DODSWORTH, Jorge de Toledo

Jorge de Toledo Dodsworth nasceu no Rio de Janeiro, em 19/02/1891. Era filho de Maria Luiza Franco e Henrique de Toledo Dodsworth, médico e interventor do antigo Distrito Federal. Casou-se com Sophia Dumont Dodsworth, sobrinha do aeronauta Alberto Santos Dumont. Formou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de janeiro. Foi nomeado representante do Rio de Janeiro para a Comissão executiva do Congresso Brasileiro de Estudantes, ocorrido em julho de 1909. Foi assistente do Dr. Roberto Duque Estrada no Instituto de Radiologia, estabelecido em 1913 no Hospital Geral da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Durante a Primeira Guerra Mundial, foi convocado pela Marinha para fazer parte da missão médica brasileira enviada à Europa, onde organizou e dirigiu hospitais na França. Retornou ao Rio de Janeiro em 1918, vitimado pela influenza espanhola. No mesmo ano em que regressou ao Brasil, Jorge Dodsworth passou a compor o Conselho Consultivo do Banco do Brasil, instituição cuja presidência exerceu por diversas vezes. Também atuou como industrial, tendo presidido companhias têxteis e feito parte do Conselho Fiscal da Companhia de Fiação e Tecidos Alliança. Em 1919, foi designado pelo Ministro da Justiça para realizar estudos de especialização em radiologia e fisioterapia nos Estados […]

RESTIER GONÇALVES, Aureliano

Aureliano Restier Gonçalves nasceu em Barra do Piraí, no Estado do Rio de Janeiro, em 08/04/1881. Era filho de Joaquim Pedro Gonçalves e Carolina Maria Restier Gonçalves. Cursou o ensino primário em seu município natal, transferindo-se mais tarde para o Rio de Janeiro, onde veio a frequentar o Colégio Pedro II e o Mosteiro de São Bento. Ingressou na administração pública municipal em 1904, no cargo de auxiliar de escrita da Diretoria Geral de Obras e Viação. Na mesma repartição, foi promovido a amanuense e, posteriormente, a 2º Oficial. Aureliano foi transferido para a Diretoria Geral de Estatística e Arquivo em 1924, muito provavelmente pelo reconhecimento de seu interesse pela pesquisa documental. No ano seguinte, na gestão do ex-prefeito Alaor Prata (1922-1926) foi publicado o seu livro Extratos e manuscritos sobre aforamentos. Em 1934 foi mais uma vez promovido, alcançando o posto de 1º Oficial.  Na data de 11/02/1935, por ato do Prefeito Pedro Ernesto, Aureliano foi designado para exercer o cargo interino de Chefe da Seção de Arquivo do Distrito Federal, tornando-se  efetivo em 31/03/1937. Em 11/01/1940, o Arquivo Geral transformou-se em um Serviço vinculado ao Departamento de História e Documentação da Secretaria Geral de Educação e Cultura. Restier Gonçalves […]

REIS, Manoel Pereira

Filho de Joaquim Pereira Reis, livreiro e professor de desenho, pintura e arquitetura, e Ana Bernardina Pereira Sampaio; Manoel Pereira Reis nasceu em 12/11/1837, na cidade de Salvador, Bahia. Ao transferir-se para a então capital do Império, Rio de Janeiro, concluiu seus estudos secundários no Mosteiro de São Bento, ingressando no Liceu de Artes e Ofícios no ano seguinte, onde conhecera Pedro Américo. Graduado em Engenharia Civil e bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas pela Escola Central, futura Escola Politécnica, Manoel começou a lecionar ainda enquanto graduando da Escola Central. Em 1858 foi designado para assumir o cargo de professor adjunto de desenho da Escola Naval e, nove anos mais tarde, assumira a cátedra de topografia e desenho topográfico da mesma instituição. Logo após concluir o ensino superior, passou a integrar o Imperial Observatório Astronômico em 1876, na categoria de Diretor, em substituição temporária a Emmanuel Liais, com quem viria a travar uma das contendas de maior repercussão no campo da Astronomia à época, tendo atravessado 30 anos consecutivos. Registrada por periódicos diversos e pela Tribuna da Câmara, a polêmica versava, em linhas gerais, sobre dissidências científicas, muito embora presuma-se que no bojo da questão esteja a desvinculação do Observatório […]

SOUZA RANGEL, Alfredo Américo de

Filho de José Rufino de Souza Rangel e de Finicia Amelia de Souza Rangel, Alfredo Américo de Souza Rangel nasceu em 12/09/1865, na Paraíba do Norte. Mudou-se para o Rio de Janeiro em fins de 1883 a fim de concluir seus estudos na Escola Polytechnica, onde se formou em Engenharia Civil. Em 1900, prestou serviços ao Ministério das Relações Exteriores, atuando, junto de Mario de Oliveira Roxo, como ajudante da Comissão de Limites com a Bolívia, junta dirigida por Manoel Pereira Reis. Na Prefeitura do Distrito Federal, assumiu diversos cargos na comissão da Carta Cadastral, chegando inclusive a chefia-la entre 1901 e 1903. O órgão adquiriu grande relevância para o plano de reforma urbana levado a cabo durante a gestão do prefeito Pereira Passos (1902-1906). Em 1905, foi convidado para exercer o cargo de Diretor Geral de Obras e Viação. Recusando o convite, permaneceu no cargo de sub-diretor da Carta Cadastral. Apesar da negativa, sua proximidade com o Prefeito transpunha os encargos da administração pública. Ficaram famosas, inclusive, as missivas trocadas entre os dois nas ocasiões das numerosas viagens de Passos após o fim de sua gestão. A compilação das cartas, escritas entre 1906-1909 e publicadas em 1913 no livro […]

DIAS DA CRUZ, Oscar Rodrigues

Nascido em 1872, Oscar Rodrigues Dias da Cruz era filho do despachante municipal Antônio Rodrigues Cruz e de D. Josephina Leopoldina da Cruz. Tenente da Guarda Nacional, em 1893, com a posse do Prefeito Henrique Valadares (1893-1895), ingressou na administração pública municipal no cargo de Segundo Oficial da Diretoria de Estatística e Arquivo. No ano seguinte, foi nomeado Amanuense Interino da Secretaria da Prefeitura Municipal, até transferir-se para a Diretoria de Estatística e Arquivo. Em 17/03/1926, Dias da Cruz assumiu interinamente o cargo de Diretor Geral do Arquivo do Distrito Federal. Por ato do Interventor Pedro Ernesto (1931-1934), datado de 11/07/1934, foi efetivado no cargo de Chefe da Seção de Arquivo da Diretoria do Patrimônio, Estatística e Arquivo. Em 1937, teve seu pedido de aposentadoria concedido. Foi também Presidente e Vice-Presidente do Conselho Deliberativo da Sociedade Beneficente dos Funcionários Públicos, função que desempenhou até a sua morte, em 26/03/1954, no Rio de Janeiro. Deixou a esposa, D. Cecília D’Albuquerque Cruz, com quem foi casado por mais de 50 anos.   José Ygor

NORONHA SANTOS, Francisco Agenor de

Filho de Isabel Augusta de Noronha Santos e do comerciante e guarda-livros Júlio César de Noronha Santos, Francisco Agenor nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 01/10/1876. Fez seus estudos primários com seu tio, professor do Colégio Pedro II, Henrique de Noronha, e o preparatório no Colégio Perseverança, em São Cristóvão. Entre 1890 e 1893 cursou a Escola Militar, sendo afastado por motivo de saúde. Em 15/08/1893 ingressou no funcionalismo público no cargo de praticante da Diretoria Geral de Fazenda Municipal. Com a eclosão da revolta da Armada, em 06/09/1893, Noronha Santos alistou-se como voluntário no Batalhão Benjamin Constant. Com o término do conflito, Noronha Santos recebeu o posto de tenente honorário do Exército pelo serviço prestado à Nação. Iniciou sua contribuição aos estudos sobre a cidade do Rio de Janeiro em 1899, quando ainda era escriturário da Diretoria Geral de Contabilidade da Prefeitura do Distrito Federal, ao publicar Apontamentos para o indicador do Distrito Federal – uma organização alfabética de logradouros públicos cariocas acompanhada de comentários históricos e definições de jurisdições. Transferiu-se para o Arquivo Geral do Distrito Federal em 1909.  Em 26/11/1917 foi promovido de 1º Oficial da Prefeitura do Distrito Federal para o cargo de chefe […]

HOMEM DE MELO, Manoel Marcondes

Natural de São Paulo, Manoel Marcondes Homem de Melo era filho do Visconde de Pindamonhangaba, Francisco Marcondes Homem de Melo, e irmão de Francisco Inácio Marcondes de Melo, o barão Homem de Melo. Formou-se em Direito pela Faculdade de São Paulo em 1876. No final do mesmo ano, Manoel Marcondes foi nomeado Promotor Público da Comarca de Batatais, posteriormente chegando a exercer o cargo de Juiz Municipal e de Órfãos e um mandato como Vereador pelo mesmo município paulista. Entre agosto de 1893 e abril de 1897, chefiou a Seção Administrativa do Archivo do Distrito Federal. Assumiu em 21/10/1914 o cargo de Chefe da Seção do Archivo do Distrito Federal, da Diretoria de Estatística e Arquivo, permanecendo na função até a sua aposentadoria, em 1917. Faleceu no Rio de Janeiro, em 16/10/1920, sendo enterrado no cemitério São João Baptista. Deixou esposa – D. Paulina Torres Marcondes -, e cinco filhas: Idalina Marcondes Thelier, Manoelita Marcondes de Souza Bandeira, Pureza Marcondes, Valentina Marcondes e Heloisa Marcondes. José Ygor

LEGEY, José de Paiva

José de Paiva Legey trabalhou como vigilante da Biblioteca Municipal (1882), foi também amanuense da Secretaria da antiga Câmara Municipal (1884), chegando ao cargo de 2º oficial (1887). Iniciada a República, Legey assumiu o cargo de 1º oficial da Diretoria Geral de Interior e Estatística. Em 13/08/1902, foi nomeado chefe da 2º Seção da 1º Subdiretoria de Polícia Administrativa e Arquivo num momento onde o arquivo possuía pouca força política na posição subalterna em que se encontrava na estrutura de governo. Durante sua gestão, Legey fez diversas reclamações sobre situação daquela instituição, que além do pouco espaço que obtinha, instalada em uma pequena sala do pavimento superior do Paço Municipal, ainda contava com equipe bastante reduzida se comparada ao volume de trabalho necessário para organizar tamanha massa documental. Compreendendo a situação precária em que funcionava o arquivo, em 1904 o então prefeito Pereira Passos autorizou o descarte de documentos considerados de menor relevância e a reforma do Paço Municipal, onde se encontrava o Arquivo neste momento. Realizada no mesmo ano pelo arquiteto Oscar Pareto Torres, o melhoramento se limitou a reforçar as estruturas do segundo pavimento de forma a suportar o peso da documentação ali alocada. Mesmo com todos os […]

DINIZ, Damaso de Albuquerque

Nascido em 1830, Damaso de Albuquerque Diniz era filho de Antonio Joaquim de Albuquerque Diniz e Maria José de Alencastro Diniz. Consta que em 1865 compunha a Câmara de Vereadores de São Fidelis, no interior da Província do Rio de Janeiro, junto a um de seus sete irmãos, Lopo de Albuquerque Diniz, que desempenhava a função de vacinador. Em junho de 1881, Damaso de Albuquerque Diniz foi nomeado médico do novo Matadouro da cidade do Rio de Janeiro, localizado no bairro de Santa Cruz, que seria inaugurado em setembro deste mesmo ano. Em fevereiro de 1890, assumiu a chefia do Arquivo da Intendência de Instrução e Estatística, permanecendo no cargo até 15/08/1893, quando pede exoneração. Segundo registros, em 1899 atuava como escriturário da Diretoria de Fazenda da Prefeitura. Em Novembro de 1913, aos 83 anos, foi aceito sócio da União Republicana. Faleceu no mesmo mês, no dia 26/11/1913, no Rio de Janeiro.     José Ygor Silva Pena Luiza Ferreira

PIRES DE ALMEIDA, José Ricardo

Filho do Dr. Joaquim Pires Garcia e de D. Maria Luiza Pires, José Ricardo Pires de Almeida nasceu no Rio de Janeiro, em 07/12/1843. Médico de formação, foi também jornalista, historiador e teatrólogo. Cursou três anos de Direito na faculdade de São Paulo, mudando de curso e graduando-se em 1871, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Sua atuação na área se inicia no Instituto Vaccinico, como comissário vacinador nas freguesias de Inhaúma, Irajá e Jacarepaguá. Posteriormente, foi médico adjunto da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Em 1855 foi nomeado para o cargo de Chefe do Arquivo da Secretaria da Câmara Municipal, permanecendo na função por mais de três décadas. Em relatório datado de 20/01/1890, Pires de Almeida faz um desabafo sobre a perda de atribuições que o Arquivo vinha sofrendo frente à Seção de Tombamento. Segundo afirma: “Por quanto à Seção de Tombamento tem sido conferida toda a parte ativa das investigações, ao arquivista só ficou o papel passivo de guarda dos papéis subordinados à secretaria (…) Ora, desde que à Seção de Tombamento compete a iniciativa, o arquivista não tem mais que manter a boa ordem nos documentos confiados à sua vigilância; é o que eu tenho feito […]