BENÉVOLO, Jayme
Intendente de Instrução/ Instrução e Estatística

Matemático e engenheiro militar, Jayme Benévolo nasceu em 27/08/1854 na cidade de Maranguape, Ceará. Era filho do Tenente-Coronel Reginaldo Benévolo Ferreira de Pinho e da portuguesa Eugênia Correia de Pinho. Seus irmãos, Francisco e Odilon Benévolo, também seguiram a carreira militar. Foi casado com Julieta Teixeira Benévolo.

Em 1872, aos dezoito anos, alistou-se no serviço militar, no 14º Batalhão de Infantaria. Entre 1874 e 1875 serviu na Revolta do Quebra-Quilos, ocorrida no Nordeste do país. Foi promovido a 2º Tenente em 17/01/1882, mudando-se para o Pará, onde atuou como Engenheiro das Obras Militares. Entre 1884 e 1885 foi regente da cadeira de Aritmética na Escola Militar do Rio de Janeiro, posteriormente assumindo a cadeira de Economia Política e Direito Administrativo.  Foi promovido a 1º Tenente em 21/02/1885.

Em 1887, exerceu o cargo de ajudante de ordens do Presidente da Província da Paraíba e, em 1888, foi nomeado secretário do Marechal Deodoro da Fonseca, na época comandante das armas de Mato Grosso. No mesmo ano foi nomeado Cavaleiro da Ordem Militar de Aviz. Em 13/12/1889, Assumiu o cargo, em primeira ocupação, de Intendente de Instrução do Distrito Federal, acumulando também o posto interino de Intendente de Matadouro em 11/02/1890. Exonerou-se das suas funções municipais em 26/02/1890.

Atinge por merecimento o posto de Major, em 1890, passando a fazer parte do quadro especial do corpo do Estado-maior. Em 09/01/1893, foi nomeado para o cargo de Fiscal de Iluminação Pública, onde permaneceu até a sua morte. Foi, durante quatro meses, Ministro da Indústria do presidente interino Manoel Vitorino, que assumiu o posto devido ao estado delicado de saúde do Presidente Prudente de Morais, que precisou submeter-se a uma cirurgia.

Faleceu no dia 13/05/1905 no Rio de Janeiro, vítima de um acidente vascular cerebral, sendo enterrado no cemitério São João Batista. Em nota de primeira página sobre a sua morte, o jornal O Paiz publicou:

“(…) deve, porém, muito a Republica ao saudoso extinto, por isso que para a proclamação das instituições vigentes concorreu ele intemerato e diligente, ao lado sempre de Deodoro, Benjamin Constant e Quintino Bocayuva, prestando-lhes o valioso auxilio de sua esclarecida inteligência e do seu fulgurante espírito. Influiu ardentemente para que o Generalíssimo subscrevesse o Dec. n.o 1 de 15 de Novembro de 1889”. 

 

José Ygor Silva Pena

Luiza Ferreira

 

Fontes

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