Ernesto do Nascimento Silva nasceu em 10/09/1857, no Rio de Janeiro, então capital do Brasil. Era filho do conselheiro Josino Nascimento Silva e de D. Maria Jesuína da Rocha e Silva, e irmão de Carlos Augusto do Nascimento Silva, diretor de Obras Públicas. Estudou o preparatório no Colégio São Pedro de Alcântara e em seguida foi admitido na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde formou-se em 1880.
Foi vice-presidente do Club Médico Brasileiro e catedrático de Medicina Legal e Higiene da Faculdade de Medicina. Por voto unânime do corpo docente, foi eleito diretor da Faculdade nos anos de 1911 e 1914.
Durante o governo do Prefeito Carlos Cesar de Oliveira Sampaio (1920-1922), exerceu o cargo de Diretor Geral de Instrução Pública. Foi intensamente criticado por parte da imprensa em relação à falta de professores e ao fechamento de escolas pelo não pagamento dos aluguéis. Em relatório, queixou-se da ausência de uma legislação regular sobre o ensino do Distrito Federal, e a grande centralização dos serviços na figura do Diretor, tendo proposto a criação de um Conselho de Instrução.
Ernesto do Nascimento foi autor de Das condições patogênicas das palpitações do coração e Do aborto criminoso e do segredo profissional, tese defendida na Academia Nacional de Medicina. De 18 a 27/10/1922, Ernesto presidiu a seção de prática profissional do Primeiro Congresso Nacional dos Práticos, realizado pela Sociedade de Medicina e Cirurgia.
Faleceu no dia 27/06/1925, em sua residência no bairro da Tijuca, sendo enterrado no cemitério São Francisco Xavier. Foi casado em primeiras núpcias com Anna de Alencar Araripe, e posteriormente, com Alda Campos, com quem teve quatro filhos.
José Ygor