Gilberto Marinho nasceu no dia 15 de setembro de 1910, em Pelotas (RS), filho do advogado Gonçalo Marinho, que pertenceu ao Tribunal de Contas gaúcho, e de Nena Marinho. Foi casado com Enilda Leite Marinho, com quem teve uma filha. Ingressou no Colégio Militar de Porto Alegre em 1922 e, três anos depois, passou à Escola Militar de Realengo, no Rio de Janeiro, onde terminou os estudos em 1929. Formado, saiu para servir como oficial no 3° Batalhão de Engenharia de Cachoeira, no Rio Grande do Sul.
Integrou a Aliança Liberal entre 1929 e 1930, participando do movimento revolucionário que alçou Getúlio Vargas à chefia do Governo Provisório em 3 de novembro de 1930. Nesse período, foi promovido a primeiro-tenente e nomeado ajudante de ordens do interventor federal João Alberto, em São Paulo.
Professor, permaneceu no Colégio Militar de Porto Alegre até 1942, quando foi convidado por João Alberto parar assumir a chefia de seu Gabinete. Em 1945, o mesmo João Alberto é nomeado por Getúlio Vargas para o cargo de Chefe do Departamento Federal de Segurança Pública, e Gilberto Marinho, novamente, é designado seu chefe de gabinete.
Com a redemocratização do país, Gilberto Marinho se candidatou a deputado federal pelo Partido Social Democrático (PSD), mas não foi eleito. Em seguida, elegeu-se suplente de senador em uma coligação formada por seis partidos: PSD, o Partido Democrata Cristão (PDC), o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), o Partido Proletário do Brasil (PPB), o Partido Republicano (PR) e o Partido Trabalhista Nacional (PTN). Também foi nomeado subchefe do Gabinete Civil da Presidência da República e serviu ao Presidente Dutra até 1948, quando foi designado Secretário de Interior e Segurança da então Prefeitura do Distrito Federal.
Permaneceu na Secretaria de Interior e Segurança até julho de 1950, quando assumiu a diretoria da Carteira Hipotecária da Caixa Econômica Federal e tornou-se vice-presidente do PSD do Distrito Federal. Em 1954, depois de nova tentativa, conseguiu se eleger senador. No senado, trabalhou nas comissões de Justiça, Relações Exteriores, Educação e Serviço Público Civil; formulou diversos projetos, como uma emenda constitucional que previa aposentadoria aos 30 anos para os servidores públicos federais e 25 anos para as servidoras.
Em 1962, já após a mudança da capital para Brasília, Gilberto Marinho foi reeleito pelo Estado da Guanabara, novamente pelo PSD. Em seguida, após o golpe de 31 de março de 1964 e a instauração do bipartidarismo, participou da fundação da Aliança Renovadora Nacional (Arena), o partido da ala governista. Em 1967, é eleito vice-presidente e, no ano seguinte, presidente do senado. Tenta mais uma vez a reeleição em 1970, mas é derrotado.
Após o fim de seu mandato, em 1971, toma posse na presidência da Arena do Rio de Janeiro. Além disso, torna-se presidente da Engenharia de Sistemas e Processamento de Dados (Datamec) e membro do conselho fiscal do Banco Novo Rio Investimentos.
Faleceu no dia 11 de fevereiro de 1985.
Rafael Martins de Araujo