José Maria de Albuquerque Arantes nasceu no Rio de Janeiro, em março de 1915, filho de Antônio Noronha Arantes e de Nair Albuquerque Arantes, e foi casado com Nylza Burlamaqui Stallone Arantes. Estudou no internato do Colégio Pedro II e, entre o fim da década de 1930 e início da década de 1940, cursou as faculdades de Direito e de Letras Clássicas na Universidade do Distrito Federal.
Iniciou na administração pública como oficial administrativo na pasta de agricultura do governo federal. Em 1946, deixou o cargo para tornar-se Assistente do Prefeito do Distrito Federal. Ingressou na Fundação Getúlio Vargas (FGV), em 1949, onde permaneceu como professor do curso prático de secretariado e de aperfeiçoamento de secretariado até fevereiro de 1951. Nesse período, se candidatou a vereador do Distrito Federal pelo PR, mas não conseguiu se eleger. Em abril de 1951, foi designado à secretaria de educação, integrando o departamento técnico profissional para, logo no ano seguinte, ser nomeado diretor dos cursos de administração do Departamento Administrativo de Serviço Público (DASP). Além de diretor, foi professor de cursos de administração e outros cursos técnicos.
Em 1954, tornou-se Diretor de Abastecimento, Indústria e Comércio da Secretaria de Agricultura, junto com Adrião Caminha, sendo designado a participar da comissão que devia elaborar os planos definitivos para a construção de um novo Mercado Municipal no Rio de Janeiro. Porém, no ano seguinte, foi nomeado Secretário do Prefeito, cargo que ocupou de 08 de novembro e 30 de dezembro, sendo exonerado devido à crise administrativa pela qual passava a prefeitura do Distrito Federal.
Como funcionário da Petrobrás, voltou à FGV, em 1962, para ocupar o cargo de coordenador geral da Escola Brasileira de Administração Pública (EBAP) e do Serviço de Publicações, quando participou da primeira etapa do planejamento da Escola Interamericana de Administração Pública (EIAP). Em 1964, foi nomeado para a diretoria do DASP pelo presidente Castelo Branco, ficando no cargo até outubro de 1965. Volta à FGV em 1966, mas logo é designado para trabalhar com a Organização das Nações Unidas (ONU), representando a Petrobras.
Aposenta-se em outubro de 1971, mas, no mês seguinte, retorna mais uma vez à FGV, ocupando diversos cargos na Fundação até 1994 e sendo assessor da Superintendência Geral e da presidência.
Faleceu aos 81 anos, em 10 de março de 1997, por complicações respiratórias.
Rafael Martins de Araujo