Deolindo José Vieira Maciel nasceu em 1937, no Estado do Espírito Santo.
Engenheiro, atuou como presidente honorário do Grêmio Bibliotecário Cachoeirense e chefe da Comissão de Medições de Terras Públicas nos municípios de Cachoeira de Itapemirim, Benevente, Guarapary e Vianna (ES).
Deolindo Maciel foi diretor do Colégio Espírito Santo e em em 04/03/1868 foi nomeado professor de Matemática elementar da instituição. Com a exoneração de Aureliano de Azevedo Monteiro do cargo de diretor geral da Instrução Pública da Província do Espírito Santo, em agosto de 1868 Deolindo assumiu o cargo. Na ocasião, sua nomeação foi saudada pelos periódicos locais pela dedicação aos serviços de instrução pública do Estado. Permaneceu por apenas um mês no cargo, sendo exonerado pelo presidente da Província por incompatibilidade no exercício simultâneo do cargo de diretor de colégio e diretor geral de Instrução Pública, responsável por inspecionar as escolas da província. Permaneceu como diretor do Colégio Espírito Santo até 1872.
Em 17/10/1869, Deolindo José fundou, na cidade de Vitória (ES), a Associação Emancipadora dos Escravos / Sociedade Abolicionista da Escravatura do Espírito Santo. A entidade tinha como finalidade não somente a compra de alforria dos escravizados, mas também a difusão de instrução religiosa, moral e literária aos recém libertos.
Deolindo Maciel fez parte da elite intelectuais que, nas últimas décadas do século XIX, defendiam que a modernização do país só se daria através da via da educação voltada para o trabalho. Em 01/07/1883, foi eleito presidente de uma escola popular instalada na propriedade do negociante Araújo Machado. Os principais compromissos do estabelecimento eram a manutenção das aulas noturnas e a instalação de uma biblioteca pública.
Em 04/08/1885 exonerou-se do cargo de chefe da Comissão de Medições de Terras Públicas para estabelecer residência no Rio de Janeiro, então capital do Império. Em junho de 1890, foi indicado pelo Dr. Eduardo de Moraes para o cargo de engenheiro-assistente da Diretoria de Obras Municipais do Distrito Federal. No cargo, ficou responsável pela 2º Distrito de Obras, que abrangia as freguesias de Santo Antônio, São Cristóvão e Santa Cruz. Por ato de 18/06/1893, foi nomeado para o cargo de diretor de Patrimônio. Em 18/06/1894 assumiu o cargo de subdiretor geral de Patrimônio, permanecendo no cargo até março do ano seguinte.
Faleceu em 13/11/1913, aos 76 anos, em decorrência de um acidente, na rua da Assembleia, com um bonde da empresa Light. Foi enterrado no Cemitério São Francisco Xavier. Deixou viúva D. Maria Nunes Vieira Maciel.
José Ygor