SÁ, Paulo Acióli de
Secretário Geral de Viação e Obras Públicas

Formado na Escola Politécnica do Rio de Janeiro na década de 1920, Paulo Acióli de Sá foi aprovado em concurso público para trabalhar como engenheiro na pasta de Agricultura em 1924, sendo designado ao gabinete deste ministério no mesmo ano. Na década de 1930, vinculou-se à Superintendência de Educação Secundaria Geral e Técnica, iniciando sua carreira no magistério. Integrante da subdiretoria de Estatística e Arquivo e membro da Comissão de Eficiência do Ministério do Trabalho, chegou ao posto de diretor interino do Instituto Nacional de Tecnologia, colaborando com a fundação e a direção da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Além disso, participou ativamente em campanhas em prol do abono familiar, cooperando com a Confederação Nacional de Operários Católicos e fundando o jornal operário “O Clamor”.

Depois de ser derrotado no pleito de 1945 a deputado federal do Rio de Janeiro pela União Democrática Nacional (UDN), integrou o departamento de educação técnico profissional – tornando-se diretor da Escola Politécnica – e o conselho nacional de assistência técnica em 1951, ano no qual tomou posse como Secretário Geral de Viação e Obras Públicas. Como secretário, liderou diversos projetos urbanísticos no Rio de Janeiro, principalmente os que buscavam a implementação das linhas de metrô na cidade. Em outubro deste ano, tornou-se o representante da prefeitura junto a Fundação Leão XIII e foi requisitado para o Conselho Nacional de Pesquisas, no qual permaneceu até 1955. Ao assumir o conselho, deixou a Secretaria-Geral de Viação e Obras Públicas para compor o Instituto de Educação, vinculado à Secretaria-Geral de Educação e Cultura.

Diretor da Faculdade de Filosofia da Universidade Católica, assumiu a Diretoria de Ensino Secundário da prefeitura do Rio em 1953, posto que ocupou por apenas 8 meses. Nesse período, se destacou como figura importante nos debates sobre a Lei de Diretrizes e Bases, que pretendia regulamentar diversos aspectos da educação brasileira. Ele defendia uma lei sintética, que permitisse alto grau de autonomia paras as instituições de ensino ou para órgãos municipais menores; mas, em meio a essas discussões sobre, Paulo Acioli de Sá foi designado diretor da Divisão de Indústrias de Construção.

Depois de ser transferido à Secretaria de Finanças no início da década de 1960, atuou na diretoria do Departamento Nacional de Pesos e Medidas em e no Conselho do Banco Nacional de Habitações (BNH).

Aposentou-se do funcionalismo público em 1968.

Rafael Martins de Araujo

Fontes

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