PEIXOTO, Alfredo Muniz
Diretor Geral de Assistência Pública

Natural do então Distrito Federal, Alfredo Muniz Peixoto nasceu em 21/06/1891. Era filho do negociante Alfredo Peixoto e de Semiramis Muniz Peixoto.

Após as primeiras letras no Colégio Paula Freita e no Ginásio Nacional, bacharelou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.

Sua carreira teve início em 1913, quando começa a atender no Hospital da Misericórdia. No entanto, logo em 1918 foi nomeado Médico Inspetor do Matadouro pela Diretoria do Matadouro e Serviços de Carnes Verdes da prefeitura, sendo depois designado para a fiscalização de gêneros alimentícios no ano de 1924. Paralelamente, começou a medicar na Clínica de Campo Grande, no subúrbio do Rio de Janeiro. Ganhando apreço entre os moradores, adotou esta localidade como base para a sua carreira política, concorrendo às eleições para intendente sob a legenda do Partido Democrático do Distrito Federal em 1926 e em 1928, eleito nesta última.

Em função desta atividade política prévia e de sua participação na Aliança Liberal em torno da candidatura de Getúlio Vargas em 1930, foi escolhido pelo interventor do Rio de Janeiro e seu velho colega partidário Adolfo Bergamini (1930-1931) para o comando da Diretoria Geral de Assistência Pública. Sua gestão foi marcada tanto pela Comissão de Inspecção dos Quadros Inativos da Saúde, da qual é membro, quanto pela contenda em que se envolveu com a Associação Brasileira de Imprensa ao proibir a presença de jornalistas dentro das emergências hospitalares do município. No mesmo período, passou a compor a Comissão de Normas do Departamento do Material da Prefeitura e foi nomeado Diretor do Hospital do Pronto Socorro.

Junto à direção deste hospital, na qual se manteve até o ano de 1950, ocupou diversos cargos na municipalidade, dos quais se destacam o de Chefe do Distrito Sanitário de Madureira, nomeado em 1940; membro da Comissão de Estatística e Seleção dos Habitantes das Favelas, em 1948; Diretor de Estabelecimento do Departamento de Assistência Hospitalar, em 1949; e, por fim, Delegado Fiscal do Departamento de Fiscalização da Secretaria Geral do Interior e Segurança, em 1950.

Já durante a sua aposentadoria, voltou a ter seu nome estampado nos jornais em função de sua polêmica nomeação à direção do Dispensário Carmela Dutra, feita pelo seu próprio filho, o também médico Acrísio Rodrigues Peixoto, que então ocupava o cargo de Diretor do Hospital Carlos Chagas, levando a demissão deste.

Foi sepultado em 14/02/1969 no cemitério São Francisco Xavier, deixando viúva Carmem Rodrigues Peixoto. Em sua homenagem teve o seu nome dado ao Centro de Estudos do Hospital Carmela Dutra.

 

Caio Mathias

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