Filho do comerciante João Carlos Backheuser e de Dona Joaquina Eugênia de Gouveia Backheuser, Everardo Adolfo nasceu em 23/05/1879, na Chácara Santa Rosa, na cidade de Niterói, Rio de Janeiro.
Aos sete anos de idade iniciou seus estudos primários no Externato Particular administrado por sua irmã Evelina, na chácara da família. Três anos depois, ingressou no Ginásio Nacional, atual Colégio Pedro II, onde bacharelou-se em Letras, em 1896. No mesmo ano, ingressou no grupo literário de Niterói chamado “A Matilha”. Transformado em curso preparatório, foi a primeira experiência de Everardo Backheuser na carreira do magistério. Nesse período, atuou também como preparador interino do curso de Mineralogia da Escola Politécnica do Rio de Janeiro.
Em 1897 matriculou-se na Escola Politécnica, onde obteve os títulos de Engenheiro Civil e Bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas em 1901 e de doutor em Ciências Físicas e Naturais em 1913. Efetivou-se, em 1903, como catedrático de Mineralogia e Geologia da instituição. Em 1916, fundou a Sociedade Brasileira de Ciências junto a Henrique Morize, Enes de Sousa, Alberto Betim, José Pantoja Leite, Roquete Pinto, dentre outros.
Em 1909, ingressou na Prefeitura do Rio de Janeiro como engenheiro, para logo depois assumir o cargo de Secretário de Gabinete do Prefeito Inocêncio Serzedelo Corrêa (1909-1910). Filiado ao Partido Republicano Conservador, exerceu o mandato de Deputado da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro em 1910 e 1915. Ainda na Prefeitura do Distrito Federal, ocupou os cargos de Chefe da Comissão de Levantamento da Carta Geológica, Chefe do Gabinete de Experiências Físicas, Diretor do Museu Pedagógico Central, Chefe da Divisão de Geologia e Sondagens e Diretor do Instituto de Pesquisas Educacionais, até aposentar-se em 1937.
Paralelamente à carreira política-administrativa, exerceu os cargos de professor de Geografia no Colégio Pedro II (1928), professor de História Natural do Instituto de Ensino Secundário (1931), professor de Geologia e Botânica do Curso de Geógrafos Militares do Instituto Geográfico Militar (1935) e, entre 1944 e 1945, atuou como catedrático de Mineralogia e Geologia da Escola Técnica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Participou de campanhas pedagógicas como a “Campanha em prol da educação” (1924), “Campanha em prol da Escola Nova” (1926) e a “Campanha em prol do ensino religioso” (1928). Autor de extensa produção intelectual abrangendo temas como Geologia, religião e educação, também teve destaque no jornalismo político e técnico, tendo sido redator chefe da Revista Municipal de Engenharia e colaborador da Revista Brasileira de Geografia.
Faleceu no dia 10/10/1951, na cidade do Rio de Janeiro, sendo enterrado em Niterói, no cemitério do Maruí. Deixou viúva Alcina Moreira de Souza Beckheuser.
José Ygor