Luciano Francisco Felippe Gary nasceu em 28/11/1861, no Rio de Janeiro. Era filho de Antonieta Lucia Capeau de Fené e do comendador Aleixo Gary, donos da Empresa Gary, que desde 1871 firmara um contrato com o Ministério Imperial, tornando o empreendimento responsável pelos serviços de limpeza das ruas cariocas. Da popularidade da empresa, surgiu o termo “garis” para se referir aos varredores.
Em 15/01/1895, Gary foi nomeado para o cargo de Inspetor de Limpeza Pública e Particular, órgão então incorporado à Diretoria Geral de Obras e Viação. Um das medidas tomadas como Inspetor de Limpeza Urbana, foi a instalação de caixas postais destinadas a receberem reclamações com o intuito de melhorar o serviço. Posteriormente, com o fim da superintendência, Gary tornou-se o fiscal da Prefeitura junto à Companhia Industrial do Rio de Janeiro, concessionária que passou a administrar os serviços de limpeza pública e particular.
Foi exonerado pelo prefeito Cesário Alvim (1898-1899) do cargo de Inspetor de Limpeza Pública e Particular em setembro de 1899, após denúncias de ter sido sócio da falida empresa L. F. Gary & C. A acusação evocava o Art. 826 do Código Comercial, que estabelecia que o falido ficava inibido de direito da administração pública.
Por muitos anos serviu como funcionário do Senado Federal, na seção de Taquigrafia. Foi ainda chefe do Escritório Central Comercial da Sorocabana Railway Company, tendo aumentado o percurso da linha férrea São Paulo – Rio Grande. Posteriormente, foi encarregado da construção do ramal de Itararé (SP) ao Uruguai.
No Rio de Janeiro, morou em frente à praia de Botafogo. Amante de regatas, foi presidente da Union des Canotiers (União de Velejadores). Foi casado com
Faleceu aos 67 anos no Rio de Janeiro, tendo sido enterrado no cemitério São João Batista em 20/12/1928. Deixou viúva Anna Lengés Gary.
José Ygor