De tradicional família, Mário Monteiro Machado nasceu em Minas Gerais. Era filho do coronel e diretor da Loteria de Minas, Virgílio Machado, e de D. Marieta Monteiro Machado, e irmão do escritor Aníbal Machado e de Cristiano M. Machado, embaixador do Brasil no Vaticano.
Mário Monteiro estudou no Colégio Azeredo, em Sabará e formou-se em Engenharia Civil pela Escola de Minas de Ouro Preto.
Em 1921, convidado pelo futuro presidente Arthur Bernardes (1922-1926) e Raul Soares, participou da comissão chefiada por Peter Henry Rolfs, encarregada de escolher o local da instalação da Escola Superior de Agricultura e Veterinária do Estado de Minas Gerais e apresentar ao Governo os programas de ensino e a planta da instituição. A participação neste projeto lhe rendeu grande reconhecimento.
Em novembro de 1922, foi nomeado Diretor Geral de Obras e Viação. Nesta função, Mário Monteiro Machado pesquisou sobre cultura e comportamento da equipe de funcionários da Secretaria de Viação e Obras Públicas. Apoiado nas teorias de darwinismo social, Machado buscou associar problemas como alcoolismo e o recurso a cuidados médicos e alimentícios inadequados ao “nível cultural” determinado pela raça. Exonerou-se do cargo em 13/10/1926 para assumir o posto de Inspetor de Concessões da Prefeitura. Em 08/06/1935, foi promovido a Diretor do Departamento de Concessões da Prefeitura do Distrito Federal.
Em Outubro de 1930, foi preso sob a acusação de “boateiro” e por “subverter a ordem pública” após o golpe de Estado de 1930. Em junho de 1935 sai do cargo de Inspetor de Concessões da Prefeitura e, entre setembro de 1935 e março de 1937, atua como Secretário Geral de Viação, Trabalho e Obras Públicas do Distrito Federal, durante as gestões dos prefeitos Pedro Ernesto (1935-1936) e Cônego Olímpio de Melo (1936-1937). Posteriormente assume a chefia do Serviço de Energia Elétrica do Departamento de Concessões, da Secretaria de Viação e Obras, tendo sido exonerado desse último cargo em Setembro de 1949.
Faleceu no Rio de Janeiro, em 28/09/1954, sendo enterrado no cemitério São João Batista.
José Ygor