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BASTOS, Cassiano Machado Tavares
Chefe do Gabinete do Prefeito

Proveniente de tradicional família alagoana de literatos, sendo neto do ex-presidente desta província José Tavares Bastos, sobrinho do imortal da Academia Brasileira de Letras Aureliano Cândido Tavares Bastos, e filho do desembargador Cassiano Cândido Tavares Bastos, Cassiano Machado Tavares Bastos nasceu em num dia 16 de janeiro.

Cursou o externato Tavares Bastos, bacharelando-se posteriormente em letras no Ginásio Nacional, em 1902, e na Faculdade Livre de Sciencias Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro, em 1905. Manteve atividades intelectuais ao longo de toda a sua vida, publicando livros tanto na área da estatística quanto na da tradução e crítica literária, além de editar e prefaciar a obra de seu tio.

Iniciou sua carreira no posto de auxiliar de escrita na Estrada de Ferro Central do Brasil, mas rapidamente passou a compor os quadros do funcionalismo público, trabalhando como auxiliar do Secretário do Palácio do Governo do Ministério das Relações Exteriores e Oficial de Gabinete da Presidência da República. Mais tarde, assumiu a chefia da Seção da Diretoria Geral de Estatística do Ministério da Agricultura, cargo que ocupou ao longo das décadas de 1910 e 1920 e o levou ao Conselho Nacional do Trabalho, onde foi diretor geral no biênio 1928-29.

Com a Revolução de 1930 e a subsequente reformulação do Conselho Nacional do Trabalho, incorporado ao Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, Tavares Bastos é designado membro permanente deste, colaborando no desenvolvimento da legislação trabalhista que marcaria os anos 30, em especial no que se refere a previdência social. Após ver frustrada sua candidatura a deputado em 1934, torna-se Chefe do Gabinete do Prefeito do Distrito Federal durante a administração do Interventor Olímpio de Mello, posto que ocupa entre Abril de 1936 e Junho de 1937. Exonera-se do cargo para integrar o Tribunal de Contas do Distrito Federal, recém criado pelo seu gabinete, e no qual é ministro até sua aposentadoria em 1941. A partir de então, dedicou-se às letras.

Faleceu em 16 de maio de 1973, no Rio de Janeiro, deixando viúva Elisa de Carvalho Tavares Bastos, com quem se casou em segundas núpcias após a morte de sua primeira esposa Stella Tavares Bastos.

Caio Mathias

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