MEDEIROS, Josino de Araújo
Secretário Geral de Administração

Filho de Josina de Araújo Medeiros e Manoel de Barros Medeiros, Josino de Araújo Medeiros nasceu no dia 10 de maio e foi casado com Aida Manzo Medeiros. Estudou na Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro, onde se formou em 1908.

Assim que terminou seus estudos, conseguiu cargo como auxiliar de escrita na E.F. Central do Brasil, mas viria a se destacar profissionalmente atuando como advogado nas décadas de 1910 e 1920. Chefe dos advogados do Banco do Brasil, integrou comissões de inquérito da prefeitura do Distrito Federal em 1930. No ano seguinte, foi nomeado adjunto do procurador dos Feitos da Fazenda Municipal, o que marcou o início de uma carreira de 20 anos (1935 – 1954) na procuradoria do Rio de Janeiro. Neste período, Josino de Araújo Medeiros liderou inquéritos polêmicos envolvendo corrupção na administração pública e na atividade de políticos cariocas. Há alguns exemplos de casos destacados pela mídia que foram a inquérito: as compras ilegais de gasolina da prefeitura por parte dos vereadores; o suposto abuso do Diretor de Águas Iedo Fiuza, acusado de cobrar ilegalmente uma quantia em dinheiro dos empreiteiros que participavam de obras nos rios da cidade; a acusação de ilegalidade na nomeação de Eduardo Tavares Guimarães para a Superintendência de Transportes, já que este não possuiria os requisitos para ocupar tal cargo.

Houve uma pequena pausa no exercício dessa função quando José Filadelfo de Barros Azevedo assumiu a prefeitura e o nomeou Secretário-Geral de Administração em novembro de 1945. Porém, passados menos de três meses, Josino Medeiros pediu exoneração e voltou à procuradoria. Na década de 1950, também tornou-se diretor do departamento de contabilidade da prefeitura, curador da Universidade do Distrito Federal e Procurador-Geral.

Em 1954, fez um parecer sugerindo a unificação dos serviços de fiscalização da prefeitura em um único organismo municipal, mas a ideia não foi acatada. Depois de se aposentar nesse mesmo ano, foi eleito para a lista de candidatos a ministros suplentes do Tribunal Superior Eleitoral e tornou-se procurador-geral do Estado da Guanabara após a mudança do Distrito Federal para Brasília. Sua nomeação foi muito contestada por alguns políticos e por parte da imprensa, já que o acusavam de ter fortes conexões com a Light-Rio, empresa envolvida em disputas jurídicas com a prefeitura por conta da administração dos bondes da cidade.

Faleceu aos 91 anos, em 1976, acometido por uma trombose cerebral.

Rafael Martins de Araujo

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