MEDEIROS E ALBUQUERQUE, José de
Diretor Geral de Instrução Pública Municipal

Medeiros e Albuquerque nasceu em 04/09/1867, na cidade de Recife, Pernambuco. Seu pai, Joaquim José de Campos da Costa de Medeiros e Albuquerque, foi Deputado Geral pelo Maranhão entre 1872 e 1875.

Ainda jovem, mudou-se para o Rio de Janeiro, iniciando seus estudos no Colégio Pedro II. Em 1880, viajou com seu pai para a Europa e em Lisboa matriculou-se na Escola Acadêmica. Após quatro anos de estudos em Portugal, retornou ao Brasil. Fez o curso de História Natural com Emílio Goeldi, e aulas particulares com Sílvio Romero.

Iniciou a carreira jornalística em 1888, como colaborador no jornal Novidades. No ano seguinte, lançou seu primeiro livro de poesias: Pecados e Canções de Decadência.

Era adepto da causa republicana, e com a instauração do Governo Provisório em 15/11/1889, foi nomeado por Aristides Lobo para o cargo de secretário do Ministério do Interior. Participou do concurso ocorrido em 20/01/1890 para a escolha do novo Hino Oficial do Brasil. Seu hino, composto em parceria com o músico Leopoldo Américo Miguez, acabou sendo utilizado como Hino da Proclamação da República. Em 1890, tornou-se professor da Escola de Belas Artes e presidente do Conservatório Dramático (1890-1892). Dois anos mais tarde, foi nomeado Vice-Diretor do Ginásio Nacional pelo então Ministro de Instrução Pública, Correios e Telégrafos, Benjamin Constant.

Durante o governo de Floriano Peixoto (1891-1894), dirigiu o periódico O Fígaro, onde denunciou lideranças políticas, como José Isidoro Martins Júnior, de tramar a deposição do governador pernambucano Barbosa Lima. Em 1894, Medeiros e Albuquerque se elegeu Deputado Federal pelo Estado de Pernambuco, com mandato até dezembro de 1896. Na Câmara, sua principal atuação foi em prol da Lei dos Direitos Autorais. Foi um dos membros fundadores da Academia Brasileira de Letras em 1897, tendo ocupado a cadeira nº 22, que tem como patrono José Bonifácio.

Em 28/01/1897 foi nomeado para o cargo de Diretor Geral de Instrução Municipal. Por se opor ao governo de Prudente de Morais, foi demitido do cargo em 16/11/1897 e coagido a pedir asilo à Embaixada chilena. Após recorrer à Justiça alegando perseguição política, conseguiu reintegração ao cargo em 10/05/1898.

Voltou a ocupar a função de Deputado Federal por Pernambuco nas legislaturas de 1901-1902, 1906-1908 e 1909-1911. Entre 1912 e 1916 viveu em Paris. De volta ao Brasil, apoiou o governo Washington Luís durante a campanha da Aliança Liberal. Com a vitória da Revolução de 30, que levou Getúlio Vargas ao poder, Medeiros e Albuquerque refugiou-se na Embaixada do Peru.

Faleceu no Rio de Janeiro em 09/06/1934.

 

José Ygor

Amanda Vilela

Fontes

Palavras-chave