, entrou no magistério como professor de Moral e Cívica da Escola Normal, iniciando seu movimento pela educação, o qual seguiria até o fim de sua vida. As vastas redes forjadas pelo círculo literário carioca o levaram à direção do museu pedagógico Pedagogium, em […]
Abeillard Genes de Almeida Feijó iniciou os estudos no Colégio Episcopal de S. Pedro de Alcântara e na Escola Militar da Praia Vermelha. Após ser aprovado no exame do Ministério da Agricultura em 23/07/1877, tornou-se habilitado para exercer as funções de agrimensor. Em outubro do mesmo ano, foi designado para atuar como Agrimensor na Colônia de Santa Leopoldina, localizada na província do Paraná. Foi Professor Adjunto de Instrução Primária e Secundária do Rio de Janeiro e, em Janeiro de 1890, ingressou na administração pública municipal como Oficial da Inspetoria Geral de Instrução Pública. Em 16/05/1893 foi nomeado Chefe da 2º Seção da Inspetoria Geral de Instrução Pública, responsável pelo ensino normal, profissional e artístico, bibliotecas e museus municipais. Posteriormente, exerceu os cargos de Secretário Geral (04/1897) e Subdiretor da Diretoria Geral de Instrução Pública. Chegou a assumir o cargo de Diretor Interino de Instrução Pública Municipal durante o afastamento do titular, José de Medeiros e Albuquerque, e novamente, após a exoneração de Manuel Bonfim, em 24/04/1907. Em junho de 1916, foi nomeado para a Junta de Alistamento do Sorteio Militar. No ano seguinte, foi eleito vice-presidente da Diretoria da Caixa Escolar de Paquetá. Presidiu ainda a Mesa de Qualificação Eleitoral […]
Medeiros e Albuquerque nasceu em 04/09/1867, na cidade de Recife, Pernambuco. Seu pai, Joaquim José de Campos da Costa de Medeiros e Albuquerque, foi Deputado Geral pelo Maranhão entre 1872 e 1875. Ainda jovem, mudou-se para o Rio de Janeiro, iniciando seus estudos no Colégio Pedro II. Em 1880, viajou com seu pai para a Europa e em Lisboa matriculou-se na Escola Acadêmica. Após quatro anos de estudos em Portugal, retornou ao Brasil. Fez o curso de História Natural com Emílio Goeldi, e aulas particulares com Sílvio Romero. Iniciou a carreira jornalística em 1888, como colaborador no jornal Novidades. No ano seguinte, lançou seu primeiro livro de poesias: Pecados e Canções de Decadência. Era adepto da causa republicana, e com a instauração do Governo Provisório em 15/11/1889, foi nomeado por Aristides Lobo para o cargo de secretário do Ministério do Interior. Participou do concurso ocorrido em 20/01/1890 para a escolha do novo Hino Oficial do Brasil. Seu hino, composto em parceria com o músico Leopoldo Américo Miguez, acabou sendo utilizado como Hino da Proclamação da República. Em 1890, tornou-se professor da Escola de Belas Artes e presidente do Conservatório Dramático (1890-1892). Dois anos mais tarde, foi nomeado Vice-Diretor do Ginásio […]
Joaquim Borges Carneiro nasceu na cidade de Jerumenha, localizada na Zona do Alto Parnaíba, Piauí. Foi nomeado amanuense da Secretaria de Estado dos Negócios do Império em Abril de 1872, sendo promovido posteriormente a oficial do órgão. Constituído o Governo Provisória da República recém-proclamada, Borges Carneiro foi aposentado do cargo de oficial da Secretaria do Interior e convidado a exercer o cargo de secretário do Ministro do Interior, Aristides da Silveira Lobo, atuando até a renúncia do ministro em 10/02/1890. Membro do Conselho Superior de Educação, exerceu docência na Escola Central, foi lente de Filosofia do Direito da Faculdade Livre de Direito, ministrou aulas de Pedagogia na Escola Normal do Rio de Janeiro e no Instituto de Surdos e Mudos, atual Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). Por seus serviços na área da pedagogia, recebeu condecorações de diversas sociedades científicas, como a Sociedade de Pedagogia de Valparaíso e o Instituto Jurídico de Berlim. Junto a Franklin Tayora e Moreira Sampaio, fundou a Revista Brasileira. Em junho de 1900 foi nomeado para substituir Alfredo Augusto Gomes no cargo de subdiretor de Instrução Municipal. Após a exoneração de Benedito Cordeiro de Campos Valladares em 04/09/1900, Joaquim Borges Carneiro foi designado Diretor […]
Benedito Cordeiro de Campos Valladares nasceu em 08/06/1848, em Minas Gerais. Advogado e jornalista, formou-se em Direito em 1872, iniciando carreira também no magistério. Integrou o quadro docente da Faculdade Livre de Direito da Capital, da qual era membro fundador, ocupando a cátedra de Direito Civil. Reconhecido como uma das maiores figuras no cenário jurídico nacional, representou a instituição no Congresso Jurídico Americano, ocorrido em 1900. Entrou para a política como deputado de Minas Gerais, ora respondendo pelas Assembleias Provinciais, durante o Império, ora pela Câmara Federal, no período republicano. Destacou-se na vida administrativa à frente da Diretoria Geral de Instrução Pública Municipal, entre janeiro de 1899 e setembro do ano seguinte, presidindo também o Conselho Superior da Instrução. Faleceu em 1929, sendo enterrado no cemitério São Francisco Xavier, no Rio de Janeiro. Era pai do deputado Francisco de Campos Valladares e do advogado Ignácio Valladares. Amanda Vilela.
Filho do Comendador José Maria Gomes e de D. Luiza Leonor Gomes, Alfredo Augusto Gomes nasceu em 28/09/1859. Bacharel em Letras pelo Colégio Pedro II, iniciou em 1875 a Faculdade de Medicina do Município da Corte, graduando-se em 1883. Destacou-se como um dos intelectuais de renome da Corte e, posteriormente, da República, atuando enquanto Professor Gramático. Foi Professor e Diretor conceituado da Escola Normal, uma das mais importantes instituições de ensino da época. Fundou e dirigiu, no bairro de Laranjeiras, o Colégio Alfredo Gomes (1888-1917). Integrou Comissão criada pela Direção da Instrução Pública, em 1897, para se discutir e reformular as bases do Ensino Normal, ao lado dos professores Francisco Cabrita e Guimarães Rebello. Em reunião precedente à formação oficial de tal grupo, presidida pelo próprio gramático, os professores supracitados manifestaram veementes objeções à proposta apresentada inicialmente pelo poder público, da qual, de acordo com os teóricos, uma reforma do 1º grau seria condição sine qua non. Subdiretor de Instrução Pública e Membro do Conselho Municipal de Instrução, em 31/12/1898 foi nomeado para o cargo interino de Diretor Geral de Instrução Pública Municipal, onde, entre idas e vindas, permaneceu até 1902. Dentre suas publicações, destaca-se o Grammatica portugueza (1920 [1887]) […]
Filho de Francisco de Paula Avellar Cabrita, Francisco de Paula da Silva Cabrita nasceu em 10/03/1857, na cidade do Rio de Janeiro. Em 1879, formou-se em Engenharia Civil pela Escola Politécnica. Durante a graduação, iniciou sua carreira no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro, onde atuou como professor e secretário auxiliar do Diretor Francisco Joaquim Bittencourt da Silva. Recebeu, em 1880, o diploma de sócio-conservador da instituição, em cerimônia onde foram agraciados com o diploma de sócio-benemérito personalidades como o engenheiro Adolpho José Del-Vecchio e o pintor Victor Meirelles de Lima. Pelos trabalhos desempenhados, recebeu também do governo imperial, em 1882, os hábitos de Cavaleiro da Ordem de Cristo e da Rosa. Por concurso de 1884, ingressou como professor da Escola Politécnica, onde mais tarde, em 1891, assumiu a função de vice-diretor. Em dezembro de 1889 foi nomeado Diretor do Ginásio Nacional, atual Colégio Pedro II, e da Escola Normal do Distrito Federal. Incumbido por Benjamin Constant, realizou a primeira reforma da Escola Normal após a proclamação da República. Tornou-se catedrático de Matemática da instituição. Foi autor de extensa bibliografia didática, principalmente na área de Aritmética e Geometria. Membro do Conselho Diretor da Diretoria Geral de Instrução […]
Doutor em Medicina pela Faculdade da Bahia, prestou seus serviços no Exército, tendo se alistado no corpo médico de uma das unidades militares em campanha na Guerra do Paraguai. Em razão de sua atuação no conflito, ascendeu rapidamente ao posto de Major. Logo após reformar-se, assumiu, concomitantemente ao atendimento clínico, a cátedra de Latim do Colégio Militar. Destacou-se no cenário republicano por sua dedicação ao ofício médico. Por priorizar o público suburbano em detrimento da elite emergente, oferecia atendimento às camadas mais populares dispensando, por vezes, a contribuição financeira. Tal atitude lhe rendeu a alcunha de “médico dos pobres”, ou até mesmo “pai da pobreza”, sendo, anos mais tarde, por decisão do Conselho Municipal, imortalizado no nome da rua onde residiu durante a maior parte da vida, localizada no bairro de Cascadura, Zona Norte do Rio de Janeiro. Neste mesmo logradouro, teve parte na inauguração do Hospital de Nossa Senhora Das Dôres, em 1883, instituição precursora no tratamento de tuberculosos no país, onde exerceu as funções de Diretor, Administrador Interino e Clínico. Na política, exerceu ainda as funções de Intendente Municipal e Diretor Geral da Instrução Pública, cargo último que ocupou entre 1895 e 1897, na gestão de Francisco Furquim […]
Filho do comendador José Joaquim do Carmo e de D. Maria Felícia da Conceição Leite Lobo, e irmão da Sra. Abigail de Beaurepaire Rohan – viúva do Coronel Luiz de Beaurepaire Rohan -, José Joaquim do Carmo nasceu em 27/08/1834. Casou-se em primeiras núpcias com Agueda Josephina da Veiga do Carmo, parente do ilustre Evaristo da Veiga, e, mais tarde, com Maria Magdalena da Silveira Carmo. Após concluir os estudos secundários, bacharelou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo aos vinte anos, retornando à corte imperial para abrir seu próprio escritório de advocacia e dedicar-se, concomitantemente, à magistratura. Durante o regime monárquico, filiou-se ao partido liberal moderado e, através das honras de amigo íntimo do imperador, alçou cargos políticos de prestígio, tais quais o de Presidente das províncias do Espírito Santo, Paraná e Pará, respectivamente, e diretor da Fazenda da ex-província do Rio de Janeiro, em 1865. Fundador e diretor da Faculdade Livre de Direito da capital da nascente federação, residente na Escola Normal, em 1891, ao lado de nomes como Conselheiro França Carvalho, fez brilhante e duradoura carreira na área de educação. Convidado amiúde a participar de comissões examinadoras para preenchimento de cargos de magistério, além de ter integrado […]
Natural do Rio de Janeiro, Eugênio Pereira Pinto nasceu em 29/07/1865. Era filho de Joaquim Pereira Pinto. Fez parte da sociedade carnavalesca Novo Club dos Girondinos, com sede no bairro de Botafogo. Alunos da Escola Militar formavam a maioria dos membros originais da sociedade e, durante os desfiles, pediam doações à Caixa Emancipadora da Escola Militar. Na primeira eleição de diretoria ocorrida em 22/03/1882, Eugênio Pereira Pinto foi eleito 2º secretário. Ingressou na administração pública do Distrito Federal, como Oficial da Diretoria de Estatística. Exerceu também os cargos de Praticante da Diretoria de Fazenda da Prefeitura do Distrito Federal e 2º Suplente do Subdelegado da Freguesia da Gávea. Foi promovido ao cargo de Tesoureiro Geral da Prefeitura e do Montepio dos Empregados Municipais em 27/02/1899, tendo ocupado o cargo por 36 anos até ser aposentado compulsoriamente. Concomitantemente ao posto de Tesoureiro Geral, Eugênio Pereira Pinto também exerceu o cargo de Subdelegado da Freguesia da Gávea. Em abril de 1905 afastou-se do cargo por seis meses em decorrência de um tratamento de saúde que realizou na Europa. Durante o período, foi substituído pelo fiel do Tesouro, Alfredo Pinto Soares. Faleceu em novembro de 1935, aos 70 anos, no Rio de Janeiro, […]
Graduado pela Faculdade de Direito de São Paulo, Joaquim Soares Guimarães mudou-se para o Rio de Janeiro, então capital do Império, em 1875. Foi negociante de cereais, molhados e consignações no Mercado Municipal do Rio de Janeiro e sócio da firma Soares, Cunha & Cia. Casou-se com Maria de Bessa Guimarães, que também fazia parte de uma família de comerciantes da Praça do Mercado. Em dezembro de 1882, foi efetivado no cargo de Tesoureiro da Intendência Municipal, função que já exercia interinamente. Em 15/08/1893, foi nomeado Tesoureiro Geral do Distrito Federal. Pelo Decreto nº 116, de 13/01/1899, o órgão passou a se subordinar ao Prefeito, tornando Joaquim Soares Guimarães o primeiro Diretor de Tesouraria diretamente vinculado ao líder do executivo municipal. Aposentou-se da função em 27/02/1899. No ano de 1884, compôs a diretoria da Associação de Socorros Mútuos e Beneficente da Municipalidade da Corte, fundada neste momento. Presidiu, ainda, o Montepio dos Empregados Municipais durante o ano de 1892. Faleceu no Rio de Janeiro em 18/10/1912. José Ygor
Filho de José Antônio Fernandes e de Jesuina Maria de Jesus Fernandes, Alberto Augusto Fernandes nasceu em 1850. Estudou no Externato do Imperial Colégio Pedro II e no Atheneu Fluminense. Negociante, ingressou na Intendência Municipal no posto de Escriturário. Posteriormente, desempenhou os cargos de Oficial da Contadoria da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Suplente do Subdelegado da Freguesia da Glória, Tesoureiro da Agência Postal de Santos, Vice-presidente da Sociedade Beneficente dos Empregados Municipais, Chefe de Seção da Diretoria de Fazenda e da Diretoria de Patrimônio. Entre 1901 e 1902, Alberto Augusto Fernandes exerceu interinamente o posto de Diretor Geral de Rendas Municipais, substituindo Hermenegildo Militão de Almeida durante licença para tratamento médico. Com a incorporação da Diretoria Geral de Rendas Municipais à reinstituída Diretoria Geral de Fazenda, Alberto Augusto tornou-se Chefe da Seção de Impostos da Subdiretoria de Rendas em 1902. Dirigiu ainda interinamente a Subdiretoria entre 1906 e 1907. Faleceu em 12/10/1907, no Rio de Janeiro, deixando viúva Lina Fernandes. José Ygor
Hermenegildo Militão de Almeida era filho do Conselheiro Hermenegildo Barbosa de Almeida e de D. Virgínia Aurélia de Mello Almeida. Em 1881, bacharelou-se em Direito pela Faculdade de São Paulo, iniciando sua trajetória no magistério como professor de Lógica do Instituto Normal da Corte. Posteriormente, ocupou o cargo de Secretário da Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro, onde lecionou Lógica e Legislação Comparada. Além de lente catedrático de Direito Penal e Criminal da Universidade do Rio de Janeiro, Hermenegildo Militão construiu carreira política, tendo exercido as funções de Subdiretor de Patrimônio e Subdiretor de Rendas Municipais (1894). Com a desagregação da Diretoria Geral de Fazenda Municipal e consequente conformação da Diretoria Geral das Rendas Municipais, em 13/01/1899, é nomeado Diretor Geral deste órgão, ofício que exerceu até 1902, exonerando-se para assumir a reinstituída Diretoria Geral de Fazenda Municipal. Atuou, a partir de 1910, como Presidente da Junta de Alistamento Militar e, em seguida, como Tenente reformado do 8º distrito. O acadêmico possuía uma vida religiosa ativa, sendo eleito, em 1909, para participar da Irmandade do Menino Deus e Nossa Senhora da Conceição, chegando a exercer a ocupação de padre da Irmandade do Santíssimo Sacramento de […]
Nascido em 12/07/1882, Guilherme Paranhos Veloso era filho de Manoel Paranhos da Silva Velloso e de Lavinia Marcello Paranhos Velloso. Cursou o Preparatório no Colégio Alfredo Gomes, que localizava-se no bairro da Glória. Em 1895, após ser aprovado no exame de admissão, teve a sua matrícula aceita no Instituto Comercial do Rio de Janeiro. Formou-se pela Faculdade de Direito Teixeira de Freitas. Ingressou na administração pública em 1902, como Praticante da 2º Subdiretoria (Rendas Públicas), da Diretoria Geral da Fazenda do Distrito Federal. Posteriormente, assumiu os cargos de Amanuense (1904), Segundo Escriturário (1907), Primeiro Escriturário (1916) e Chefe de Seção (1922) do mesmo órgão. Foi também escrivão do Montepio Municipal entre 12/06/1925 e 05/11/1926. Em Outubro de 1917, Guilherme Paranhos foi designado para compor a Comissão Fiscalizadora Auxiliar das Agências da Prefeitura, chefiada pelo escriturário Henrique Moreira Brandão. Passou a chefiar a mesmo Comissão a partir de 04/09/1918. Junto a Ivo Pagani e Alexandre Dias, foi autor de “Coleção das Leis Municipais Vigentes”, obra que reúne os contratos e leis estabelecidos desde a primeira Legislatura do Conselho Municipal em 1893 até 1921, ano de publicação do livro. Após exonerar-se do cargo de escrivão do Montepio Municipal em 1926, Guilherme Paranhos […]
Natural de Canguaretama, Rio Grande do Norte, Manoel Tavares da Costa Miranda nasceu em 25/12/1873. Mudando-se para o Rio de Janeiro, recém designada capital do regime republicano, seguiu carreira militar, servindo como soldado no Batalhão Acadêmico. Em 1893, teve parte no episódio conhecido como a Revolta da Armada, liderada pelo Almirante Custódio de Melo contra a posse arbitrária de Floriano Peixoto, após a renúncia do Marechal Deodoro da Fonseca. No referido acontecimento, destacou-se em combate na Ponta da Armação, Niterói, em 09/02/1894, em cuja ocasião livrou da morte o Tenente Tasso Fragoso por um grupo adversário de marinheiros. Em retribuição e elogio póstumo, Tasso Fragoso viria a ser o redator de seu epitáfio, a saber: “Republicano histórico, defensor extremo da República. Soldado de Floriano Peixoto. Criador da Festa da Bandeira. Caráter ilibado. Intransigente no cumprimento do dever. De honestidade modelar. Gastou a vida no serviço da Pátria e da Família. Homenagem de seus amigos”. Trinta e quatro anos adiante, o soldado abandonou o serviço militar para ingressar no campo político, sendo designado para ocupar interinamente a Direção Geral da Fazenda Municipal. Exerceu também o cargo de Secretário Geral da Fazenda entre 1931 e 1932, aposentando-se do serviço público. Criador […]
Antônio Geremário Telles Dantas nasceu no Rio de Janeiro, em 24/09/1889, no atual bairro de Vila Valqueire. Formou-se em Direito, em 1912, pela Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro. Durante a Administração Amaro Cavalcanti (1917-1918) foi eleito Intendente Municipal. Em novembro de 1917 foi designado como o intendente líder da maioria do Conselho, sendo incumbido de representar a cidade como orador em diversas ocasiões. Foi também jornalista, tendo trabalhado por mais de uma década na redação d’O Jornal, onde escrevia coluna sobre finanças, administração, urbanismo e legislação da cidade do Rio de Janeiro. Durante os governos dos Prefeitos Alaor Prata (1922-1926) e Antônio Prado Júnior (1926-1930), exerceu o cargo de Diretor Geral da Fazenda Municipal, assumindo entre maio e outubro de 1930 a direção do Montepio dos Funcionários Públicos do Distrito Federal. Geremário Dantas faleceu aos 45 anos, no dia 20/02/1935, em Petrópolis, vítima de leucemia. Foi enterrado no cemitério de Jacarepaguá. Em sua homenagem, a antiga Estrada da Freguesia passou a se chamar Avenida Geremário Dantas. Em sua antiga residência, na atual Rua Cândido Benício, bairro de Campinho, funciona hoje o colégio de freiras Instituto Geremário Dantas. José Ygor
Carlos de Paiva Gonçalves nasceu no dia 04/05/1904, no Rio de Janeiro. Formou-se em Medicina, em 1926, pela Faculdade Nacional de Medicina, com especialização em oftalmologia. Conciliou a clínica com o magistério, destacando-se no exercício da Livre-Docência na Clínica Oftalmológica da Faculdade Nacional de Medicina (1934), na Escola de Medicina e Cirurgia (1935), e como interino na cátedra de Clínica Oftalmológica da Escola de Clínica Médica do Rio de Janeiro (1971). Professor fundador da Escola de Medicina da Fundação Técnico-Educacional Souza Marques, ocupou por anos a direção desta. Ao longo de sua trajetória clínica, atuou também como Assistente da Clínica Oftalmológica da Faculdade Nacional de Medicina (1929) e chefe da Clínica de olhos do Hospital Central do Exército (1931). Além de médico e acadêmico, Paiva Gonçalves seguiu carreira militar como Tenente-Coronel médico da Força Expedicionária Brasileira (FEB). Patrono da cadeira de número 85 da Academia Brasileira de Medicina Militar, fundada em 08/12/1941, participou da elaboração de seu anteprojeto ao lado de personalidades como Marques Porto e Gerardo Majella Bijos. Eleito Membro Titular da Associação Nacional de Medicina em 22/11/1962, na cadeira 64, seção de Cirurgia, Dr. Paiva Gonçalves também ocupou a cadeira nº 09 da Associação Brasileira de Educação, na […]
João da Costa Ferreira nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 18/09/1870. Graduou-se em Engenharia Civil pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro, na turma de 1896. Ainda estudante, ingressou na Comissão da Carta Cadastral, repartição pública municipal dirigida pelo engenheiro Manuel Pereira Reis. Dirigiu a Sociedade Beneficente Sidônio Paes até novembro de 1920, quando há um conflito interno na associação e cria-se o Centro Humanitário Sidônio Paes. Nessa nova sociedade, fundada em 05/12/1920, João da Costa Ferreira integrou o conselho administrativo. Em setembro de 1921, foi-lhe conferido o título de sócio benfeitor da União dos Operários Municipais. Por longos anos exerceu o cargo de Subdiretor da Diretoria Geral de Obras e Viação. Na gestão Amaro Cavalcanti (1917-1918), prestou serviços na abertura de estradas de rodagem no subúrbio carioca. No cargo, redigiu um completo relatório sobre a instalação de um Matadouro Modelo no Rio de Janeiro e diretrizes para uma nova organização do transporte e destino a dar ao lixo. Por conta de uma enfermidade que acometeu Octávio Moreira Penna, então diretor Geral de Obras, João da Costa Ferreira foi nomeado para assumir interinamente o cargo em 24/04/1920. Em janeiro de 1931, durante o governo do interventor Adolpho Bergamini […]
Elpídio João da Boamorte nasceu em 02/09/1868, na cidade de Vitória, Espírito Santo. Em 1880, ingressou no Curso preparatório Atheneu Provincial. Em razão do falecimento do seu pai, abandona os estudos em 1885, passando a atuar como aprendiz de tipografia nas oficinas dos jornais Espírito-Santense e Horizonte. No ano seguinte, assume o cargo de revisor do periódico A Província do Espírito-Santo. Em sua cidade natal, formou-se em Direito, ingressando na carreira administrativa em 22/01/1889, no posto de auxiliar de escrita da Delegacia de Inspetoria Geral das Terras e Colonização. Foi promovido a escriturário da mesma repartição em 14/02/1891. Muda-se, em seguida, para o nordeste do país, onde atua como escriturário da Alfândega de Aracaju (1899). Exerceu ainda os cargos de Delegado Fiscal nos estados da Bahia (1906) e do Amazonas (1908), Subdiretor do Tesouro Nacional (1913) e Diretor da Recebedoria do Distrito Federal (1913-1918). Durante a gestão do Prefeito Carlos Sampaio (1920-1922), foi nomeado Diretor Geral da Fazenda Municipal do Distrito Federal. Exonera-se da Diretoria de Fazenda em novembro de 1922 e, logo após, é renomeado Diretor da Recebedoria. De novembro de 1926 a setembro de 1930, foi Diretor Geral do Thesouro Nacional. Após aposentar-se como conferente da Alfândega do […]
Natural do Estado do Rio de Janeiro, Severiano de Andrade Cavalcanti nasceu no dia 08/11/1880. Era filho de Francisco Emiliano Cavalcanti e Maria Rita de Andrade Cavalcanti. Advogado, ingressou na carreira pública em 1898, através de concurso. No ano seguinte, foi nomeado 4º escriturário do Tesouro Federal. Atuou por anos no Ministério da Fazenda, onde exerceu as funções de 3º e 2º escriturário, chegando em 1918 ao cargo de subdiretor da Recebedoria do Distrito Federal. Em 28/02/1920, foi nomeado Diretor Geral da Fazenda Municipal do Distrito Federal. Permaneceu por pouco tempo no cargo, sendo exonerado em 27/03/1920. Retorna à Recebedoria do Distrito Federal, exercendo os cargos de Ajudante de Comissão, Subdiretor e, em janeiro de 1922, é nomeado Diretor da repartição. Afasta-se da Recebedoria em 04/12/1929 para substituir Eugênio Catta Preta no cargo de Diretor interino da Imprensa Nacional, durante os trabalhos da comissão responsável por inspecionar os serviços da Imprensa Nacional e do Diário Oficial. Dentre as tarefas desenvolvidas enquanto esteve à frente da comissão, fiscalizou rigorosamente o consumo de papel importado, estipulando a elaboração de um boletim de tiragem e venda diária na Tesouraria da Imprensa Nacional. No final de julho de 1930, pediu demissão do cargo de […]
Justo Rangel Mendes de Morais nasceu em 14/01/1883, na cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul. Era filho de Cecília Rangel Mendes de Moraes e do Marechal Luis Mendes de Morais, antigo chefe de Gabinete Militar do presidente Prudente de Morais, seu irmão (1894-1898). Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade do Rio de Janeiro em 1905, em seguida, atuou como adjunto de promotor. Presidiu o Instituto dos Advogados e a Ordem dos Advogados do Brasil. Em 29/07/1919 foi nomeado Diretor Geral de Fazenda do Distrito Federal, exonerando-se do cargo em fevereiro do ano seguinte. Em 1930 atuou como um dos cinco membros do Tribunal Especial, criado pelo Governo Provisório de Vargas para julgar indivíduos comprometidos com o regime anterior. Justo de Moraes foi nomeado Diretor da Caixa Econômica Federal em 1931. Participou do grupo de juristas que elaborou a Constituição de 1934 e, entre 1935 e 1937, atuou como Deputado Federal, eleito sob a legenda do Partido Constitucionalista de São Paulo. Foi também Presidente da Gráfica Editora Jornal do Commercio S/A e membro do conselho consultivo do Jockey Club. Faleceu aos 85 anos, no Rio de Janeiro, em 12/03/1968, vítima de uma parada cardíaca. Foi enterrado […]
Filho de Francisco Frederico de Mello Palhares e de Maria Luiza da Fonseca Palhares, Joaquim de Mello Palhares nasceu em 1873, na cidade do Rio de Janeiro. Concluiu seus estudos secundários no Colégio Pedro II. Ingressou na Diretoria de Fazenda como amanuense, em 1895, vindo a ocupar, posteriormente, os cargos de escriturário e chefe de seção. Após longos anos como Subdiretor interino da Diretoria Geral de Fazenda Municipal, Joaquim de Melo Palhares foi nomeado efetivo em Janeiro de 1918, pelo prefeito do Distrito Federal Amaro Cavalcanti (1917-1918), devido à aposentadoria de Leopoldo Bastos. Em 24/01/1919 foi nomeado Diretor Geral de Fazenda pelo Prefeito André Gustavo Paulo de Frontin. Permaneceu neste cargo até o final do governo de Paulo de Frontin, em 28/07/1919, tendo continuado na repartição como Subdiretor de Contabilidade e Despesa da Fazenda Municipal. Aposentou-se em 18/03/1926. Dirigiu o Montepio dos Empregados Municipais após a exoneração de Geremário Dantas. Foi convocado pelo Interventor Pedro Ernesto, em Outubro de 1931, para participar da comissão formada por ex-prefeitos e ex-diretores da Fazenda, com o intuito de elaborar o orçamento municipal para 1932. Aficionado por corrida de cavalos, Joaquim Palhares foi membro do conselho fiscal do Derby-Club e membro relator do conselho […]
Filho de Joaquim Justino Alves Bastos e Amelia Mendes Malheiros, Leopoldino Alves Bastos nasceu em 05/07/1868, na cidade de Corumbá, Mato Grosso. Entrou para a administração pública ocupando o cargo de praticante da Contadoria Municipal. Progrediu gradualmente ao posto de Primeiro Escriturário, em 1893 e, sete anos adiante, a Chefe de Seção. Em 1909, operou, inicialmente, como Subdiretor de Fazenda, sendo promovido às honras de Diretor Geral Interino da Fazenda Municipal, as quais exerceria pelos próximos oito anos consecutivos, até aposentar-se definitivamente. Não obstante seu afastamento oficial da municipalidade, continuou a prestar significativas contribuições por meio de propostas e deliberações, agora como membro da Associação dos Funccionarios Publicos Civis, à qual seguiu vinculado por mais de doze anos. Veio a óbito em 26/02/1918, em sua própria residência, sendo sepultado no Cemitério São Francisco Xavier. Em virtude de seu prestígio, teve o funeral custeado pelas contas municipais, a pedido do então Prefeito do Distrito Federal, Amaro Cavalcanti. Deixou esposa, Castorina das Chagas Bastos, e dois filhos. Amanda Vilela.
Filho de Antonio dos Santos Jacintho e de Durina Ferreira dos Santos Jacintho, Samuel Ferreira dos Santos nasceu no Maranhão, em 1859. Ingressou no Ministério da Guerra em 30/05/1884, no posto de Amanuense da Secretaria do Arsenal de Guerra. Foi promovido a 2º Oficial em Janeiro de 1888 e a 1º Oficial em dezembro de 1892*. Dispensado da Secretaria do Arsenal de Guerra em Agosto de 1893, foi transferido para a Diretoria de Fazenda da Prefeitura do Distrito Federal, onde exerceu os cargos de Escriturário e Oficial de Diretoria. Concomitantemente, atuou como Auxiliar do Gabinete do Prefeito Ubaldino do Amaral Fontoura (1897-1898). No final do ano de 1898, quando Cesário Alvim (1898-1899) assumiu a Prefeitura do Rio de Janeiro, Samuel Ferreira foi nomeado para servir como Oficial de Gabinete do Prefeito. Posteriormente, voltou a exercer o cargo de Auxiliar do Gabinete do Prefeito com Antônio da Silva Moutinho. Em agosto de 1900, foi promovido de 1º Escriturário a Chefe de Seção da Diretoria de Contabilidade. Com a restituição da Diretoria Geral de Fazenda, Samuel Ferreira dos Santos foi nomeado Subdiretor de Contabilidade da Diretoria através do decreto nº 229 de 16/07/1902. Ao longo da direção de Carlos Florêncio Fontes Castello, […]
Carlos Florêncio Fontes Castello nasceu em 07/11/1861, na cidade do Rio de Janeiro. Foi casado com Francisca de Paula Martins Castelo e era pai de Julião Martins Castelo, servidor da Diretoria Estatística Municipal. Ingressou na Administração Pública Municipal do Rio de Janeiro como Despachante. Posteriormente, chegou a exercer os cargos de Alferes na Guarda Real da Corte (1889) e Escrivão de Tombamento (1892) na repartição dirigida por Luiz Antônio Navarro de Andrade. Em 15/08/1893, Fontes Castelo foi nomeado Chefe de Seção da Diretoria Geral do Patrimônio. Sete anos mais tarde, em decorrência da morte do titular, Francisco Lopes Suzanno, foi promovido de Chefe da Seção da Diretoria de Contabilidade ao cargo de Pagador do Município do Rio. Nomeado Subdiretor de Rendas Municipais em 1901, afasta-se do cargo para participar da Comissão Especial de exame e fiscalização das agências da Prefeitura, retornando apenas em 1914. No exercício do cargo, em 1903, integrou e dirigiu, ao lado dos Drs. Ernesto dos Santos Silva e José de Miranda Valverde, a Comissão Regulamentadora dos Impostos Prediais. Após a aposentadoria de Hermógenes de Azevedo Marques, em 19/11/1904, Fontes Castello assume a Diretoria Geral da Fazenda Municipal até 03/01/1907, ano em que exerceu a função de […]
Filho de Manoel de Azevedo Marques e de Carolina Marques, Hermógenes de Azevedo Marques nasceu em 1851. Foi casado em primeiras núpcias com Eliza Bittencourt de Azevedo Marques, sendo pai de Noemia Marques e de Oscar de Azevedo Marques e Antenor de Azevedo Marques, ambos funcionários da Prefeitura do Distrito Federal. Entre 1894 e 1904, presidiu o Montepio dos Empregados Municipais da Capital Federal. Por portaria de 26/01/1889, foi nomeado Contador da Estrada de Ferro Central do Brasil. Pediu exoneração em julho de 1893, para assumir o cargo de Subdiretor da Diretoria Geral de Fazenda. Através do Decreto nº 128, de 15/02/1899, a Diretoria Geral de Fazenda foi extinta e dividida em Diretoria Geral de Rendas Municipais e Diretoria Geral de Contabilidade. O posto de Diretor Geral de Contabilidade Municipal foi ocupado por Hermógenes de Azevedo até 12/07/1902, data em que é reinstituída a repartição de Fazenda Municipal da Prefeitura do Rio de Janeiro, e Hermógenes é nomeado para dirigi-la. Exerceu a função até 19/11/1904, quando foi-lhe concedida a aposentadoria. Hermógenes Marques faleceu em 01/09/1916, vítima de um acidente de automóvel. Seu enterro ocorreu no dia seguinte, no cemitério São Francisco Xavier. Deixou viúva Julia Rapozo Marques. José Ygor
Ingressou na Administração Pública Municipal do Rio de Janeiro em 1868, tendo exercido os cargos de Escriturário da Diretoria de Obras Municipais, 2º Oficial da Diretoria de Obras (1876), 1º Oficial da Contadoria Municipal (1877), Chefe da Receita da Contadoria (1892-1893) e Subdiretor de Rendas Municipais. Em junho de 1894 foi transferido para a Subdiretoria de Patrimônio, em permuta com Hermenegildo Militão de Almeida. Diretor interino da Diretoria Geral de Patrimônio e Subdiretor da Diretoria Geral de Fazenda Municipal, em dezembro de 1894 Gregório Dutra assume a direção da Fazenda Municipal, sendo substituído por João Pereira Lopes no Patrimônio. Permanece no cargo até 09/11/1898, quando se aposenta. Durante o período, atuou nas gestões dos Prefeitos Henrique Valadares (1893-1895), Francisco Furquim Werneck de Almeida (1895-1897) e Ubaldino do Amaral Fontoura (1897-1898). Atuando desde 1900 na Prefeitura de Niterói, foi eleito vereador pela Câmara Municipal da cidade para o triênio de 1904 a 1906, fez parte da Comissão de Orçamento, Fazenda e Patrimônio (1904). Além das funções públicas, Gregório Nazianzeno Dutra foi vice-presidente do Club Carnavalesco Mephistopheles, criado em 07/03/1884. Na associação, também compôs as Comissões de Festejos e de Estatutos. Em diversas ocasiões participou do Conselho do Júri de Niterói. […]
Bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas, Miguel de Vasconcellos começou a exercer a profissão em 22/10/1845, vinculando-se à equipe de engenheiros do Ministério da Guerra. Em 02/12/1856, foi promovido a Capitão de Engenheiros. Em 1861, Miguel de Vasconcellos foi nomeado diretor das Obras de Petrópolis, sendo responsável pela criação do Distrito de Obras Públicas, sujeitando a colônia agrícola alemã existente na região à administração pública. No ano de 1865, serviu como diretor interino do Laboratório Pirotécnico do Exército, localizado no Forte de Nossa Senhora da Glória, no bairro de Campinho, Zona Norte do Rio de Janeiro. Por carta imperial de 04/05/1966, foi agraciado com o título de cavaleiro da Ordem de Aviz. Em 06/02/1869 foi nomeado Delegado da Inspeção da Instrução Primária e Secundária do Município da Corte, da freguesia de Irajá. Nas décadas de 1870-1880, exerceu a função de engenheiro da Câmara Municipal da Corte e de engenheiro de distrito, da Diretoria das Obras Municipais. Em Novembro de 1890, foi nomeado Inspetor Literário do 7º Distrito do Rio de Janeiro, cuja função era a elaboração de propostas de melhorias para a educação solicitando, junto à Câmara Municipal, recursos humanos, bens materiais e reformas nas instituições escolares em seu distrito […]
Filho de Rosa Maria de Gouvêa Duarte e Primenio Duarte Ribeiro, Alfredo Duarte Ribeiro nasceu em 1867, no Rio Grande do Norte. Casou-se em 1909 com Alice Barreto de Albuquerque Maranhão. Ao longo de sua carreira como engenheiro civil, prestou grandes contribuições à municipalidade do Rio de Janeiro. Foi eleito, em 1903, membro da Comissão da Carta Cadastral, chefiada por Alfredo Américo de Souza Rangel, ocupando, posteriormente, o cargo de Engenheiro-chefe da Subdiretoria da mesma. Designado pelo Prefeito Amaro Cavalcanti (1917-1918), participou do grupo de trabalho para elaborar o Livro do Centenário da Independência, em 1918. Exerceu a função de Engenheiro-Chefe da Comissão de Obras Novas da capital federal durante a administração de Carlos Sampaio (1920-1922). Outrossim, chegou a atuar por vezes como Diretor-Geral do Departamento de Engenharia. Após exercer interinamente, em 1919, o cargo de Subdiretor da Diretoria de Obras e Viação da Prefeitura, durante o qual foi incumbido das obras de desmonte do Morro do Castelo, 10 anos mais tarde assumiu a Direção Geral. Prestou importantes serviços ao Jockey Club Brasileiro, quando da construção do Hipódromo da Gávea, o que lhe rendeu o título de sócio honorário da sociedade turfista. Devido a sua experiência e bom exercício das […]
José Dias Cupertino Durão nasceu no dia 23/01/1861. Engenheiro Civil, formou-se em 1885 pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Mais tarde, tornou-se um dos sócios da firma Cupertino Durão & C. Ingressou na Prefeitura do Distrito Federal em 1897. Engenheiro Chefe do 2º Distrito (Sacramento – região do Centro) em 1900 e chefe de seção em 1902, após reorganização interna da Diretoria Geral de Obras e Viação da Prefeitura do Distrito Federal, Cupertino Durão assume em 1903 o cargo de engenheiro chefe da 2ª circunscrição. Em 1906, foi nomeado subdiretor desta diretoria. Desde então, ocupou interinamente a Direção do órgão por diversas vezes, a primeira delas em 1908. Em consequência da frágil saúde de Jerônimo Francisco Coelho, que se aposentou em 1914, Cupertino Durão assumiu mais uma vez o cargo interinamente, permanecendo nele por cinco anos. Retornou à função em 1921 na gestão do Prefeito Carlos Sampaio, ficando até 1922. Após o período, continuou atuando como subdiretor até 1929, quando foi posto em disponibilidade. Faleceu no dia 24/12/1929, aos 68 anos, em sua residência no bairro das Laranjeiras, sendo enterrado no Cemitério São João Batista. Deixou esposa, Julia Torres de Nogueira Durão, e dois filhos, Octavio e Hermano Durão. […]
Filho de Conrado Jacob Niemeyer III e de D. Maria Fortunata da Cunha, Alfredo Conrado de Niemeyer nasceu no Rio de Janeiro, em 12/12/1873. Formou-se em Engenharia Civil pela Escola Polytechnica no ano de 1900. Em 29/03/1905, casou-se com D. Elvira Cotrim Berla, com quem teve três filhos. Foi tesoureiro da Comissão Central dos Funcionários Públicos. Em 07/06/1920, foi nomeado Diretor Geral de Obras e Viação, permanecendo no cargo por um ano. Durante este período, foram finalizadas, dentre outras, as obras de abertura da Avenida Presidente Wilson e os melhoramentos na Praça Mauá. Neste mesmo ano, acompanhou a organização da cidade para receber, entre setembro e outubro de 1920, o Rei Alberto I, da Bélgica, que havia sido convidado pelo presidente Epitácio Pessoa (1919-1922). O fato representou a primeira visita de um monarca europeu à América do Sul, contando com grande envolvimento da municipalidade e gerando uma extensa programação. Dois anos mais tarde, em razão dos preparativos para a Exposição Universal de 1922, comemorativa do 1º Centenário da Independência, Alfredo Niemeyer compôs a comissão executiva do evento. Nesta função, participou de diversas cerimônias representando o prefeito do Distrito Federal, o sr. Carlos Sampaio (1920-1922). A partir de 01/08/1933, atuou como […]
Nascido em 1887, Octávio Moreira Pena pertencia a família proeminente no cenário político mineiro e brasileiro. Era filho do Dr. Afonso Pena, sexto presidente do país, e irmão de Afonso Pena Júnior, que além de funções da municipalidade do Distrito Federal, atuou como deputado federal e ministro da justiça. Engenheiro, Octávio Moreira Pena figura entre os representantes de maior relevo no campo da construção civil da história urbana da cidade do Rio de Janeiro. Desempenhando diversas funções na cidade, adentrou a municipalidade de forma mais direta em 1919, ao assumir o cargo de Diretor Geral de Obras e Viação, no qual permaneceu durante um ano. Em 1921, ao lado do engenheiro Oscar de Almeida Gama e outros, deixou um de seus maiores legados ao Rio. Criada a Sociedade Anônima Empresa da Urca, deu-se finalmente início às obras de aterramento que delineariam o contorno do novo bairro. Não obstante apresentasse como objetivo primeiro a consecução dos contratos estabelecidos ainda em 1894 (Decreto nº 111), entre a administração pública e Domingos Fernandes Pinto para a construção de um cais que unisse a Praia da Saudade à Fortaleza de São João, tais obras inscrevem-se no bojo de um projeto mais amplo de valorização […]
Nascido em 11/03/1857, na Villa do Rio Bonito (RJ), Cândido Alves Mourão do Valle era filho de Lino Machado do Valle e Guilhermina Rosa Alves Mourão do Valle. Fez seus primeiros anos de estudos preparatórios na Europa. De volta ao Brasil, estudou no Externato Jasper, tendo sido aprovado nos exames em 1877. No ano seguinte, foi aprovado com distinção na Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Ainda aluno de engenharia civil, fez parte da comissão de engenheiros que construiu a Estrada de Ferro Niterói-Campos. Também foi responsável pela criação das Estradas de Ferro Rio Bonito-Cabo Frio e Vitória-Rio Pardo. Graduou-se em 1883, obtendo o primeiro lugar de uma turma formada por dezoito engenheiros. Integrou o Conselho Fiscal do Turf-Club, sendo nomeado, em 1891, um dos diretores dessa associação promovedora de corrida de cavalos, a qual viria a presidir. Também fez parte do Conselho Fiscal do Banco Hipotecário do Brasil e exerceu mandato de Deputado na Assembléia Fluminense. Em Junho de 1895, foi nomeado pela primeira vez para o cargo de Subdiretor da Diretoria Geral de Obras e Viação da Prefeitura do Rio de Janeiro. Foi exonerado em Janeiro de 1898 mas, após solicitar reintegração ao cargo, reassumiu o posto em […]
Filho de José Francisco Coelho e de D. Lucelia Thereza da França, Jeronimo Francisco Coelho nasceu em Niterói, no dia 27/07/1864. Graduado em Engenharia Civil, na década de 1890 foi engenheiro-chefe do 1º Distrito e chefe da Seção da Diretoria de Obras da Prefeitura do Distrito Federal. Em 1905, na administração do Prefeito Pereira Passos (1902-1906), assume interinamente a Diretoria Geral de Obras e Viação, após Alfredo Américo de Souza Rangel recusar a indicação para o cargo. Para elaborar e executar o Plano de Melhoramentos da Cidade, Pereira Passos formou uma equipe com destacados intelectuais da época, entre os quais estavam Coelho, os engenheiros Carlos Augusto Nascimento e Silva, Alfredo Lisboa, Paulo de Frontin, Francisco Bicalho, Francisco de Oliveira Passos e o médico sanitarista Oswaldo Cruz. Durante a gestão do Prefeito Souza Aguiar (1906-1909), foi responsável por diversas obras de infraestrutura e embelezamento da cidade, dentre elas a reforma do edifício da antiga Prefeitura do Distrito Federal, que se localizava na Praça da República. Neste período, é possível encontrar na imprensa carioca muitas solicitações de leitores por uma maior atuação da Diretoria de Obras nos subúrbios. Na coluna “Ecos Suburbanos”, do periódico A Imprensa, o nome de Jeronymo Coelho era […]
Filho de José Rufino de Souza Rangel e de Finicia Amelia de Souza Rangel, Alfredo Américo de Souza Rangel nasceu em 12/09/1865, na Paraíba do Norte. Mudou-se para o Rio de Janeiro em fins de 1883 a fim de concluir seus estudos na Escola Polytechnica, onde se formou em Engenharia Civil. Em 1900, prestou serviços ao Ministério das Relações Exteriores, atuando, junto de Mario de Oliveira Roxo, como ajudante da Comissão de Limites com a Bolívia, junta dirigida por Manoel Pereira Reis. Na Prefeitura do Distrito Federal, assumiu diversos cargos na comissão da Carta Cadastral, chegando inclusive a chefia-la entre 1901 e 1903. O órgão adquiriu grande relevância para o plano de reforma urbana levado a cabo durante a gestão do prefeito Pereira Passos (1902-1906). Em 1905, foi convidado para exercer o cargo de Diretor Geral de Obras e Viação. Recusando o convite, permaneceu no cargo de sub-diretor da Carta Cadastral. Apesar da negativa, sua proximidade com o Prefeito transpunha os encargos da administração pública. Ficaram famosas, inclusive, as missivas trocadas entre os dois nas ocasiões das numerosas viagens de Passos após o fim de sua gestão. A compilação das cartas, escritas entre 1906-1909 e publicadas em 1913 no livro […]
Natural de Niterói, Manoel Joaquim Teixeira Bastos nasceu em 1850.Graduou-se em Engenharia Civil pela Escola Polytechnica do Rio de Janeiro, onde posteriormente ocupou a primeira cadeira de Engenharia Civil, bem como obteve em 1881 o título de Lente, função que desempenhou por mais de 20 anos. Na década de 1890, assumiu o cargo de Diretor Técnico da recém-criada Companhia Geral de Transportes, que tinha como missão explorar a indústria de transportes de passageiros, cargas, carne verde e etc., com serviços instalados nas principais cidades do eixo Rio-São Paulo. Devido a polêmicas entre docentes e discentes da Escola Polytechnica do Rio de Janeiro, em 1896 foi afastado do cargo de Lente, com perda total de vencimentos. No entanto, em 1897 foi designado pelo Diretor da Escola para ministrar o curso de Construção e Arquitetura. Neste período, foi aceito como sócio efetivo do Clube de Engenharia. Membro do Partido Republicano do Distrito Federal, em setembro de 1900 assumiu o cargo de Diretor geral da Diretoria de Obras e Viação, na vaga proveniente do pedido de demissão de João Baptista Maia de Lacerda, onde permaneceu por cerca de dois anos. Após anos doente, faleceu aos 61 anos de idade, no dia […]
Filho de Candido de Lacerda Bittencourt e de Francisca da Rocha Maia de Lacerda, João Baptista Maia de Lacerda nasceu em 1851, na cidade de S. João Del Rei, Minas Gerais. Formado em Engenharia Civil, ingressou na carreira pública no Conselho Municipal do Rio de Janeiro, representando o 3º Distrito. Em seguida, foi eleito com grande maioria dos votos para o cargo de presidente do 2º Distrito após a morte de Mattos Rodrigues. Atuou como Inspetor Geral de Tráfego da Estrada de Ferro Central do Brasil, engenheiro-fiscal da Estrada de Ferro Victória-Natividade e engenheiro atuante na construção da Estrada de Ferro São Fidélis e da Estrada de Ferro Macaé-Campos. Durante a administração do Prefeito Coelho Rodrigues, foi nomeado para o cargo de Diretor Geral de Obras e Viação, em junho de 1900, permanecendo nesta função apenas por 2 meses. Pede demissão do cargo na gestão seguinte, do Prefeito João Felippe Pereira, sendo substituído por Manoel Joaquim Teixeira Bastos. Discípulo espiritual do renomado Dr. Bezerra de Menezes, de quem foi contemporâneo, ocupou a vice-presidência da Federação Espírita Brasileira a partir de 1900. Faleceu no Rio de Janeiro, em 04/06/1902, vitimado por uma cirrose hepática. Foi enterrado no cemitério São Francisco Xavier. […]
Neto de Jacobus Van Erven e filho de Cherubina Van Erven, Luís Van Erven nasceu em 19/11/1857, na fazenda Água Quente, Cantagalo (RJ). Formado em engenharia pela Escola Central, destacou-se em sua carreira, vindo a ocupar diversos cargos na administração pública, tanto no Rio de Janeiro, quanto no governo federal. Em 1898, foi designado por Campos Salles, então presidente da República, para substituir Ubaldino do Amaral Fontoura na Prefeitura do Distrito Federal. Sua gestão foi demasiadamente curta, de novembro a dezembro, o que, de certa forma, restringiu suas atividades. Em janeiro de 1899, foi nomeado para o cargo de diretor de Obras, onde permaneceu até março de 1900. Militante do Partido Liberal, após integrar a consultoria técnica do Ministério da Viação, atuando como Fiscal do governo junto à Light e a várias estradas de ferro, foi diretor da Repartição Geral dos Telégrafos (1909-1911), bem como da maior estatal de navegação da América do Sul à época, a Companhia de Navegação Lloyd Brasileiro. Após este período, assume a Inspetoria de Água e Obras Públicas, cargo onde permanece até a sua aposentadoria. Ademais, esteve à frente da cadeira de Primeiro Secretário do Conselho Diretor do Clube de Engenharia. Ao longo de sua […]
Filho de José Manoel da Costa Barros e Azevedo e Maria Thereza de Barros Azevedo, Cornélio Carneiro de Barros e Azevedo nasceu em 03/01/1838. Graduou-se bacharel em Matemática e Ciências Físicas em 1861 pela Escola Central, estabelecimento de ensino superior do Exército localizado no largo de São Francisco. Junto ao diploma de bacharel, recebeu patente de oficial do Exército e o título de alferes aluno pelo seu exemplar histórico escolar. Ingressou na carreira de engenharia como ajudante do 2º Distrito de Obras Municipais, em abril de 1864. Também desempenhou a função de engenheiro ajudante na Diretoria Geral das Obras Militares da Corte e Fortalezas. Foi eleito para compor a mesa administrativa da Imperial Irmandade da Santa Cruz dos Militares entre os anos de 1873 e 1874. A Irmandade tinha como protetor e provedor Dom Pedro I, e contava com a contribuição de militares para a manutenção da Igreja, construída nas ruínas do forte de Santa Cruz. Posteriormente, integrou a mesa administrativa da Irmandade do Santíssimo Sacramento da Freguezia de São Cristóvão. Com a extinção da Diretoria de Obras Militares da Corte em abril de 1878, Cornélio Carneiro foi remanejado para a 1º Seção do Arquivo Militar, instituição responsável pela guarda […]
Filho de João Carlos da Silva Telles e Fortunata Emília da Silva Teles, e irmão do senador Antônio Carlos da Silva Telles, Augusto Carlos da Silva Telles nasceu em São Paulo, em 24/10/1851. Bacharelou-se em Engenharia Civil e Industrial, em 1878, pela Escola Polytechnica de São Paulo. Anos mais tarde viria a assumir a cátedra do curso de Química Analítica e Industrial, tornando-se sócio do Grêmio Polytechnico. A convite do então Prefeito, Dr. Ubaldino do Amaral, ocupou brevemente o cargo de Diretor de Obras e Viação do Distrito Federal de 23/02/1898 até agosto do mesmo ano, quando retornou ao magistério em São Paulo, onde permaneceu até 1917. Eleito Vereador deste Estado em 1906, apresentou como principal obra de mandato a remodelação do vale do Anhangabaú, na zona central da cidade. Foi presidente da Associação Comercial de São Paulo e da Sociedade Nacional de Agricultura, órgão este que assumiria diversas das funções do Ministério da Agricultura, extinto em 1892. Dentre as demais atividades nas quais se envolveu, está a elaboração, junto a Luiz Goffredo d’Escragnolle Taunay, de um projeto técnico para o desenvolvimento de máquinas para os setores agrário e ferroviário. Faleceu em 14/11/1923, no Rio de Janeiro. Deixou a […]
Adolfo José Carvalho Del Vecchio nasceu em março de 1848. Engenheiro e arquiteto, aos 24 anos formou-se pela antiga Escola Central. Iniciou sua carreira de engenheiro auxiliando na construção da Estrada de Ferro Paulista. Trabalhou, posteriormente, nos levantamentos da Carta Geral do Império, abandonando a função para assumir o cargo de engenheiro de obras hidráulicas da Alfândega. Projetou o famoso Palácio da Ilha Fiscal, prédio em estilo neogótico erguido entre 1885 e 1888 e inaugurado em abril de 1889, que sediou o fatídico “Último baile do Império”. A proximidade com o Imperador D. Pedro II lhe garantiu a execução da obra enquanto Diretor de Obras do Ministério da Fazenda, e lhe rendeu a Medalha de Ouro na Exposição Geral da Academia Imperial de Belas Artes em 1890, possibilitando a sua nomeação para o cargo de professor honorário desta instituição. Ingressou na Prefeitura do Distrito Federal em janeiro de 1895, quando foi nomeado para exercer a função de Diretor Geral de Obras e Viação, permanecendo até novembro de 1897. Projetou as obras de melhoramentos da Lagoa Rodrigo de Freitas. Em 1902, através de um contrato entre a Companhia Cantareira e Viação Fluminense e a Prefeitura, foram iniciadas as obras de embelezamento […]
Filho do Conselheiro Josino do Nascimento Silva e D. Maria Jesuína da Rocha e Silva, Carlos Augusto do Nascimento e Silva nasceu em 05/06/1855, no Rio de Janeiro. Era irmão de Ernesto do Nascimento Silva, diretor de Instrução Pública do Distrito Federal (1920-1922). Fez seus estudos primários no Seminário São José, no bairro do Rio Comprido. Em seguida, ingressou na Escola Politécnica do Rio de Janeiro, formando-se bacharel em ciências físicas e matemáticas no ano de 1879. Em 15/05/1879 casou-se com Propicia Eugênia Cardoso, filha do comendador Manuel José Cardoso. Permaneceu na Câmara Municipal do Rio de Janeiro durante grande parte de sua carreira. Em 31/12/1894 foi nomeado para o cargo de Diretor Geral de Obras e Viação. Ao longo de seu mandato, realizou o importante levantamento da Carta Cadastral do Município, requisitada pelo Prefeito Barata Ribeiro. Destacou-se pelos trabalhos exercidos entre 1903 e 1906, durante a gestão do Prefeito Pereira Passos. Como Diretor Geral de Obras e Viação, Nascimento e Silva comandou um grande corpo de engenheiros em uma das maiores reformas urbanas da cidade do Rio de Janeiro. Aposentou-se em 1905 do cargo de Diretor Geral de Obras e Viação por problemas de saúde. No ano seguinte, é […]
Filho de Luiz Honório Vieira Souto e de Francisca de Paula Cunha, Luís Raphael Vieira Souto nasceu em 21/08/1849, no Rio de Janeiro. Casou-se com Carlota Souto de Andrada Vandelli, descendente de Alexandre Vandelli e bisneta de José Bonifácio de Andrada e Silva, expoentes nacionais da ciência; esteve sempre rodeado por acadêmicos icônicos, como Ignácio Manoel Azevedo do Amaral, Diretor da Escola Nacional de Engenharia e Reitor da Universidade do Brasil, de quem foi sogro. Bacharel em Matemáticas e Engenharia Civil pela Escola Central do Rio de Janeiro, mais tarde Escola Polytechnica, Vieira Souto ficou conhecido por seu ímpeto industrialista, alçando destaque no cenário político e econômico brasileiro com suas propostas modernizadoras. Permaneceu na Academia como Lente Catedrático dos cursos de Engenharia Civil e de Minas, e Economia Política da Escola Politécnica do Rio de Janeiro, em cátedra antes pertencente ao Visconde do Rio Branco. Assumiu por dois anos (1893-1894) o cargo de Diretor Geral de Obras da Prefeitura, comandando os trabalhos de construção da avenida da Praia do Russell. Mais tarde, na gestão do Prefeito Pereira Passos (1902-1906), presidiu a Comissão Fiscal e Administrativa encarregada da construção do Porto do Rio de Janeiro. Foi um dos responsáveis pelo […]
Nascido em 1872, Oscar Rodrigues Dias da Cruz era filho do despachante municipal Antônio Rodrigues Cruz e de D. Josephina Leopoldina da Cruz. Tenente da Guarda Nacional, em 1893, com a posse do Prefeito Henrique Valadares (1893-1895), ingressou na administração pública municipal no cargo de Segundo Oficial da Diretoria de Estatística e Arquivo. No ano seguinte, foi nomeado Amanuense Interino da Secretaria da Prefeitura Municipal, até transferir-se para a Diretoria de Estatística e Arquivo. Em 17/03/1926, Dias da Cruz assumiu interinamente o cargo de Diretor Geral do Arquivo do Distrito Federal. Por ato do Interventor Pedro Ernesto (1931-1934), datado de 11/07/1934, foi efetivado no cargo de Chefe da Seção de Arquivo da Diretoria do Patrimônio, Estatística e Arquivo. Em 1937, teve seu pedido de aposentadoria concedido. Foi também Presidente e Vice-Presidente do Conselho Deliberativo da Sociedade Beneficente dos Funcionários Públicos, função que desempenhou até a sua morte, em 26/03/1954, no Rio de Janeiro. Deixou a esposa, D. Cecília D’Albuquerque Cruz, com quem foi casado por mais de 50 anos. José Ygor
Filho de Isabel Augusta de Noronha Santos e do comerciante e guarda-livros Júlio César de Noronha Santos, Francisco Agenor nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 01/10/1876. Fez seus estudos primários com seu tio, professor do Colégio Pedro II, Henrique de Noronha, e o preparatório no Colégio Perseverança, em São Cristóvão. Entre 1890 e 1893 cursou a Escola Militar, sendo afastado por motivo de saúde. Em 15/08/1893 ingressou no funcionalismo público no cargo de praticante da Diretoria Geral de Fazenda Municipal. Com a eclosão da revolta da Armada, em 06/09/1893, Noronha Santos alistou-se como voluntário no Batalhão Benjamin Constant. Com o término do conflito, Noronha Santos recebeu o posto de tenente honorário do Exército pelo serviço prestado à Nação. Iniciou sua contribuição aos estudos sobre a cidade do Rio de Janeiro em 1899, quando ainda era escriturário da Diretoria Geral de Contabilidade da Prefeitura do Distrito Federal, ao publicar Apontamentos para o indicador do Distrito Federal – uma organização alfabética de logradouros públicos cariocas acompanhada de comentários históricos e definições de jurisdições. Transferiu-se para o Arquivo Geral do Distrito Federal em 1909. Em 26/11/1917 foi promovido de 1º Oficial da Prefeitura do Distrito Federal para o cargo de chefe […]
Natural de São Paulo, Manoel Marcondes Homem de Melo era filho do Visconde de Pindamonhangaba, Francisco Marcondes Homem de Melo, e irmão de Francisco Inácio Marcondes de Melo, o barão Homem de Melo. Formou-se em Direito pela Faculdade de São Paulo em 1876. No final do mesmo ano, Manoel Marcondes foi nomeado Promotor Público da Comarca de Batatais, posteriormente chegando a exercer o cargo de Juiz Municipal e de Órfãos e um mandato como Vereador pelo mesmo município paulista. Entre agosto de 1893 e abril de 1897, chefiou a Seção Administrativa do Archivo do Distrito Federal. Assumiu em 21/10/1914 o cargo de Chefe da Seção do Archivo do Distrito Federal, da Diretoria de Estatística e Arquivo, permanecendo na função até a sua aposentadoria, em 1917. Faleceu no Rio de Janeiro, em 16/10/1920, sendo enterrado no cemitério São João Baptista. Deixou esposa – D. Paulina Torres Marcondes -, e cinco filhas: Idalina Marcondes Thelier, Manoelita Marcondes de Souza Bandeira, Pureza Marcondes, Valentina Marcondes e Heloisa Marcondes. José Ygor
José de Paiva Legey trabalhou como vigilante da Biblioteca Municipal (1882), foi também amanuense da Secretaria da antiga Câmara Municipal (1884), chegando ao cargo de 2º oficial (1887). Iniciada a República, Legey assumiu o cargo de 1º oficial da Diretoria Geral de Interior e Estatística. Em 13/08/1902, foi nomeado chefe da 2º Seção da 1º Subdiretoria de Polícia Administrativa e Arquivo num momento onde o arquivo possuía pouca força política na posição subalterna em que se encontrava na estrutura de governo. Durante sua gestão, Legey fez diversas reclamações sobre situação daquela instituição, que além do pouco espaço que obtinha, instalada em uma pequena sala do pavimento superior do Paço Municipal, ainda contava com equipe bastante reduzida se comparada ao volume de trabalho necessário para organizar tamanha massa documental. Compreendendo a situação precária em que funcionava o arquivo, em 1904 o então prefeito Pereira Passos autorizou o descarte de documentos considerados de menor relevância e a reforma do Paço Municipal, onde se encontrava o Arquivo neste momento. Realizada no mesmo ano pelo arquiteto Oscar Pareto Torres, o melhoramento se limitou a reforçar as estruturas do segundo pavimento de forma a suportar o peso da documentação ali alocada. Mesmo com todos os […]
Francisco Salles de Macedo, historiador, bacharelou-se pelo Colégio Pedro II. Mais tarde, foi funcionário do Archivo Publico Nacional, trabalhando ao lado do então diretor Machado Portella. Na ocasião, foi responsável pelos primeiros números das Publicações do órgão. Em 15/08/1893, no mesmo ato que designou Mello de Moraes para a Direção do Archivo Geral, Francisco Salles de Macedo foi nomeado para chefiar a Seção Histórica, onde permaneceu até 1898, quando foi promovido ao cargo de subdiretor da Diretoria Geral do Interior e Estatística. Salles de Macedo desenvolveu inúmeras pesquisas historiográficas nos documentos arquivados, lançando mão de seu extenso conhecimento de Paleografia, o que, por sua vez, lhe permitiu decifrar os antigos manuscritos que estavam sob a guarda da seção que chefiava. Tal empreendimento contribuiu para a composição de publicações como a Revista do Archivo do Districto Federal, que teve seu primeiro fascículo publicado em abril de 1894 e, até 1897, se concentrou em divulgar gravuras, mapas e plantas de grande relevância histórica. A partir de 1898, atuou como subdiretor da Diretoria de Polícia Administrativa, Arquivo e Estatística, exercendo interinamente a Diretoria da repartição em 1903 e 1907. Em 03/01/1901, assumiu o cargo de Chefe da Terceira Seção de Arquivo do Distrito […]
Nascido na província da Bahia, em 23/02/1843, era filho do historiador Alexandre José de Mello Moraes. Em Salvador cursou seus estudos preparatórios, vindo em seguida para o Rio de Janeiro cursar aulas de Humanidades. Em 1864, fez parte da redação do jornal científico, recreativo e poético chamado Estréa litteraria. Em seguida, partiu para Bruxelas, onde formou-se em Medicina em 1872. De volta ao Brasil, passou a dedicar-se ao jornalismo, atuando em diversos jornais do Distrito Federal. Destacou-se como poeta, historiador e folclorista, tendo publicado extensa bibliografia, incluindo Crônica Geral do Brasil 1500-1700 (1886), Crônica geral e minuciosa do Império do Brasil desde a descoberta do Novo Mundo ou América até 1879 (1879) e História do Brasil-Reino e Brasil Império. Em 1882, dirigiu a Revista da Exposição Antropológica Brazileira, dedicada a estudos sobre os povos indígenas do Brasil. Entre 1893 e 1900, foi Diretor-arquivista do Arquivo do Distrito Federal. Tomou posse no cargo no mesmo dia da sua nomeação, permanecendo neste até 17/12/1900, quando o Arquivo perdeu o status de diretoria e passou a Terceira Seção de Arquivo Geral da 1ª Subdiretoria da Diretoria Geral de Estatística, por ordem da promulgação do Decreto Legislativo nº 785. Contudo, mesmo depois deste Decreto, […]
Filho de José Maria Cândido Ribeiro e de Veridiana Barata Ribeiro, Cândido Barata Ribeiro nasceu em Salvador, em 11/03/1843. Mudou-se para a capital do império em 1853, onde diplomou-se em ciências médicas e cirúrgicas (1867) pela Faculdade de Medicina. Posteriormente, ao transferir-se para a província de São Paulo, assumiu a direção do Serviço Médico e Cirúrgico do Hospital da Caridade em Campinas, além do cargo de comissário vacinador. De volta ao Rio de Janeiro, foi nomeado professor da Faculdade de Medicina, iniciando sua mobilização em favor da campanha abolicionista e republicana. Em 1892, concomitante à função de Intendente de Matadouro, passou a presidir o Conselho de Intendência, tendo sua gestão marcada pela realização de mudanças significativas. Como forma de sanar a dificuldade de abastecimento de carne no Distrito Federal, em 25/06/1892 assinou decreto que autorizava a matança de gado fora do Matadouro de Santa Cruz, nas freguesias de Jacarepaguá, Irajá, Pavuna, Guaratiba, Campo Grande, Realengo, Ilha do Governador e Ilha de Paquetá. Por outro lado, a medida impunha uma fiscalização mais rígida em termos de higiene e preço de venda do produto. Pelo Decreto nº 37, de 05/05/1893, autorizou a construção dos cemitérios nas freguesias de Guaratiba, Inhaúma, Irajá e […]
Filho de João Galvão e de D. Maria Joana Ramiz Galvão, Benjamin Franklin Ramiz Galvão nasceu em 16/06/1846 em Rio Pardo, RS, mudando-se para o Rio de Janeiro, então capital do Império, aos 6 anos de idade. Tendo, em 1861, concluído sua formação secundária no Colégio Pedro II, importante instituição acadêmica de sua época e onde pode aproximar-se do imperador, ingressou na Faculdade de Medicina, graduando-se em 1868. Exerceu a profissão por alguns poucos anos, atuando como médico na Guerra do Paraguai e como cirurgião no Hospital Militar da Ponta da Armação. Sua ampla e diferenciada instrução o permitiu, posteriormente, dedicar-se ao magistério, onde lograria suas maiores conquistas. Retornou ao Colégio Pedro II, agora na posição de mestre, responsável pelas disciplinas de grego, retórica, poética e literatura brasileira. Outrossim, ocupou as cátedras de Química orgânica, Zoologia e Botânica na Escola de Medicina do Rio de Janeiro. Devido a sua amizade com o imperador D. Pedro II, teve a oportunidade de ocupar cargos públicos honrosos e de acompanhar de perto a vida imperial, tendo sido chamado, por exemplo, para a tutoria dos príncipes. Sua boa relação com o Imperador, bem como sua valorosa intelectualidade, lhe renderam o título, por decreto de […]
Nascido em 11/09/1845 no município de Iguaçu, Rio de Janeiro, Carlos Antônio de França Carvalho era filho de Carlos Antônio de Carvalho e D. Maria Luísa de Azevedo Carvalho e irmão do conselheiro Leoncio de Carvalho e da baronesa de Massambará e viscondessa de Cananéa. Advogado, formou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo, na turma de 1867. Fundou em 1863, junto a outros estudantes da Academia de Direito, a Sociedade Abolicionista Fraternização. A instituição emancipacionista agiu durante 6 anos na clandestinidade, até que ao receber apoio da loja maçônica América, deixou o anonimato. Entre 1869 e 1879 foi redator chefe da Reforma, órgão da imprensa liberal. Filiou-se ao Partido Liberal, tendo sido deputado provincial no Rio de Janeiro e deputado geral em duas legislaturas (1878-1881 e 1885-1889). Com a Proclamação da República, foi eleito deputado no Congresso Constituinte pelo Estado do Rio de Janeiro em 15/09/1890. No ano seguinte, fundou a Faculdade Livre de Direito do Rio de Janeiro. A partir de então abandonou a política para dedicar-se ao cargo de diretor e professor de Direito Constitucional da instituição. Concomitante ao cargo na Faculdade Livre, dirigiu a pasta de Instrução Pública Municipal do Distrito Federal entre 11/12/1893 e 26/12/1894. […]
Nasceu em 27/08/1842 na vila da Lapa, Paraná, então pertencente à província de São Paulo. Era filho de Gertrudes Pilar do Amaral e Francisco das Chagas do Amaral Fontoura. Mudou-se para São Paulo em 1854, onde fez seus estudos primários no Colégio São João do Lageado, no município de Sorocaba. No ano de 1862, ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo. Ainda estudante, participou da comissão redatora do Archivo Litterario e deu aulas de francês no Colégio Pyratininga, curso preparatório para a faculdade de Direito. Formou-se bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais em 1867 e, em seguida, retornou a Sorocaba. No município paulista exerceu por sete anos a advocacia, foi redator e fundador dos jornais Ypanema e Sorocabano, dirigiu a campanha para o lançamento da Estrada de Ferro Sorocabana e foi um dos fundadores da Loja Maçônica Perseverança III, instituição que realizou diversos trabalhos filantrópicos, além de campanhas em prol da abolição da escravidão. Mudou-se para o Rio de Janeiro, então capital do Império, em 1874, trabalhando em parceria com Saldanha Marinho em sua banca de advocacia. Em janeiro de 1884, foi nomeado membro efetivo do Conselho Diretor da Instrução Primária e Secundária do Município da Corte. Após a […]
Agostinho José de Souza Lima nasceu em 1842, no Mato Grosso. Bacharelou-se em letras pelo colégio Pedro II e, em 1864, formou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. A partir do ano seguinte, passou a desempenhar funções em cargos de higiene e combate à epidemias como Tenente Cirurgião do Sétimo Batalhão da Guarda Nacional da Corte. Ingressou como catedrático de Medicina Legal da Faculdade de Medicina, em 1877, lecionando na instituição por muitos anos. Dois anos depois, foi eleito membro da Academia Titular de Medicina, ocupando a presidência da instituição entre 1883 a 1889. Em julho de 1893 foi nomeado para o cargo de Intendente de Higiene, que passou a se chamar Diretoria Geral de Higiene e Assistência Pública em agosto deste ano. Exonerou-se desta função em 29/11/1894. Deixou importantes obras, sendo a mais relevante o Tratado de Medicina Legal, de 1985, cujos ensinamentos eram utilizados nas perícias médico-legais e no tribunal do Jury. Faleceu no dia 28/12/1921, em Petrópolis, sendo enterrado no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro. José Ygor Silva Pena Luiza Ferreira
Abdon Felinto Milanez nasceu em 1830, no município de Areia, província da Paraíba. Foi casado com Gioconda Cotegipe Milanez, com quem teve três filhos: o músico e engenheiro Abdon Felinto Milanez Filho, o deputado federal Prudêncio Cotegipe Milanez e Álvaro Felinto Milanez. Formou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro aos 27 anos. Retornou à Paraíba, onde atuou como Médico Cirurgião do Corpo de Saúde do Exército, Inspetor de Saúde Pública e Vacinador na campanha contra a epidemia de varíola. Em seu estado natal, foi Deputado Provincial entre 1878 e 1881, tendo presidido a Assembleia Legislativa nos dois primeiros anos. Após o fim do mandato como Deputado, volta ao Rio de Janeiro, integrando a equipe de Comissários Vacinadores do Instituto Vacínico. Em 05/05/1892, foi nomeado pelo Conselho de Intendência do Distrito Federal para assumir a pasta de Higiene. Por menos de um mês também foi responsável pela Intendência de Matadouro. Exonerou-se do cargo de Intendente em agosto do mesmo ano. Entre 1894 e 1902, foi Senador pelo estado da Paraíba. Em concomitância com os serviços prestados no Palácio Conde dos Arcos, sede do Senado, Abdon Milanez também exerceu os postos de Delegado Vacinador da Polícia Sanitária do Distrito Federal, Médico […]