Filho de Fernando Antônio Faria e Maria Vitória Pereira de Faria, Raul de Faria nasceu em 26/05/1885, em Minas Gerais. Casou-se duas vezes, primeiramente com Diva Sá Freire de Faria e, em segundas núpcias, com Vanda Faria.
Concluiu seus estudos secundários no Colégio Anchieta, Nova Friburgo (RJ), ingressando, logo em seguida, na Faculdade Livre de Direito de Minas Gerais, onde graduou-se em 1906.
Filiado ao Partido Republicano Mineiro (PRM), sua trajetória política tem início em 1907, na Assembleia Legislativa mineira, quando da substituição de Gabriel Vilhena Valadão, cadeira a qual ocuparia até 1914. Sete anos depois, ao eleger-se Deputado Federal, transferiu-se para o Rio de Janeiro, então Distrito Federal, integrando a Comissão de Instrução da Câmara. Após os eventos políticos que culminaram na ascensão de Getúlio Vargas à Presidência em 1930, medidas como a suspensão temporária das atividades legislativas contribuíram para inflamar a sua insatisfação com o governo em curso, expressa posteriormente sob a forma de um manifesto. Em 1943, tendo exercício no Departamento de Educação de Minas Gerais, participou da assinatura do Manifesto dos Mineiros, primeira expressão concreta das elites de sua postura contrária ao Estado Novo, o que resultaria em seu completo afastamento da administração pública.
Retornou à carreira política apenas anos mais tarde, passando pela Secretaria de seu estado natalício. No Rio de Janeiro, assumiu os cargos de Procurador da Saúde Pública, Diretor da Instrução (1918-1919) e Inspetor de Ensino, tendo, outrossim, seguido carreira no magistério como professor da Escola Normal do Distrito Federal.
Foi ainda diretor do periódico O Diário da Tarde, redator d’O Estado e colunista do Diário Carioca.
Faleceu em 26/08/1944, no Rio de Janeiro, sendo enterrado no cemitério São João Batista, em Botafogo.
Amanda Vilela.