REIS, Manoel Pereira

Filho de Joaquim Pereira Reis, livreiro e professor de desenho, pintura e arquitetura, e Ana Bernardina Pereira Sampaio; Manoel Pereira Reis nasceu em 12/11/1837, na cidade de Salvador, Bahia. Ao transferir-se para a então capital do Império, Rio de Janeiro, concluiu seus estudos secundários no Mosteiro de São Bento, ingressando no Liceu de Artes e Ofícios no ano seguinte, onde conhecera Pedro Américo. Graduado em Engenharia Civil e bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas pela Escola Central, futura Escola Politécnica, Manoel começou a lecionar ainda enquanto graduando da Escola Central. Em 1858 foi designado para assumir o cargo de professor adjunto de desenho da Escola Naval e, nove anos mais tarde, assumira a cátedra de topografia e desenho topográfico da mesma instituição. Logo após concluir o ensino superior, passou a integrar o Imperial Observatório Astronômico em 1876, na categoria de Diretor, em substituição temporária a Emmanuel Liais, com quem viria a travar uma das contendas de maior repercussão no campo da Astronomia à época, tendo atravessado 30 anos consecutivos. Registrada por periódicos diversos e pela Tribuna da Câmara, a polêmica versava, em linhas gerais, sobre dissidências científicas, muito embora presuma-se que no bojo da questão esteja a desvinculação do Observatório […]

SOUZA RANGEL, Alfredo Américo de

Filho de José Rufino de Souza Rangel e de Finicia Amelia de Souza Rangel, Alfredo Américo de Souza Rangel nasceu em 12/09/1865, na Paraíba do Norte. Mudou-se para o Rio de Janeiro em fins de 1883 a fim de concluir seus estudos na Escola Polytechnica, onde se formou em Engenharia Civil. Em 1900, prestou serviços ao Ministério das Relações Exteriores, atuando, junto de Mario de Oliveira Roxo, como ajudante da Comissão de Limites com a Bolívia, junta dirigida por Manoel Pereira Reis. Na Prefeitura do Distrito Federal, assumiu diversos cargos na comissão da Carta Cadastral, chegando inclusive a chefia-la entre 1901 e 1903. O órgão adquiriu grande relevância para o plano de reforma urbana levado a cabo durante a gestão do prefeito Pereira Passos (1902-1906). Em 1905, foi convidado para exercer o cargo de Diretor Geral de Obras e Viação. Recusando o convite, permaneceu no cargo de sub-diretor da Carta Cadastral. Apesar da negativa, sua proximidade com o Prefeito transpunha os encargos da administração pública. Ficaram famosas, inclusive, as missivas trocadas entre os dois nas ocasiões das numerosas viagens de Passos após o fim de sua gestão. A compilação das cartas, escritas entre 1906-1909 e publicadas em 1913 no livro […]