Filho de Antonio Lopes Cardoso e Candida Lopes Cardoso, Raul Lopes Cardoso nasceu em 1871, na Bahia.
Adentrou o locus da municipalidade do Distrito Federal em junho de 1908 enquanto Diretor Geral de Patrimônio. Foi designado, posteriormente, Superintendente do Theatro Municipal, projeto do qual esteve à frente por subordinação imediata a esta Diretoria. Ao ocupar durante anos e em primeira mão o cargo, Raul Cardoso esteve diretamente relacionado às reformas e adaptações do espaço físico do Municipal; como por exemplo sua atuação, a pedido de Henrique Coelho, representante da Escola Dramática Municipal, na solicitação de obras para sua melhor instalação, haja vista seu funcionamento provisório nos andares superiores da Usina do Theatro Municipal.
Ainda sob sua administração, estavam os demais centros de cultura de grande relevância no circuito carioca da época, quais sejam o Teatro João Caetano e o Pavilhão Mourisco, este último desde seu arrendamento em 1917. Outrossim, era membro da Comissão Permanente de Promoções dos Funcionários Municipais em 1933. Neste mesmo ano, assinou concomitantemente pela Direção Geral de Patrimônio e pela Direção Geral interina de Estatística Municipal, o que anunciava as vicissitudes na composição dos órgãos que se seguiriam da junção destes sob a forma da Diretoria Geral de Patrimônio, Estatística e Arquivo, agora incorporada à Secretaria Geral do Interior e Segurança (1934-1935). Com a extinção da Diretoria, é exonerado da função de diretor em setembro de 1935. Aposentou-se da Prefeitura do Distrito Federal em ato de 24/10/1939.
Dentre obras de sua autoria, encontra-se o “Histórico dos Próprios Nacionais”, elogiado pelo então Prefeito do Distrito Federal João Felippe Pereira (1900-1901), em meados de 1900.
Veio a falecer em 09/05/1948. Fora casado com Noemia Sampaio Cardoso, da qual ficou viúvo dois anos antes.
Amanda Vilela.