Imagem

REIS, Reynaldo de Mattos
Advogado do Estado do Rio de Janeiro; Jornalista

Reynaldo de Mattos Reis foi casado com Rosita, com quem teve dois filhos: Maria Beatriz e José Carlos. Na infância, estudou na Escola Modelo Benedito Leite. Ainda jovem, em 1938, se registrou como jogador amador na Liga de Futebol do Rio de Janeiro, a primeira de várias de suas empreitadas esportivas.

Inicia seus trabalhos na vida pública no ano de 1941, quando é nomeado interinamente como ajudante substituto de tesoureiro por decreto de Getúlio Vargas. Após graduar-se em Direito pela Pontifica Universidade Católica do Rio de Janeiro, na década de 1940, torna-se, em 1951, assistente jurídico do novo ministro da justiça de Getúlio Vargas, Francisco Negrão de Lima. Com o fim do mandato de Vargas e a posse de Negrão de Lima na prefeitura do distrito federal, Reinaldo Reis é nomeado para o cargo de secretário do prefeito, no dia 26 de março de 1956. Como chefe do gabinete da prefeitura, assinava, com frequência, cartas e notas respondendo às diversas matérias saídas na imprensa – matérias críticas a certa postura da prefeitura ou que apontavam alguma irregularidade em algum bairro.

Foi nomeado chefe da Comissão do Metropolitano do Rio de Janeiro e teve participação importante em comissões esportivas, como a comissão que visava discutir as relações entre as agremiações desportivas do Rio de Janeiro e a Administração dos Estádios Municipais (ADEM), que fora criada pela prefeitura anos antes, com o intuito de melhorar a administração dos estádios. Também fez parte da Comissão de Planejamento de Desportos Municipais que, de modo mais geral, pretendia organizar a gestão dos desportos do município. Possuía papel importante não somente nas comissões desportivas, como também era sócio do Jockey Club e participava ativamente de sua política e de seu cotidiano – era dono de cavalos e vendia e comprava animais em leilões. No dia primeiro de julho de 1958 exonera-se do cargo de Secretário do Prefeito para, três dias depois, assumir o cargo de advogado da prefeitura no lugar de Edgard Cavalcanti Arruda.

Em dezembro de 1967, foi eleito presidente do Clube de Regatas Vasco da Gama, tomando posse em março do ano seguinte. Naquele período, o futebol do clube passava por problemas administrativos e financeiros, e Reinaldo Reys se elegeu prometendo mudanças drásticas, como a reincorporação de jogadores dispensados ao elenco. Além disso, surgiu a possibilidade da venda do estádio São Januário à prefeitura, para que fosse integrado a Universidade do Estado da Guanabara (UEG). Mesmo com o apoio de parte da imprensa à sua presidência, o ambiente vascaíno foi se tornando cada vez mais instável, até que o conselho deliberativo decide cassar seu mandato em 1969, empossando Agathyrno Silva Gomes.

Durante a década de 1970, atuou como advogado do Estado do Rio de Janeiro e, a partir de 1979, passou a escrever colunas políticas para o jornal Tribuna da Imprensa. Nelas, sempre muito contundente, comenta, por exemplo, a importância dos militares na história política brasileira, opina sobre os melhores meios de se estabelecer uma redemocratização e aponta as principais características das democracias ao fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Morreu em novembro de 1993. Poucos dias depois, foi homenageado pelo jornal Tribuna da Imprensa com sua última coluna publicada na primeira página. Nela há uma nota do jornalista Hélio Fernandes comentando detalhes do falecimento: “Reynaldo Reis morreu inesperadamente, no limiar dos 70 anos. Estava muito bem num dia, trabalhando, no outro estava morto. Sentiu uma dor, não ligou, quando foi para o hospital, já não tinha condição de permanecer vivo. Pouca gente pode ir ao seu enterro”.

Rafael Martins de Araujo

 

Fontes

Palavras-chave