TEIXEIRA, Alberto Woolf

Alberto Woolf Teixeira nasceu em 10/04/1892, no Rio de Janeiro. Casou-se com a técnica de educação Lucinda Baptista dos Santos em 1917, com quem teve duas filhas, Helena e Maria José Woolf Teixeira. Em sua cidade natal, frequentou o Ginásio Nacional e o Internato Nacional “Bernardo Vasconcellos”, bacharelando-se em seguida em Farmácia pelo Colégio Pedro II. Durante a mocidade, envolveu-se em diversas associações e comissões desportivas cariocas, o que lhe valeu o posto de cronista esportivo na Gazeta de Notícias, ocasião em que fundou a Associação dos Cronistas Desportivos, em 1916. Em 1917, passou a ser funcionário da secção de contratos da Companhia Telefônica e, em 1923, inspector da Fazenda da Prefeitura do Distrito Federal, sendo promovido a Delegado Fiscal desta mesma municipalidade alguns anos depois. O vínculo com os clubes e grêmios da cidade também lhe valeram o nomeação para o cargo de Diretor Geral de Turismo durante alguns meses do ano de 1937, substituindo Lourival Fontes e precedendo Georgino Avelino. Do primeiro, continuou a política de organização das Feiras de Amostras e do Carnaval, como também de buscar uma aproximação com os países vizinho sul americanos. Também coordenou o raid automobilístico Rio de Janeiro-Montevidéu e as obras na […]

AMARAL PEIXOTO, Augusto do

Patriarca da famosa linhagem dos Amaral Peixoto na política carioca, Augusto do Amaral Peixoto nasceu no Rio de Janeiro em 14/02/1870, no seio de uma família de comerciantes cafeeiros de Paraty (RJ). Filho de José Augusto do Amaral Peixoto com Maria José Campos do Amaral Peixoto, casou-se em 1898 com Alice Corrêa Monteiro, de cujo matrimônio nasceram Augusto do Amaral Peixoto Júnior, tenentista e por duas vezes deputado federal pelo Distrito Federal; Ernani do Amaral Peixoto, governador do Estado do Rio de Janeiro (1951-55), ministro de Aviação, do Tribunal de Contas da União e da pasta extraordinária de reforma administrativa, e duas vezes senador pela Guanabara; e o médico e Procurador Geral da União Raul do Amaral Peixoto. Tendo estudado no Colégio Pedro II durante os últimos anos do Império, prosseguiu os estudos na Faculdade de Medicina, onde recebeu grau de doutor em 1897 com a tese ‘’Das Gastrophatias na tuberculose pulmonar’’. Ainda acadêmico, atuou no serviço médico da Brigada Policial do Rio de Janeiro durante a Revolta da Armada (1894), o que lhe valeu o título de alferes. Na faculdade, foi designado interno da 2ª cadeira de clínica médica, área que seguiu após formado ao abrir um consultório na […]

PEIXOTO, Alfredo Muniz

Natural do então Distrito Federal, Alfredo Muniz Peixoto nasceu em 21/06/1891. Era filho do negociante Alfredo Peixoto e de Semiramis Muniz Peixoto. Após as primeiras letras no Colégio Paula Freita e no Ginásio Nacional, bacharelou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Sua carreira teve início em 1913, quando começa a atender no Hospital da Misericórdia. No entanto, logo em 1918 foi nomeado Médico Inspetor do Matadouro pela Diretoria do Matadouro e Serviços de Carnes Verdes da prefeitura, sendo depois designado para a fiscalização de gêneros alimentícios no ano de 1924. Paralelamente, começou a medicar na Clínica de Campo Grande, no subúrbio do Rio de Janeiro. Ganhando apreço entre os moradores, adotou esta localidade como base para a sua carreira política, concorrendo às eleições para intendente sob a legenda do Partido Democrático do Distrito Federal em 1926 e em 1928, eleito nesta última. Em função desta atividade política prévia e de sua participação na Aliança Liberal em torno da candidatura de Getúlio Vargas em 1930, foi escolhido pelo interventor do Rio de Janeiro e seu velho colega partidário Adolfo Bergamini (1930-1931) para o comando da Diretoria Geral de Assistência Pública. Sua gestão foi marcada tanto pela Comissão de Inspecção […]

MATTOS, Pedro

Natural do Ceará, Pedro Mattos foi um expoente tanto no magistério quanto no jornalismo, estabelecendo-se enquanto figura chave para o desenvolvimento do ensino público do país. Antes mesmo de compor os quadros do Distrito Federal e por indicação do Diretor de Instrução deste, Fernando de Azevedo,  assumiu a Direção Geral de Instrução do Acre, em 1929. Dentre os desafios aceitos e devidamente cumpridos, estavam a reorganização do ensino primário e a ampliação do alcance das escolas rurais do território acreano, aos moldes do que fora a reforma do ensino empreendida por seus pares na capital federal. Data deste mesmo ano a publicação, de sua autoria, do relatório sobre alfabetização e ensino público, direcionada ao Sr. Hugo Carneiro, então governador daquele estado. Três anos mais tarde, retornou ao Distrito Federal sob convite de Anísio Teixeira para secretariar sua Diretoria de Instrução Pública Municipal, assumindo o cargo de subdiretor técnico em 1933. Em maio do ano seguinte, foi nomeado chefe da Seção de Recenseamento, Matrícula e Frequência, sendo chamado para responder pelo expediente da Diretoria de Instrução Pública, Estatística e Biblioteca aproximadamente no mesmo período, em virtude do afastamento temporário de Anísio Teixeira. Entre os meses de abril e setembro de 1935, foi […]

TEIXEIRA, Anísio Espínola

O grande educador e principal figura do movimento político pedagógico da Escola Nova, Anísio Spínola Teixeira nasceu na cidade de Caetité, na Bahia, em 12/07/1900. Já na primeira infância, Teixeira tem contato com a pedagogia através de sua mãe, Anna Spínola Teixeira, a quem esteve sob cuidados nos primeiros anos, e de seu pai, o médico e fazendeiro Deocleciano Pires Teixeira, fundador da escola normal e complementar da cidade. Casou-se em 1932 com Emília Teixeira, com quem passou toda a vida e teve quatro filhos. Sua prévia experiência como Inspetor Geral de Educação na Bahia, quando esteve à frente do movimento modernizador e de ampliação do sistema de ensino de seu estado natal, aguçou seus interesses pela área. Estes foram favorecidos posteriormente por suas incursões nos estudos educacionais empreendidos por seus pares na Europa e nos EUA. De volta ao Brasil, se instalou diretamente no Rio de Janeiro e, na esteira das reformas do ex- Diretor Geral de Instrução Pública Municipal Fernando de Azevedo, recebeu, em 1931, nomeação do Interventor do Distrito Federal Pedro Ernesto (1931-1934) para dar continuidade à empreitada de seu antecessor na Diretoria, inaugurando um período de intensas mudanças no cenário educacional carioca. A Reforma educacional se […]

OSWALDO, Orico

Expoente do Modernismo Paraense, o escritor e diplomata Oswaldo Orico nasceu em 29/12/1900, na cidade de Belém, fruto do casal Manuel Félix Orico e Blandina Costa Orico. De seu matrimônio com Clara Velho Leivas de Carvalho nasceu a cantora popular e atriz Vanja Orico, grande divulgadora da obra de seu pai. Tendo terminado os anos escolares em sua cidade natal, transladou-se para o Rio de Janeiro a fim de cursar a Faculdade de Direito em 1919. No ano seguinte, passou a integrar o quadro docente da Escola Normal à frente da cadeira de língua portuguesa, mesma posição que ocupou no Colégio Pedro II a partir de 1925. Todavia, dividiu a magistratura tanto com suas atividades literárias e jornalísticas, quanto na política, assessorando importantes vultos da capital federal. Em 1927, tornou-se inspetor do ensino secundário e comercial, o que o levou a realizar constantes viagens de vistoria pelo sul do país. A revolução de 1930 e a deposição do antigo Diretor Geral de Instrução Pública Municipal, Fernando de Azevedo, abriu o caminho para que Oswaldo Orico passasse a comandar a pasta. E os 20 dias de sua gestão pautam-se exatamente por uma tentativa de ruptura com a política de seu antecessor. […]

FONTES, Lourival

Nono filho de Sizínio Martins Fontes e de Maria Prima de Carvalho Fontes, Lourival Fontes nasceu no seio de uma família pobre na cidade interiorana de Riachão de Dantas (SE), em 20/07/1899. Foi casado com a poetisa modernista e deputada estadual da Guanabara Adalgisa Nery (1940-1953). Realizando os primeiros estudos em sua cidade natal e em Aracaju, no Ateneu Sergipense, Lourival Fontes chamou a atenção do presidente do estado do Sergipe pelos textos que desde 1914 publicava nos periódicos Jornal do Povo e Diário da Manhã, sendo enviado para Salvador (BA) como correspondente. Lá pôde continuar seus estudos, cursando três anos na Faculdade de Direito da Bahia. Também em Salvador colaborou com o  jornal A Tarde e foi co-fundador d’A Hora Literária, em 1918. Terminou seus estudos no Distrito Federal, bacharelando-se em direito na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, em 1922. Foi, no entanto, a profissão de jornalista e comunicador, nas suas interlocuções com a política, que seguiu ao longo de sua vida. Após o seu bacharelado, Lourival Fontes ingressou na prefeitura do Distrito Federal, nos cargos de Oficial de Gabinete do Prefeito e de Agente da Prefeitura. Ainda na década de 1920, aproximou-se da Aliança Liberal no […]

D’Auria, Francisco

Uma das figuras mais importantes do contabilismo brasileiro, Francisco D’Auria nasceu em 16/07/1884, na cidade de São Paulo, filho de Nicolao D’Auria e Roza Ferlozia. Foi casado com Angelina Rocco D’Auria, e, em segundas núpcias, com Inês D’Auria. Após as primeiras letras no Liceu de Artes e Ofícios e na Escola Politécnica de São Paulo, cursou a Escola de Comércio de São Paulo ‘’Alvares Penteado’’. Adentrou a Fazenda do Estado de São Paulo via concurso público em 1905, tornando-se responsável por alterações no escriturário do tesouro do estado e do tesouro nacional realizadas na década seguinte. Foi então designado Diretor Geral da Secretaria da Fazenda e do Tesouro do Estado de São Paulo, em 1921, e Contador Geral da República, entre 1923 e 1928, deixando o cargo em função de uma polêmica instaurada entre o presidente Washington Luís e o senador João Lyra. Após compor comissão no estado da Paraíba, foi nomeado por Adolpho Bergamini (1930-1931) para chefiar a Diretoria Geral da Fazenda Municipal do Distrito Federal – órgão posteriormente renomeado para Secretaria Geral da Fazenda – em dezembro de 1930, sendo exonerado em setembro do ano seguinte com a substituição de Bergamini por Pedro Ernesto (1931-1934) como interventor do […]

MARTINS JÚNIOR, Leopoldo Diniz

Nascido em Florianópolis, SC, em 02/09/1889, Leopoldo Diniz Martins Júnior era filho do cirurgião-dentista Leopoldo Diniz Martins e de Maria Antônia Medeiros dos Santos Martins. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 1909, retorna para seu estado natal onde foi promotor público e inspetor escolar.  Atuou no funcionalismo público no Distrito Federal, ocupando cargos de relevância como Secretário do Prefeito, Presidente da Comissão de Orçamento da Prefeitura e Diretor Geral da Fazenda Municipal, em 1930, e Superintendente da Educação Elementar em 1933. Correligionário de ideias monarquistas, integrava a Ação Social Brasileira, mais conhecida como Partido Nacional Fascista. Em 1934, sob a legenda do Partido Liberal Catarinense, elegeu-se Deputado Federal, passando a presidir, em paralelo, a Comissão de Diplomacia e Tratados da Câmara até 1937, quando o Estado Novo varguista suprime as câmaras legislativas do país. No ano seguinte, assume o Conselho Comercial do Ministério das Relações Exteriores, representando o Brasil em suas iniciativas de estreitar laços comerciais com a Argentina, como foi o caso da  Comissão Mista Comercial Brasil-Argentina, em Buenos Aires, na qual tomou parte entre os anos de 1942 e 1946. Em 1953, agora no Ministério de Assuntos Econômicos, permanece encarregado […]

FONSECA, Delso Mendes da

Delso Mendes da Fonseca nasceu em Floriano, no Estado do Piauí, em 22/11/1899. Estudou no Colégio Militar do Rio de Janeiro e na Escola Militar do Realengo. Formou-se em engenharia industrial e de armamento pela Escola de Engenharia Militar, e em engenharia geográfica e civil pela Escola Politécnica. Em fevereiro de 1917 assentou praça. Tornou-se aspirante a oficial de artilharia em dezembro de 1919 e,  no ano seguinte, foi promovido a segundo-tenente, servindo no Forte de Copacabana. Por decreto de 07/05/1921,foi elevado ao posto de primeiro-tenente. Durante o conturbado processo de sucessão do presidente Epitácio Pessoa, em que Hermes da Fonseca teve sua prisão decretada, uma série de levantes militares ocorreram em julho de 1922. No dia 5 daquele mês, Delso Mendes da Fonseca, junto a Antônio de Siqueira Campos, Eduardo Gomes, Silvino Elvídio Bezerra Cavalcanti, Tales de Azevedo Vilas Boas e outros, articularam um levante no Forte de Copacabana. O movimento, que opunha-se à posse de Artur Bernardes, teve o apoio da Escola Militar e da Vila Militar. Delso da Fonseca não chegou a participar da conhecida marcha dos 18 do Forte por Copacabana, pois combatia elementos da cavalaria legalista na região do Leblon. Dominado o movimento, Delso entregou-se […]

GALVÃO, João Vicente Brito

Natural de Pajeú de Flores, em Pernambuco, João Vicente Brito Galvão nasceu em 1825. Em seu estado natal, atuou como escrivão de paz na região de São Lourenço da Matta e Major da Guarda Nacional. Durante a Guerra da Tríplice Aliança, comandou o 11º Corpo de Voluntários da Pátria. Em setembro de 1966 foi-lhe concedida distinção honorífica e uma pensão por ter sido ferido em batalha. Após aposentar-se da carreira militar, mudou-se para o Rio de Janeiro, passando a atuar como negociante de carne verde. Realizou contratos junto à Câmara Municipal do Rio de Janeiro para o estabelecimento de açougues municipais em diversas freguesias do estado. João Vicente foi um dos assinantes do Manifesto Republicano, publicado pelo periódico A República no dia 03/12/1870. A declaração foi elaborada pelos chamados evolucionistas, dissidentes do Partido Liberal e liderados por Quintino Bocaiúva. Dentre as propostas defendidas no Manifesto estava a transformação do país em uma República federativa por meio de acordos com o próprio imperador e a laicidade do Estado e do ensino. Em 01/01/1984 João Vicente foi nomeado para o cargo de diretor da Agência do Imposto de Gado. Em 04/01/1898, o órgão desligou-se da Diretoria de Fazenda e passou a subordinar-se […]

COELHO, Cândido de Paiva

Médico de formação e, por muitos anos, clínico de renome, Cândido de Paiva Coelho foi casado com Elisa Borgman Borges de Paiva Coelho, com quem teve dois filhos, entre os quais destaca-se Gastão de Paiva Coelho, 2º tenente da Marinha. Não obstante passasse a compor o escalão da administração pública, conservou latente o interesse pela educação, manifestando-a ora por meio de intervenção indireta como membro do Conselho Superior de Instrução, contemporâneo à gestão interina do Dr. Joaquim Borges Carneiro (1900); ora através do magistério. Em sua carreira, destaca-se sua participação no corpo docente da Escola Normal, uma das instituições educacionais de maior prestígio da capital, onde ministrava a disciplina de Física para o 3º ano (1905). Assumiu também cátedra de ensino no Instituto Commercial, paripassu à função de Diretor.  Em 1906, foi nomeado para ocupar a direção do Laboratório Municipal de Análises, da qual se ausentou no decorrer de um ano, quando já apresentava sinais de doença. Este período coincide com o que fora afastado de suas funções como Diretor do Laboratório de Bromatologia da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro pelo próprio general Souza Aguiar (1906-1909), então prefeito da capital federal, devido a inúmeras acusações de fraude no […]

CARVALHO, Mariano Procópio de Araújo

Filho de Maria Gabriela Junqueira e de Cornélio Procópio de Araújo Carvalho, Mariano Procópio de Araújo Carvalho nasceu em São Paulo, em 23/11/1893. Casou-se com Helena Pires Carneiro Leão em 30/07/1914. Assumiu a chefia da Superintendência de Almoxarifado Geral da Prefeitura do Rio de Janeiro em 04/04/1927, após a exoneração de Rodolpho Sartorelli. Em 1930, durante o governo do Prefeito Antônio Prado Júnior, Mariano Procópio foi designado para compor uma comissão responsável pela fiscalização dos serviços de licenças de obras particulares em todos os distritos da capital fluminense. Também faziam parte da comissão, Plínio de Mendonça Uchôa, Aureliano Amaral, Mário Cardim, Rodolpho Sartorelli e Ignácio Pontes. Com a vitória da Revolução de 30, e a nomeação de Adolfo Bergamini (1930-1931) para o posto de Interventor do Distrito Federal, Mariano Procópio foi exonerado do cargo de Superintendente do Almoxarifado Geral em 25/10/1930. Apaixonado por esportes, Mariano Procópio fez parte de diversas associações desportivas, com destaque para as atuações como Tesoureiro do Club Athletico Paulistano, Vice Presidente da Associação Paulista de Esportes Athleticos, Conselheiro Técnico da Liga de Amadores de Futebol, Presidente da Liga de Amadores de Bola ao Cesto e integrante da mesa dirigente do Jockey Club de São Paulo. Faleceu […]

OLIVEIRA PASSOS, Francisco de

Francisco de Oliveira Passos nasceu em 02/07/1878, no Rio de Janeiro. Era filho de Francisco Pereira Passos, prefeito do Distrito Federal entre 1902 e 1906. Cursou preparatório no Colégio Abílio e no Internato Pedro II, depois seguiu para a Alemanha, onde, em 1901, formou-se em Engenharia Civil na Real Escola Superior da Saxônia. Retornando ao Brasil, iniciou a carreira como engenheiro na Leopoldina Railway e na Estrada de Ferro Central do Brasil. Durante a gestão de seu pai, atuou como consultor técnico da Prefeitura do Distrito Federal. Em março de 1904, foi um dos ganhadores do edital de projetos para a construção do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. O resultado foi a fusão dos projetos de Francisco de Oliveira Passos e do arquiteto francês Albert Guilbert. Feitas as alterações no projeto, o prédio começou a ser erguido em  janeiro de 1905. A inauguração ocorreu em 14/07/1909, durante o governo de Nilo Peçanha (1909-1910). Em 10/05/1910, Francisco de Oliveira Passos foi nomeado para o cargo de Diretor Geral do Theatro Municipal, tendo permanecido no posto até 12/12/1914. Passou a dirigir a firma Comércio e Indústria Paulo Passos S.A após o falecimento de seu irmão. Também foi presidente do Sindicato das […]

BOTAFOGO, Antônio de Souza Pereira

Antônio Pereira Botafogo nasceu em 07/03/1877, no Rio de Janeiro. Era filho de Emília Pecegueiro de Souza Botafogo e Antônio Joaquim de Souza Botafogo, diretor geral do Thesouro Nacional e grande proprietário de terras na região de Engenho da Rainha (RJ). Após formar-se em Engenharia Civil, integrou a Comissão de Saneamento do Estado do Rio de Janeiro, no governo de Oliveira Botelho (1906 e 1910-1914). Nesta função, mudou-se para Resende com a tarefa de coordenar a remodelação da região. Em 1912 a Vila de Resende tornou-se município, e Pereira Botafogo foi designado para exercer, em primeira ocupação, o cargo de prefeito (08/05/1913 – 31/12/1914). Com o fim do mandato retornou à capital, onde atuou como engenheiro da Diretoria Geral de Obras e Viação. Assumiu interinamente a Diretoria do Matadouro de Santa Cruz em setembro de 1920. Em 11/05/1925, foi nomeado para o cargo de Diretor Geral de Abastecimento e Fomento Agrícola. Permaneceu na função até 30/11/1928, com o órgão já renomeado para Inspetoria de Abastecimento. Alcançou, posteriormente,  o posto de engenheiro-chefe da Diretoria de Engenharia. Em dezembro de 1934, Pereira Botafogo foi eleito membro efetivo do Conselho Deliberativo do Club Municipal. Faleceu em 17/07/1955, no Rio de Janeiro. Em sua […]

ROCHA VAZ, Libânio da

Filho do fazendeiro Francisco da Rocha Vaz, Libânio da Rocha Vaz Era irmão de Juvenil da Rocha Vaz (médico e Diretor do Departamento de Assistência Pública do Distrito Federal) e Francisco da Rocha Vaz (Químico da Prefeitura do Distrito Federal) Foi membro do Conselho Distrital de São Pedro de Alcântara (MG), Subdelegado de Polícia do Distrito de Simão Pereira e Fiscal de Rendas do Estado de Minas. No município mineiro de Guaxupé, foi presidente da Companhia Industrial Cinematográfica Sul Mineira. Designado responsável pela fiscalização da arrecadação do imposto sobre o café após o acordo instituído entre os estados de São Paulo e Minas Gerais em 1912, alternou residência nos municípios de Santos e Belo Horizonte. Foi gerente da Companhia America Fabril, Presidente da Associação Fabril e Membro do Conselho da Confederação Sindicalista-Cooperativista Brasileira. Em fevereiro de 1919, foi eleito Presidente do Andarahy Atletico Club do Rio de Janeiro. Em março de 1923, durante o Governo de Alaor Prata (1922-1926), foi nomeado para o cargo de Diretor do Matadouro de Santa Cruz. Como forma paliativa de sanar os problemas de escassez de carne na cidade, mandou instalar dez açougues de emergência espalhados pelas regiões do Centro, Zona Norte e Zona Sul. […]

FURTADO, Júlio Gonçalves

Júlio Gonçalves de Azurem Furtado nasceu em 02/07/1851, na província da Bahia. Formou-se aos 23 anos pela Faculdade de Medicina da Bahia. Em seguida mudou-se para Santos, onde atuou como médico até 1889. Na cidade paulista fundou a Beneficencia Portugueza, recebendo como reconhecimento pelos serviços prestados pela instituição, a condecoração da Ordem de Cristo pelo governo de Portugal. Com a proclamação da República, transferiu-se para o Rio de Janeiro, então Distrito Federal. Foi nomeado, a convite de Marechal Deodoro da Fonseca, para o cargo público de Inspetor Escolar em 14/11/1890. Em 06/12/1895 assumiu de forma vitalícia a Inspetoria de Matas, Jardins, Arborização e Caça, permanecendo por longos anos na função até ser aposentado em 17/09/1931, momento em que o órgão chamava-se Diretoria Geral de Arborização e Jardins. Foi responsável por dar continuidade ao trabalho de Auguste Glaziou, destacando-se pelo plano de arborização da praia de Botafogo. Também foi responsável pelos jardins das praças Malvino Reis e Floriano, ambas em Copacabana. Atuou como auxiliar das obras da reforma urbana ocorrida na gestão Pereira Passos (1902-1906) e, durante o ano de 1899, foi presidente do Clube de Regatas do Flamengo. Faleceu em 24/03/1934 em sua residência na Praia do Flamengo. Foi sepultado […]

LOPES CARDOSO, Raul

Filho de Antonio Lopes Cardoso e Candida Lopes Cardoso, Raul Lopes Cardoso nasceu em 1871, na Bahia. Adentrou o locus da municipalidade do Distrito Federal em junho de 1908 enquanto Diretor Geral de Patrimônio. Foi designado, posteriormente, Superintendente do Theatro Municipal, projeto do qual esteve à frente por subordinação imediata a esta Diretoria. Ao ocupar durante anos e em primeira mão o cargo, Raul Cardoso esteve diretamente relacionado às reformas e adaptações do espaço físico do Municipal; como por exemplo sua atuação, a pedido de Henrique Coelho, representante da Escola Dramática Municipal, na solicitação de obras para sua melhor instalação, haja vista seu funcionamento provisório nos andares superiores da Usina do Theatro Municipal. Ainda sob sua administração, estavam os demais centros de cultura de grande relevância no circuito carioca da época, quais sejam o Teatro João Caetano e o Pavilhão Mourisco, este último desde seu arrendamento em 1917. Outrossim, era membro da Comissão Permanente de Promoções dos Funcionários Municipais em 1933. Neste mesmo ano, assinou concomitantemente pela Direção Geral de Patrimônio e pela Direção Geral interina de Estatística Municipal, o que anunciava as vicissitudes na composição dos órgãos que se seguiriam da junção destes sob a forma da Diretoria Geral […]

LOPES, João Pereira

Casado com a Sr. Firmina Rodrigues Silva Lopes e pai de João Pereira Lopes Filho,  Dr. João Pereira Lopes nasceu no bairro da Saúde, Rio de Janeiro, em 23/09/1832. Médico de formação, logo após diplomar-se, prestou seus primeiros serviços combatendo a infestação de Cholera Morbus em sua vizinhança, até transferir-se para São Cristóvão, onde passaria a vida. Clinicou durante anos nos arredores de seu bairro, onde alcançara grande prestígio após sua firme campanha, ao lado de Drs. como Rodrigues de Oliveira, Bernardo Peixoto, José Peixoto, Paulino Vidigal, Gaudie Ley e Chavantes, contra as epidemias de febre amarela e varíola que assolaram a região em meados do séc. XIX. Um dos maiores expoentes do Partido Liberal, João Pereira Lopes ingressou na esfera política ainda sob o regime monárquico, no cargo de Vereador da Câmara Municipal, alçando, inclusive, a presidência desta. Ao longo dos quatro anos de sua gestão, foi responsável por fundar o Hospital de Santa Thereza, tendo em vista como principais pacientes os empregados do Matadouro de Santa Cruz. Correligionário dos ideais abolicionistas, prestou contribuições à causa ao participar da criação do Livro de Ouro, Fundo de Emancipação* da Câmara Municipal que, não obstante seu caráter dissonante mesmo entre o […]

ANDRADE, Luiz Antônio Navarro de

Filho do tenente-coronel Sebastião Navarro de Andrade, nasceu em 25/08/1825, em Montevidéo, então província Cisplatina pertencente ao Brasil. Como o pai, cursou a academia militar. Foi amanuense praticante da Inspetoria de Fazenda até 1848, ano em que fundou A sentinella do Throno, periódico apoiador do regime monárquico. Em 1851 tornou-se redator chefe do Diário do Rio de Janeiro, na época o periódico mais antigo do Brasil. Contando apenas com vinte e sete ano, foi condecorado com o título da Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo. Em 1863, dirigiu o jornal O Brasil. Em 1863, após diversos vereadores terem seus mandatos suspensos, sendo processados pelo governo, atuou como vereador suplente da Câmara Municipal da Corte. Entre 1865 a 1867 assumiu a posição de cônsul geral do Estado Oriental do Uruguay no reino da Prússia. Retornando ao Brasil em 1867, dirigiu por mais um ano o Diário do Rio de Janeiro, até abandonar definitivamente a carreira jornalística. Foi eleito vereador da Câmara Municipal do Rio de Janeiro em 1880. No ano seguinte foi nomeado chefe da repartição de Tombamento Municipal. Entre agosto de 1893 a junho de 1894, desempenhou o cargo de diretor geral de Patrimônio do Distrito Federal. Faleceu no Rio […]

ARISTIDES FREIRE, Mário

Filho de Aristides Brasiliano de Barcelos Freire e de D. Maria Francisca Freira, Mário Freire nasceu em 29/10/1886, em Vitória, Espírito Santo. Fez os estudos primários e secundários na escola de seu pai, o Ateneu Santos Pinto. Em 1908, bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. Foi nomeado diretor-geral de Estatística Municipal do Distrito Federal em 21/07/1924. Foi um dos responsáveis pela criação do Museu da Cidade, na Gávea, e pela publicação do Livro Tombo da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Durante o período que residiu no Rio de Janeiro manteve colaboração regular em periódicos de sua cidade natal, como O Diário da Manhã, Vida Capichaba, A Gazeta e A Tribuna. Em 1931, participou da comissão nomeada pelo Interventor do Distrito Federal, Adolpho Bergamini (1930-1931), para revisão do Código de Posturas Municipais. Assumiu o cargo de Secretário de Fazenda do Estado do Espírito Santo em 1932, afastando-se temporariamente do cargo de diretor-geral de Estatística e de Secretário Geral do Montepio dos Funcionários Municipais. Durante o cargo, destacou-se por ter conseguido a amortização da dívida do Estado junto ao Banco do Brasil. Em agosto de 1936, exonerou-se do cargo de Secretário […]

DUQUE ESTRADA MEYER, Frederico Meireles

Frederico Meireles Duque Estrada Meyer nasceu no interior de um dos mais tradicionais ramos familiares cariocas. Suas origens parentais remontam tanto aos primeiros povoadores do Rio de Janeiro, quanto aos proprietários das terras hoje correspondentes ao bairro do Méier, doados à municipalidade quando da construção da Estrada de Ferro Central do Brasil sob a condição de ser mantido o nome original da propriedade. O engenheiro de formação iniciou sua carreira na administração pública em 1881, quando foi nomeado pela Câmara Municipal para o cargo de amanuense da Secretaria de Polícia Administrativa, Arquivo e Estatística, ascendendo quatro anos depois ao posto de 2º Oficial. Partidário de Marechal Floriano Peixoto, manteve-se no funcionalismo público após a Proclamação da República, tornando-se 1º Oficial em 1892, e chefe de Seção em 1893. Em posse desse cargo, foi indicado para exercer interinamente o cargo de diretor de Polícia Administrativa, Arquivo e Estatística em janeiro de 1908, após o afastamento por motivos de saúde do titular Aureliano Gonçalves de Souza Portugal. Foi também membro do Ginásio Dramático de Botafogo, do Clube de Engenharia e da diretoria do Turf Club. Teve passagens pela poesia, publicando alguns de seus poemas em jornais e revistas especializadas e na brochura […]

AMARAL, Antônio Cândido do

Filho de Antonia Guilhermina do Amaral, Antônio Cândido do Amaral nasceu em 1854, no Rio de Janeiro. Engenheiro, ingressou como Aspirante na Escola de Marinha do Rio de Janeiro, sendo promovido a Guarda de Marinha em novembro de 1873. Em 1877, já no posto de 2º Tenente, foi-lhe concedida demissão do serviço da armada. No mesmo ano ingressou na administração pública municipal através de concurso para preenchimento da vaga de 2º conferente da mesa provincial. Foi Oficial da Secretaria de Intendência Municipal. Com o falecimento do 1º Oficial Arquivista da Câmara Municipal em maio de 1885, Antônio Cândido foi então promovido para assumir as funções do cargo. Foi designado Secretário do Prefeito Henrique Valadares  (1893-1895) em agosto de 1893. A partir de 1896 passou a atuar como subdiretor da Diretoria Geral do Interior e Estatística. Com o afastamento de Alexandrino Freire do Amaral, Antônio Cândido foi nomeado diretor geral da pasta, tendo permanecido no cargo entre 30/11/1897 e 01/06/1900. Posteriormente, voltou a assumir a diretoria da repartição como interino, durante os afastamentos do titular. Com a renomeação da Diretoria pelo Decreto nº 302, de 12/08/1902, Antônio Cândido do Amaral foi nomeado subdiretor da Diretoria Geral de Polícia Administrativa, Arquivo e […]

MOUTINHO, Antônio da Silva

Bacharel, Antônio da Silva Moutinho formou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo. Ingressou na Diretoria de Patrimônio em 1893, sendo designado 2º Oficial da Diretoria em agosto do mesmo ano. Em 29/10/1898, foi promovido a 1º Oficial da Diretoria do Patrimônio. Neste mesmo ano, atuou como auxiliar do Gabinete do Prefeito (1898) e, em 1901, como escriturário da Diretoria das Rendas Municipais. Em 1903, Antônio Moutinho compôs a Comissão para obter favores do Estado e da Municipalidade para o Instituto de Proteção e Assistência a Infância. O pioneiro instituto, criado em 1899 por Carlos Arthur Moncorvo Filho, associava ações de caridade, pesquisa científica, além de reivindicar política públicas de assistência materno-infantil. Foi Secretário de Gabinete do Prefeito durante as gestões de Francisco Marcelino de Souza Aguiar (1909), Amaro Cavalcanti (1917-1919) e, no final do governo de Alaor Prata (1922-1926), foi novamente nomeado para dirigir a  Secretaria do Gabinete do Prefeito. Devido a problemas de saúde, Antônio Moutinho foi aposentado, a pedido, do cargo de Diretor da Secretaria do Gabinete do Prefeito, em 03/08/1931. Em quase 40 anos de Prefeitura, Moutinho atuou como oficial de gabinete de 18 prefeitos. Faleceu no dia 27/09/1937, sendo enterrado no cemitério São João Batista. […]

PORTUGAL, Aureliano Gonçalves de Souza

Aureliano Gonçalves de Souza Portugal nasceu em Capivari, município do Rio Claro, em 16/06/1851. Cursou o preparatório no Colégio do Visconde S. Valentim, em seguida, ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde formou-se em 1874. Retornou a sua terra natal, tendo sido sócio do Instituto Acadêmico e membro da Associação de Caridade para ensino das crianças pobres da Freguesia de Dores de Piraí. Entre 1890 e 1893, atuou como demografista da Inspetoria Geral de Higiene na capital federal. Participou do 2º Congresso Médico de 1889, onde defendeu a criação de um Ministério de Saúde Pública. Foi eleito deputado da Assembleia Legislativa do Estado por três gestões. Durante o governo Pereira Passos (1903-1906), dirigiu por alguns meses a Diretoria de Polícia Administrativa, Arquivo e Estatística. Em 11/08/1903, assumiu o cargo de Secretário de Gabinete do Prefeito, tendo cooperado com os trabalhos de remodelação do Rio de Janeiro. Presidiu, neste período, a comissão responsável pelo recenseamento do Distrito Federal de 1906, tido como o mais completo realizado até a data. Em fins de 1907 reassumiu a então Diretoria Geral de Polícia Administrativa, Arquivo e Estatística. Exonerou-se dos cargos em 22/01/1908, permanecendo na Polícia Administrativa até a sua morte. Faleceu […]

AMARAL, Alexandrino Freire do

Filho de Bonifácio José Sérgio do Amaral e de Leopoldina Freire do Amaral, Alexandrino Freire do Amaral nasceu em  26/11/1843, no Rio de Janeiro. Casou-se com Maria Carlota dos Santos Amaral. Doutor em Medicina pela Faculdade da Corte, veio a exercer o magistério antes de ingressar na administração pública. Vereador da Câmara Municipal, em 1893 assumiu o cargo de Secretário do Gabinete do Prefeito, onde atuou por anos. Logo em seguida, foi chamado para ter exercício na Diretoria de Interior e Estatística que, a partir de 1902, passou a chamar-se Diretoria de Polícia Administrativa, Arquivo e Estatística. Contemporâneo à administração de Pereira Passos, teve parte na Comissão Sanitária do 2º distrito do Engenho Velho.   Membro efetivo do Supremo Conselho do Grande Oriente Unido do Brazil, Alexandrino Freire do Amaral consagrou-se enquanto importante figura do círculo maçônico brasileiro, por sua grande contribuição para a consolidação e difusão das publicações das maçonarias nacionais, no século XIX. Exerceu o cargo de grande secretário geral do Grande Oriente do Lavradio, quando, em meio às disputas entre Orientes, transferiu-se para o concorrente, Grande Oriente Unido e Supremo Conselho do Brazil, na posição de Redator-chefe. Outrossim, ocupou o cargo de grande secretário geral do Grande […]

COSTALLAT, Augusto de Macedo

Augusto de Macedo Costallat nasceu na cidade de Bage, Rio Grande do Sul. Filho de Antônio Costallat e Maria José de Macedo Costallat. Após cursar o preparatório e ser aprovado em Humanidades, ingressou na Faculdade de Medicina e Farmácia de Porto Alegre. Em 1901 conseguiu transferência para a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde graduou-se no ano seguinte. Iniciou sua vida pública na Diretoria de Assistência Pública Municipal do Rio de Janeiro, onde desempenhou diversos cargos, como o de redator do Boletim do Serviço Médico-Cirúrgico de Urgência, Inspetor Técnico e Subdiretor. Em 01/08/1910 foi nomeado interinamente para assumir o posto de Comissário de Higiene e Assistência Pública do Rio de Janeiro durante licença do titular, Dr. Manuel Francisco Monteiro Autran. Em 1912, Costallat assumiu como comissário efetivo. No cargo foi designado para realizar um estudo sobre a assistência pública nos países que visitou na Europa, principalmente em relação aos serviços médico-cirúrgicos e atendimento de urgência. Foi também membro do Conselho Diretor de Assistência Médico-Cirúrgica dos Empregados Municipais, responsável pela chefia do Posto de Assistência do Méier (1920), do Posto Central de Assistência (1925), tendo nessas duas últimas instituições formado parte do quadro clínico desde suas fundações. Foi nomeado […]

ROCHA VAZ, Juvenil da

Juvenil da Rocha Vaz nasceu em 01/07/1881, em São Pedro de Alcântara, Minas Gerais. Fez seus estudos primários em Barbacena e Ouro Preto, mudando-se em seguida para o Rio de Janeiro, onde formou-se, em 1903, pela Faculdade de Medicina. Começou a clinicar no bairro de São Cristóvão, mas pouco depois passa em concurso para atuar como médico do Hospital Nacional de Alienados. Em 1911, ingressa no magistério como professor de Clínica Médica da Faculdade de Medicina do Rio. Tornou-se catedrático da instituição em 1919, através de concurso. Durante a presidência de Artur Bernardes (1922-1926), ocupou importantes cargos na administração pública como o de diretor da Faculdade de Medicina, diretor geral de Ensino, diretor do Departamento de Assistência Pública da capital federal (1924-1926) e presidente do Conselho de Assistência Hospitalar do Brasil. Em 1925, participou da elaboração da última reforma educacional do ensino secundário na Primeira República. As principais medidas da reforma foram a obrigatoriedade da disciplina de educação moral e cívica, a instituição do curso ginasial de seis anos de duração, ao invés de cursos preparatórios sem currículo definido, e a continuidade do Colégio Pedro II. A reforma também criou o Departamento Nacional de Ensino, subordinado ao Ministério da Justiça […]

GODOY, Oscar

Médico de formação desde 1888, Oscar Godoy nasceu em 01/12/1866 e teve seu início de carreira profissional no Hospital da Marinha, onde alçou reconhecido mérito de Cirurgião da Armada Nacional e Primeiro Tenente. Envolvido amiúde nas questões políticas de seu tempo, posicionou-se ao lado dos que contrariavam os regimes monárquico e escravista, tendo seu ativismo reconhecido no convite do próprio Floriano Peixoto para ocupar o cargo de prefeito da Capital Federal, o qual optou por recusar argumentando sua pouca idade e experiência. No entanto, algum tempo mais tarde, em 1892, elegeu-se intendente municipal, exercendo, respectivamente, as funções de primeiro secretário e vice-presidente do Conselho. No ano seguinte, haja vista seu desempenho na coisa pública, iniciou mandato como  Deputado Federal, cadeira na qual permaneceria por até 12 anos consecutivos. Dentre outras ocupações administrativas, veio a desempenhar as funções de comissário de Higiene, diretor do Pronto Socorro e inspetor técnico da Assistência Pública, bem como o de Diretor Geral Interino da Assistência Municipal, esta última em 1924. Após abandonar os assuntos de ordem política, continuou a clinicar normalmente enquanto pode. Faleceu em 25/03/1936 na Casa de Saúde São José, onde já encontrava-se internado em virtude de sua saúde debilitada. Seguiu para sepultamento […]

GOUVÊA, José Thomaz Nabuco de

Filho de Hilário Soares de Gouveia, um dos pioneiros da oftalmologia brasileira, José Thomaz Nabuco de Gouvêa nasceu no dia 11/06/1872, no Estado de Minas Gerais. Formou-se em Medicina pela Faculdade do Rio de Janeiro em 1897, defendendo tese sobre ferimentos causados por projéteis de fogo. Posteriormente especializou-se em ginecologia, ganhando destaque nos meios científicos com suas publicações sobre a área. Após formado, atuou como professor substituto na Faculdade de Medicina. Em 04/05/1905, foi eleito membro correspondente da Academia Nacional de Medicina (ANM), sendo transferido para a classe de Membros Titulares Honorários da Academia Nacional de Medicina em 22/08/1929. Foi chefe da Missão Médico-Militar em 1918, projeto que constituiu um hospital temporário na zona de guerra francesa. Terminada a 1º Guerra Mundial, em fevereiro de 1924 foi nomeado diretor do Departamento Municipal de Assistência Pública por Alaor Prata Leme, prefeito do Distrito Federal entre 1922 e 1926. Permaneceu por cinco meses no cargo, para em seguida ingressar na carreira diplomática no Ministério das Relações Exteriores. Dirigiu diversas comissões diplomáticas nas Américas e na Europa, e, entre abril e novembro de 1937, desempenhou o cargo de Embaixador do Brasil em Lima, no Peru. Faleceu no Rio de Janeiro em 16/10/1940, vítima […]

CARVALHO, Júlio Oscar de Novaes

Nasceu em 17/10/1875, em Recife, Pernambuco. Era filho do magistrado José Novaes de Souza Carvalho e de D. Júlia Augusta Guimarães de Carvalho. Formou-se engenheiro geógrafo pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro em 1897 e, no ano seguinte, bacharelou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Após a aprovação do Decreto nº 4.780 de 02/03/1903, que dava novo regulamento à Escola Correcional Quinze de Novembro, Júlio Oscar de Novaes foi nomeado Diretor Administrador da instituição de reclusão e ensino para crianças em situação de abandono e miséria. Permaneceu na Diretoria da escola até outubro de 1905, sendo substituído por Mário Franco Vaz. Em 1910, foi eleito membro titular da Academia Nacional de Medicina e, posteriormente, ganhou o mesmo título na Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro. Entre 24/11/1922 e 10/01/1924, exerceu o cargo de Diretor do Departamento Municipal de Assistência Pública do Distrito Federal. Sua gestão foi marcada por atritos com o então Intendente Adolfo Bergamini, devido à dispensa de dois médicos – Dario Silva e Fernando de Lacerda – funcionários da Diretoria, e questões quanto à validade do concurso realizado no período. Em 1934, sob a legenda do Partido Autonomista, elegeu-se Deputado Federal pelo […]

BARBOSA, Luiz Pedro

Luiz Pedro Barbosa nasceu em Pernambuco, no dia 11/04/1870. Era pai de Luiz Torres Barbosa, que seguiu carreira médica, como o pai. Doutorou-se em Ciências Médico-Cirúrgicas pela Faculdade de Medicina e Farmácia do Rio de Janeiro. Iniciou sua carreira clínica ainda enquanto estudante, no combate à epidemia de febre amarela de Campinas, em 1889, o que rendeu-lhe medalha humanitária. Posteriormente, veio a trabalhar ao lado de Oswaldo Cruz, então Diretor Geral de Saúde Pública, durante a campanha de combate à epidemia de febre amarela no Rio de Janeiro, em 1904, quando ingressou na gestão pública como delegado de saúde municipal. Não obstante seu sucesso como médico sanitarista, destacou-se por sua atuação inovadora no ramo da pediatria, ao qual dedicou todos os esforços até o fim da vida. Amiudadamente, atribui-se o especial interesse do Dr. Barbosa pela clínica de crianças ao evento trágico de sua vida em que teve sua primogênita acometida gravemente por doença aos seis meses de idade. Membro fundador da Policlínica de Botafogo, em 1908, passou a exercer a clínica de pediatria, além de responsabilizar-se pelos primeiros cursos de Clínica Pediátrica e Higiene Infantil, os quais também implementou na 25ª Enfermaria da Santa Casa de Misericórdia e nos […]

SILVA, Adalberto Ferreira da

Filho de Florinda Mendonça Loureiro Ferreira e Bernardino Ferreira da Silva, nomeado Ministro do Supremo Tribunal Federal em 1894, Adalberto Ferreira da Silva nasceu em São Paulo, no dia 28/04/1878. Foi casado por dezesseis anos com Wanda Pacheco Ferreira, com quem teve dois filhos. Em 1902, formou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Seis anos mais tarde, ingressou na Inspetoria de Assistência Pública do Distrito Federal no cargo de subcomissário. Com a inauguração do Posto Central de Assistência Pública em 1907, Adalberto Ferreira foi nomeado médico da unidade de saúde. O Posto Central, instalado na Rua Camerino nº 33, foi a primeira unidade pública municipal de pronto-socorro. No mesmo ano, chegou a assumir o posto de comissário de higiene durante o impedimento do titular, Alberto de Paula Rodrigues. Em seguida, atuou como médico do Posto Central de Assistência Municipal. Foi promovido a Diretor de Higiene e Assistência Pública em 30/10/1919, na gestão de Sá Freire Alvim (1919-1920), tendo permanecido no cargo até 07/06/1920. Em novembro de 1926, após a exoneração de Juvenil da Rocha Vaz, reassumiu a direção do órgão como interino. Foi efetivado como Diretor Geral em 06/04/1927, mantendo-se no cargo até a sua morte.* Faleceu no […]

MIRANDA JUNIOR, Emílio Gomes da Costa

Nascido no Rio de Janeiro, era filho de Emílio Gomes da Costa Miranda, industrial e antigo funcionário do Tesouro Federal. Graduado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, no 5º ano do curso médico foi nomeado interno do hospital São João de Deus, da Sociedade Portuguesa de Beneficência. Em março de 1890, foi nomeado para o corpo médico do exército do Rio de Janeiro, lá desempenhando as funções de médico adjunto. Exonerou-se em 21/04/189, passando, posteriormente,  a integrar o quadro de funcionários da Inspetoria Geral de Higiene. Em julho de 1893, foi designado comissário de higiene da freguesia de Sant’Anna junto com os Drs. Guilherme Augusto Moreira Guimarães, João Gonçalves Coelho, Manuel Francisco do Rego Barros e Antônio Leocádio da Rocha e Silva. Foi promovido a Chefe de Distrito Sanitário em junho de 1896. Anos mais tarde, em 14/11/1918, foi designado para exercer interinamente o cargo de Diretor Geral de Higiene e Assistência Pública, vindo a ser nomeado titular da Diretoria em janeiro do ano seguinte. Permaneceu no cargo até 16/10/1919, retornando à chefia do Distrito Sanitário, dessa vez vinculado ao Departamento Municipal de Assistência Pública. Por ato do Prefeito do Distrito Federal, Alaor Prata (1922-1926), foi nomeado subdiretor […]

COTRIM, Joaquim José Torres

Nascido em 1850, Joaquim José Torres Cotrim foi Médico e cirurgião paulista. Reconhecido como importante higienista brasileiro, prestou relevantes serviços à saúde pública, inicialmente como Médico-diretor do Lazareto da Ilha Grande, RJ. Era casado com Julia Torres de Carvalho Cotrim, cunhado do Dr. Nuno de Andrade e tio do Dr. Fernando de Magalhães. Ingressou na carreira de sanitarista como ajudante da Inspetoria Geral de Higiene, em 1890, consagrando-se no Estado de São Paulo à frente da Repartição Sanitária. Pouco tempo depois, haja vista seu exemplar desempenho na comissão supracitada, substituiu Souza Lima no cargo de Diretor Geral de Higiene e Assistência Pública do Distrito Federal, em 1894, organizando e chefiando o serviço de desinfecção de cargas, o que marcou a consolidação da fase científica da desinfecção pública. Sua primeira iniciativa foi conclamar os médicos do Distrito Federal a notificarem qualquer doença transmissível consignada no regulamento municipal de 28/06/1893. Uma de suas contribuições foi a criação da Inspetoria de Isolamento e Desinfecção da Assistência Pública Municipal do Rio de Janeiro, durante o governo do Prefeito Pereira Passos (1903-1906). Entre idas e vindas, exerceu a função de diretor até 1911, quando se aposentou. Publicou, dentre outros artigos, “Instruções para o Serviço de […]

AZEVEDO, Fernando de

Fernando de Azevedo nasceu em 02/04/1894, em São Gonçalo de Sapucaí, Minas Gerais. Era filho de Francisco Eugênio de Azevedo e de Sara Lemos Almeida de Azevedo. Foi casado com a professora Esmeralda Masson de Azevedo. Cursou o ginasial no Colégio Anchieta, em Nova Friburgo e, posteriormente, ingressou no curso de Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito de São Paulo. Começou a carreira docente como lente substituto de latim e psicologia no Ginásio Mineiro. Em seguida ministrou aulas de latim e literatura na Escola Normal de São Paulo. Em janeiro de 1927, Fernando de Azevedo assumiu a chefia da Diretoria Geral de Instrução Pública do Distrito Federal. Atendendo às queixas de seu antecessor a respeito do mal estado das instalações educativas, Azevedo projetou e executou uma ampla reforma educacional no Rio de Janeiro. O projeto envolveu a extensão do ensino a todas as crianças, a criação de novas escolas, a instalação de um programa de assistência alimentar nos colégios e a criação da primeira Clínica Escolar do Rio de Janeiro (Oscar Clark). Exonerou-se em 24/10/1930, em razão da chegada de Getúlio Vargas à presidência da república. Logo após a Revolução de 1930 e a criação do Ministério da […]

JARDIM, Renato Maurity

Renato Maurity Jardim nasceu no dia 09/11/1867 em Resende, no Rio de Janeiro. Cursou o primário em sua cidade natal, nos colégios Galvão e São Carlos. Mudou-se para o interior de São Paulo em 1889, onde seu pai adquiriu terras. Iniciou sua carreira política como vereador no município de Batatais e, em 1900, ocupou o cargo de intendente municipal. Transferiu-se para Ribeirão Preto em 1905, onde exerceu o cargo de vereador por dois mandatos. Renato Jardim diplomou-se pela Escola Normal de São Paulo.  Integrou o primeiro corpo docente do Ginásio do Estado de Ribeirão Preto (atual escola Otoniel Mota), inaugurado em 1907, onde lecionou Geografia. A partir de 1917 assumiu a direção da escola secundarista. Em 1916, participou da Liga Nacionalista de São Paulo, organização fundada por Olavo Bilac que tinha como bandeiras o serviço militar obrigatório e a educação cívica patriótica. Durante o Governo de Washington Luís em São Paulo (1920-1924), foi nomeado diretor da Escola Normal da Capital paulista. Na reunião de fundação da Sociedade de Educação de São Paulo em 1922, Renato Jardim foi eleito seu vice-presidente. Com a sucessão do presidente do Estado de São Paulo, Renato Jardim passou a chefiar a Diretoria de Tomada de […]

CARNEIRO LEÃO, Antônio

Filho de Antônio Carlos Carneiro Leão e Elvira Cavalcanti de Arruda Câmara Carneiro Leão, Antônio Carneiro Leão nasceu em 02/07/1887, em Recife, PE. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de Recife, doutorou-se em Filosofia, disciplina a qual exerceu magistério durante 3 anos na mesma instituição. Professor emérito da Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil, onde ministrava a disciplina de Administração Escolar e Educação Comparada, ocupara também a cátedra de Administração da Escola do Instituto de Educação do Distrito Federal, além de lecionar no Colégio Pedro II e em universidades nos Estados Unidos, França, Argentina e Uruguai. No Rio de Janeiro, continuou expressando sua preocupação com a educação através da administração pública. Em 1922, nomeado para o cargo de Diretor Geral da Instrução Pública Municipal, lançou mão de reformas embrionárias do que viria a ser seu maior projeto em vida, a restauração do ensino com bases estatais. A modernização do sistema educacional em curso em alguns países europeus inspirou um movimento de estudiosos que integravam a Associação Brasileira de Educação (ABE), conhecido como Escola Nova que, por sua vez, reivindicava um novo modelo escolar capaz de  garantir a qualidade do ensino ofertado. “Sempre pensei que a […]

NASCIMENTO SILVA, Ernesto do

Ernesto do Nascimento Silva nasceu em 10/09/1857, no Rio de Janeiro, então capital do Brasil. Era filho do conselheiro Josino Nascimento Silva e de D. Maria Jesuína da Rocha e Silva, e irmão de Carlos Augusto do Nascimento Silva, diretor de Obras Públicas. Estudou o preparatório no Colégio São Pedro de Alcântara e em seguida foi admitido na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde formou-se em 1880. Foi vice-presidente do Club Médico Brasileiro e catedrático de Medicina Legal e Higiene da Faculdade de Medicina. Por voto unânime do corpo docente, foi eleito diretor da Faculdade nos anos de 1911 e 1914. Durante o governo do Prefeito Carlos Cesar de Oliveira Sampaio (1920-1922), exerceu o cargo de Diretor Geral de Instrução Pública. Foi intensamente criticado por parte da imprensa em relação à falta de professores e ao fechamento de escolas pelo não pagamento dos aluguéis. Em relatório, queixou-se da ausência de uma legislação regular sobre o ensino do Distrito Federal, e a grande centralização dos serviços na figura do Diretor, tendo proposto a criação de um Conselho de Instrução. Ernesto do Nascimento foi autor de Das condições patogênicas das palpitações do coração e Do aborto criminoso e do segredo […]

LEITÃO DA CUNHA, Raul

Pertencente à tradicional família de Ambrósio Leitão da Cunha, o Barão de Mamoré, Raul Leitão da Cunha nasceu na Cidade Imperial do Rio de Janeiro, no dia 02/01/1881. Filho de José Maria Leitão da Cunha e de Maria Georgina Leitão da Cunha, foi casado com Zilda Vidal Leitão da Cunha. Concluiu seus primeiros estudos em Petrópolis, no Instituto H. Kopke, graduando-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1903, com a defesa da tese Valor Diagnóstico da Punção Lombar. Em seguida foi para a Europa, onde se especializou em Anatomia Patológica. Sua carreira começou nos idos de 1905, no Hospital Nacional de Alienados, onde foi diretor do Serviço Anatomopatológico até 1907, quando iniciou sua trajetória docente na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, ocupando as cátedras de Histologia, Bacteriologia, Microbiologia e, por fim, Anatomia Patológica.   Em 1920, ingressou na administração pública à frente dos Serviços Sanitários do Rio de Janeiro ao lado de Carlos Chagas. Quatro anos mais tarde, ingressou no Conselho Penitenciário, tendo, em 1926, representado o Brasil na I Conferência Pan-Americana dos Diretores de Saúde Pública, reunida em Washington. Foi eleito Vereador pelo Distrito Federal em 1928, permanecendo no cargo até 1930, quando atuou […]

FARIA, Raul de

Filho de Fernando Antônio Faria e Maria Vitória Pereira de Faria, Raul de Faria nasceu em 26/05/1885, em Minas Gerais. Casou-se duas vezes, primeiramente com Diva Sá Freire de Faria e, em segundas núpcias, com Vanda Faria. Concluiu seus estudos secundários no Colégio Anchieta, Nova Friburgo (RJ), ingressando, logo em seguida, na Faculdade Livre de Direito de Minas Gerais, onde graduou-se em 1906. Filiado ao Partido Republicano Mineiro (PRM), sua trajetória política tem início em 1907, na Assembleia Legislativa mineira, quando da substituição de Gabriel Vilhena Valadão, cadeira a qual ocuparia até 1914. Sete anos depois, ao eleger-se Deputado Federal, transferiu-se para o Rio de Janeiro, então Distrito Federal, integrando a Comissão de Instrução da Câmara. Após os eventos políticos que culminaram na ascensão de Getúlio Vargas à Presidência em 1930,  medidas como a suspensão temporária das atividades legislativas contribuíram para inflamar a sua insatisfação com o governo em curso, expressa posteriormente sob a forma de um manifesto. Em 1943, tendo exercício no Departamento de Educação de Minas Gerais, participou da assinatura do Manifesto dos Mineiros, primeira expressão concreta das elites de sua postura contrária ao Estado Novo, o que resultaria em seu completo afastamento da administração pública. Retornou à […]

SILVA, Manoel Cícero Peregrino da

Filho do professor Cícero Peregrino da Silva e de D. Maria Souza Leão P. da Silva, Manoel Cícero nasceu em 07/09/1866, em Recife, Pernambuco. Em sua cidade natal fez seus estudos no Ginásio Pernambucano. Formado bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife em 1883, após dois anos recebeu o título de doutor em Direito pela mesma instituição. Em 28/06/1889 foi nomeado bibliotecário da Faculdade de Direito do Recife. No ano seguinte, foi designado para compor o júri da Freguesia de Boa Vista (PE). Foi sócio do Instituto Arqueológico e Geográfico Pernambucano, tendo integrado a Comissão de Contas da organização. Por seu trabalho desempenhado na biblioteca da Faculdade de Direito, em 30/07/1900 foi convidado por Epitácio Pessoa, então Ministro da Justiça, a mudar-se para o Rio de Janeiro e assumir o cargo de diretor da Biblioteca Nacional. Foi um ferrenho defensor da necessidade de um novo prédio sede para a Biblioteca Nacional, que ficava localizada no largo da Lapa, sem condições adequadas para acomodar as obras. A construção da nova sede na Avenida Central, atual Avenida Rio Branco, começou em 1905 e só foi concluída em 29/10/1910. Também propôs reformas administrativas na Biblioteca Nacional, presentes no […]

AFRÂNIO PEIXOTO, Júlio

Filho de Virgínia de Morais Peixoto e do capitão Francisco Afrânio Peixoto, Júlio Afrânio Peixoto nasceu em 17/12/1876, em Lençóis, Lavras Diamantinas, BA. Logo após diplomar-se com láurea acadêmica pela Faculdade de Medicina da Bahia, foi chamado para a cátedra de Medicina Pública na Faculdade Livre de Direito de Salvador, dando início a sua trajetória acadêmica. Em 1902, mudou-se para o Rio de Janeiro, Capital Federal, assumindo os cargos de Inspetor de Saúde Pública (1902) e, no ano seguinte, Diretor do Hospital Nacional de Alienados. Integrou o quadro docente da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1906, ao substituir o titular da cadeira de Higiene e, posteriormente, prestou concurso para lecionar Medicina Legal. Durante três anos respondeu pelo Serviço Médico Legal da Polícia (1907-1911), quando, após participar da exumação do corpo de Euclides da Cunha, foi eleito para sucedê-lo na cadeira 07 da Academia Brasileira de Letras. Nesta, obteve grande destaque, tendo parte em distintos exercícios, como a  Comissão de Bibliografia (1918), a Comissão de Redação da Revista (1911-1920) e a Comissão de Lexicografia (1920 e 1922). Em 1923, ao presidir a Casa de Machado de Assis, aproximou-se da embaixada francesa, com a qual negociou a réplica do […]

AZEVEDO SODRÉ, Antônio Augusto de

Antônio Augusto de Azevedo Sodré nasceu em Maricá, RJ, no dia 13/12/1864. De tradicional família fluminense, era filho de José Paulo de Azevedo Sodré e Cândida Ribeiro de Almeida Sodré. Fora casado com Luzia Salles de Azevedo Sodré, neta do Visconde de Mauá, e a sua família pertenceram nomes como Alcindo de Azevedo Sodré, idealizador e primeiro Diretor do Museu Imperial, localizado em Petrópolis; e o Dr. Fábio Sodré que, assim como o pai, construiu carreira na medicina. Após concluir seus estudos primários no Liceu do Conde d’Eu, em Nova Friburgo, transferiu-se para a Capital do Império ao ingressar na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Logo que diplomou-se, em 1885, começou a exercer a profissão, primeiro no Hospital da Beneficência Portuguesa e, em seguida, no Hospital da Misericórdia. Concomitantemente, retornou à faculdade em que acabara de colar grau, agora como preparador da disciplina de Terapêutica. No ano seguinte, realizou concurso para professor adjunto, assumindo paulatinamente as cátedras de Patologia Interna e Clínica Médica. Em 1911, elegeu-se diretor da instituição. Lecionou também na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro em 1895, sendo responsável pelo conteúdo de Medicina Pública. Entre os anos de 1887 e 1888, […]

BATISTA, Álvaro

Filho de Felisberto Batista da Costa e de Henriqueta de Sá Batista, Álvaro Batista nasceu em 11/11/1858, na cidade de São Borja, RS. Agrimensor pela Escola Militar de Porto Alegre, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde formou-se em Medicina, em 1882. Álvaro Batista participou ativamente das efervescências políticas que agitaram o Brasil no fim do século XIX e, alinhando-se aos discursos abolicionista e republicano, fundou, em 1878, o Clube Evolucionista ao lado de nomes como Augusto Ribeiro Guimarães e José Ferreira de Morais, e, no ano seguinte, o Clube 20 de Setembro. Também presidira o Clube Republicano de São Borja, tendo participado de congressos e movimentos orientados para o fim da monarquia e instauração de uma república federativa. Após a proclamação, inseriu-se na administração pública, dando sequência à tradição familiar, haja vista as carreiras de seu pai e irmão. Assumiu o cargo de Secretário do Interior do governo de Júlio Castilhos, atuando no sentido de mitigar os ânimos descentralizadores que irradiavam-se pelo estado riograndense durante a eclosão da Revolução Federalista (1893-1895). Membro do Partido Republicano Rio-Grandense, dedicou-se ao legislativo, sendo, inclusive, eleito Deputado pela Constituinte Estadual. Ocupou, por indicação, a Secretaria dos Negócios da Fazenda no primeiro ano da […]

SANTOS, Thomaz Delfino dos

Filho do poeta parnasiano e senador Luís Delfino dos Santos, Thomaz Delfino dos Santos nasceu no Rio de Janeiro, em 24/09/1860. Estudou no Colégio Pedro II e, posteriormente, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde formou-se médico em 1882. Aderiu às causas republicana e abolicionista. Na década de 1880 fundou a Gazeta Sul Mineira, vinculada ao Partido Republicano, no município de São Gonçalo de Sapucaia (MG). Serviu voluntariamente como médico no exército, atingindo o posto de Major. Amigo pessoal do Marechal Floriano, participou ativamente das lutas políticas em prol do sistema de governo republicano. Em 1880, foi um dos organizadores do Clube Tiradentes. Após a Proclamação da República, foi eleito Deputado pelo Distrito Federal em 15/09/1890. No cargo, integrou a comissão que elaborou a Constituição de 1891. Em 1896, renuncia ao cargo na Câmara para assumir a vaga de Senador, aberta após a morte de Aristides Lobo. No Senado, participou das comissões de Saúde Pública; Estatística e Colonização; e Justiça e Legislação. Foi ainda professor e diretor da Escola Normal do Distrito Federal, sendo indicado, em 16/11/1910, para o cargo de Diretor Geral de Instrução Pública Municipal, mas não assume o posto. Em 1912 foi reeleito Deputado Federal […]

CORREIA, Leôncio

Filho de João Ferreira Correia e de Carolina Pereira Correia, e sobrinho de Boaventura Clapp e de Ildefonso Pereira Correia – o  barão de Serro Azul -, Leôncio Correia nasceu na cidade de Paranaguá (PR), em 01/09/1866. Transferiu-se para a Capital do Império a fim de concluir seus estudos primários, tendo se formado pelo Colégio Pedro II, onde retornaria, anos mais tarde, como Diretor. Doutorou-se em Direito, sem, no entanto, ter chegado a exercer a profissão. A despeito da carreira advocatícia, assumiu, num primeiro momento, a cadeira de Professor de História Universal da Escola Normal do Rio de Janeiro, chegando a passar, ao longo de sua vida, pela direção de importantes instituições como a Imprensa Nacional e o Diário Oficial. Grande entusiasta da República e tributário da causa abolicionista, defendeu veementemente suas ideias através da imprensa. Fundador dos periódicos paranaenses 15 de Novembro e Diário do Comércio, e o carioca Folha Popular, Leôncio Correia também teve parte em publicações como o Club Curitibano, Cenáculo, Cidade do Rio, Vida Moderna e O País. Paripassu à carreira jornalística, dedicou grande parte de sua vida à literatura e à poesia, sendo um dos nomes mais proeminentes da passagem do século XIX para o […]

BONFIM, MANOEL

Filho de Paulino José Bonfim, proprietário de engenho, e de Maria Joaquina, descendente de comerciantes portugueses, Manoel Bonfim nasceu em Aracaju, SE, em 08/08/1868. Mudou-se para Salvador aos 12 anos para concluir seus estudos primários e, em 1886, ingressou na Faculdade de Medicina, a qual concluiu no Rio de Janeiro, em 1890, com a Tese Das nefrites. Exerceu a profissão ao longo de oito anos, durante os quais clinicou na Secretaria de Polícia e fora tenente-cirurgião na Brigada Policial. Mudou-se com sua esposa, Natividade Aurora de Oliveira, e filhos para o interior paulista, Mococa, em 1893. A transferência da capital suscitou, por parte de alguns biógrafos, a teoria póstuma de que Manoel Bonfim pudesse ter sido alvo de perseguições devido a suas convicções antimilitaristas no contexto da presidência de Floriano Peixoto (1891-1894). Após a morte de sua filha, em 1894, desiludiu-se com a carreira médica e retornou para o Distrito Federal, engajando-se em novos projetos. Em 1896, entrou no magistério como professor de Moral e Cívica da Escola Normal, iniciando seu movimento pela educação, o qual seguiria até o fim de sua vida. As vastas redes forjadas pelo círculo literário carioca o levaram à direção do museu pedagógico Pedagogium, em […]

FEIJÓ, Abeillard Genes de Almeida

Abeillard Genes de Almeida Feijó iniciou os estudos no Colégio Episcopal de S. Pedro de Alcântara e na Escola Militar da Praia Vermelha. Após ser aprovado no exame do Ministério da Agricultura em 23/07/1877, tornou-se habilitado para exercer as funções de agrimensor. Em outubro do mesmo ano, foi designado para atuar como Agrimensor na Colônia de Santa Leopoldina, localizada na província do Paraná. Foi Professor Adjunto de Instrução Primária e Secundária do Rio de Janeiro e, em Janeiro de 1890, ingressou na administração pública municipal como Oficial da Inspetoria Geral de Instrução Pública. Em 16/05/1893 foi nomeado Chefe da 2º Seção da Inspetoria Geral de Instrução Pública, responsável pelo ensino normal, profissional e artístico, bibliotecas e museus municipais. Posteriormente, exerceu os cargos de Secretário Geral (04/1897) e Subdiretor da Diretoria Geral de Instrução Pública. Chegou a assumir o cargo de Diretor Interino de Instrução Pública Municipal durante o afastamento do titular, José de Medeiros e Albuquerque, e novamente, após a exoneração de Manuel Bonfim, em 24/04/1907. Em junho de 1916, foi nomeado para a Junta de Alistamento do Sorteio Militar. No ano seguinte, foi eleito vice-presidente da Diretoria da Caixa Escolar de Paquetá. Presidiu ainda a Mesa de Qualificação Eleitoral […]

MEDEIROS E ALBUQUERQUE, José de

Medeiros e Albuquerque nasceu em 04/09/1867, na cidade de Recife, Pernambuco. Seu pai, Joaquim José de Campos da Costa de Medeiros e Albuquerque, foi Deputado Geral pelo Maranhão entre 1872 e 1875. Ainda jovem, mudou-se para o Rio de Janeiro, iniciando seus estudos no Colégio Pedro II. Em 1880, viajou com seu pai para a Europa e em Lisboa matriculou-se na Escola Acadêmica. Após quatro anos de estudos em Portugal, retornou ao Brasil. Fez o curso de História Natural com Emílio Goeldi, e aulas particulares com Sílvio Romero. Iniciou a carreira jornalística em 1888, como colaborador no jornal Novidades. No ano seguinte, lançou seu primeiro livro de poesias: Pecados e Canções de Decadência. Era adepto da causa republicana, e com a instauração do Governo Provisório em 15/11/1889, foi nomeado por Aristides Lobo para o cargo de secretário do Ministério do Interior. Participou do concurso ocorrido em 20/01/1890 para a escolha do novo Hino Oficial do Brasil. Seu hino, composto em parceria com o músico Leopoldo Américo Miguez, acabou sendo utilizado como Hino da Proclamação da República. Em 1890, tornou-se professor da Escola de Belas Artes e presidente do Conservatório Dramático (1890-1892). Dois anos mais tarde, foi nomeado Vice-Diretor do Ginásio […]

CARNEIRO, Joaquim Borges

Joaquim Borges Carneiro nasceu na cidade de Jerumenha, localizada na Zona do Alto Parnaíba, Piauí. Foi nomeado amanuense da Secretaria de Estado dos Negócios do Império em Abril de 1872, sendo promovido posteriormente a oficial do órgão. Constituído o Governo Provisória da República recém-proclamada, Borges Carneiro foi aposentado do cargo de oficial da Secretaria do Interior e convidado a exercer o cargo de secretário do Ministro do Interior, Aristides da Silveira Lobo, atuando até a renúncia do ministro em 10/02/1890. Membro do Conselho Superior de Educação, exerceu docência na Escola Central, foi lente de Filosofia do Direito da Faculdade Livre de Direito, ministrou aulas de Pedagogia na Escola Normal do Rio de Janeiro e no Instituto de Surdos e Mudos, atual Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). Por seus serviços na área da pedagogia, recebeu condecorações de diversas sociedades científicas, como a Sociedade de Pedagogia de Valparaíso e o Instituto Jurídico de Berlim. Junto a Franklin Tayora e Moreira Sampaio, fundou a Revista Brasileira. Em junho de 1900 foi nomeado para substituir Alfredo Augusto Gomes no cargo de subdiretor de Instrução Municipal. Após a exoneração de Benedito Cordeiro de Campos Valladares em 04/09/1900, Joaquim Borges Carneiro foi designado Diretor […]

VALLDARES, Benedito Cordeiro de Campos

Benedito Cordeiro de Campos Valladares nasceu em 08/06/1848, em Minas Gerais. Advogado e jornalista, formou-se em Direito em 1872, iniciando carreira também no magistério. Integrou o quadro docente da Faculdade Livre de Direito da Capital, da qual era membro fundador, ocupando a cátedra de Direito Civil. Reconhecido como uma das maiores figuras no cenário jurídico nacional, representou a instituição no Congresso Jurídico Americano, ocorrido em 1900. Entrou para a política como deputado de Minas Gerais, ora respondendo  pelas Assembleias Provinciais, durante o Império, ora pela Câmara Federal, no período republicano. Destacou-se na vida administrativa à frente da Diretoria Geral de Instrução Pública Municipal, entre janeiro de 1899 e setembro do ano seguinte, presidindo também o Conselho Superior da Instrução. Faleceu em 1929, sendo enterrado no cemitério São Francisco Xavier, no Rio de Janeiro. Era pai do deputado Francisco de Campos Valladares e do advogado Ignácio Valladares.   Amanda Vilela.  

GOMES, Alfredo Augusto

Filho do Comendador José Maria Gomes e de D. Luiza Leonor Gomes, Alfredo Augusto Gomes nasceu em 28/09/1859. Bacharel em Letras pelo Colégio Pedro II,   iniciou em 1875 a Faculdade de Medicina do Município da Corte, graduando-se em 1883. Destacou-se como um dos intelectuais de renome da Corte e, posteriormente, da República, atuando enquanto Professor Gramático. Foi Professor e Diretor conceituado da Escola Normal, uma das mais importantes instituições de ensino da época. Fundou e dirigiu, no bairro de Laranjeiras, o Colégio Alfredo Gomes (1888-1917). Integrou Comissão criada pela Direção da Instrução Pública, em 1897, para se discutir e reformular as bases do Ensino Normal, ao lado dos professores Francisco Cabrita e Guimarães Rebello. Em reunião precedente à formação oficial de tal grupo, presidida pelo próprio gramático, os professores supracitados manifestaram veementes objeções à proposta apresentada inicialmente pelo poder público, da qual, de acordo com os teóricos, uma reforma do 1º grau seria condição sine qua non. Subdiretor de Instrução Pública e Membro do Conselho Municipal de Instrução, em 31/12/1898 foi nomeado para o cargo interino de Diretor Geral de Instrução Pública Municipal, onde, entre idas e vindas, permaneceu até 1902. Dentre suas publicações, destaca-se o Grammatica portugueza (1920 [1887]) […]

CABRITA, Francisco Carlos da Silva

Filho de Francisco de Paula Avellar Cabrita, Francisco de Paula da Silva Cabrita nasceu em 10/03/1857, na cidade do Rio de Janeiro. Em 1879, formou-se em Engenharia Civil pela Escola Politécnica. Durante a graduação, iniciou sua carreira no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro, onde atuou como professor e secretário auxiliar do Diretor Francisco Joaquim Bittencourt da Silva. Recebeu, em 1880, o diploma de sócio-conservador da instituição, em cerimônia onde foram agraciados com o diploma de sócio-benemérito personalidades como o engenheiro Adolpho José Del-Vecchio e o pintor Victor Meirelles de Lima. Pelos trabalhos desempenhados, recebeu também do governo imperial, em 1882, os hábitos de Cavaleiro da Ordem de Cristo e da Rosa. Por concurso de 1884, ingressou como professor da Escola Politécnica, onde mais tarde, em 1891, assumiu a função de vice-diretor. Em dezembro de 1889 foi nomeado Diretor do Ginásio Nacional, atual Colégio Pedro II, e da Escola Normal do Distrito Federal. Incumbido por Benjamin Constant, realizou a primeira reforma da Escola Normal após a proclamação da República. Tornou-se catedrático de Matemática da instituição. Foi autor de extensa bibliografia didática, principalmente na área de Aritmética e Geometria. Membro do Conselho Diretor da Diretoria Geral de Instrução […]

GOMES, Joaquim da Silva

Doutor em Medicina pela Faculdade da Bahia, prestou seus serviços no Exército, tendo se alistado no corpo médico de uma das unidades militares em campanha na Guerra do Paraguai. Em razão de sua atuação no conflito, ascendeu rapidamente ao posto de Major. Logo após reformar-se, assumiu, concomitantemente ao atendimento clínico, a cátedra de Latim do Colégio Militar. Destacou-se no cenário republicano por sua dedicação ao ofício médico. Por priorizar o público suburbano em detrimento da elite emergente, oferecia atendimento às camadas mais populares dispensando, por vezes, a contribuição financeira. Tal atitude lhe rendeu a alcunha de “médico dos pobres”, ou até mesmo “pai da pobreza”, sendo, anos mais tarde, por decisão do Conselho Municipal, imortalizado no nome da rua onde residiu durante a maior parte da vida, localizada no bairro de Cascadura, Zona Norte do Rio de Janeiro. Neste mesmo logradouro, teve parte na inauguração do Hospital de Nossa Senhora Das Dôres, em 1883, instituição precursora no tratamento de tuberculosos no país, onde exerceu as funções de Diretor, Administrador Interino e Clínico. Na política, exerceu ainda as funções de Intendente Municipal e Diretor Geral da Instrução Pública, cargo último que ocupou entre 1895 e 1897, na gestão de Francisco Furquim […]

CARMO, José Joaquim do

Filho do comendador José Joaquim do Carmo e de D. Maria Felícia da Conceição Leite Lobo, e irmão da Sra. Abigail de Beaurepaire Rohan – viúva do Coronel Luiz de Beaurepaire Rohan -, José Joaquim do Carmo nasceu em 27/08/1834. Casou-se em primeiras núpcias com Agueda Josephina da Veiga do Carmo, parente do ilustre Evaristo da Veiga, e, mais tarde, com Maria Magdalena da Silveira Carmo. Após concluir os estudos secundários, bacharelou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo aos vinte anos, retornando à corte imperial para abrir seu próprio escritório de advocacia e dedicar-se, concomitantemente, à magistratura. Durante o regime monárquico, filiou-se ao partido liberal moderado e, através das honras de amigo íntimo do imperador, alçou cargos políticos de prestígio, tais quais o de Presidente das províncias do Espírito Santo, Paraná e Pará, respectivamente, e diretor da Fazenda da ex-província do Rio de Janeiro, em 1865. Fundador e diretor da Faculdade Livre de Direito da capital da nascente federação, residente na Escola Normal, em 1891, ao lado de nomes como Conselheiro França Carvalho, fez brilhante e duradoura carreira na área de educação. Convidado amiúde a participar de comissões examinadoras para preenchimento de cargos de magistério, além de ter integrado […]

FERNANDES, Alberto Augusto

Filho de José Antônio Fernandes e de Jesuina Maria de Jesus Fernandes, Alberto Augusto Fernandes nasceu em 1850. Estudou no Externato do Imperial Colégio Pedro II e no Atheneu Fluminense. Negociante, ingressou na Intendência Municipal no posto de Escriturário. Posteriormente, desempenhou os cargos de Oficial da Contadoria da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Suplente do Subdelegado da Freguesia da Glória, Tesoureiro da Agência Postal de Santos, Vice-presidente da Sociedade Beneficente dos Empregados Municipais, Chefe de Seção da Diretoria de Fazenda e da Diretoria de Patrimônio. Entre 1901 e 1902, Alberto Augusto Fernandes exerceu interinamente o posto de Diretor Geral de Rendas Municipais, substituindo Hermenegildo Militão de Almeida durante licença para tratamento médico. Com a incorporação da Diretoria Geral de Rendas Municipais à reinstituída Diretoria Geral de Fazenda, Alberto Augusto tornou-se Chefe da Seção de Impostos da Subdiretoria de Rendas em 1902. Dirigiu ainda interinamente a Subdiretoria entre 1906 e 1907. Faleceu em 12/10/1907, no Rio de Janeiro, deixando viúva Lina Fernandes.   José Ygor

ALMEIDA, Hermenegildo Militão de

Hermenegildo Militão de Almeida era filho do Conselheiro Hermenegildo Barbosa de Almeida e de D. Virgínia Aurélia de Mello Almeida. Em 1881, bacharelou-se em Direito pela Faculdade de São Paulo, iniciando sua trajetória no magistério como professor de Lógica do Instituto Normal da Corte. Posteriormente, ocupou o cargo de Secretário da Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro, onde lecionou Lógica e Legislação Comparada. Além de lente catedrático de Direito Penal e Criminal da Universidade do Rio de Janeiro, Hermenegildo Militão construiu carreira política, tendo exercido as funções de Subdiretor de Patrimônio e Subdiretor de Rendas Municipais (1894). Com a desagregação da Diretoria Geral de Fazenda Municipal e consequente conformação da Diretoria Geral das Rendas Municipais, em 13/01/1899, é nomeado Diretor Geral deste órgão, ofício que exerceu até 1902, exonerando-se para assumir a reinstituída Diretoria Geral de Fazenda Municipal. Atuou, a partir de 1910, como Presidente da Junta de Alistamento Militar e, em seguida, como  Tenente reformado do 8º distrito. O acadêmico possuía uma vida religiosa ativa, sendo eleito, em 1909, para participar da Irmandade do Menino Deus e Nossa Senhora da Conceição, chegando a exercer a ocupação de padre da Irmandade do Santíssimo Sacramento de […]

VELOSO, Guilherme Paranhos

Nascido em 12/07/1882, Guilherme Paranhos Veloso era filho de Manoel Paranhos da Silva Velloso e de Lavinia Marcello Paranhos Velloso. Cursou o Preparatório no Colégio Alfredo Gomes, que localizava-se no bairro da Glória. Em 1895, após ser aprovado no exame de admissão, teve a sua matrícula aceita no Instituto Comercial do Rio de Janeiro. Formou-se pela Faculdade de Direito Teixeira de Freitas. Ingressou na administração pública em 1902, como Praticante da 2º Subdiretoria (Rendas Públicas), da Diretoria Geral da Fazenda do Distrito Federal. Posteriormente, assumiu os cargos de Amanuense (1904), Segundo Escriturário (1907), Primeiro Escriturário (1916) e Chefe de Seção (1922) do mesmo órgão. Foi também escrivão do Montepio Municipal entre 12/06/1925 e 05/11/1926. Em Outubro de 1917, Guilherme Paranhos foi designado para compor a Comissão Fiscalizadora Auxiliar das Agências da Prefeitura, chefiada pelo escriturário Henrique Moreira Brandão. Passou a chefiar a mesmo Comissão a partir de 04/09/1918. Junto a Ivo Pagani e Alexandre Dias, foi autor de “Coleção das Leis Municipais Vigentes”, obra que reúne os contratos e leis estabelecidos desde a primeira Legislatura do Conselho Municipal em 1893 até 1921, ano de publicação do livro. Após exonerar-se do cargo de escrivão do Montepio Municipal em 1926, Guilherme Paranhos […]

MIRANDA, Manoel Tavares da Costa

Natural de Canguaretama, Rio Grande do Norte, Manoel Tavares da Costa Miranda nasceu em 25/12/1873. Mudando-se para o Rio de Janeiro, recém designada capital do regime republicano, seguiu carreira militar, servindo como soldado no Batalhão Acadêmico. Em 1893, teve parte no episódio conhecido como a Revolta da Armada, liderada pelo Almirante Custódio de Melo contra a posse arbitrária de Floriano Peixoto, após a renúncia do Marechal Deodoro da Fonseca. No referido acontecimento, destacou-se em combate na Ponta da Armação, Niterói, em 09/02/1894, em cuja ocasião livrou da morte o Tenente Tasso Fragoso por um grupo adversário de marinheiros. Em retribuição e elogio póstumo, Tasso Fragoso viria a ser o redator de seu epitáfio, a saber: “Republicano histórico, defensor extremo da República. Soldado de Floriano Peixoto. Criador da Festa da Bandeira. Caráter ilibado. Intransigente no cumprimento do dever. De honestidade modelar. Gastou a vida no serviço da Pátria e da Família. Homenagem de seus amigos”. Trinta e quatro anos adiante, o soldado abandonou o serviço militar para ingressar no campo político, sendo designado para ocupar interinamente a Direção Geral da Fazenda Municipal. Exerceu também o cargo de Secretário Geral da Fazenda entre 1931 e 1932, aposentando-se do serviço público.    Criador […]

TELLES DANTAS, Antônio Geremário

Antônio Geremário Telles Dantas nasceu no Rio de Janeiro, em 24/09/1889,  no atual bairro de Vila Valqueire. Formou-se em Direito, em 1912, pela Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro. Durante a Administração Amaro Cavalcanti (1917-1918) foi eleito Intendente Municipal. Em novembro de 1917 foi designado como o intendente líder da maioria do Conselho, sendo incumbido de representar a cidade como orador em diversas ocasiões. Foi também jornalista, tendo trabalhado por mais de uma década na redação d’O Jornal, onde escrevia coluna sobre finanças, administração, urbanismo e legislação da cidade do Rio de Janeiro. Durante os governos dos Prefeitos Alaor Prata (1922-1926) e Antônio Prado Júnior (1926-1930), exerceu o cargo de Diretor Geral da Fazenda Municipal, assumindo entre maio e outubro de 1930 a direção do Montepio dos Funcionários Públicos do Distrito Federal. Geremário Dantas faleceu aos 45 anos, no dia 20/02/1935, em Petrópolis, vítima de leucemia. Foi enterrado no cemitério de Jacarepaguá. Em sua homenagem, a antiga Estrada da Freguesia passou a se chamar Avenida Geremário Dantas. Em sua antiga residência, na atual Rua Cândido Benício, bairro de Campinho, funciona hoje o colégio de freiras Instituto Geremário Dantas.   José Ygor

GONÇALVES, Carlos de Paiva

Carlos de Paiva Gonçalves nasceu no dia 04/05/1904, no Rio de Janeiro. Formou-se em Medicina, em 1926, pela Faculdade Nacional de Medicina, com especialização em oftalmologia. Conciliou a clínica com o magistério, destacando-se no exercício da Livre-Docência na Clínica Oftalmológica da Faculdade Nacional de Medicina (1934), na Escola de Medicina e Cirurgia (1935), e como interino na cátedra de Clínica Oftalmológica da Escola de Clínica Médica do Rio de Janeiro (1971). Professor fundador da Escola de Medicina da Fundação Técnico-Educacional Souza Marques, ocupou por anos a direção desta. Ao longo de sua trajetória clínica, atuou também como Assistente da Clínica Oftalmológica da Faculdade Nacional de Medicina (1929) e chefe da Clínica de olhos do Hospital Central do Exército (1931). Além de médico e acadêmico, Paiva Gonçalves seguiu carreira militar como Tenente-Coronel médico da Força Expedicionária Brasileira (FEB). Patrono da cadeira de número 85 da Academia Brasileira de Medicina Militar, fundada em 08/12/1941, participou da elaboração de seu anteprojeto ao lado de personalidades como Marques Porto e Gerardo Majella Bijos. Eleito Membro Titular da Associação Nacional de Medicina em 22/11/1962, na cadeira 64, seção de Cirurgia, Dr. Paiva Gonçalves também ocupou a cadeira nº 09 da Associação Brasileira de Educação, na […]

FERREIRA, João da Costa

João da Costa Ferreira nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 18/09/1870. Graduou-se em Engenharia Civil pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro, na turma de 1896. Ainda estudante, ingressou na Comissão da Carta Cadastral, repartição pública municipal dirigida pelo engenheiro Manuel Pereira Reis. Dirigiu a Sociedade Beneficente Sidônio Paes até novembro de 1920, quando há um conflito interno na associação e cria-se o Centro Humanitário Sidônio Paes. Nessa nova sociedade, fundada em 05/12/1920, João da Costa Ferreira integrou o conselho administrativo. Em setembro de 1921, foi-lhe conferido o título de sócio benfeitor da União dos Operários Municipais. Por longos anos exerceu o cargo de Subdiretor da Diretoria Geral de Obras e Viação. Na gestão Amaro Cavalcanti (1917-1918), prestou serviços na abertura de estradas de rodagem no subúrbio carioca. No cargo, redigiu um completo relatório sobre a instalação de um Matadouro Modelo no Rio de Janeiro e diretrizes para uma nova organização do transporte e destino a dar ao lixo. Por conta de uma enfermidade que acometeu Octávio Moreira Penna, então diretor Geral de Obras, João da Costa Ferreira foi nomeado para assumir interinamente o cargo em 24/04/1920. Em janeiro de 1931, durante o governo do interventor Adolpho Bergamini […]

BOAMORTE, Elpídio João da

Elpídio João da Boamorte nasceu em 02/09/1868, na cidade de Vitória, Espírito Santo. Em 1880, ingressou no Curso preparatório Atheneu Provincial. Em razão do falecimento do seu pai, abandona os estudos em 1885, passando a atuar como aprendiz de tipografia nas oficinas dos jornais Espírito-Santense e Horizonte. No ano seguinte, assume  o cargo de revisor do periódico A Província do Espírito-Santo. Em sua cidade natal, formou-se em Direito, ingressando na carreira administrativa em 22/01/1889, no posto de auxiliar de escrita da Delegacia de Inspetoria Geral das Terras e Colonização. Foi promovido a escriturário da mesma repartição em 14/02/1891. Muda-se, em seguida, para o nordeste do país, onde atua como escriturário da Alfândega de Aracaju (1899). Exerceu ainda os cargos de Delegado Fiscal nos estados da Bahia (1906) e do Amazonas (1908), Subdiretor do Tesouro Nacional (1913) e Diretor da Recebedoria do Distrito Federal (1913-1918). Durante a gestão do Prefeito Carlos Sampaio (1920-1922), foi nomeado Diretor Geral da Fazenda Municipal do Distrito Federal. Exonera-se da Diretoria de Fazenda em novembro de 1922 e, logo após, é renomeado Diretor da Recebedoria. De novembro de 1926 a setembro de 1930, foi Diretor Geral do Thesouro Nacional. Após aposentar-se como conferente da Alfândega do […]

CAVALCANTI, Severiano de Andrade

Natural do Estado do Rio de Janeiro, Severiano de Andrade Cavalcanti nasceu no dia 08/11/1880. Era filho de Francisco Emiliano Cavalcanti e Maria Rita de Andrade Cavalcanti. Advogado, ingressou na carreira pública em 1898, através de concurso. No ano seguinte, foi nomeado 4º escriturário do Tesouro Federal. Atuou por anos no Ministério da Fazenda, onde exerceu as funções de 3º e 2º escriturário, chegando em 1918 ao cargo de subdiretor da Recebedoria do Distrito Federal. Em 28/02/1920, foi nomeado Diretor Geral da Fazenda Municipal do Distrito Federal. Permaneceu por pouco tempo no cargo, sendo exonerado em 27/03/1920. Retorna à Recebedoria do Distrito Federal, exercendo os cargos de Ajudante de Comissão, Subdiretor e, em janeiro de 1922, é nomeado Diretor da repartição. Afasta-se da Recebedoria em 04/12/1929 para substituir Eugênio Catta Preta no cargo de Diretor interino da Imprensa Nacional, durante os trabalhos da comissão responsável por inspecionar os serviços da Imprensa Nacional e do Diário Oficial. Dentre as tarefas desenvolvidas enquanto esteve à frente da comissão, fiscalizou rigorosamente o consumo de papel importado, estipulando a elaboração de um boletim de tiragem e venda diária na Tesouraria da Imprensa Nacional. No final de julho de 1930, pediu demissão do cargo de […]

MENDES DE MORAIS, Justo Rangel

Justo Rangel Mendes de Morais nasceu em 14/01/1883, na cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul. Era filho de Cecília Rangel Mendes de Moraes e do Marechal Luis Mendes de Morais, antigo chefe de Gabinete Militar do presidente Prudente de Morais, seu irmão (1894-1898). Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade do Rio de Janeiro em 1905, em seguida, atuou como adjunto de promotor. Presidiu o Instituto dos Advogados e a Ordem dos Advogados do Brasil. Em 29/07/1919 foi nomeado Diretor Geral de Fazenda do Distrito Federal, exonerando-se do cargo em fevereiro do ano seguinte. Em 1930 atuou como um dos cinco membros do Tribunal Especial, criado pelo Governo Provisório de Vargas para julgar indivíduos comprometidos com o regime anterior. Justo de Moraes foi nomeado Diretor da Caixa Econômica Federal em 1931. Participou do grupo de juristas que elaborou a Constituição de 1934 e, entre 1935 e 1937, atuou como Deputado Federal, eleito sob a legenda do Partido Constitucionalista de São Paulo. Foi também Presidente da Gráfica Editora Jornal do Commercio S/A e membro do conselho consultivo do Jockey Club. Faleceu aos 85 anos, no Rio de Janeiro, em 12/03/1968, vítima de uma parada cardíaca. Foi enterrado […]

PALHARES, Joaquim de Melo

Filho de Francisco Frederico de Mello Palhares e de Maria Luiza da Fonseca Palhares, Joaquim de Mello Palhares nasceu em 1873, na cidade do Rio de Janeiro. Concluiu seus estudos secundários no Colégio Pedro II. Ingressou na Diretoria de Fazenda como amanuense, em 1895, vindo a ocupar, posteriormente, os cargos de escriturário e chefe de seção. Após longos anos como Subdiretor interino da Diretoria Geral de Fazenda Municipal, Joaquim de Melo Palhares foi nomeado efetivo em Janeiro de 1918, pelo prefeito do Distrito Federal Amaro Cavalcanti (1917-1918), devido à aposentadoria de Leopoldo Bastos. Em 24/01/1919 foi nomeado Diretor Geral de Fazenda pelo Prefeito André Gustavo Paulo de Frontin. Permaneceu neste cargo até o final do governo de Paulo de Frontin, em 28/07/1919, tendo continuado na repartição como Subdiretor de Contabilidade e Despesa da Fazenda Municipal. Aposentou-se em 18/03/1926. Dirigiu o Montepio dos Empregados Municipais após a exoneração de Geremário Dantas. Foi convocado pelo Interventor Pedro Ernesto, em Outubro de 1931, para participar da comissão formada por ex-prefeitos e ex-diretores da Fazenda, com o intuito de elaborar o orçamento municipal para 1932. Aficionado por corrida de cavalos, Joaquim Palhares foi membro do conselho fiscal do Derby-Club e membro relator do conselho […]

BASTOS, Leopoldino Alves

Filho de Joaquim Justino Alves Bastos e Amelia Mendes Malheiros, Leopoldino Alves Bastos nasceu em 05/07/1868, na cidade de Corumbá, Mato Grosso. Entrou para a administração pública ocupando o cargo de praticante da Contadoria Municipal. Progrediu gradualmente ao posto de Primeiro Escriturário, em 1893 e, sete anos adiante, a Chefe de Seção. Em 1909, operou, inicialmente, como Subdiretor de Fazenda, sendo promovido às honras de Diretor Geral Interino da Fazenda Municipal, as quais exerceria pelos próximos oito anos consecutivos, até aposentar-se definitivamente. Não obstante seu afastamento oficial da municipalidade, continuou a prestar significativas contribuições por meio de propostas e deliberações, agora como membro da Associação dos Funccionarios Publicos Civis, à qual seguiu vinculado por mais de doze anos. Veio a óbito em 26/02/1918, em sua própria residência, sendo sepultado no Cemitério São Francisco Xavier. Em virtude de seu prestígio, teve o funeral custeado pelas contas municipais, a pedido do então Prefeito do Distrito Federal, Amaro Cavalcanti. Deixou esposa, Castorina das Chagas Bastos, e dois filhos.   Amanda Vilela.

SANTOS, Samuel Ferreira dos

Filho de Antonio dos Santos Jacintho e de Durina Ferreira dos Santos Jacintho, Samuel Ferreira dos Santos nasceu no Maranhão, em 1859. Ingressou no Ministério da Guerra em 30/05/1884, no posto de Amanuense da Secretaria do Arsenal de Guerra. Foi promovido a 2º Oficial em Janeiro de 1888 e a 1º Oficial em dezembro de 1892*. Dispensado da Secretaria do Arsenal de Guerra em Agosto de 1893, foi transferido para a Diretoria de Fazenda da Prefeitura do Distrito Federal, onde exerceu os cargos de Escriturário e Oficial de Diretoria. Concomitantemente, atuou como Auxiliar do Gabinete do Prefeito Ubaldino do Amaral Fontoura (1897-1898). No final do ano de 1898, quando Cesário Alvim (1898-1899) assumiu a Prefeitura do Rio de Janeiro, Samuel Ferreira foi nomeado para servir como Oficial de Gabinete do Prefeito. Posteriormente, voltou a exercer o cargo de Auxiliar do Gabinete do Prefeito com Antônio da Silva Moutinho. Em agosto de 1900, foi promovido de 1º Escriturário a Chefe de Seção da Diretoria de Contabilidade. Com a restituição da Diretoria Geral de Fazenda, Samuel Ferreira dos Santos foi nomeado Subdiretor de Contabilidade da Diretoria através do decreto nº 229 de 16/07/1902. Ao longo da direção de Carlos Florêncio Fontes Castello, […]

CASTELO, Carlos Florêncio Fontes

Carlos Florêncio Fontes Castello nasceu em 07/11/1861, na cidade do Rio de Janeiro. Foi casado com Francisca de Paula Martins Castelo e era pai de Julião Martins Castelo, servidor da Diretoria Estatística Municipal. Ingressou na Administração Pública Municipal do Rio de Janeiro como Despachante. Posteriormente, chegou a exercer os cargos de Alferes na Guarda Real da Corte (1889) e  Escrivão de Tombamento (1892) na repartição dirigida por Luiz Antônio Navarro de Andrade. Em 15/08/1893, Fontes Castelo foi nomeado Chefe de Seção da Diretoria Geral do Patrimônio. Sete anos mais tarde, em decorrência da morte do titular, Francisco Lopes Suzanno, foi promovido de Chefe da Seção da Diretoria de Contabilidade ao cargo de Pagador do Município do Rio. Nomeado Subdiretor de Rendas Municipais em 1901, afasta-se do cargo para participar da Comissão Especial de exame e fiscalização das agências da Prefeitura, retornando apenas em 1914. No exercício do cargo, em 1903, integrou e dirigiu, ao lado dos Drs. Ernesto dos Santos Silva e José de Miranda Valverde, a Comissão Regulamentadora dos Impostos Prediais. Após a aposentadoria de Hermógenes de Azevedo Marques, em 19/11/1904, Fontes Castello assume a Diretoria Geral da Fazenda Municipal até 03/01/1907, ano em que exerceu a função de […]

MARQUES, Hermógenes de Azevedo

Filho de Manoel de Azevedo Marques e de Carolina Marques, Hermógenes de Azevedo Marques nasceu em 1851. Foi casado em primeiras núpcias com Eliza Bittencourt de Azevedo Marques, sendo pai de Noemia Marques e de Oscar de Azevedo Marques e Antenor de Azevedo Marques, ambos funcionários da Prefeitura do Distrito Federal. Entre 1894 e 1904, presidiu o Montepio dos Empregados Municipais da Capital Federal. Por portaria de 26/01/1889, foi nomeado Contador da Estrada de Ferro Central do Brasil. Pediu exoneração em julho de 1893, para assumir o cargo de Subdiretor da Diretoria Geral de Fazenda. Através do Decreto nº 128, de 15/02/1899, a Diretoria Geral de Fazenda foi extinta e dividida em Diretoria Geral de Rendas Municipais e Diretoria Geral de Contabilidade. O posto de Diretor Geral de Contabilidade Municipal foi ocupado por Hermógenes de Azevedo até 12/07/1902, data em que é reinstituída a repartição de Fazenda Municipal da Prefeitura do Rio de Janeiro, e Hermógenes é nomeado para dirigi-la. Exerceu a função até 19/11/1904, quando foi-lhe concedida a aposentadoria. Hermógenes Marques faleceu em 01/09/1916, vítima de um acidente de automóvel. Seu enterro ocorreu no dia seguinte, no cemitério São Francisco Xavier. Deixou viúva Julia Rapozo Marques. José Ygor

DUTRA, Gregório Nazianzeno

Ingressou na Administração Pública Municipal do Rio de Janeiro em 1868, tendo exercido os cargos de Escriturário da Diretoria de Obras Municipais, 2º Oficial da Diretoria de Obras (1876), 1º Oficial da Contadoria Municipal (1877), Chefe da Receita da Contadoria (1892-1893) e Subdiretor de Rendas Municipais. Em junho de 1894 foi transferido para a Subdiretoria de Patrimônio, em permuta com Hermenegildo Militão de Almeida. Diretor interino da Diretoria Geral de Patrimônio e Subdiretor da Diretoria Geral de Fazenda Municipal, em dezembro de 1894 Gregório Dutra assume a direção da Fazenda Municipal, sendo substituído por João Pereira Lopes no Patrimônio. Permanece no cargo até 09/11/1898, quando se aposenta. Durante o período, atuou nas gestões dos Prefeitos Henrique Valadares (1893-1895), Francisco Furquim Werneck de Almeida (1895-1897) e Ubaldino do Amaral Fontoura (1897-1898). Atuando desde 1900 na Prefeitura de Niterói, foi eleito vereador pela Câmara Municipal da cidade para o triênio de 1904 a 1906, fez parte da Comissão de Orçamento, Fazenda e Patrimônio (1904). Além das funções públicas, Gregório Nazianzeno Dutra foi vice-presidente do Club Carnavalesco Mephistopheles, criado em 07/03/1884. Na associação, também compôs as Comissões de Festejos e de Estatutos. Em diversas ocasiões participou do Conselho do Júri de Niterói.   […]

VASCONCELLOS, Miguel Antônio João Rangel de

Bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas, Miguel de Vasconcellos começou a exercer a profissão em 22/10/1845, vinculando-se à equipe de engenheiros do Ministério da Guerra. Em 02/12/1856, foi promovido a Capitão de Engenheiros. Em 1861, Miguel de Vasconcellos foi nomeado diretor das Obras de Petrópolis, sendo responsável pela criação do Distrito de Obras Públicas, sujeitando a colônia agrícola alemã existente na região à administração pública. No ano de 1865, serviu como diretor interino do Laboratório Pirotécnico do Exército, localizado no Forte de Nossa Senhora da Glória, no bairro de Campinho, Zona Norte do Rio de Janeiro. Por carta imperial de 04/05/1966, foi agraciado com o título de cavaleiro da Ordem de Aviz. Em 06/02/1869 foi nomeado Delegado da Inspeção da Instrução Primária e Secundária do Município da Corte, da freguesia de Irajá. Nas décadas de 1870-1880, exerceu a função de engenheiro da Câmara Municipal da Corte e de engenheiro de distrito, da Diretoria das Obras Municipais. Em Novembro de 1890, foi nomeado Inspetor Literário do 7º Distrito do Rio de Janeiro, cuja função era a elaboração de propostas de melhorias para a educação solicitando, junto à Câmara Municipal, recursos humanos, bens materiais e reformas nas instituições escolares em seu distrito […]

ESTEVES, Julião Freire

Julião Freire Esteves nasceu em 27/01/1876, no Mato Grosso. Cursou os preparatórios no Ginásio São Pedro, em Porto Alegre. Em 1892, matriculou-se na Escola Militar do Rio Grande do Sul, sendo nomeado em 22/04/1899 para o posto de alferes alumno. Posteriormente, transferiu-se para a capital federal, onde concluiu o ensino superior em Engenharia na Escola Militar do Brasil, na turma de 1903. Ainda aluno, esteve envolvido no levante ocorrido em 1897, na Escola Militar da Praia Vermelha, contra o presidente Prudente de Morais, tendo se ferido gravemente. Em Em 16/12/1907, Julião Freire Esteves foi nomeado auxiliar do Major Luís Eugênio Franco Filho, chefe da comissão responsável pela construção do Forte de Copacabana. Também fizeram parte da comissão os auxiliares Cornélio Otto Kuhn e Wolmer Augusto da Silveira. Adaptação de um projeto apresentado pelo Major Tasso Fragoso, as obras foram iniciadas em janeiro de 1908, no promontório da Igrejinha. Durante o ano de 1910, serviu como estagiário no exército do Império Alemão e, por sua aplicação, recebeu o prêmio Bismark do Imperador Wilhelm II. Com a exoneração de Raymundo Pinto Seidl, Julião Esteves foi nomeado para exercer interinamente as funções de professor da Escola de Estado-Maior em 1914. Em 1921, formou-se […]

RIBEIRO, Alfredo Duarte

Filho de Rosa Maria de Gouvêa Duarte e Primenio Duarte Ribeiro, Alfredo Duarte Ribeiro nasceu em 1867, no Rio Grande do Norte. Casou-se em 1909 com Alice Barreto de Albuquerque Maranhão. Ao longo de sua carreira como engenheiro civil, prestou grandes contribuições à municipalidade do Rio de Janeiro. Foi eleito, em 1903, membro da Comissão da Carta Cadastral, chefiada por Alfredo Américo de Souza Rangel, ocupando, posteriormente, o cargo de Engenheiro-chefe da Subdiretoria da mesma. Designado pelo Prefeito Amaro Cavalcanti (1917-1918), participou do grupo de trabalho para elaborar o Livro do Centenário da Independência, em 1918. Exerceu a função de Engenheiro-Chefe da Comissão de Obras Novas da capital federal durante a administração de Carlos Sampaio (1920-1922). Outrossim, chegou a atuar por vezes como Diretor-Geral do Departamento de Engenharia. Após exercer interinamente, em 1919, o cargo de Subdiretor da Diretoria de Obras e Viação da Prefeitura, durante o qual foi incumbido das obras de desmonte do Morro do Castelo, 10 anos mais tarde assumiu a Direção Geral. Prestou importantes serviços ao Jockey Club Brasileiro, quando da construção do Hipódromo da Gávea, o que lhe rendeu o título de sócio honorário da sociedade turfista. Devido a sua experiência e bom exercício das […]

MONTEIRO MACHADO, Mário

De tradicional família, Mário Monteiro Machado nasceu em Minas Gerais. Era filho do coronel e diretor da Loteria de Minas, Virgílio Machado, e de D. Marieta Monteiro Machado, e irmão do escritor Aníbal Machado e de Cristiano M. Machado, embaixador do Brasil no Vaticano. Mário Monteiro estudou no Colégio Azeredo, em Sabará e formou-se em Engenharia Civil pela Escola de Minas de Ouro Preto. Em 1921, convidado pelo futuro presidente Arthur Bernardes (1922-1926) e Raul Soares, participou da comissão chefiada por Peter Henry Rolfs, encarregada de escolher o local da instalação da Escola Superior de Agricultura e Veterinária do Estado de Minas Gerais e apresentar ao Governo os programas de ensino e a planta da instituição. A participação neste projeto lhe rendeu grande reconhecimento. Em novembro de 1922, foi nomeado Diretor Geral de Obras e Viação. Nesta função, Mário Monteiro Machado pesquisou sobre cultura e comportamento da equipe de funcionários da Secretaria de Viação e Obras Públicas. Apoiado nas teorias de darwinismo social, Machado buscou associar problemas como alcoolismo e o recurso a cuidados médicos e alimentícios inadequados ao “nível cultural” determinado pela raça. Exonerou-se do cargo em 13/10/1926 para assumir o posto de Inspetor de Concessões da Prefeitura. Em […]

DURÃO, José Dias Cupertino

José Dias Cupertino Durão nasceu no dia 23/01/1861. Engenheiro Civil, formou-se em 1885 pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Mais tarde, tornou-se um dos sócios da firma Cupertino Durão & C. Ingressou na Prefeitura do Distrito Federal em 1897. Engenheiro Chefe do 2º Distrito (Sacramento – região do Centro) em 1900 e chefe de seção em 1902, após reorganização interna da Diretoria Geral de Obras e Viação da Prefeitura do Distrito Federal, Cupertino Durão assume em 1903 o cargo de engenheiro chefe da 2ª circunscrição. Em 1906, foi nomeado subdiretor desta diretoria. Desde então, ocupou interinamente a Direção do órgão por diversas vezes, a primeira delas em 1908. Em consequência da frágil saúde de Jerônimo Francisco Coelho, que se aposentou em 1914, Cupertino Durão assumiu mais uma vez o cargo interinamente, permanecendo nele por cinco anos. Retornou à função em 1921 na gestão do Prefeito Carlos Sampaio, ficando até 1922. Após o período, continuou atuando como subdiretor até 1929, quando foi posto em disponibilidade. Faleceu no dia 24/12/1929, aos 68 anos, em sua residência no bairro das Laranjeiras, sendo enterrado no Cemitério São João Batista. Deixou esposa, Julia Torres de Nogueira Durão, e dois filhos, Octavio e Hermano Durão. […]

NIEMEYER, Alfredo Conrado de

Filho de Conrado Jacob Niemeyer III e de D. Maria Fortunata da Cunha, Alfredo Conrado de Niemeyer nasceu no Rio de Janeiro, em 12/12/1873. Formou-se em Engenharia Civil pela Escola Polytechnica no ano de 1900. Em 29/03/1905, casou-se com D. Elvira Cotrim Berla, com quem teve três filhos. Foi tesoureiro da Comissão Central dos Funcionários Públicos. Em 07/06/1920, foi nomeado Diretor Geral de Obras e Viação, permanecendo no cargo por um ano. Durante este período, foram finalizadas, dentre outras, as obras de abertura da Avenida Presidente Wilson e os melhoramentos na Praça Mauá. Neste mesmo ano, acompanhou a organização da cidade para receber, entre setembro e outubro de 1920, o Rei Alberto I, da Bélgica, que havia sido convidado pelo presidente Epitácio Pessoa (1919-1922). O fato representou a primeira visita de um monarca europeu à América do Sul, contando com grande envolvimento da municipalidade e gerando uma extensa programação. Dois anos mais tarde, em razão dos preparativos para a Exposição Universal de 1922, comemorativa do 1º Centenário da Independência, Alfredo Niemeyer compôs a comissão executiva do evento. Nesta função, participou de diversas cerimônias representando o prefeito do Distrito Federal, o sr. Carlos Sampaio (1920-1922). A partir de 01/08/1933, atuou como […]

PENA, Octávio Moreira

Nascido em 1887, Octávio Moreira Pena pertencia a família proeminente no cenário político mineiro e brasileiro. Era filho do Dr. Afonso Pena, sexto presidente do país, e irmão de Afonso Pena Júnior, que além de funções da municipalidade do Distrito Federal, atuou como deputado federal e ministro da justiça. Engenheiro, Octávio Moreira Pena figura entre os representantes de maior relevo no campo da construção civil da história urbana da cidade do Rio de Janeiro. Desempenhando diversas funções na cidade, adentrou a municipalidade de forma mais direta em 1919, ao assumir o cargo de Diretor Geral de Obras e Viação, no qual permaneceu durante um ano. Em 1921, ao lado do engenheiro Oscar de Almeida Gama e outros, deixou um de seus maiores legados ao Rio. Criada a Sociedade Anônima Empresa da Urca, deu-se finalmente início às obras de aterramento que delineariam o contorno do novo bairro. Não obstante apresentasse como objetivo primeiro a consecução dos contratos estabelecidos ainda em 1894 (Decreto nº 111), entre a administração pública e Domingos Fernandes Pinto para a construção de um cais que unisse a Praia da Saudade à Fortaleza de São João, tais obras inscrevem-se no bojo de um projeto mais amplo de valorização […]

MOURÃO DO VALE, Cândido Alves

Nascido em 11/03/1857, na Villa do Rio Bonito (RJ), Cândido Alves Mourão do Valle era filho de Lino Machado do Valle e Guilhermina Rosa Alves Mourão do Valle. Fez seus primeiros anos de estudos preparatórios na Europa. De volta ao Brasil, estudou no Externato Jasper, tendo sido aprovado nos exames em 1877.  No ano seguinte, foi aprovado com distinção na Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Ainda aluno de engenharia civil, fez parte da comissão de engenheiros que construiu a Estrada de Ferro Niterói-Campos. Também foi responsável pela criação das Estradas de Ferro Rio Bonito-Cabo Frio e Vitória-Rio Pardo. Graduou-se em 1883, obtendo o primeiro lugar de uma turma formada por dezoito engenheiros. Integrou o Conselho Fiscal do Turf-Club, sendo nomeado, em 1891, um dos diretores dessa associação promovedora de corrida de cavalos, a qual viria a presidir. Também  fez parte do Conselho Fiscal do Banco Hipotecário do Brasil e exerceu mandato de Deputado na Assembléia Fluminense. Em Junho de 1895, foi nomeado pela primeira vez para o cargo de Subdiretor da Diretoria Geral de Obras e Viação da Prefeitura do Rio de Janeiro. Foi exonerado em Janeiro de 1898 mas, após solicitar reintegração ao cargo, reassumiu o posto em […]

COELHO, Jerônimo Francisco

Filho de José Francisco Coelho e de D. Lucelia Thereza da França, Jeronimo Francisco Coelho nasceu em Niterói, no dia 27/07/1864. Graduado em Engenharia Civil, na década de 1890 foi engenheiro-chefe do 1º Distrito e chefe da Seção da Diretoria de Obras da Prefeitura do Distrito Federal. Em 1905, na administração do Prefeito Pereira Passos (1902-1906), assume interinamente a Diretoria Geral de Obras e Viação, após Alfredo Américo de Souza Rangel recusar a indicação para o cargo. Para elaborar e executar o Plano de Melhoramentos da Cidade, Pereira Passos formou uma equipe com destacados intelectuais da época, entre os quais estavam Coelho, os engenheiros Carlos Augusto Nascimento e Silva, Alfredo Lisboa, Paulo de Frontin, Francisco Bicalho, Francisco de Oliveira Passos e o médico sanitarista Oswaldo Cruz. Durante a gestão do Prefeito Souza Aguiar (1906-1909), foi responsável por diversas obras de infraestrutura e embelezamento da cidade, dentre elas a reforma do edifício da antiga Prefeitura do Distrito Federal, que se localizava na Praça da República. Neste período, é possível encontrar na imprensa carioca muitas solicitações de leitores por uma maior atuação da Diretoria de Obras nos subúrbios. Na coluna “Ecos Suburbanos”, do periódico A Imprensa, o nome de Jeronymo Coelho era […]

TEIXEIRA BASTOS, Manoel Joaquim

Natural de Niterói, Manoel Joaquim Teixeira Bastos nasceu em 1850.Graduou-se em Engenharia Civil pela Escola Polytechnica do Rio de Janeiro, onde posteriormente ocupou a primeira cadeira de Engenharia Civil, bem como obteve em 1881 o título de Lente, função que desempenhou por mais de 20 anos.   Na década de 1890, assumiu o cargo de Diretor Técnico da recém-criada Companhia Geral de Transportes, que tinha como missão explorar a indústria de transportes de passageiros, cargas, carne verde e etc., com serviços instalados nas principais cidades do eixo Rio-São Paulo. Devido a polêmicas entre docentes e discentes da Escola Polytechnica do Rio de Janeiro, em 1896 foi afastado do cargo de Lente, com perda total de vencimentos. No entanto, em 1897 foi designado pelo Diretor da Escola para ministrar o curso de Construção e Arquitetura. Neste período, foi aceito como sócio efetivo do Clube de Engenharia.   Membro do Partido Republicano do Distrito Federal, em setembro de 1900 assumiu o cargo de Diretor geral da Diretoria de Obras e Viação, na vaga proveniente do pedido de demissão de João Baptista Maia de Lacerda, onde permaneceu por cerca de dois anos. Após anos doente, faleceu aos 61 anos de idade, no dia […]

MAIA DE LACERDA, João Baptista

Filho de Candido de Lacerda Bittencourt e de Francisca da Rocha Maia de Lacerda, João Baptista Maia de Lacerda nasceu em 1851, na cidade de S. João Del Rei, Minas Gerais. Formado em Engenharia Civil, ingressou na carreira pública no Conselho Municipal do Rio de Janeiro, representando o 3º Distrito. Em seguida, foi eleito com grande maioria dos votos para o cargo de presidente do 2º Distrito após a morte de Mattos Rodrigues. Atuou como Inspetor Geral de Tráfego da Estrada de Ferro Central do Brasil, engenheiro-fiscal da Estrada de Ferro Victória-Natividade e engenheiro atuante na construção da Estrada de Ferro São Fidélis e da Estrada de Ferro Macaé-Campos. Durante a administração do Prefeito Coelho Rodrigues, foi nomeado para o cargo de Diretor Geral de Obras e Viação, em junho de 1900, permanecendo nesta função apenas por 2 meses. Pede demissão do cargo na gestão seguinte, do Prefeito João Felippe Pereira, sendo substituído por Manoel Joaquim Teixeira Bastos. Discípulo espiritual do renomado Dr. Bezerra de Menezes, de quem foi contemporâneo, ocupou a vice-presidência da Federação Espírita Brasileira a partir de 1900. Faleceu no Rio de Janeiro, em 04/06/1902, vitimado por uma cirrose hepática. Foi enterrado no cemitério São Francisco Xavier. […]

VAN ERVEN, Luiz

Neto de Jacobus Van Erven e filho de Cherubina Van Erven, Luís Van Erven nasceu em 19/11/1857, na fazenda Água Quente, Cantagalo (RJ). Formado em engenharia pela Escola Central, destacou-se em sua carreira, vindo a ocupar diversos cargos na administração pública, tanto no Rio de Janeiro, quanto no governo federal. Em 1898, foi designado por Campos Salles, então presidente da República, para substituir Ubaldino do Amaral Fontoura na Prefeitura do Distrito Federal. Sua gestão foi demasiadamente curta, de novembro a dezembro, o que, de certa forma, restringiu suas atividades. Em janeiro de 1899, foi nomeado para o cargo de diretor de Obras, onde permaneceu até março de 1900. Militante do Partido Liberal, após integrar a consultoria técnica do Ministério da Viação, atuando como Fiscal do governo junto à Light e a várias estradas de ferro, foi diretor da Repartição Geral dos Telégrafos (1909-1911), bem como da maior estatal de navegação da América do Sul à época, a Companhia de Navegação Lloyd Brasileiro. Após este período, assume a Inspetoria de Água e Obras Públicas, cargo onde permanece até a sua aposentadoria. Ademais, esteve à frente da cadeira de Primeiro Secretário do Conselho Diretor do Clube de Engenharia. Ao longo de sua […]

AZEVEDO, Cornélio Carneiro de Barros e

Filho de José Manoel da Costa Barros e Azevedo e Maria Thereza de Barros Azevedo, Cornélio Carneiro de Barros e Azevedo nasceu em 03/01/1838. Graduou-se bacharel em Matemática e Ciências Físicas em 1861 pela Escola Central, estabelecimento de ensino superior do Exército localizado no largo de São Francisco. Junto ao diploma de bacharel, recebeu patente de oficial do Exército e o título de alferes aluno pelo seu exemplar histórico escolar. Ingressou na carreira de engenharia como ajudante do 2º Distrito de Obras Municipais, em abril de 1864. Também desempenhou a função de engenheiro ajudante na Diretoria Geral das Obras Militares da Corte e Fortalezas. Foi eleito para compor a mesa administrativa da Imperial Irmandade da Santa Cruz dos Militares entre os anos de 1873 e 1874. A Irmandade tinha como protetor e provedor Dom Pedro I, e contava com a contribuição de militares para a manutenção da Igreja, construída nas ruínas do forte de Santa Cruz. Posteriormente, integrou a mesa administrativa da Irmandade do Santíssimo Sacramento da Freguezia de São Cristóvão. Com a extinção da Diretoria de Obras Militares da Corte em abril de 1878, Cornélio Carneiro foi remanejado para a 1º Seção do Arquivo Militar, instituição responsável pela guarda […]

TELLES, Augusto Carlos da Silva

Filho de João Carlos da Silva Telles e Fortunata Emília da Silva Teles, e irmão do senador Antônio Carlos da Silva Telles, Augusto Carlos da Silva Telles nasceu em São Paulo, em 24/10/1851. Bacharelou-se em Engenharia Civil e Industrial, em 1878, pela Escola Polytechnica de São Paulo. Anos mais tarde viria a assumir a cátedra do curso de Química Analítica e Industrial, tornando-se sócio do Grêmio Polytechnico.   A convite do então Prefeito, Dr. Ubaldino do Amaral, ocupou brevemente o cargo de Diretor de Obras e Viação do Distrito Federal de 23/02/1898 até agosto do mesmo ano, quando retornou ao magistério em São Paulo, onde permaneceu até 1917. Eleito Vereador deste Estado em 1906, apresentou como principal obra de mandato a remodelação do vale do Anhangabaú, na zona central da cidade. Foi presidente da Associação Comercial de São Paulo e da Sociedade Nacional de Agricultura, órgão este que assumiria diversas das funções do Ministério da Agricultura, extinto em 1892. Dentre as demais atividades nas quais se envolveu, está a elaboração, junto a Luiz Goffredo d’Escragnolle Taunay, de um projeto técnico para o desenvolvimento de máquinas para os setores agrário e ferroviário. Faleceu em 14/11/1923, no Rio de Janeiro. Deixou a […]

DEL VECCHIO, Adolfo José

Adolfo José Carvalho Del Vecchio nasceu em março de 1848. Engenheiro e arquiteto, aos 24 anos formou-se  pela antiga Escola Central. Iniciou sua carreira de engenheiro auxiliando na construção da Estrada de Ferro Paulista. Trabalhou, posteriormente, nos levantamentos da Carta Geral do Império, abandonando a função para assumir o cargo de engenheiro de obras hidráulicas da Alfândega. Projetou o famoso Palácio da Ilha Fiscal, prédio em estilo neogótico erguido entre 1885 e 1888 e inaugurado em abril de 1889, que sediou o fatídico “Último baile do Império”. A proximidade com o Imperador D. Pedro II lhe garantiu a execução da obra enquanto Diretor de Obras do Ministério da Fazenda, e lhe rendeu a Medalha de Ouro na Exposição Geral da Academia Imperial de Belas Artes em 1890, possibilitando a sua nomeação para o cargo de professor honorário desta instituição. Ingressou na Prefeitura do Distrito Federal em janeiro de 1895, quando foi nomeado para exercer a função de Diretor Geral de Obras e Viação, permanecendo até novembro de 1897. Projetou as obras de melhoramentos da Lagoa Rodrigo de Freitas. Em 1902, através de um contrato entre a Companhia Cantareira e Viação Fluminense e a Prefeitura, foram iniciadas as obras de embelezamento […]

NASCIMENTO SILVA, Carlos Augusto do

Filho do Conselheiro Josino do Nascimento Silva e D. Maria Jesuína da Rocha e Silva, Carlos Augusto do Nascimento e Silva nasceu em 05/06/1855, no Rio de Janeiro. Era irmão de Ernesto do Nascimento Silva, diretor de Instrução Pública do Distrito Federal (1920-1922). Fez seus estudos primários no Seminário São José, no bairro do Rio Comprido. Em seguida, ingressou na Escola Politécnica do Rio de Janeiro, formando-se bacharel em ciências físicas e matemáticas no ano de 1879. Em 15/05/1879 casou-se com Propicia Eugênia Cardoso, filha do comendador Manuel José Cardoso. Permaneceu na Câmara Municipal do Rio de Janeiro durante grande parte de sua carreira. Em 31/12/1894 foi nomeado para o cargo de Diretor Geral de Obras e Viação. Ao longo de seu mandato, realizou o importante levantamento da Carta Cadastral do Município, requisitada pelo Prefeito Barata Ribeiro. Destacou-se pelos trabalhos exercidos entre 1903 e 1906, durante a gestão do Prefeito Pereira Passos. Como Diretor Geral de Obras e Viação, Nascimento e Silva comandou um grande corpo de engenheiros em uma das maiores reformas urbanas da cidade do Rio de Janeiro. Aposentou-se em 1905 do cargo de Diretor Geral de Obras e Viação por problemas de saúde. No ano seguinte, é […]

VIEIRA SOUTO, Luiz Raphael

Filho de Luiz Honório Vieira Souto e de Francisca de Paula Cunha, Luís Raphael Vieira Souto nasceu em 21/08/1849, no Rio de Janeiro. Casou-se com Carlota Souto de Andrada Vandelli, descendente de Alexandre Vandelli e bisneta de José Bonifácio de Andrada e Silva, expoentes nacionais da ciência; esteve sempre rodeado por acadêmicos icônicos, como Ignácio Manoel Azevedo do Amaral, Diretor da Escola Nacional de Engenharia e Reitor da Universidade do Brasil, de quem foi sogro.   Bacharel em Matemáticas e Engenharia Civil pela Escola Central do Rio de Janeiro, mais tarde Escola Polytechnica, Vieira Souto ficou conhecido por seu ímpeto industrialista, alçando destaque no cenário político e econômico brasileiro com suas propostas modernizadoras. Permaneceu na Academia como Lente Catedrático dos cursos de Engenharia Civil e de Minas, e Economia  Política da Escola Politécnica do Rio de Janeiro, em cátedra antes pertencente ao Visconde do Rio Branco. Assumiu por dois anos (1893-1894) o cargo de Diretor Geral de Obras da Prefeitura, comandando os trabalhos de construção da avenida da Praia do Russell. Mais tarde, na gestão do Prefeito Pereira Passos (1902-1906), presidiu a Comissão Fiscal e Administrativa encarregada da construção do Porto do Rio de Janeiro. Foi um dos responsáveis pelo […]

LEGEY, José de Paiva

José de Paiva Legey trabalhou como vigilante da Biblioteca Municipal (1882), foi também amanuense da Secretaria da antiga Câmara Municipal (1884), chegando ao cargo de 2º oficial (1887). Iniciada a República, Legey assumiu o cargo de 1º oficial da Diretoria Geral de Interior e Estatística. Em 13/08/1902, foi nomeado chefe da 2º Seção da 1º Subdiretoria de Polícia Administrativa e Arquivo num momento onde o arquivo possuía pouca força política na posição subalterna em que se encontrava na estrutura de governo. Durante sua gestão, Legey fez diversas reclamações sobre situação daquela instituição, que além do pouco espaço que obtinha, instalada em uma pequena sala do pavimento superior do Paço Municipal, ainda contava com equipe bastante reduzida se comparada ao volume de trabalho necessário para organizar tamanha massa documental. Compreendendo a situação precária em que funcionava o arquivo, em 1904 o então prefeito Pereira Passos autorizou o descarte de documentos considerados de menor relevância e a reforma do Paço Municipal, onde se encontrava o Arquivo neste momento. Realizada no mesmo ano pelo arquiteto Oscar Pareto Torres, o melhoramento se limitou a reforçar as estruturas do segundo pavimento de forma a suportar o peso da documentação ali alocada. Mesmo com todos os […]

MORAES FILHO, Alexandre José de Mello

Nascido na província da Bahia, em 23/02/1843, era filho do historiador Alexandre José de Mello Moraes. Em Salvador cursou seus estudos preparatórios, vindo em seguida para o Rio de Janeiro cursar aulas de Humanidades. Em 1864, fez parte da redação do jornal científico, recreativo e poético chamado Estréa litteraria. Em seguida, partiu para Bruxelas, onde formou-se em Medicina em 1872. De volta ao Brasil, passou a dedicar-se ao jornalismo, atuando em diversos jornais do Distrito Federal. Destacou-se como poeta, historiador e folclorista, tendo publicado extensa bibliografia, incluindo Crônica Geral do Brasil 1500-1700 (1886), Crônica geral e minuciosa do Império do Brasil desde a descoberta do Novo Mundo ou América até 1879 (1879) e História do Brasil-Reino e Brasil Império. Em 1882, dirigiu a Revista da Exposição Antropológica Brazileira, dedicada a estudos sobre os povos indígenas do Brasil. Entre 1893 e 1900, foi Diretor-arquivista do Arquivo do Distrito Federal. Tomou posse no cargo no mesmo dia da sua nomeação, permanecendo neste até 17/12/1900, quando o Arquivo perdeu o status de diretoria e passou a Terceira Seção de Arquivo Geral da 1ª Subdiretoria da Diretoria Geral de Estatística, por ordem da promulgação do Decreto Legislativo nº 785. Contudo, mesmo depois deste Decreto, […]

RAMIZ GALVÃO, Benjamin Franklin

Filho de João Galvão e de D. Maria Joana Ramiz Galvão, Benjamin Franklin Ramiz Galvão nasceu em 16/06/1846 em Rio Pardo, RS, mudando-se para  o Rio de Janeiro, então capital do Império, aos 6 anos de idade. Tendo, em 1861, concluído sua formação secundária no Colégio Pedro II, importante instituição acadêmica de sua época e onde pode aproximar-se do imperador, ingressou na Faculdade de Medicina, graduando-se em 1868. Exerceu a profissão por alguns poucos anos, atuando como médico na Guerra do Paraguai e como cirurgião no Hospital Militar da Ponta da Armação. Sua ampla e diferenciada instrução o permitiu, posteriormente, dedicar-se ao magistério, onde lograria suas maiores conquistas. Retornou ao Colégio Pedro II, agora na posição de mestre, responsável pelas disciplinas de grego, retórica, poética e literatura brasileira. Outrossim, ocupou as cátedras de Química orgânica, Zoologia e Botânica na Escola de Medicina do Rio de Janeiro. Devido a sua amizade com o imperador D. Pedro II, teve a oportunidade de ocupar cargos públicos honrosos e de acompanhar de perto a vida imperial, tendo sido chamado, por exemplo, para a tutoria dos príncipes. Sua boa relação com o Imperador, bem como sua valorosa intelectualidade, lhe renderam o título, por decreto de […]

CARVALHO, Carlos Antônio de França

Nascido em 11/09/1845 no município de Iguaçu, Rio de Janeiro, Carlos Antônio de França Carvalho era filho de Carlos Antônio de Carvalho e D. Maria Luísa de Azevedo Carvalho e irmão do conselheiro Leoncio de Carvalho e da baronesa de Massambará e viscondessa de Cananéa. Advogado, formou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo, na turma de 1867. Fundou em 1863, junto a outros estudantes da Academia de Direito, a Sociedade Abolicionista Fraternização. A instituição emancipacionista agiu durante 6 anos na clandestinidade, até que ao receber apoio da loja maçônica América, deixou o anonimato. Entre 1869 e 1879 foi redator chefe da Reforma, órgão da imprensa liberal. Filiou-se ao Partido Liberal, tendo sido deputado provincial no Rio de Janeiro e deputado geral em duas legislaturas (1878-1881 e 1885-1889). Com a Proclamação da República, foi eleito deputado no Congresso Constituinte pelo Estado do Rio de Janeiro em 15/09/1890. No ano seguinte, fundou a Faculdade Livre de Direito do Rio de Janeiro. A partir de então abandonou a política para dedicar-se ao cargo de diretor e professor de Direito Constitucional da instituição. Concomitante ao cargo na Faculdade Livre, dirigiu a pasta de Instrução Pública Municipal do Distrito Federal entre 11/12/1893 e 26/12/1894. […]

LIMA, Agostinho José de Souza

Agostinho José de Souza Lima nasceu em 1842, no Mato Grosso. Bacharelou-se em letras pelo colégio Pedro II e, em 1864, formou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. A partir do ano seguinte, passou a desempenhar funções em cargos de higiene e combate à epidemias como Tenente Cirurgião do Sétimo Batalhão da Guarda Nacional da Corte. Ingressou como catedrático de Medicina Legal da Faculdade de Medicina, em 1877, lecionando na instituição por muitos anos. Dois anos depois, foi eleito membro da Academia Titular de Medicina, ocupando a presidência da instituição entre 1883 a 1889. Em julho de 1893 foi nomeado para o cargo de Intendente de Higiene, que passou a se chamar Diretoria Geral de Higiene e Assistência Pública em agosto deste ano. Exonerou-se desta função em 29/11/1894. Deixou importantes obras, sendo a mais relevante o Tratado de Medicina Legal, de 1985, cujos ensinamentos eram utilizados nas perícias médico-legais e no tribunal do Jury. Faleceu no dia 28/12/1921, em Petrópolis, sendo enterrado no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.   José Ygor Silva Pena Luiza Ferreira

DINIZ, Damaso de Albuquerque

Nascido em 1830, Damaso de Albuquerque Diniz era filho de Antonio Joaquim de Albuquerque Diniz e Maria José de Alencastro Diniz. Consta que em 1865 compunha a Câmara de Vereadores de São Fidelis, no interior da Província do Rio de Janeiro, junto a um de seus sete irmãos, Lopo de Albuquerque Diniz, que desempenhava a função de vacinador. Em junho de 1881, Damaso de Albuquerque Diniz foi nomeado médico do novo Matadouro da cidade do Rio de Janeiro, localizado no bairro de Santa Cruz, que seria inaugurado em setembro deste mesmo ano. Em fevereiro de 1890, assumiu a chefia do Arquivo da Intendência de Instrução e Estatística, permanecendo no cargo até 15/08/1893, quando pede exoneração. Segundo registros, em 1899 atuava como escriturário da Diretoria de Fazenda da Prefeitura. Em Novembro de 1913, aos 83 anos, foi aceito sócio da União Republicana. Faleceu no mesmo mês, no dia 26/11/1913, no Rio de Janeiro.     José Ygor Silva Pena Luiza Ferreira