MARÇAL, Clóvis
Superintendente de Transportes; Chefe da Superintendência de Urbanização e Saneamento do Estado da Guanabara

Nascido em 06 de novembro de 1901, filho de Eugênio Marçal e Roza Neves Marçal, Clóvis Marçal foi casado com Bluette Tramontano Marçal. Durante a década de 1920 estudou na Escola Politécnica do Rio de Janeiro e se envolveu com o Sindicato Central dos Engenheiros, sindicato do qual tornou-se secretário na primeira subdiretoria em 1933, passando à segunda subdiretoria em 1937.

Em 1938 é aprovado em concurso público para o cargo de ajudante engenheiro da prefeitura, integrando a Secretaria Geral de Viação, Trabalho e Obras Públicas. Depois de  sete anos no cargo, é nomeado Chefe de Serviço do Departamento de Transportes em 1945, quando já ingressara na Escola Nacional de Engenharia. É exonerado da função no Departamento de Transportes em 1948, porém no ano seguinte é nomeado Chefe de Serviço de Obras e Instalações, posição que ocupa por pouquíssimo tempo.

Depois de acumular experiência na administração pública, é designado para o gabinete do secretário geral em 1953 e para a Superintendência de Transportes em 1954. Como Superintendente, adota medidas para economia de combustíveis e diminuição de gastos com os transportes do Distrito Federal, que não estavam em boa situação. É exonerado da Superintendência em dezembro de 1955, depois de ser acusado de comprar veículos irregulares e de haver uso indevido dos carros da prefeitura sob sua administração. Contudo, segue na Secretaria Geral de Viação, Trabalho e Obras Públicas, sendo nomeado Assistente do Secretário de Viação em 1958.

Na década de 1960 foi chefe da Superintendência de Urbanização e Saneamento do Estado da Guanabara (SURSAN), participando de diversas obras marcantes para cidade do Rio de Janeiro, como a construção da Avenida Perimetral (que provocou a derrubada do Mercado Municipal da cidade) e do túnel ligando o bairro do Catumbi a Laranjeiras. Com isso, é nomeado Chefe do Gabinete do Secretário de Obras Públicas em 1965. Dois anos depois, participa da criação de um decreto regulamentando obras nas encostas dos morros cariocas; decreto que surge como consequência de um desabamento trágico no “Morro da Favela”, em laranjeiras. Em 1969 torna-se Chefe do Serviço de Controle e Preços, o último cargo ocupado na prefeitura; se aposenta do funcionalismo público em 1972.

Faleceu com um edema pulmonar em sua casa, na Tijuca, no ano de 1987.

Rafael Martins de Araujo

Fontes

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