Romero Estelita Cavalcanti Pessoa nasceu no dia 25 de fevereiro de 1892, filho de Caetano Estellita Cavalcanti Pessoa e de Heonilla Estellita Barreira Pessoa, e foi casado com Maria de Lourdes Nogueira Estelli. Depois de formar-se em Direito no Rio de Janeiro, em 1914, advogou em diversas cidades do país, como Vitória, Niterói e Manaus. Também foi Juiz no interior Bahia, delegado regional de polícia em Ilhéus, e prefeito em Belmonte e Canavieiras.
Na década de 1930, foi transferido para o Rio de Janeiro, sendo designado Secretário das Rendas Internas, setor relacionado à Diretoria de Estatística Econômica e Financeira do Distrito Federal. Em 1937, era membro do conselho técnico de Economia e Finanças e foi nomeado Diretor da Despesa Pública do Tesouro Nacional. No ano seguinte, tornou-se Diretor da Fazenda Nacional e assumiu a Diretoria-Geral do Tesouro Nacional, sendo chamado para ocupar o expediente do Ministério da Fazenda em duas ocasiões, em 1940 e 1941. Já no fim da década de 1940, assumiu a diretoria do Banco da Prefeitura.
Em dezembro de 1955, foi designado Secretário Geral de Finanças pelo então prefeito do Distrito Federal, Francisco Negrão de Lima, permanecendo no cargo até dezembro de 1956, quando pediu para ser exonerado. Após deixar a secretaria, tornou-se diretor do Serviço de Patrimônio da União, função que acumulou com a de membro do conselho da Comissão Federal de Abastecimento de Preços (COFAP). Nesse período, a COFAP era dirigida por Guilherme Romano, e passava por diversos escândalos adminstrativos envolvendo fraude de importações e troca de propina entre seus membros. No início da década de 1960, foram abertas algumas comissões de inquérito após a acusação realizada pelo novo chefe da assessoria econômica da COFAP, o Coronel Gwer de Azevedo. Além disso, o Coronel também pediu ao presidente do órgão, Major Maurício Cibulares, a destituição dos membros do conselho (incluindo Romero Pessoa), por considerá-los convenientes nas irregularidades cometidas durante a administração de Guilherme Romano. Em meio a tantos problemas, Romero Pessoa foi exonerado da COFAP e também do cargo de Diretor do Serviço do Patrimônio da União.
Faleceu em maio de 1982, aos 90 anos.
Rafael Martins de Araujo