Reconhecido e aclamado em sua cidade natal, Uberaba – SP, Francisco Jardim comandou por anos a redação do periódico paulista Lavoura e Comercio ao lado de seu irmão, Quintiliano Jardim. Em 1911, ao ser nomeado para a Inspetoria Agrícola de Minas Gerais, órgão subordinado ao Ministério da Agricultura, deixou o editorial, mudando-se para o Rio de Janeiro. Em 1922, a convite de seu conterrâneo Alaor Prata, prefeito do Distrito Federal (1922-1926), assumiu a Secretaria do Gabinete do Prefeito, cargo que ocupou até transferir-se para a Secretaria do Interior e Segurança. Concomitantemente, atuou ainda como Secretário na Procuradoria dos Feitos da Fazenda Municipal do mesmo Distrito.
Após aposentar-se do funcionalismo público, dedicou seus esforços à direção de importantes centros financeiros e seguradoras do país, como a Equitativa Companhia de Seguros do Brasil e o Banco da Prefeitura do Distrito Federal, função última da qual teve de se afastar por motivos de saúde.
Membro-fundador da Associação Beneficente 8 de Setembro, além de instituições como a Federação Republicana do Brasil e a Associação Comercial e Industrial de Uberaba. Integrou o Conselho Diretor do Montepio dos Empregados Municipais, este último por nomeação do interventor Henrique Dodsworth (1937-1939). Durante este período, participou ativamente da Comissão de Estudos da Unificação de Classes (1933), organizada pela Prefeitura do Distrito Federal com vistas a estudar reajustes das relações entre os funcionários municipais, e até mesmo uma possível unificação destes.
Amanda Vilela