Filho de Ana Nascimento Brito, José Nascimento Brito nasceu no Rio de Janeiro em 07 de setembro de 1887. Foi casado com Amy Avgno do Nascimento Brito e teve três filhos, Manoel Francisco do Nascimento Brito, Margarida Nascimento Brito e José do Nascimento Brito Filho, que faleceu em 1934, com apenas 14 anos de idade. Estudou no Colégio Pedro II antes de sair do Brasil para educar-se em Paris e em Porto. De volta ao Brasil, formou-se na Escola Politécnica do Rio de Janeiro em 1917, ano no qual se alistou no exército brasileiro.
Iniciou sua vida profissional nos Estados do Rio Grande do Norte e da Paraíba como engenheiro do Departamento Nacional de Obras contra as Secas. Durante a década de 1920, é eleito membro de conselhos de três instituições: Companhia Florestal Fluminense e Banco de Crédito Mercantil (conselhos fiscais), e Liga do Comércio (conselho administrativo). Foi engenheiro chefe das obras na cidade de Imbituba em Santa Catarina, mas deixou a função para dirigir a firma de seu pai, Manoel Francisco de Brito e Cia. Ltda. Em 1931, torna-se membro efetivo da Companhia Imobiliária Cosmos e no ano seguinte é nomeado Vice-Presidente do Rotary-Club, instituição pela qual se dedicará até o fim da vida, organizando palestras, reuniões, viagens nacionais e internacionais, além de diversas ações de caridade, visando principalmente as crianças brasileiras. Em seguida, é nomeado diretor da Associação Comercial. No fim da década de 1930, torna-se suplente do conselho fiscal do Banco do Brasil e presta serviço na terceira subdiretoria da Secretaria Geral de Viação, Trabalho e Obras Públicas.
Publica dois livros na década de 1940, em 1941 e 1945. O primeiro é “Estados Unidos”, no qual conta detalhes de sua viagem à América do Norte, comentando os costumes dos cidadãos e as diversas práticas políticas do país que divergiam ou se identificavam com as brasileiras. O segundo possui um título autoexplicativo: História Econômica do Brasil. Também em 1945 é designado para o cargo de Secretário Geral de Viação e Obras Públicas do Distrito Federal, posição que ocupa por menos de três meses; contudo, não rompe o contato com a secretaria, sendo chamado diversas vezes para participar de seus estudos e ações. Ainda durante a década de 1940, várias de suas palestras em reuniões do Rotary-Club – do qual, a essa altura, tornara-se diretor – são publicadas em jornais. Nelas, faz severas críticas à gestão pública e à economia do Brasil, mais especificamente à administração do Estado Novo, acusando-a, por exemplo, de irresponsável por imprimir dinheiro de forma descontrolada.
Em 1950, torna-se tesoureiro da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, cumprindo mandato até 1953, e em 1951 é reeleito para continuar como membro do Conselho Fiscal do Banco do Brasil. Depois de acumular bastante experiência como engenheiro e empresário, publica, em 1961, o livro “Meio Século de Estradas de Ferro”, sobra a história da origem e das construções de ferrovias no Brasil.
Morre no dia 10 de Maio de 1975.
Rafael Martins de Araujo